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marco wense1Marco Wense

O voto útil pode levar o PCdoB a apoiar o ex-prefeito Geraldo Simões.

O jornalismo político sofre com a indefinição do prefeito Claudevane Leite, cada vez mais enigmático em relação ao processo sucessório, se vai ou não disputar o segundo mandato.

De dez eleitores, dois apostam que o chefe do Executivo será candidato à reeleição. Na imprensa falada e escrita, é quase unânime a opinião de que o gestor ficará fora do confronto.

A sucessão A, com Vane candidato, além de diminuir a possibilidade de surpresas e inesperados sobressaltos, evita um pega-pega entre o PCdoB e o PRB, entre comunistas e evangélicos da Igreja Universal.

A sucessão B, com o alcaide jogando a toalha, pode provocar um fato inusitado, estranho, considerado como uma invencionice de quem quer jogar lenha na fogueira: um possível apoio do PCdoB a Geraldo Simões (PT).

Com Vane fora, o PCdoB lança o seu candidato, o vice Wenceslau Júnior ou Davidson Magalhães. O partido do prefeito, o PRB, também.

A candidatura do PCdoB não decola. O tucano Augusto Castro assume a dianteira nas pesquisas de intenção de votos. Geraldo Simões vem logo atrás.

Para evitar o comando do poder municipal nas mãos do tucanato (PSDB), os comunistas partiriam para o voto útil, assim como aconteceu na eleição de 2012, com os petistas votando em Vane para evitar a vitória de Azevedo (DEM).

É bom lembrar que o suplente Davidson Magalhães deve ao governador Rui Costa o seu assento na Câmara Federal. Um pedido do petista-mor não pode ser negado, seria uma inominável ingratidão.

Portanto, duas sucessões: A e B. Certo mesmo são as candidaturas de Geraldo Simões e do médico Antonio Mangabeira.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.