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Lúcia Oliveira foi fechado ao completar 80 anos (Foto Divulgação).
Lúcia Oliveira foi fechado em um período em que completava 8 anos (Arquivo).

O prefeito Fernando Gomes determinou a desocupação do prédio onde funcionou por décadas o Grupo Escolar Lúcia Oliveira. O imóvel estava sendo as sedes dos sindicatos dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais (Sindserv) e dos Agentes Comunitários e de Combate às Endemias (SindiAcs/ACE), além dos Comerciários. O prazo para desocupação teria sido encerrado na última sexta (27).

A justificativa do prefeito é de que se trata de um imóvel tombado pelo município, cabendo a ele “a responsabilidade por sua manutenção e conservação”. O Grupo Escolar Lúcia Oliveira pertencia à rede estadual até o início da década passada, quando foi municipalizado (2004). Já em 2015, o município desativou a unidade de ensino por falta de alunos e necessidade de reestruturação da rede escolar.

Quando repassado aos sindicatos, as entidades assumiram compromisso de reparos na estrutura física, que ameaçava desabar. “A iniciativa do prefeito de solicitar a desocupação do espaço tem o apoio de cidadãos de Itabuna, muitos, inclusive, ex-alunos que frequentaram a Escola, que foi a primeira Escola Pública construída no município”, afirmou a secretária de Educação de Itabuna, Anorina Lima. A desativação ocorreu quando o grupo escolar completava 80 anos.

SINDICALISMO E POLÍTICA PARTIDÁRIA

A decisão é vista como tendo carga política. Sindicalista do PSDB, Anorina milita em campo político oposto aos sindicatos atingidos pela decisão, os três comandados por dirigentes filiados ou ligados ao PCdoB do ex-vice-prefeito Wenceslau Júnior. No campo educacional, Anorina foi a responsável pela criação do Sindicato do Magistério Público Municipal (Simpi), nos anos 2000, atingindo, desta vez, a API/APLB-Sindicato, este comandado pelo PCdoB e pelo PT à época.

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Lúcia Oliveira foi fechado ao completar 80 anos (Foto Divulgação).
Lúcia Oliveira é fechado ao completar 80 anos (Foto Divulgação).

O prefeito de Itabuna, Claudevane Leite (PRB), decidiu recentemente determinar o fechamento de escolas da rede municipal, sob o pretexto de que os estabelecimentos não eram eficientes. Com isso, os alunos das escolas que entraram no sarrafo do governo tiveram que migrar para outras unidades.

A decisão gerou polêmica, principalmente porque entre as escolas fechadas está a Lúcia Oliveira, que funcionou durante mais de 70 anos no Centro de Itabuna, formando gerações.

Um dos protestos contra a medida do prefeito foi da poetisa Eglê Machado, que assim expressou sua insatisfação:

Eu fecho escolas, sim,

Já diz o prefeito Vane,

Pois nada vem contra mim,

E o estudante que se dane

Assim eu decreto o fim

Da educação já em pane!

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Professora Elza atuou por 47 anos na área educacional (Foto Arquivo Pessoal).
Professora Elza atuou por 47 anos na área educacional (Foto Arquivo Pessoal).

A professora Elza Pinheiro de Souza Melo, 99 anos, faleceu ao final da tarde de ontem, 31, no Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna. Educadora com 47 anos de magistério, Elza foi professora e diretora do Grupo Escolar Lúcia Oliveira.
O corpo de Elza Melo está sendo velado no SAF, na Avenida Juca Leão, próximo ao Grapiúna Tênis Clube. O sepultamento está marcado para esta sexta-feira, 1º, às 16, no Cemitério Campo Santo, em Itabuna.
A neta Alyne Souza lembra da alma “sempre bondosa e imensurável coração” da educadora. Elza estava internada no Hospital Calixto Midlej Filho há 45 dias. Na educação, Elza também atuou como inspetora de ensino e delegada escolar.