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Usuários estão há cinco dias sem ônibus em Itabuna || Foto Pimenta/Arquivo

A greve dos ônibus em Itabuna deve durar, pelo menos, até a próxima quinta-feira (13), data para a qual foi marcada uma audiência na Justiça do Trabalho, no fórum local. Hoje a greve completou nove dias e o itabunense está desde a última sexta (7) sem nenhum ônibus urbano rodando, porque as empresas não pagaram o salário dos rodoviários. Nos primeiros quatro dias do movimento, 30% da frota estava nas ruas.

A categoria cobra 9% de reajuste no tíquete alimentação e 5% de reajuste salarial da São Miguel e da Viação Sorriso da Bahia, que exploram a concessão de transporte público no município. Até aqui, as empresas acenam com reajuste de apenas 2%. Quanto ao não pagamento de salários, alegam não ter dinheiro para quitar os salários dos funcionários devido ao início da greve. A paralisação começou no último dia 3.

As empresas querem aumento de passagem para R$ 3,80. Ontem (10), o prefeito Fernando Gomes admitiu que a tarifa pode ser reajustada de R$ 3,00 para R$ 3,50. Foi durante o anúncio do Forró do Povo. Segundo ele, as empresas sofrem prejuízos com a alta gratuidade e a falta de reajuste há três anos (reveja aqui).

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Greve de ônibus em Itabuna começa nesta segunda || Foto Pimenta/Arquivo
Arlensen preside o Sindicato dos Rodoviários || Foto Reprodução

Os rodoviários de Itabuna entrarão em greve nas primeiras horas desta segunda-feira (3). As empresas, que cobram aumento do valor da passagem, hoje em R$ 3,00, se recusaram a conceder reajustes de salário e do tíquete refeição. A greve foi decidida na última quinta (30) e não houve avanço até a noite deste domingo (2).

Os rodoviários querem reajuste salarial de 5% e aumento de 9% no tíquete alimentação. “Não tivemos proposta alguma das empresas em cinco rodadas de negociação. Não saímos do zero”, afirmou Arlensen Nascimento ao PIMENTA.

Segundo o dirigente, as empresas apontam alto índice de gratuidade e a tarifa como fatores que impediriam o reajuste salarial. A tarifa de ônibus em Itabuna, proporcionalmente, seria a mais baixa do Estado, na versão das empresas.

A greve afeta todas as linhas urbanas e rurais de Itabuna. A negociação avançou apenas com as empresas de transporte rodoviário semiurbano e intermunicipal (Rota e Águia Branca), que concederam 5% de reajuste salarial e 10% de reajuste no valor do tíquete alimentação. “Conseguimos fechar [com a Águia Branca e a Rota] na sexta-feira”, afirmou Arlensen ao site.

Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários, esta tem sido a mais difícil das negociações dos últimos anos. Ele está à frente da entidade há sete anos. “Nunca encontrei um ano que não se falasse, pelo menos, em reposição da inflação”, disse, enfatizando que até aqui as empresas do transporte urbano não têm sinalizado para concessão de nenhum percentual de reajuste. “Nem reposição da inflação os patrões quiseram conversar”, completou ele em entrevista ao PIMENTA.

Com a decisão de greve, os rodoviários devem decidir, até as 8h desta segunda, se a categoria colocará em circulação ao menos 30% da frota enquanto perdurar a paralisação. “Vamos colocar isso para a categoria [decidir]”, afirmou Arlensen.

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