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ACM não viveu para ver surgir o novo cabeça-brança, de origem petista.

A Folha neste final de semana joga luz sobre como anda o animal político Jaques Wagner neste início de segundo governo. Se existem críticas claras à gestão, quando o assunto é concentração de poderes, o petista mostra que é bom de prosa. O Galego terá o apoio de 49 dos 63 deputados estaduais com a criação do PSD, feito que nem ACM conseguiu na sua última gestão, entre 1990-1994, quando teve o apoio de 44 dos 63 parlamentares. Ou, no auge com César Borges (47 dizendo amém).
Como estes parlamentares foram seduzidos pelo “Cabeça Branca” dos tempos contemporâneos? Ele mesmo, o novo Cabeça Branca, responde:
– Não me pediram absolutamente nada que não sejam obras dentro do programa de investimentos do governo.
Ex-aliado, o peemedebista Geddel Vieira Lima retruca:
– É a velha chantagem que, na Bahia, o PT está usando. É como se o governo fosse retaliar quem não estiver junto. Estão migrando em troca de benesses.
A matéria da Folha rapidinho virou um dos principais assuntos da política baiana. O leão-de-chácara democrata, José Carlos Aleluia, tratou de estabelecer, na visão dele, as diferenças – “legados” – entre carlismo e petismo:
– Quem chamava o senador Antonio Carlos de ‘Cabeça Branca’ era o povo baiano, que reconhecia nele um verdadeiro defensor da Bahia. Não cabe a Wagner este reconhecimento popular. A alardeada supremacia política do atual governador é resultado de um inescrupuloso fisiologismo e não de realizações.
Aí veio o pitbull petista, o deputado federal Amaury Teixeira, e largou na parede o “legado carlista”: “Nenhuma nova universidade, nenhum novo IF, estradas esburacadas, saúde arrasada”. Realmente [a diferença] tá no legado. [ACM deixou] maior índice de analfabetismo e todos seus aliados e familiares muitos ricos”.