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Prisco foi preso na tarde da última sexta (18), em um resort na Bahia (Reprodução Globo).
Prisco foi preso na tarde da última sexta (18), em um resort na Bahia (Reprodução Globo).

Familiares de policiais militares participam nesta terça (22) de ato pela liberdade do ex-soldado da PM Vereador Prisco (PSDB), preso na sexta-feira passada. A manifestação em Itabuna está programada para o Jardim do Ó, às 14h.
Prisco está preso no Complexo da Papuda, em Brasília, e ainda aguarda a sua soltura. Pedido de habeas corpus foi impetrado no sábado (19) e aguarda julgamento por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a acusação de cometer crime político e incitar a tropa à greve. Ele já era investigado em ação do próprio MPF.
A prisão preventiva do vereador tucano foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) por causa da greve. Na Sexta da Paixão, Prisco acabou preso em um resort no litoral norte baiano, onde passaria o feriadão com a família.

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O ex-policial militar e pré-candidato a vereador de Salvador, Marco Prisco Machado (PSDB), sabia que estava sendo grampeado. Isso fica claro numa ligação telefônica entre ele e a soldado Jeane Batista de Souza. Jeane está entre os quatro policiais militares e ex-policiais presos até agora por determinação judicial.
Na ligação telefônica, Jeane pergunta: “essa ligação não tá sendo gravada não, né?”. Prisco responde que sim (“tá, tudo grampo”) e orienta a militar a conversar por mensagem de texto via celular (SMS). A soldado aparenta preocupação e diz que não quer ter problemas em casa, pois o marido dela é contra a greve.
Clique no link para ouvir a conversa: Ligação Jeane e Prisco
Após o alerta dado por Prisco, no último dia 5, eles começam a conversar por mensagem de celular. Jeane dá toda a orientação necessária para que grupo de policiais invada o Batalhão de Guardas da PM, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
A invasão ao batalhão foi combinada para ocorrer entre as 19h40min e as 20h da última terça (7). “O efetivo é muito pouco. 15 homens armados (sic) rende a guarnição”, informa Jeane. “Se apresentarem a ID (identificação) de militar não precisa ter troca de tiros, nem violência”. Confira no “leia mais” o conteúdo das mensagens trocadas pelo líder da greve e a soldado presa ontem. Os contatos ocorreram entre domingo e terça (5 e 7).
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Wagner fala de ações e critica desordem.

Nos três minutos de pronunciamento em cadeia de rádio e TV, o governador da Bahia, Jaques Wagner, falou em procura de diálogo e abertura às negociações com policiais militares grevistas.
Ele também partiu para o ataque: acusou um grupo de policiais (ligados à Associação dos Policiais e Bombeiros-Aspra) de praticar, “de forma irresponsável, desordem para assustar a população”. Era menção clara a policiais que atacaram ônibus em Salvador. Em Itabuna, grupo de militares provocou arruaça na avenida do Cinquentenário na tarde de quinta-feira (2).
Segundo o governador, 12 mandados de prisão foram expedidos pela Justiça. Um deles tem como alvo o presidente da Aspra, Prisco Machado, excluído da polícia após a pior greve de polícia já enfrentada pelos baianos, em 2001. Um dos motivos da greve é o pedido de anistia para Prisco. Grevistas sustentam que a lei de anistia a policiais, sancionada pelo presidente Lula em 2010, beneficia o ex-militar.
Wagner encerrou o pronunciamento afirmando que a polícia militar não pode ser transformada em “instrumento de intimidação e desordem”. O governador citou o reforço das Forças Nacionais na Bahia. Segundo ele, 2.350 homens da Força Nacional de Segurança e do Exército já estão na Bahia. Mais 600 homens reforçarão o efetivo já disponibilizado pelo governo federal, conforme Wagner (confira o conteúdo do pronunciamento).