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Greve nos hospitais da Santa Casa entra no quarto dia.
Greve nos hospitais da Santa Casa entra no quarto dia.

A Prefeitura de Itabuna ainda não pagou pelos serviços de saúde prestados ao SUS em dezembro e janeiro e a crise no sistema começa a se agravar, principalmente com a greve dos funcionários dos hospitais da Santa Casa de Misericórdia. Segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi), a paralisação afeta 70% dos serviços da instituição responsável pelos hospitais Calixto Midlej Filho, Manoel Novaes e São Lucas.

“Mulheres grávidas já estão procurando atendimento em maternidades fora de Itabuna e cirurgias cardíacas estão sendo canceladas. Só retornaremos ao trabalho com o pagamento do salário”, afirma Raimundo Santana, dirigente do Sintesi.

Os pagamentos pelos serviços prestados em dezembro deveriam ser feitos em janeiro e os do primeiro mês do ano, em fevereiro, observa Raimundo. “São valores relativos à prestação de serviços aos usuários do SUS, nas áreas de nefrologia, CTI, oncologia e cardiologia, entre outras, segundo a Santa Casa”, disse ele.

Os sindicalistas exigem medidas duras da instituição contra o município. Para eles, alguns atendimentos devem parar imediatamente até a quitação da dívida. “Ou a instituição, como tantas outras pelo país, acumulará déficit negativo e ficará inviabilizada”. Raimundo completa: “trata-se de uma bomba que pode explodir nas mãos dos trabalhadores. Isso não permitiremos”, conclui.

Diretor do Sintesi e membro do Conselho Municipal de Saúde, João Evangelista disse ter solicitado reunião de urgência para discutir a questão no plenário do Conselho. Ele disse que o sindicato é parte do controle social. Ainda segundo João, a direção do Sintesi solicitou audiência entre as partes no Ministério Público. Por enquanto, a expectativa é de que o pagamento do salário seja efetuado ainda hoje.

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Ettinger Júnior: pagamento depende do município.
Ettinger Júnior: pagamento depende do município.

A greve dos funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna provocou a suspensão de cirurgias eletivas e cardíacas, de acordo com nota emitida pela provedoria da instituição. A paralisação foi iniciada nesta terça (14), afetando, também, os atendimentos de emergência, já que cerca de 30% dos 1,8 mil funcionários estão trabalhando.

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi) diz que a reação dos funcionários é contra o constante atraso de salário. Hoje, reivindicam o pagamento relativo a janeiro.

O provedor Eric Ettinger Júnior sinaliza com pagamento “para os próximos dias”. A quitação de salário, reforça, ocorrerá “imediatamente após o Fundo Municipal de Saúde realizar o repasse do recurso à Santa Casa”.

Ettinger Júnior, ainda em nota, ressalta a “postura compreensiva dos funcionários”, mantendo a “ordem nas três Unidades Hospitalares [Manoel Novaes, Calixto Midlej Filho e São Lucas]”. Confira, abaixo, nota de esclarecimento da Santa Casa.

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Funcionários da maternidade em segundo dia de greve (Foto Divulgação).
Funcionários da maternidade em segundo dia de greve (Foto Divulgação).

Os funcionários da Maternidade da Mãe Pobre entraram hoje (10) no segundo dia de greve ainda sem perspectiva de retorno. Há pouco, a direção da maternidade acenou com a possibilidade de pagar o salário de abril na próxima sexta (12), mas ainda não informou prazo para quitar o salário de maio.

João Evangelista, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna (Sintesi), afirma que a categoria só retorna ao trabalho após o pagamento dos dois meses em atraso. Ao PIMENTA, ele afirmou que aguarda proposta da direção da maternidade quanto à data para quitar maio. “Se houver proposta, submeteremos à assembleia”, disse.

Mantida pela Fundação Fernando Gomes, a Maternidade da Mãe Pobre atrasou salários mesmo com recebimento antecipado de repasses por parte da prefeitura. Os problemas de gestão da maternidade se agravaram desde a saída do ex-diretor Leopoldo dos Anjos. A alegação é de que as receitas oriundas de atendimento do SUS não cobrem as despesas.

SÓ EMERGÊNCIA

Enquanto durar a greve, a maternidade só atenderá emergências. Respeitando a legislação, 30% dos funcionários trabalham atendendo a pacientes já internados na unidade materno-infantil. “Os casos de partos sem complicações estão sendo redirecionados pelos médicos para o Hospital Manoel Novaes”, disse João Evangelista ao PIMENTA.

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Greve a partir de sexta foi decidida em assembleia na sede do Sintesi.

Os mais de 1,8 mil funcionários dos hospitais Calixto Midlej Filho, São Lucas e Manoel Novaes decidiram cruzar os braços na próxima sexta (9), caso a provedoria da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna não pague, até amanhã, o salário de março. A decisão já havia sido tomada em assembleia na semana passada e foi reforçada hoje.
A direção da Santa Casa disse a sindicalistas não ter como pagar o salário dentro do prazo legal (cinco dias úteis do mês subsequente) porque o repasse de recursos por parte da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) só ocorre no dia 15 de cada mês.
“A Santa Casa tem outras fontes de recursos, como os convênios, e possui crédito na praça”, afirma João Evangelista, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde em Itabuna (Sintesi).
João lembra que o salário de janeiro saiu apenas no dia 28. A greve, afirma, é pela regularização no pagamento. Se a greve for deflagrada, informa, serão atendidos apenas os casos de urgência.

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Serviço de urgência funcionará com 30% de sua capacidade se greve for deflagrada.

Os médicos do Samu 192 de Ilhéus decidiram nesta noite deflagrar greve por tempo indeterminado, a partir do dia 1º de fevereiro. Eles reivindicam isonomia salarial, melhores condições de trabalho e pagamento de férias atrasadas.

O diretor-regional do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed), Teobaldo Magalhães, afirma que os profissionais do Samu ilheense não têm reajuste salarial desde a implantação do serviço de urgência no município, em 2005.

Os profissionais recebem R$ 3,4 mil por mês e querem salário de R$ 7 mil. Teobaldo cita exemplos de municípios de porte semelhante ao de Ilhéus e que pagam entre R$ 6 mil e R$ 8,8 mil aos médicos do Samu 192, caso de Eunápolis, no extremo-sul baiano.

Durante a greve, afirma Teobaldo, o Samu vai funcionar com 30% do quadro de médicos, atendendo à legislação. Os profissionais prometem realizar ato público em frente ao Palácio Paranaguá, na próxima quinta (27), às 15h.

Os médicos também reclamam das condições de trabalho. “Os carros estão sucateados e faltam até ataduras e luvas para trabalharmos”, disse o dirigente em entrevista ao PIMENTA.