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Jackson Moreira disputou comando do PT itabunense.
Jackson Moreira disputou comando do PT itabunense.

Candidato derrotado na disputa pela presidência do diretório do PT de Itabuna, Jackson Moreira defendeu uma união do partido e mudança de postura do principal líder da legenda no município, Geraldo Simões.

– Estamos no firme propósito de participar da direção colegiada, recuperar essa história rica do nosso partido, mas a postura do principal líder municipal da legenda e de um ex-petista e hoje filiado ao PSL não ajuda. Geralmente, o vencedor é magnânimo com o vencido – ensina Jackson em contato com o PIMENTA.

De acordo com o petista, o ex-filiado passou a tripudiar de pessoas que não votaram em Flávio Barreto, seu adversário na disputa interna. “O ex-filiado tripudiava e mandava imagem dizendo para ir chorar no Pé do Caboclo, em Salvador”, indigna-se. Jackson ressalva que a postura de Flávio é diferente (“o presidente se posta com bastante decência, é pessoa solidária, companheira”).

Jackson defende que Geraldo faça uma reavaliação e se reaproxime de nomes como o deputado estadual Rosemberg Pinto, “que hoje é nossa maior liderança regional, buscar o campo e tempo perdidos, conquistar mandato de deputado federal e, quem sabe, voltar à prefeitura em 2020. Mas, para que isso aconteça, não dá para conquistar desse jeito de hoje, tripudiando das pessoas e fazendo jogo de palavras”, afirma.

VOTAÇÃO EM QUEDA

Na opinião de Jackson, o PT itabunense precisa também de uma reavaliação. Dos 3,5 mil filiados, só 2.240 estavam aptos a votar no último domingo (9), segundo ele. “Porém, pouco mais de 470 pessoas foram votar”, acrescentou.

Jackson também observou que o PT já obteve 40 mil votos em Itabuna. “Na última eleição [a prefeito], tivemos apenas para 8 mil”. Segundo ele, “o PT funciona na casa do ex-prefeito”.

DESEMPENHO

Jackson também avaliou seu desempenho na disputa, quando obteve 31% dos votos válidos. “Passamos mais de 40 dias, junto com Geraldo, buscando uma unificação. Sinalizaríamos para a militância a responsabilidade que temos com a cidade e com a reeleição de Rui Costa e a eleição do presidente Lula”, diz. “É injusto o ex-prefeito criticar o nosso governador tendo cargos para as três cunhadas no governo”, alfinetou.

Segundo ele, na véspera do registro das chapas, Geraldo teria comunicado da “impossibilidade de marchar” juntos também na disputa pela Estadual, com Everaldo Anunciação, o que impediu a unidade municipal. “Ele não deu outra alternativa a não ser formar outra chapa”.

SEM MILITÂNCIA

Jackson também afirma que, neste processo eleitoral, não houve participação da militância. “Parte da militância não foi votar, mas filiados do partido. Foi mais votação de cartório. “Cem votos da outra chapa, foram de filiados que moram em Ferradas. Filiados, mas não militantes”.

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Itabuna também perde unidade da Farmácia Popular (Foto Pimenta).
Itabuna também perde unidade da Farmácia Popular (Foto Pimenta).

A unidade da Farmácia Popular  de Itabuna foi fechada pelo Ministério  da Saúde. Desde a quarta-feira (8), quem procura a farmácia, depara-se com portas cerradas. Um aviso apenas informa a não abertura naquele dia, o Dia da Mulher. A Farmácia Popular vende medicamentos com até 90% de desconto ou fornece gratuitamente.

Já no final de 2015, o Ministério da Saúde já havia tentado fechar a unidade de Itabuna. À época, alegou problemas estruturais. O estabelecimento federal ficou fechado, temporariamente.

Com a intervenção do então secretário de Saúde de Itabuna, Paulo Bicalho, a farmácia foi reaberta. Para garantir o seu funcionamento, o município promoveu reformas e quitou contas de serviços essenciais que seriam de competência do Governo Federal.

Itabuna foi um dos primeiros municípios do Brasil a contar com unidade da Farmácia Popular. O estabelecimento começou a funcionar em 2004, atraído pelo então prefeito Geraldo Simões e Paulo Bicalho, que comandava a Saúde também naquele período.

Pelo menos 20 unidades da Farmácia Popular foram fechadas na Bahia nos últimos dois anos. Agora, o Ministério da Saúde informa que a reabertura dependerá das prefeituras. O PIMENTA ligou para o secretário de Saúde de Itabuna, Vitor Lavinsky pela manhã. Ele informou que não poderia atender naquele momento. Não houve retorno da ligação.

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marco wense1Marco Wense

 

O senador Otto Alencar já conhece o colega Mangabeira. Ficou alegre com sua excelente votação na última sucessão municipal, deixando para trás nomes como os do capitão Azevedo, Geraldo Simões, Davidson Magalhães e Augusto Castro.

 

Depois do carnaval, logo na primeira quinzena de março, o PDT de Itabuna, sob o comando do Dr. Antônio Mangabeira, vai marcar um encontro com o senador Otto Alencar (PSD).

Os dois médicos podem até falar um pouco sobre saúde, principalmente a pública, mas, com certeza, a conversa principal vai ser sobre política e, mais especificamente, sobre a eleição de 2018.

O diretório municipal vê com simpatia a sua pré-candidatura ao Palácio de Ondina, mesmo achando que ainda é cedo para qualquer tomada de decisão por parte do parlamentar.

Com efeito, o senador Otto Alencar já conhece o colega Mangabeira. Ficou alegre com sua excelente votação na última sucessão municipal, deixando para trás nomes como os do Capitão Azevedo, Geraldo Simões, Davidson Magalhães e Augusto Castro.

É bom lembrar que o então candidato do PDT não fez coligação com nenhum partido e só desfrutou de 23 segundos no horário eleitoral. Nem o vice apareceu na telinha.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marco wense1Marco Wense

 

Não sei por que tanto espanto com o secretariado de Fernando Gomes. Ora, FG desafiou e venceu a Lei da Ficha Limpa, pelo menos no TRE. Agora vai peitar o Ministério Público em relação ao nepotismo. Qual é a novidade?

 

Depois de uma campanha assentada na ética, sem a preocupação de ganhar de qualquer jeito, sendo referência do PDT em todo país, o médico Antônio França Mangabeira não quer disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado.

Membros do diretório municipal, na última reunião do partido, animados com a expressiva votação do então candidato a prefeito, defenderam o nome do doutor para concorrer a uma vaga no Parlamento estadual.

O pedetista, que não fez coligação com nenhum partido, teve quase 19 mil votos, dando poeira em figuras carimbadas da política de Itabuna, como Davidson Magalhães, Augusto Castro e os ex-prefeitos Geraldo Simões e José Nilton Azevedo.

Sem prometer nada, com um tempo de televisão de 23 segundos, com o slogan de campanha “Nossa Coligação é Com Você”, Mangabeira se transforma em uma grande liderança de Itabuna. Sem dúvida, o opositor-mor do governo FG. Antônio França Mangabeira faz parte da banda da política que ainda não apodreceu.

Para o militante Nilson Oliveira, mais conhecido como Nilson da Vendamax, a candidatura de Mangabeira “é uma boa opção para fortalecer a nossa desnutrida representação política”.

MESMA COISA

Francamente, como diria o saudoso e inesquecível Leonel Brizola, não sei por que tanto espanto com o secretariado de Fernando Gomes. Ora, FG desafiou e venceu a Lei da Ficha Limpa, pelo menos no TRE. Agora vai peitar o Ministério Público em relação ao nepotismo. Qual é a novidade? Fernando continua o Fernando de sempre, aquele Fernando de priscas eras. O seu eleitorado também.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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geraldosimoes3Geraldo Simões foi o primeiro dos candidatos a prefeito de Itabuna a se pronunciar, oficialmente, quanto ao resultado das eleições. Por meio das redes sociais, ainda ontem (2), agradeceu a votação obtida e, também, ao PT e ao PSL.

Prefeito de Itabuna por dois mandatos, ele também se comprometeu a continuar trabalhando por Itabuna. “Reafirmo minha fé em nosso município, na força de nosso povo”. Abaixo, a íntegra da mensagem.

Num momento em que o país vive um quadro de descrença na política e nos políticos, quero agradecer aos milhares de amigos e amigas que acreditaram em nossas propostas e nos honraram com seu voto. Agradeço ao Partido dos Trabalhadores e ao PSL, que formaram nossa coligação, e reafirmo minha fé em nosso município, na força de nosso povo. Vamos fazer o que sempre fizemos: trabalharemos por Itabuna onde quer que estejamos.

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GeraldoazevedofichasujasDois ex-prefeitos de Itabuna têm conversado com vistas a uma possível e inusitada aliança política. Os diálogos envolvem ninguém menos que o petista Geraldo Simões e o petebista Capitão Azevedo, que veem na dobradinha uma boa estratégia para surpreender nas eleições.

Nesta segunda-feira (13), dia do “santo casamenteiro”, o Capitão foi visto na Ceplac, onde Simões trabalha. Como se dizia antigamente, foi fazer a corte.

Para o namoro virar casamento, além de rezar para Santo Antônio, será preciso vencer um obstáculo: o PTB baiano é fortemente influenciado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, do DEM.

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Fernando aparece com Neto e ACM em disputa de "selfies" com Augusto.
Fernando aparece com Neto e ACM em disputa de “selfies” com Augusto.

Os prefeituráveis itabunenses Augusto Castro (PSDB) e Fernando Gomes (DEM) travam um duelo particular para ver quem melhor aparece na foto com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).

Após Fernando Gomes fazer andança por Salvador, onde participou de inaugurações ao lado de Neto, Augusto e sua trupe não tardaram a colar no prefeito da capital baiana.

Em grupos de WhatsApp de política grapiúna, o que se vê é uma guerra de imagens de seguidores de ambos para mostrar quem mais grudado no sovaco do gestor soteropolitano.

Para mostrar que Zé de Cuma é “da casa”, fernandistas recorreram ao passado. Postaram foto do ex-prefeito itabunense abraçado com o finando ACM. Castristas dizem que o tucano é amigo de Neto. A tréplica fernandista recorre ao partido do prefeito “da Bahia” e de FG: o DEM.

Com a guerra dos aliados da base oposicionista em Itabuna, também veio o questionamento quanto à possibilidade real de Fernando Gomes disputar a prefeitura. Duas pesquisas feitas em maio mostram Fernando liderando a disputa. Porém, Augusto aparece colado e em um cenário em que Geraldo Simões (PT) e Capitão Azevedo (PTB) aparecem mais atrás.

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Geraldo critica ação da PF.
Geraldo critica ação da PF.

O ex-deputado federal Geraldo Simões (PT) condenou a maneira como a Operação Lava Jato tratou o ex-presidente Lula, levado coercitivamente para depor na manhã de hoje.

“É uma sucessão de fatos que vão se encaixando. Uma delação de Delcídio Amaral que não houve, a versão transformada em fato pela mídia e em seguida esse fato lamentável, que afronta a democracia”, afirma.

Geraldo lembra que existem duas delações oficiais de Alberto Yousseff e Fernado Moura contra Aécio Neves e nenhuma contra Lula. “Mas os tucanos são intocáveis”, ironiza. Para completar que, no entendimento dele, a “Polícia Federal virou polícia política do PSDB”. Com informações do Blog do Thame.

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(Foto Pimenta)
(Foto Pimenta)

O governador Rui Costa espera haver unidade da sua base nas eleições municipais de Itabuna, lançando apenas um nome para disputar a sucessão no maior município sul-baiano. No último final de semana, o secretário estadual de Relações Institucionais, Josias Gomes, se reuniu com o ex-prefeito Geraldo Simões, pré-candidato a prefeito de Itabuna, e o presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação, para costurar essa unidade.

Ao Pimenta, Josias disse que as negociações envolvem outros nomes do arco de alianças – Davidson Magalhães (PCdoB) e Carlos Leahy (PSB). “Esse processo será conduzido com calma. O nome da base deve sair até abril”.

Segundo Josias, o prefeito Vane do Renascer, que desistiu da reeleição, ajuda no processo de construção da unidade da base. Confira principais trechos da entrevista.

Blog Pimenta – O senhor se reuniu com petistas, o prefeiturável Geraldo Simões entre eles. Já existe uma definição do nome da base?

Josias Gomes – Conversamos com Geraldo e vamos construir essa unidade da base, identificar o melhor nome. Esse processo será conduzido com calma. O nome deve sair até abril. Estamos conversando com Vane, que ajuda nesse processo. Além de Geraldo, vamos também conversar com os outros candidatos da base, Davidson Magalhães e Carlos Leahy.

Pimenta – E Roberto José?

Josias – O que estamos propondo são as condições para que nossos partidos tenham uma candidatura. Nesse sentido, é de nosso interesse que ele consiga entender o propósito. E acho que dá para fazer isso muito bem. Vou aí [em Itabuna] para conversa com Davidson e, em seguida, fazer esse caminho.

Pimenta – O PSD apoiará o nome da base?

Josias – Otto [Alencar] tem sido um grande parceiro nosso. Temos estado com ele, já analisamos uma série de questões como, por exemplo, onde o partido tem interesse. Estamos muito alinhados. O PSD, assim como todos da base, tem sido parceiro. Nenhum [partido] tem se colocado em situação de confronto. Agora, é claro que cada partido tem um interesse eleitoral, ampliar número de prefeitos e vereadores.

Pimenta – E o PT, como se coloca nesse processo?

Josias – O presidente estadual do PT me disse que o partido deve apoiar aliados em mais de 300 municípios. E vai concorrer em pouco mais de 100. Ou seja, o partido vai apoiar, abrir mão na maioria dos municípios. Estamos buscando essa construção.

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PINHEIRO DE SAÍDA – Na visão dele próprio, seu ciclo no PT já se encerrou. E temos conversado no sentido de contribuir. É um grande parlamentar, é uma opção.

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Pimenta – O senador Walter Pinheiro deixará o PT? De fato, irá para o PSD?

Josias – Ele me disse que ainda não havia decidido. Na visão dele próprio, seu ciclo no PT já se encerrou. E temos conversado no sentido de contribuir. É um grande parlamentar, é uma opção. Ele deve ir para um partido da base [governista]. Conversou com o PDT, teve com Otto e com o pessoal da Rede.

Pimenta – Ou vai para a base de ACM Neto, como já foi especulado?

Josias – Eu não sei se houve isso, essa conversa. Seria uma coisa tão extravagante para a história dele fazer uma movimentação dessa… Não está no horizonte dele. Para mim, ele sempre negou [a ida para a base de Neto]. Pinheiro em 2010 não era o queridinho [do partido, quando foi eleito senador]. Teve nosso apoio. Fomos para cima e foi o escolhido com 80% dos votos da minha corrente [no PT, sendo depois eleito senador].

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CARMELITA, JABES E BEBETO – Como são nomes da base, preferimos que os partidos discutam, definam. Diferente de Itabuna. Estive com Carmelita, com Bebeto. Tenho conversado bastante.

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Pimenta – Falando da disputa no eixo Ilhéus-Itabuna, Professora Carmelita (PT) é candidata?

Josias – É sim. Lá, em Ilhéus, temos situação diferente da de Itabuna. Existem as candidaturas de Jabes e Carmelita. Podemos ter, também, Jabes e Bebeto. Carmelita pode fazer movimentação no sentido de apoiar Bebeto ou receber apoio do PSB. Pode resultar nisso: PT e PSB contra Jabes, esse tipo de situação. Como são nomes da base, preferimos que os partidos discutam, definam. Diferente de Itabuna. Estive com Carmelita, com Bebeto. Tenho conversado bastante. Demora um pouco mais pra definir em Itabuna.

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PESQUISA ELEITORAL EM ITABUNA – É o tipo de situação que não recomenda fazer projeção. Rui é um exemplo disso. Acabou eleito. Hoje, o que há é um sentimento. E pesquisa quantitativa não consegue identificar isso.

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Pimenta – O que as pesquisas sinalizam em Itabuna?

Josias – Não temos trabalhado com pesquisa quantitativa. Hoje, em fevereiro, não faz muita diferença para a eleição, que ocorre em outubro. Em 2012, [Jaques] Wagner pedia a desistência de Carmelita no início daquele ano. No período da campanha, chegamos a ter 32% a 30% entre ela e Jabes. É o tipo de situação que não recomenda fazer projeção. Rui é um exemplo disso. Acabou eleito. Hoje, o que há é um sentimento. E pesquisa quantitativa não consegue identificar isso. Em Itabuna, há o sentimento de setores da sociedade de que, isoladamente, sem ter esse diálogo com Estado e sem União, o prefeito não vai resolver as grandes questões daí.

Pimenta – E Salvador?

Josias – Há essa movimentação de PT mais PCdoB, PSD. Tem a candidatura de Sargento Isidório. Se esses partidos se entenderem para fazer confrontação política e ideológica com o Neto… Isso, espero que a gente consiga construir. Essa eleição não é fácil para Neto. Não se iluda. Sem ter contraponto, é fácil. Essa eleição em Salvador ainda tem desdobramentos. Rui é bem avaliado aqui. Teremos um confronto político bem interessante.

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Encontro petista definiu pré-candidaturas em 11 municípios (Foto Divulgação).
Encontro petista definiu pré-candidaturas em 11 municípios (Foto Divulgação).
Geraldo: rumo ao consenso.
Geraldo: rumo ao consenso.

O Diretório Estadual do PT definiu os nomes de 11 pré-candidatos na Bahia. Além de Itabuna, com Geraldo Simões, o partido bateu o martelo em municípios onde disputa a sucessão, como Camaçari (Luiz Caetano); Senhor do Bonfim (Carlos Brasileiro); Feira de Santana (Zé Neto); Serrinha (Gika Lopes); Cruz das Almas (Orlando Filho); Jacobina (Amauri Teixeira); e Itamaraju (Dalva Tisio).

Os outros tentarão a reeleição: João Bosco, em Teixeira de Freitas; Jussara Márcia, em Dias D’Ávila; e Francisco de Assis, em Conceição do Coité.

Em Itabuna, Geraldo Simões, cuja candidatura enfrentava desconfianças de adversários e até de companheiros petistas, já amealhou o consenso na cúpula petista e no governo Rui Costa. Isso, porque ficou definido que a eleição será uma forma de defesa do legado do Partido dos Trabalhadores nos âmbitos nacional e estadual. Efeito Lava Jato.

Por outro lado, será utilizada a estratégia do Programa de Governo Participativo (PGP), em versão municipal. Foi o mesmo expediente que, largamente utilizado em 2014, fez com que o então desconhecido Rui Costa saísse do quase anonimato no estado para a vitória no primeiro turno na eleição de governador.

Aos poucos, o tabuleiro das eleições vai ganhando todas as peças. No pós-carnaval, o PT mostrou que o ano-novo eleitoral acabou de começar. Dos maiores municípios baianos, a situação ainda está a ser definida em Vitória da Conquista – pelo menos em termos de pré-candidatura.

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Geraldo defende Emasa e cobra barragem no Rio Colônia.
Geraldo defende Emasa e cobra barragem no Rio Colônia.

Diante do debate que se formou nos últimos dias em torno do futuro da Emasa, o ex-deputado federal Geraldo Simões quebrou o silêncio e se posicionou a respeito do tema em sua página no Facebook. Geraldo, que já foi prefeito de Itabuna por duas vezes, é taxativo ao dizer que a solução não está em entregar a Emasa à iniciativa privada. “Sabemos que existe interesse de empresas como Águas do Brasil, OAS e Odebrecht. Não concordamos com a venda”.

A discussão sobre o tema se acirrou na sociedade a partir do anúncio do prefeito Claudevane Leite, lançando um Chamamento Público para Procedimento de Manifestação de Interesses a respeito da Emasa. Depois, a prefeitura abriu prazo para contribuições ao Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), preparatório para a Conferência Municipal de Saneamento Básico, no próximo dia 15.

Embora não cite suspeita sobre alguma manobra para a venda da Emasa embutida nesses procedimentos, o pré-candidato a prefeito diz que esse tema tem que envolver o governo do estado. “Vamos discutir com o governador um projeto para dobrar a produção de água em Itabuna. A barragem do Rio Colônia, que nós propusemos ainda no nosso primeiro governo, vai garantir abastecimento diário para todos os moradores e empreendimentos de Itabuna”.

ESGOTO TRATADO

De acordo com Geraldo, o município deve ter condições para coletar e tratar 100% do esgoto na cidade. “Para decidir sobre o futuro da Emasa, só com a participação de toda sociedade. Sabemos que mudanças são necessárias, mas essa decisão não deve ter como opção a entrega desse patrimônio a empresas privadas. Há outras formas, como uma maior parceria com a Embasa, ou a busca de projetos no âmbito federal”.

Para Geraldo, a sociedade de Itabuna deve se posicionar, cobrando o fortalecimento do perfil público da Emasa. “Será necessário fortalecê-la, fazer as parcerias com outros órgãos de governo, buscar projetos e garantir financiamento. Não se deve buscar o lucro nesse serviço, pois o lucro está na prestação do serviço, é o lucro social”.

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Josias: apoio a Geraldo.
Josias: apoio do PT – e de Rui? – a Geraldo.

O secretário estadual de Relações Institucionais, Josias Gomes, teve longa conversa com o ex-deputado Geraldo Simões, nesta noite de quinta (28), para tratar das eleições de 2016 em Itabuna.

A missão do secretário foi discutir estratégias para que o PT retome o poder no município, após 12 anos. E o partido apostará as fichas, novamente, no ex-prefeito Geraldo Simões.

A conversa entre ambos se deu em um restaurante no Jardim Vitória. No relato de um assessor, Josias mostrou-se animado e disse que quer ganhar a eleição em Itabuna com Geraldo.

Ainda não está claro se o apoio assegurado por Josias é somente do PT estadual ou se, neste bolo, também estaria a chancela do governo baiano, leia-se Rui Costa.

A estratégia para 2016 incluiria até mesmo uma mexida em cargos estaduais na região. Atualizado à 10h21min.

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marco wense1Marco Wense

 

Mais de 60% do eleitorado não pretende votar em candidatos que já administraram Itabuna, o que não deixa de ser uma preocupação para o trio Fernando Gomes, José Nilton Azevedo e Geraldo Simões.

 

 

Deve ter mais. Mas os que aparecem na mídia são 14 pré-candidatos à sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB), que desistiu da reeleição, portanto da disputa do segundo mandato.

Fernando Gomes (DEM) – Já foi prefeito de Itabuna por quatro vezes. Vai atrás do quinto mandato. Conhece as entranhas do jogo político. Tem um eleitorado cativo. Enfrenta dois problemas: uma possível inelegibilidade em decorrência da Lei da Ficha Limpa e um altíssimo índice de rejeição.

Augusto Castro (PSDB) – Deputado estadual pelo tucanato. Só sai candidato se Fernando Gomes abrir mão de sua pretensão ou se for impedido pela justiça. É tido como político habilidoso, que não mede esforços para alcançar seus objetivos. Sonha mais com o Parlamento Federal do que com a prefeitura de Itabuna.

Capitão Azevedo (DEM) – Derrotado na última sucessão, quando tentou se reeleger, o militar sabe que a preferência do demismo municipal, sob a batuta de Maria Alice Pereira, é por Fernando Gomes. Tem vontade de sair da legenda, mas falta coragem. A política não costuma perdoar os desprovidos de determinação, audácia e ousadia.

Geraldo Simões (PT) – Duas vezes chefe do Executivo. Não tem a simpatia da alta cúpula do petismo. Ou seja, do presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, do secretário de Relações Institucionais Josias Gomes e, obviamente, do governador Rui Costa. Outro obstáculo é ser de um partido que vive o seu pior momento. Recente pesquisa do Datafolha mostra que a associação entre o PT e a corrupção cresceu na percepção do eleitorado.

Antônio Mangabeira (PDT) – Pré-candidato pela primeira vez. É médico, bacharel em direito, administrador de empresas e estudante de engenharia civil e ambiental. É o novo da sucessão de 2016. O fato de ser mais administrador do que político agrada uma considerável fatia do eleitorado já saturada com a política e a politicagem. A existência de um vácuo político, ávido por mudanças e por um candidato sem vícios, pode eleger o pedetista. É a campanha que mais surpreende.

Roberto José (PSD) – Deve ter consciência de que dificilmente será o candidato do prefeito Vane. Vai terminar sendo o vice mais cortejado, seja por Davidson Magalhães ou por Geraldo Simões. O comandante-mor do seu partido, senador Otto Alencar, é defensor da estratégia de que o governismo só deve ter um candidato em Itabuna.

Davidson Magalhães (PCdoB) – Disputa com Geraldo Simões a condição de candidato do governador Rui Costa. O problema maior, o grande entrave da sua pré-candidatura é a ligação e a co-responsabilidade com um governo que tem 85% de desaprovação. Não pontuou bem na última pesquisa de intenção de votos realizada pelo instituto Babesp.

Confira a íntegra do artigo clicando no link Leia Mais

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O médico e pré-candidato Antônio Mangabeira.
O médico e pré-candidato Antônio Mangabeira.

Assinada pelo jornalista Jairo Costa Júnior, a Coluna Satélite, do Correio, chama atenção para a pré-candidatura do médico Antônio Mangabeira (PDT) em Itabuna. Diz que o pedetista “entrou no radar de estrategistas políticos da base governista e da oposição”.

Jairo Costa Júnior observa que a atenção à pré-candidatura de Mangabeira “faz sentido”. E observa o seguinte: “No histórico da cidade, é comum a vitória de candidatos que correm por fora do páreo principal. Casos de Geraldo Simões (PT) em 1992, Capitão Azevedo (DEM) em 2008 e Claudevane Leite (PRB), o Vane da Renascer, em 2012. Todos os três largaram nas últimas posições e conseguiram a liderança na reta final de campanha”.

Por fim, a coluna põe Mangabeira na condição de “ameaça aos planos de Geraldo Simões e dos deputados Augusto Castro (PSDB) e Davidson Magalhães (PCdoB), os mais fortes na corrida”.

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marco wense1Marco Wense

 

O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, sonha com uma coligação PT-PCdoB-PSD-PSB-PRB.

 

Continua interditado o caminho que pode levar a um bom relacionamento político entre petistas e comunistas, sem troca de farpas, ironias, indiretas e deboches.

Tem pega-pega para todos os lados, um atrás do outro. Quando a poeira da desavença começa a assentar, aí aparece outra discórdia, outro bafafá. A falta de entendimento volta com toda força.

Até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que a relação entre o PT e o PCdoB é de recíproca desconfiança. Só se juntam por conveniência política. Sempre foi assim.

O Partido dos Trabalhadores, sem mais nem menos, volta a provocar o PCdoB na pessoa do deputado federal Davidson Magalhães, a maior liderança do comunismo no sul da Bahia.

Vejamos algumas declarações de petistas sobre Davidson: 1) “Apoiar a candidatura de Davidson é uma loucura”. 2) “Davidson é o principal responsável pela administração do prefeito Claudevane Leite”. 3) “Além de quase não pontuar nas pesquisas, Davidson não vai conseguir se desvincular de Vane”. 4) “Como fará sua campanha? Combatendo Vane, uma construção sua?”.

O petismo acha que a pré-candidatura do parlamentar está comprometida devido a sua ligação com o governo municipal. Esquece, no entanto, que foi o voto útil dos petistas que elegeu Claudevane Leite (PRB).

O contra-ataque de Davidson não pode ser público, sob pena de criar um atrito desnecessário com o governador Rui Costa. O PCdoB tem o forte argumento de que é melhor ter o apoio do prefeito Vane do que apoiar um candidato do PT, partido com maior índice de rejeição.

O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, defende uma ampla aliança em torno do nome do ex-prefeito Geraldo Simões: “Vamos buscar unidade com os partidos da base aliada”.

A ampla aliança de Everaldo é uma coligação PT-PCdoB-PSD-PSB-PRB. Todos no mesmo palanque: Geraldo Simões, Davidson Magalhães, Roberto José, Carlos Leahy e um representante da Igreja Universal.

Só o governador Rui Costa pode pavimentar o caminho da unificação dos partidos da base. Na oposição, o imbróglio envolve Fernando Gomes, Capitão Azevedo e o tucano Augusto Castro. Um querendo destruir o outro.

Volto a repetir que a candidatura independente do médico Antônio Mangabeira, pelo PDT, pode ser a grande surpresa da sucessão de 2016. O nome do pedetista já chegou na periferia: “Vou votar no doutor”.

PATINHOS FEIOS

A última pesquisa do Ibope aponta que os pré-candidatos à presidência da República estão tecnicamente empatados no quesito rejeição.

O primeiro da fila é Lula com 55%, seguido de Serra com 54%, Alckmin 52%, Ciro Gomes também 52%, Marina Silva 50% e Aécio Neves com 47%. Colados igual a relê de carro velho.

A conclusão é de que o eleitorado já cansou dessas figuras carimbadas. Quer gente nova disputando o comando do Palácio do Planalto, que nunca disputou uma eleição.

Esse sentimento de mudança, cada vez mais intenso, ocorre aqui em Itabuna. Pesquisas apontam que 60% do eleitorado não pretendem votar em candidatos que já foram prefeitos.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.