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Para Geraldo, o perdão das dívidas poderá reanimar o produtor

O deputado federal Geraldo Simões (PT/BA) participou hoje de uma reunião com membros da bancada nordestina no Congresso Nacional, na qual foram discutidas propostas para reduzir o impacto do endividamento rural na região.

 A questão da dívida é objeto da Medida Provisória 472/2009, que tramita no Senado e na qual o governo pretende incluir emendas. Para Simões, uma medida justa seria a remissão total dos débitos contraídos por pequenos produtores (dívidas de até R$ 10 mil) nas primeiras etapas do Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira.

Como se sabe, as medidas recomendadas pela Ceplac não produziram resultados e só restou para os produtores que as seguiram um pesado volume de faturas para quitar.

“Em condições normais de produção, essa dívida seria saldada facilmente, no entanto uma conjunção de fatores desfavoráveis, desde condições de mercado até equívocos no combate à vassoura-de-bruxa, levou os agricultores a uma situação generalizada de insolvência”, argumenta o deputado.

De acordo com o petista baiano, os produtores que seriam contemplados pela sua proposta equivalem a 60% dos contratos. Esse grupo responde por “um montante relativamente reduzido dos créditos concedidos”, frisa o parlamentar, acrescentando que o socorro a esses agricultores permitiria “seu retorno ao sistema financeiro, intensificando a produção das propriedades”.

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Dez anos se passaram desde aquela frase execrável pronunciada por um governador baiano: “água e óleo não se misturam”. Não era aula de química. Era César Borges negando apoio a Itabuna caso o vencedor da eleição municipal fosse o petista Geraldo Simões, que disputava contra Fernando Gomes, convertido que foi ao carlismo. Geraldo foi eleito e sofreu na pele.

Uma década foi o suficiente para mudar conceitos (frouxos?). César Borges é cortejado e corteja para integrar a chapa majoritária justamente de um petista, o governador Jaques Wagner. É certo que não mais existe a figura do ex-senador Antônio Carlos Magalhães a ditar o que seus comandados deveriam fazer. Ou falar.

Pode ser que justamente em Itabuna César Borges dê um passo para provar que em política água e óleo se misturam. E só o tempo dirá se, politicamente, essa mistura é hetero ou homogênea. Geraldo Simões, que cultivava uma antipatia natural ao senador, hoje diz que é “boa” a vinda do carlista para a chapa de Wagner. E aposta que, assim, se dá mais um empurrãozinho para que Wagner leve a fatura ainda no primeiro turno.

Geraldo, deputado federal e ex-vice-líder do PT na Câmara, concedeu entrevista ao Pimenta em que fala de César Borges, projetos para o sul da Bahia e defende maior presença dos governos federal e estadual após a chegada do Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste (Gasene). Para ele, passou da hora de Itabuna contar com um Distrito Industrial. Acompanhe trechos da entrevista:

Cacauicultores pedirão ao presidente Lula a anulação da dívida relativa às duas primeiras etapas do Plano de Recuperação da Lavoura. O sr. concorda com o pleito?

Cada qual é livre para fazer o seu pleito e os grandes produtores farão o deles. A minha discordância é parar o PAC do Cacau. Enquanto se fica atrás do plano ideal, não se renegocia a dívida nem libera dinheiro novo para a região. Até agora, só 1.500 contratos foram renegociados por conta das ações dos grandes produtores.

Depois de muito disse-me-disse, o sr. já considera realidade a presença de César Borges na chapa majoritária governista?
Eu acho que é boa a vinda de César Borges para a chapa. O governador Jaques Wagner está esvaziando o grupo que é nosso adversário na Bahia. Borges é um nome forte. Vindo para cá, enfranquece Paulo Souto, que está com cerca de 20%, segundo as pesquisas, e Wagner pode ganhar no primeiro turno para governador. Nós, do PT, queremos temperar a chapa com a presença de um nome da esquerda, que pode ser Waldir Pires.

A eleição de 2000 lhe faz lembrar algo. Água e óleo hoje se ‘falam’? como são as suas relações com o senador César Borges?
Civilizadas. Tenho conversado com o senador, principalmente no que diz respeito às questões do cacau.

Wagner e o presidente Lula vêm de uma visita ao Oriente Médio. Na sua opinião, é mais fácil a paz entre israelenses e palestinos ou entre PT e PMDB na Bahia?
Depois do PT, o PMDB é o maior partido da base aliada de Lula. Eu acho que o PMDB não é nosso adversário na Bahia. E as pesquisas têm mostrado isso. Quem é nosso adversário é o ex-governador Paulo Souto.

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“Ficaram arranhões profundos nas relações de Wagner e Geddel, de PT e PMDB”.

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E quanto à pergunta, a paz no Oriente Médio está mais fácil?
Ficaram arranhões profundos nas relações de Wagner e Geddel, de PT e PMDB. Isso, às vezes, vai além da política. Wagner apostou muito no PMDB: fez Geddel ministro, o ajudou a levar quase 100 prefeitos para o PMDB… Havia confiança. Mas Wagner é republicano e ainda há a força do presidente Lula. Tudo isso junto pode mudar essa relação.

O senhor saiu da secretaria de Agricultura e voltou para Brasília. Quais as ações do seu mandato o senhor poderia destacar?
Tenho um ano como deputado e, acredito, contribuímos muito para a atração de investimentos. Lutamos pela duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna, a pavimentação asfáltica da BR-030, trecho Maraú-Ubaitaba, apoiamos todas as políticas dos governos Lula e Wagner aqui em Itabuna e no estado. No primeiro ano, fui vice-líder do PT na Câmara e atuei na Comissão de Transporte, onde trabalhei exatamente pela duplicação da Ilhéus-Itabuna e essa ligação da BR-030.

Já estamos em março. Você acredita que a duplicação sai ainda neste ano?
Sai. Quem vai fazer a obra é o Dnitt. A Secretaria de Infraestrutura enviará o projeto para o governo federal licitá-la. A nossa expectativa é de que a duplicação da Ilhéus-Itabuna, que será do outro lado do Cachoeira, seja iniciada ainda nesse primeiro semestre, assim como a ligação Ubaitaba-Maraú.

Há uma crítica ao seu mandato como deputado federal quanto à destinação de verbas, emendas a Itabuna. Como o senhor analisa essas críticas?
(risos) Elas partem da prefeitura. Aí, eu digo o seguinte: junto ao presidente Lula, nós conseguimos R$ 34 milhões para a Barragem do Rio Colônia. O dinheiro veio, em 2007, atendendo a um pedido nosso. O prefeito anterior [Fernando Gomes] desviou uma parte e o atual [Capitão Azevedo], outra, para fazer estação de tratamento. Não fizeram a barragem. Intervimos junto ao governador Wagner e ele está liberando mais R$40 milhões para fazer a obra. Mas esse dinheiro não vem para a prefeitura.

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“A Embasa tocará a obra da barragem, pois a prefeitura de Itabuna já falhou uma vez”.

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E como será executada, então?
A Embasa tocará a obra, pois a prefeitura de Itabuna já falhou uma vez. Agora, façamos justiça a quem de direito. O Governo Federal mandou para Itabuna mais de R$ 200 milhões.

A obra da barragem, por exemplo, tem muitos pais. Geraldo, Luiz Argôlo, Roberto Britto…
Wagner anunciou lá, no Espora de Ouro, em dezembro, que aquele era um pedido meu, que ele estava atendendo um pedido meu.

Mudando de assunto, qual solução o senhor defende para a questão tupinambá?

A região não suporta mais um conflito indígena, e nós já tivemos o dos pataxós. Na minha opinião, a Funai deveria revogar a portaria que estabelece como indígena a área de 47,7 mil hectares, que pega de São José da Vitória a Buerarema, Una e Ilhéus.

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“Defendo que a Funai revogue a portaria e faça um trabalho racional que identifique quem realmente é tupinambá”.

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Os índios reivindicam a posse dos 47 mil hectares. Basta só revogar a portaria?
Defendo a revogação e, logo, que a Funai faça um trabalho racional, que identifique quem realmente é índio, defina qual é a parte dali da terra que realmente pertence aos tupinambá. A Constituição Federal é clara: só é considerada terra indígena aquela ocupada no momento da proclamação da Carta Magna. E essas terras, em 1988, eram ocupadas por agricultores e, minoritariamente, por índios.

O presidente Lula e o governador Jaques Wagner inauguram o gasoduto e lançam edital da ferrovia Oeste-Leste nesta sexta. Na sua opinião, Itabuna e Ilhéus estão preparadas para este novo momento?
Infelizmente, ainda não. Ilhéus está recebendo mais investimentos que Itabuna, né? Ilhéus terá aeroporto, porto, ZPE, ferrovia… Para equilibrar essa balança, defendo até que os governos federal e estadual invistam para além do Gasene. Ele não deve ser apenas para fornecer gás para táxi e indústrias já existentes, mas para também atrair novas plantas.

Mas há espaço para a cidade receber esses investimentos que não seja na área urbana?
Defendemos que o governo do estado crie aqui o Distrito Industrial, como Ilhéus, Itapetinga, Conquista, Eunápolis têm. A minha experiência mostra que o melhor local para esse distrito é aquele entre Itabuna e Itajuípe, uma área de 300 mil hectares. Vamos ter água, energia elétrica e gás natural. Ou se faz isso ou o gasoduto será apenas tubos de gás passando por debaixo da terra…

Entre 2003 e 2004, o senhor defendeu essa base de distribuição do Gasene em Itabuna. Sua gestão deixou projetos que preparassem a cidade para a expansão industrial, para o gasoduto?
Você sabe que Itabuna não teria essa base de distribuição. Era só para Mucuri e Eunápolis. À época, nos reunimos com o diretor de energia e gás da Petrobras, Ildo Sauer, irmão do meu secretário de Educação, Adeum Sauer. Modificou-se o projeto e a cidade será o primeiro ponto do Gasene na Bahia. Esse momento é de revolução. E veja que isso acontece com Lula e Wagner governando o Brasil e a Bahia. Agora, é para nós termos uma universidade federal no sul da Bahia para aproveitarmos melhor essas oportunidades.

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“Itabuna perdeu muito espaço como polo prestador de serviços em saúde. O prefeito não quer mais a gestão plena, só quer cuidar – e mal – da básica”.

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O senhor falou em compensações, mas Itabuna não ganha também com Complexo Porto Sul, por ser polo regional de serviços?
Sim, mas somos, ou éramos, polo principalmente de prestação de serviços em saúde, área onde perdemos muito espaço. Atendíamos a 100 municípios. Soube que o prefeito não quer mais a gestão plena da saúde, só quer cuidar – e mal – da básica. Enquanto isso, Ilhéus, Eunápolis, Vitória da Conquista vão se fortalecendo.

Ainda pensa em disputar a prefeitura de Itabuna ou seus projetos passam longe disso?
Longe está a eleição de 2012. Vamos batalhar agora pela reeleição a deputado federal. Posso contribuir muito com o sul da Bahia.Vamos trabalhar pela reeleição de Wagner e eleição de Dilma Rousseff.

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O deputado federal Geraldo Simões (PT) iria à missa em louvor a São José em Itabuna, nesta sexta-feira (19). Desistiu quando lhe avisaram que a igreja estava coalhada de membros do DEM.

Já na hora da procissão, o deputado preferiu acompanhar o cortejo de longe, enquanto à frente o bloco dos políticos era dominado por Azevedo e seus “aprochegados” e, a certa distância, um time composto por Paulo Souto, ACM Neto, Antônio Imbassahy, José Ronaldo e outros “alienígenas”.

Indagado por uma repórter se ele acompanhava o evento a distância por causa dos políticos do DEM, Geraldo Simões respondeu:

– São José tem o coração grande e haverá de perdoar os que estiverem aqui por puro oportunismo político!

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O deputado federal Geraldo Simões (PT) voltou a defender  o diálogo como forma de se evitar conflitos na região delimitada como terra indígena, em uma área que abrange parte dos municípios de Una, Ilhéus, Buerarema e São José da Vitória, no sul da Bahia.

Na opinião do parlamentar, não é razoável desconsiderar o fato de que centenas de famílias de não-índios têm ocupado aquelas terras há décadas. Simões também pondera que a região concentra importantes atividades agrícolas e turísticas e haverá inegável impacto econômico caso o relatório da Funai seja cumprido.

“Embora não se trate de contestar o relatório da Funai, nosso entendimento é o de que ainda não se pode considerar como fato consumado a delimitação da área indígena, como também não se pode utilizar as conclusões iniciais da Funai como pretexto para ações precipitadas de ocupação de terras de agricultores e de outros cidadãos estabelecidos nos locais, há décadas”, declara o deputado.

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Marco Wense

Quando o assunto é a composição da chapa majoritária encabeçada pelo governador Jaques Wagner, o deputado Geraldo Simões e o vereador Roberto de Souza se tornam ferrenhos adversários.

O ex-prefeito de Itabuna, que é vice-líder do PT na Câmara Federal, é radicalmente contra a presença do senador César Borges, presidente estadual do Partido da República (PR), na chapa governista.

O vereador, já no seu quarto mandato consecutivo, como é filiado ao PR, cujo diretório municipal é presidido por seu irmão, Saulo Pontes, quer o ex-governador ocupando uma vaga para o Senado.

A reeleição do “ex-carlista” César Borges, criatura do falecido ACM, tendo ao lado o governador Jaques Wagner, fortalece a pré-candidatura de Roberto de Souza a prefeito de Itabuna na sucessão de 2012.

Correligionários do vereador-prefeiturável andam dizendo que Geraldo Simões está assombrado com a possibilidade de dois palanques de oposição ao prefeito Capitão Azevedo (DEM), natural candidato a um segundo mandato.

Os geraldistas, por sua vez, tiriricas da vida com os robertistas, espalham que Roberto de Souza quer ser o candidato a vice-prefeito da petista Juçara Feitosa, que vai novamente disputar o Centro Administrativo.

O primeiro round entre Geraldo Simões e Roberto de Souza, com uma ligeira vantagem para o republicano, aconteceu no último sábado, no programa Resenha da Cidade(rádio Jornal), comandado pelo vereador.

Outros democráticos embates virão. Ainda bem que entre dois políticos civilizados.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Cláudio Dourado (PTB), prefeito de Ibicuí, no sudoeste baiano, se reuniu com o deputado Geraldo Simões e lhe garantiu apoio ao projeto de reeleição do parlamentar e vice-líder do PT na Câmara Federal.

A conversa da dupla foi ouvida pelo vereador itabunense Ruy Machado (PRP), que está de malas prontas para embarcar no PTB. O vereador aparece como o articulador do encontro entre Cláudio Dourado e GS.

Cláudio Dourado pertence a um partido do arco de alianças do ministro Geddel Vieira Lima, mas reforça que sua opção em 2010 será o governador Jaques Wagner e a ministra Dilma Roussef para presidente.

Dourado, Geraldo e Ruy: apoio à reeleição.
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Já foram das melhores as relações entre o deputado federal Geraldo Simões (PT) e o vereador Roberto de Souza (PR). O que sobrou nos estúdios da rádio Jornal, ontem, durante a apresentação do programa Resenha da Cidade, foram ‘cápsulas’ do tiroteio verbal de ambos.

A certa altura, Roberto dizia a Geraldo que ele não tardaria ser chamado de “Geraldo Magalhães” (numa referência ao ex-senador ACM), tal a sua resistência ao nome do senador César Borges na chapa que tentará a reeleição do petista Jaques Wagner. E reforçou que os ventos hoje são outros.

O deputado não perdeu a viagem e lembrou que, se fosse da vontade de Roberto, Rose Castro não seria hoje vereadora pelo PR. O radialista e dirigente do partido ‘vetou’ o nome de Rose na convenção partidária. A algoz teve que ir à Justiça para sair candidata (e venceu nas urnas).

Enquanto Geraldo e Roberto promoviam o tiroteio verbal, abria a porta do estúdio o famoso Marcone Sarmento. Houve quem ficasse gelado com a visita.

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O ano de 2000 foi memorável para o hoje vice-líder do PT na Câmara Federal, Geraldo Simões. Tendo várias lideranças locais como aliadas, ele foi para o embate eleitoral e conseguiu derrubar Fernando Gomes, que tinha ao seu lado o velho senador ACM, o então governador César Borges e Paulo Souto.

Na praça Alice Monteiro, no bairro Santo Antônio, César Borges, à época no PFL, não pestanejou. Ao falar da possibilidade do seu governo apoiar Itabuna caso fosse eleito o petista Geraldo Simões, o hoje cortejado Borges, atirou: “água e óleo não se misturam”.

Quase uma década se passou e Geraldo Simões, que tem Borges na conta de desafetos políticos, já acredita que água e óleo podem ser misturados.

Ele admite que o senador César Borges integre a chapa petista tendo como cabeça o governador Jaques Wagner, mas tendo um nome da esquerda, e a preferência maior é por Waldir Pires, justamento contra quem trabalhou em nome da indicação de Jaques Wagner para governador, em 2002.

Abaixo, um papo rápido com o deputado, que comemora com uma vitória pessoal a inauguração do Gasoduto do Nordeste (Gasene), no próximo dia 23, quando o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff estarão em Itabuna. “Em 2004, fomos ao presidente e ele e os dirigentes da Petrobras entenderam a importância de uma base de distribuição no nosso município”. Àquela altura, Itabuna estaria fora do mapa do gasoduto. Vamos ao papo.

E aí, deputado, a água vai mesmo ser misturada ao óleo? Como o senhor encara uma chapa com essa arquitetura?

Eu estou maturando isso, ainda. Não conversei sobre essa possibilidade [com o governador e no PT]. A hipótese não pode ser descartada. Eu gostaria muito de ver Waldir Pires nessa chapa.

Com César ou com Otto?

Eu não sei. Gostaria que tivesse um candidato a senador do PT. O Senado é a representação do estado e não podemos ter três senadores conservadores [o senador João Durval, do PDT, fica por mais quatro anos]. Isso não reflete a nova política da Bahia.

E Waldir seria esse “sopro”?

O nome de Waldir engrandece a disputa. Seu nome na corrida faz justiça a uma pessoa que não teve o seu mandato por ações eleitorais estranhas [o hoje petista teria sido ‘garfado’ em favor de ACM e Waldeck Ornelas, em 2004].

Tendo Waldir na disputa, de quem seria a outra vaga, César ou Otto?

Não teria preferência. Acho que poderia se ter um candidato conservador e outro do campo progressista, das esquerdas.

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Marco Wense

Pelo menos uma vez por semana, uma notinha sobre uma possível reaproximação entre o governador Jaques Wagner e o ministro Geddel aparece em algum jornal, blog ou outro meio de comunicação.

O dia escolhido é segunda feira. A intenção é insinuar que no fim de semana – sexta, sábado e domingo – ocorreu uma reunião, em Brasília, com as cúpulas do PT e do PMDB.

Como o presidente Lula ainda trabalha nos bastidores pela desistência de Geddel, a notícia de que o petista e o peemedebista podem voltar a fumar o cachimbo da paz não é encarada como uma absurda invencionice.

Nos bastidores, longe do povão de Deus e dos holofotes, o comentário é de que o deputado federal Michel Temer (SP), presidente nacional do PMDB, vai tentar convencer Geddel a não disputar o governo da Bahia.

É público e notório que Temer e o seu pragmático PMDB não abrem mão da indicação de um peemedebista como candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada pela petista Dilma Rousseff.

Temer, que é o principal pretendente do PMDB para vice de Dilma, sabe que a missão de dissuadir Geddel da pré-candidatura ao Palácio de Ondina não é fácil. Mas sabe também que seu esforço agrada o presidente Lula, que já deu demonstrações de que prefere um outro nome do peemedebismo.

É evidente que a pretensão de Michel Temer não vai desaparecer em decorrência de um fracasso na tentativa de tirar Geddel da sucessão do governador Jaques Wagner. Mas se o parlamentar conseguir tal proeza, seu nome como vice de Dilma fica consolidado.

O pano de fundo de toda essa articulação palaciana, com o aval do presidente Lula, é evitar dois palanques na Bahia, com Wagner e Geddel criando inevitáveis constrangimentos para a presidenciável Dilma Rousseff.

JUÇARA FEITOSA

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A expectativa do eleitor e a ansiedade de geraldistas aumentam em relação a ex-primeira dama Juçara Feitosa, esposa de Geraldo Simões, vice-líder do PT na Câmara dos Deputados.

Juçara Feitosa é ou não pré-candidata à Assembleia Legislativa do Estado? Jamais na história política de Itabuna uma pré-candidatura foi cercada por tanto mistério e suspense.

A oposição, tendo a frente democratas e tucanos, aproveita o dilema geraldiano para dizer que a petista não é mais candidata porque despencou nas pesquisas de intenção de voto.

Se as composições são complicadas para quem já se definiu como pré-candidato, imagine para os que chegam de última hora querendo fazer dobradinhas com fulano, cicrano e beltrano.

Essa ansiedade, no entanto, não é só dos geraldistas. Correligionários dos pré-candidatos Renato Costa (PMDB) e Wenceslau Júnior (PC do B) também estão ansiosos.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia

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Waldir já disse que topa. Falta Geraldo reforçar a indicação

No ano passado, no dia 26 outubro, uma notícia repercutiu em toda a Bahia. Foi quando um grupo de deputados petistas – Geraldo Simões, Zezéu Ribeiro, Emiliano José, Joseph Bandeira, Sérgio Carneiro e Luiz Alberto – lançou o nome do ex-governador Waldir Pires ao Senado. Era aniversário de Waldir, que comemorava seus 82 anos no restaurante Barbacoa (relembre aqui).

O tempo passou, muita gente criticou a ideia, outros disseram que era uma maldade criar ilusões no bom velhinho, o governador passou a namorar mais firmemente com ex-carlistas… O fato é que, novamente, a ideia volta a ser posta na mesa – ou, no tabuleiro do xadrez da política baiana.

Isso porque, durante o carnaval, o governador Jaques Wagner deu a entender que dificilmente fecha com César Borges – possivelmente por serem muitos representantes da direita numa chapa petista. Prefere um nome mais progressista, de centro-esquerda, para compensar a presença do pepista Otto Alencar.

Como que por coincidência, o líder do PT na Assembleia, Paulo Rangel, passa a declarar que torce o nariz para a presença de Borges na chapa do governador. Faca e queijo nas mãos dos defensores de uma lista o mais puro-sangue possível, não?

“Essa é a hora do deputado Geraldo Simões voltar a defender o nome de Waldir. Seriam, pelo menos, três deputados fazendo essa defesa, se pensarmos que Zezéu Ribeiro e Emiliano José estarão juntos na proposta, sem falar na grande maioria do PT baiano. Seria uma forma também de unir a militância do partido. É um cavalo passando, selado, por Geraldo. Basta ele montar”, alerta uma fonte do Pimenta em Salvador.

Só para constar, Waldir Pires vem a ser um dos quadros mais respeitados do PT baiano no cenário nacional. Perguntem ao presidente Lula.

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Marco Wense

Geraldo pensa em 2012, diz Wense.

Parece que o deputado Geraldo Simões, vice-líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara Federal, que já foi deputado estadual e duas vezes prefeito de Itabuna, é marinheiro de primeira viagem.

Geraldo sabe muito bem como é que as coisas funcionam na política. Não deveria estar surpreso com um possível apoio do prefeito Azevedo ao legítimo projeto de reeleição do governador Jaques Wagner.

“Com Wagner batendo 50 pontos nas pesquisas, todos querem se aproximar. Qualquer um fica lindo com 50 pontos”, diz o petista sobre a aproximação do Capitão Azevedo com o governador (relembre).

Na sucessão municipal de 2008, Juçara Feitosa, então candidata a prefeita de Itabuna, quando ocupava a primeira colocação nas pesquisas de intenção de voto, recebeu várias adesões. Muitos eleitores viraram Juçara desde criancinha.

Todos queriam se aproximar da candidata do PT. Achavam Juçara linda e maravilhosa. Depois, quando sentiram que o barco estava afundando, passaram para o lado do democrata (DEM). O capitão Azevedo passou a ser o Jaques Wagner de hoje.

Portanto, caro deputado, não fique aborrecido com uma aliança entre o prefeito de Itabuna e o governador de todos nós. O processo político é assim mesmo. Vamos pensar em 2010. Esqueça 2012.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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A metralhadora giratória foi acionada com gosto no programa Bom Dia, Bahia, de Fábio Roberto, nesta manhã de sexta-feira carnavalesca.

O deputado federal Geraldo Simões fazia avaliações sobre o seu mandato, o governo Azevedo e o caos na saúde de Itabuna quando, de repente, um ouvinte liga pra emissora. Telefonema atendido, ouvinte no ar. Era o polêmico Elivaldo Cabral (PV).

Este, não economizou adjetivos para Geraldo Simões. Por cinco vezes, chamou o petista de “ladrão”.

Na réplica, Geraldo devolveu ao seu estilo: disse que a raiva de Val se deve ao fato de não ter sido nomeado para chefiar o programa DST e Aids em Itabuna, no seu último governo (2001-2004). Para fechar, lembrou do passado do radialista: é ex-presidiário, preso por estelionato na Paraíba, de onde saiu corrido da senhora puliça.

Como se vê, discussão de alto nível.

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O deputado federal Geraldo Simões (PT) chegou em Itabuna com a língua ferina. Em contato com esse blog, o parlamentar analisou uma questão que movimentou a semana política em Itabuna: a aproximação do prefeito Capitão Azevedo do governador Jaques Wagner.

Sem dizer se aprova ou desaprova, Geraldo foi, como diria a gíria, rápido e caceteiro: “Com Wagner batendo 50 pontos nas pesquisas, todos querem se aproximar. Qualquer um fica ‘lindo’ com 50 pontos!”.

Ô, maldade…

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Marco Wense

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O deputado Geraldo Simões, vice-líder do PT na Câmara Federal, compõe a ala da legenda que não concorda com a presença de dois “ex-carlistas” na chapa encabeçada pelo governador Jaques Wagner.

“Posso até concordar com um”, diz o ex-prefeito de Itabuna, se referindo ao conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Otto Alencar, pré-candidato ao Senado da República.

“Dois, não”. Como são duas vagas, o “não” do parlamentar tem nome: é o ex-governador da Bahia, César Borges, aquele da “água e óleo não se misturam”, numa alusão ao PT e ao então PFL.

O governador Jaques Wagner não descarta a possibilidade do PT ficar fora da disputa pelo Senado. De olho em uma vitória logo no primeiro turno, Wagner defende uma composição com os ex-governadores.

Pois é. Vem aí mais um imbróglio ou, então, se alguém assim preferir, mais um grande abacaxi para o bom governador descascar.

BEATLES

De George Harrison, o mais espiritualista dos Beatles: “Você pode ter tudo na vida. Nós somos os Beatles, não somos? Podemos ter tudo o que o dinheiro pode comprar. E toda a fama com que poderíamos sonhar. E daí? Não é amor. Não é saúde”.

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O deputado federal itabunense Geraldo Simões (PT), recebeu missão do Palácio do Planalto: será um dos três representantes do Partido dos Trabalhadores na CPI do MST.

Embora confesse que não lhe agrada ‘posar de delegado’, o petista não reclamou da missão. O petista é vice-líder do PT na Câmara dos Deputados.

Nessa terça-feira, em Brasília, Simões deve começar a se familiarizar com a estratégia do governo em relação à Comissão Parlamentar de Inquérito que vai apurar as cabeçadas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra.