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Costa do Cacau terá programa de educação para jovens internados || Foto Elói Corrêa

A partir de julho, jovens e adultos internados no Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, no sul da Bahia, terão aulas durante o período de permanência na unidade de saúde. Viabilizada pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC-Ba), por meio da Superintendência de Políticas para a Educação Básica (SUPED), a iniciativa vai permitir as atividades de ensino regular para que os estudantes não tenham a aprendizagem prejudicada.
“O objetivo é fazer com que, mesmo fora da sala de aula, o estudante mantenha o nível de aprendizagem, respeitando, evidentemente, as suas condições clínicas”, ressalta o diretor-geral do HRCC, Hernani Vaz Krüger, ao anunciar a inclusão da unidade de saúde de Ilhéus no Serviço de Atendimento à Rede em Ambiências Hospitalares e Domiciliares (Programa Sarahdo), da Secretaria Estadual da Educação.
A ideia de criar o programa surgiu em função de estudos realizados pela Secretaria da Educação do Estado, que demonstraram a alta da taxa de repetência entre os estudantes que, em função de internamentos hospitalares, são obrigados a interromper a frequência escolar. Mesmo retornando às atividades antes do término do ano letivo esses estudantes, em geral, não conseguem acompanhar o desempenho dos demais.Leia Mais

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Técnicos iniciam instalação de marcos territoriais de Ilhéus

Ilhéus é o primeiro município da Bahia a iniciar a instalação de marcos territoriais em consonância com a Lei 12.057, aprovada pela Assembleia Legislativa, que baseou o trabalho de atualização dos limites municipais no estado. O trabalho prático já está sendo executado por técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), acompanhado in loco pelo vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal.
Ilhéus possui 60 vértices que constituem o seu memorial descritivo e todos serão visitados e identificados. O município faz divisa com Una, Buerarema, Itabuna, Itajuípe, Coaraci, Itapitanga, Aurelino Leal e Uruçuca. Neste momento, estão sendo instaladas estacas provisórias nas áreas limítrofes mas, em seguida, a Prefeitura irá construir estruturas de concreto, instalar placas sinalizadoras e, por meio de um GPS Geodésico, o IBGE vai oficializar a certificação dos marcos.
ILHEENSES
“A iniciativa facilita a vida do cidadão que passa a saber onde começa e onde termina o seu município”, destaca o vice-prefeito de Ilhéus. “Este trabalho estava previsto após a aprovação da lei e, como ele, evita-se a invasão de município pelo outro, que era uma prática generalizada na Bahia”, completa Manoel Lamartin, pesquisador do IBGE que participa da operação. Logo após às identificações dos limites entre as cidades, Ilhéus também vai realizar o trabalho nos limites dos seus distritos e povoados, informa Nazal.
Todo o trabalho realizado pelo IBGE, SEI e Prefeitura de Ilhéus tem o acompanhamento de representantes dos municípios limites, que testemunham toda a operação. Ilhéus já concluiu a identificação no limite com Aurelino Leal e está em fase final com Uruçuca.
Lamartin destaca ainda que a Bahia é o primeiro estado da federação que está completando o trabalho de atualização dos limites municipais. “É um trabalho pioneiro, com metodologia nossa mas que o IBGE pretende levar como referência para o restante do País”, destaca.
“Seu” Adalgiso, de 92 anos, ao lado de Nazal, agora sabe que mora na área limítrofe de Ilhéus e Uruçuca.

O passo pioneiro que Ilhéus dá, neste momento, deverá ser estendido para todos os 417 municípios da Bahia. “Seu” Adalgiso, com 92 anos, agora sabe que mora bem na linha limítrofe de Ilhéus e Uruçuca. Ele foi um dos entrevistados em 2012, quando foi realizado o primeiro levantamento. Um diretor nacional de Estruturas Territoriais do IBGE estará chegando a Ilhéus nos próximos dias para conhecer de perto a metodologia usada e que será levada para todo o território nacional.

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Cacá Colchões é lançado pré-candidato a deputado estadual

O empresário Cacá Colchões, ex-vice-prefeito de Ilhéus, será candidato a deputado estadual. A definição ocorreu durante encontro do PP, em Ilhéus, neste final de semana, com a presença do secretário geral do PP baiano, o ex-prefeito ilheense Jabes Ribeiro. Cacá Colchões foi candidato a prefeito de Ilhéus em 2016. Terminou a peleja em segundo lugar, com 15 mil votos. Cacá resistia à candidatura.
O nome do empresário era cotado para disputar vaga à Câmara dos Deputados. Estrategicamente, foi lançada a pré-candidatura a deputado estadual. Acredita-se que são maiores as chances de vitória com disputa à Assembleia Legislativa. Ao mesmo tempo, ele complica a vida da deputada estadual Ângela Sousa (PSD) e se coloca como nome do PP na disputa à Prefeitura de Ilhéus em 2020, quando poderá enfrentar Marão (PSD) nas urnas.

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Banda tocava “nossa história não vai acabar bem” quando foram ouvidos 4 disparos

Um desentendimento entre investigadores da Polícia Civil e policiais militares em uma casa de eventos, no bairro Pontal, em Ilhéus, na madrugada deste sábado (9), por pouco não acaba em tragédia. Os envolvidos na confusão foram os investigadores Joseval Santos Cupertino e Luciano Santos Cardoso e o tenente-coronel Delmo Barbosa de Santana e outros PMs.
De acordo com informações de testemunhas, foram feito quatro disparos. O tenente-coronel foi atingido na perna, socorrido para o Hospital Costa do Cacau, em Ilhéus, e depois transferido para um hospital em Salvador. O estado de saúde do PM é estável. Os policiais civis nada sofreram. Um agente de portaria da casa de eventos foi atingido na perna, de raspão.
Funcionários da casa de eventos e testemunhas foram ouvidos no inquérito aberto na Polícia Civil. Em nota, a PM informou que a corporação vai instaurar sindicância para apurar os fatos. Câmeras do circuito interno do estabelecimento devem ajudar a esclarecer o que ocorreu e identificar os envolvidos no desentendimento.

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SineBahia divulga ofertas de vagas em Ilhéus, Itacaré e Jequié para esta sexta

A primeira sexta-feira de junho tem ofertas de emprego em Ilhéus e Itacaré, no sul da Bahia, e Jequié, no sudoeste do Estado. O cadastramento para as vagas deve ser feito nas unidades do SineBahia de Ilhéus e de Jequié, hoje (8).
Para se cadastrar, o interessado deve apresentar carteiras de Identidade e de Trabalho, CPF e comprovantes de residência e escolaridade. São 11 vagas para Ilhéus e uma para Itacaré, além de 5 para professor de Educação Física em Jequié. Tanto a unidade de Ilhéus como a de Jequié funcionam no SAC dos respectivos municípios. A vaga para Itacaré é oferecida no SineBahia de Ilhéus. Confira todas as vagas no “leia mais, no link a seguir.Leia Mais

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SineBahia divulga ofertas de vagas em Itabuna, Ilhéus e Jequié

Unidades do SineBahia no sul e no sudoeste do Estado oferecem, nesta quinta-feira (7), 39 vagas de emprego e estágio. Das oportunidades, 19 são para residentes em Itabuna, 11 para Ilhéus e nove em Jequié.
O interessado em uma das vagas precisa se cadastrar em uma das unidades. Todas elas funcionam em postos do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), seja em Itabuna, Ilhéus ou Jequié.
Para o cadastramento, é necessário apresentar carteiras de Trabalho e de Identidade, CPF e comprovantes de residência e escolaridade. Quem é cadastrado e possui o aplicativo SineFácil, basta manifestar interesse pelo celular. Abaixo, confira todas as vagas disponíveis no link “leia mais”. Todas as vagas são para esta quinta.Leia Mais

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Empresa abre vaga para cobrador no município de Ilhéus

A Rota Transportes, que atua no transporte intermunicipal no sul da Bahia e interestadual, abriu vagas para cobrador. O interessado deve ter, ao menos, o Ensino Fundamental completo e residir em Ilhéus.
O cadastro para vaga deve ser feito no site da empresa (www.rotatransportes.com.br)  ou o interessado pode enviar o currículo para o email recrutamento@rotatransportes.com.br. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3214-6871.

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Confira vagas de emprego em Itabuna, Ilhéus e Jequié
Mês de festas tradicionais no Nordeste, junho começa com oferta de empregos em três unidades do SineBahia em Itabuna e Ilhéus, no sul do Estado, e Jequié, no sudoeste. O maior número de vagas é oferecido na unidade itabunense, com 11 oportunidades nesta sexta (1º).
Os interessados devem procurar o SineBahia munidos de carteiras de Trabalho e de Identidade, CPF e comprovantes de residência e de escolaridade. O atendimento começa às 8h nas três unidades. Para conferir todas as vagas, clique no link “leia mais”, a seguir.Leia Mais

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Greve dos rodoviários começará à 0h desta terça

As negociações entre patrões e empregados não avançaram e o itabunense amanhecerá sem ônibus urbano nesta terça-feira (29). A greve atingirá também o transporte intermunicipal, pois o movimento teve a adesão dos rodoviários das empresas Rota e Viação Águia Branca.
Os rodoviários pediam 6% de reajuste salarial e 10% no valor do tíquete refeição, mas as empresas ofereceram 1,78% de reajuste no salário e 0,78% no tíquete refeição na semana passada. Porém, pediram prazo até esta segunda para apresentação de nova proposta. Sem avanço nas negociações, a categoria entrou em greve. Ulisses Santos, dirigente do Sindicato dos Rodoviários de Itabuna, conformou o início do movimento a partir da 0h desta terça.
GREVE EM ILHÉUS
Também nesta segunda, os rodoviários de Ilhéus decidiram entrar em greve. A paralisação começará na próxima quinta (31). Os rodoviários pedem 5% de reajuste salarial e as empresas acenaram com 2,5%, o que foi rejeitado pelos rodoviários.
Atualização às 7h10min (29/05) – Os rodoviários das empresas Águia Branca e Rota Transportes, que operam linhas intermunicipais e interestaduais, fizeram acordo e retornaram ao trabalho nesta manhã. Eles aceitaram reajuste de 2,7% no salário e 4,6% no tíquete refeição.

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Mário Alexandre || prefeito@ilheus.ba.gov.br
 

Se a cidade ainda não dorme absolutamente tranquila, ela não tem mais acordado de sobressalto, suja, mal iluminada, com medo, sem amparo da saúde ou com condições precárias na educação. É a história do copo d´água até a metade.

 
Sou filho de Ilhéus e me orgulho do seu povo. Por isso, sou apaixonado por essa terra abençoada. Na Medicina, diz-se que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose. A paixão não pode estar além da razão. De que adianta conhecer a fundo cada palmo desse chão, se não houver inteligência emocional para conduzir diariamente a vida de cerca de 178 mil habitantes? Eleitores não confiariam um município, durante 4 anos, a alguém que só se preparou na academia e não é sensível ao clamor popular das ruas. Sou também formado na faculdade da vida, por isso, não foi à toa que meu apelido virou Marão. Foi com esse carinho, com o qual o povo me trata, que aceitei o desafio de ser prefeito. Sem planos infalíveis e sem fórmulas mirabolantes. Ouvindo mais do que falando. Dialogando mais do que discutindo. Propondo mais do que contra-argumentando.
Nesse quase 1 ano e meio de administração, tenho acertado muito mais do que errado. Isso é natural na evolução como ser humano, isso é legítimo para um homem que visa o bem público. Com esse pensamento e filosofia de vida, com determinação, vencemos o desafio da eleição mais disputada na Princesa do Sul, não só pela quantidade de candidatos, mas também pela pluralidade de propostas e projetos de governo. Quando digo “vencemos”, leia-se a vontade soberana da população, por meio das urnas, aliada aos nomes que se apresentaram como instrumentos da mudança em tempo de dias cinzentos. O compromisso ora firmado previa os momentos bons e as horas más, que permeiam toda e qualquer administração pública.
A diferença é que o combustível que me nutre é a alegria que sempre externei desde os tempos remotos de aluno do Instituto Nossa Senhora da Piedade. A esperança do eleitor se converte todo dia em elemento renovador e transformador da realidade, seja da zona norte, centro, sul, ou distritos e áreas distantes da sede. O maior exercício é manter o foco. A maior disciplina é a fortaleza. A maior coragem é ter bondade. O melhor companheiro é o que mais discorda e auxilia e não desiste de lutar lado a lado, de sol a sol, não se intimidando com barreiras ou pessoas que atravessam o nosso caminho.
Assim, reconheço minhas falhas, mas elas não são fruto de alheamento ou distanciamento do gabinete. Meu expediente começa religiosamente às sete horas da manhã e não tem horário exato para terminar. Invade meu almoço, atravessa os fins de semana, porém podem ter certeza que nunca tira o meu sono, porque deito todos os dias com a certeza de ter feito o meu melhor. Pode não ser o máximo. No entanto, é o máximo que me obrigo a realizar, mesmo sabendo que a minha autocrítica sempre cobra e exige mais de mim, pelo amor que tenho ao povo da minha cidade. Ando de cabeça erguida, de peito aberto e de sorriso largo e não limito minha atuação a ir ao Centro Administrativo. Meu governo tem como lema: tempo de alegria e de trabalho. Gosto de empreender, mover, dinamizar, desburocratizar, desembargar, sonhar e fazer. Não me acho mais capaz do que ninguém, não me apresento como o mais honesto ou o único sincero, nem tampouco me considero o mais apaixonado dos ilheenses.
Sou apenas Mário Alexandre Corrêa de Sousa, médico, pai e chefe de família e, na condição de comandante dessa nau, abriria mão de ser prefeito, caso estivesse insatisfeito com a minha gestão e não registrasse excelentes índices de aprovação da população. Não sou apegado a cargo ou mandato e não acredito em pessoas que fazem ou deixam as coisas pela metade, porque minha responsabilidade maior é com o povo. Sou homem público não só por estar prefeito, mas por ser médico, servidor que atende nos sistemas público e privado do Município de Ilhéus. Não faço distinção no tratamento entre o paciente com plano de saúde ou aquele que é atendido pelo SUS. Minha profissão é conhecida por todos, e minha família, também. Caráter e moral ou se herdam ou não se têm. “Nem toda lucidez é velha”, diria o poeta.
Sou acessível à população e ao meu secretariado. Não sou o prefeito desse ou daquele grupo ou coligação partidária. Fui eleito e estou prefeito de toda São Jorge dos Ilhéus até 31 de dezembro de 2020, em virtude de um compromisso firmado nas urnas, sem qualquer antecipação de destino, até porque o futuro a Deus pertence. Graças a Ele, a cidade não ostenta mais o título de desorganizada em termos financeiros e administrativos. Cada vez que viajo a Brasília ou a Salvador, busco recursos, firmo parcerias, desato nós, visando atrair investimentos de origem federal ou estadual.
Na Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), por exemplo, as prestações de contas, que nunca foram feitas, ameaçavam a extinção de programas sociais. Em meus acertos e erros, deparo-me também com a questão da oportunidade. Detectar talentos, incentivar quadros, promover pessoas na base da meritocracia, substituindo ou alterando nomes, quando são necessários. Isso significa dizer que o “não” faz parte da liturgia do cargo. Quem dá instantânea resposta positiva ou negativa não age com sabedoria, mas sim com atropelo. Quem vislumbra apenas o amanhã e não age com a cabeça no presente adensa compêndios estéreis e inválidos. Quem não experimenta o progresso se prende a falácias em teses desenvolvimentistas a qualquer preço ou teorias da conspiração. Minha atitude é sempre pra cima, leve. Meu comportamento é sempre austero. Por essa razão, Ilhéus saiu do ranking de um dos maiores devedores trabalhistas do país. Essa ação não é típica de quem empurra as coisas com a barriga ou mesmo enfrenta as adversidades dando de ombro. É de alguém que quis dar um basta a tantos possíveis bloqueios de contas da Prefeitura que atravancam e engessam uma gestão.
Nessa minha caminhada também aprendi que nem só de pão vive o homem. Não desviei ou seria irresponsável em não tratar áreas como saúde, educação, desenvolvimento social, saneamento básico, dentre outras, como prioridades. Acontece que, historicamente, nossa cidade também vive dos dividendos do turismo. E mais: como ajudar a resgatar a autoestima sem proporcionar um pouco de alegria ao povo em plena folia momesca? Na hora, todos vão, tiram selfies, postam e curtem, mas depois a crítica é tão ácida quanto injusta. Ninguém calcula o lucro, todos contabilizam o prejuízo, desde quando tudo se resume a investimento exatamente para gerar receita. Assim, como está no DNA do ilheense a hospitalidade, na minha receita (ou orçamento) estão a construção de creches e requalificação ou reforma de salas e unidades escolares. A melhor forma de ser ouvido é falar e não se calar. A melhor forma de ser atendido é procurar, não retroceder. A melhor forma de realizar é justamente não desistindo. A persistência e a resiliência são atributos e virtudes de um grande líder e ele deve exercer sua influência sobre o grupo com energia positiva, equilíbrio e, principalmente, com atenção máxima ao que cidadão transmite nas ruas, não pelas redes sociais. Isso não é ser utópico, mas não se pode viver eternamente, de forma prolixa, no mundo de Alice.
Da mesma forma em que me considero um eterno aprendiz, não sou adepto do “reunismo”. Esse terrível mal que assola a gestão dos representantes municipal, estadual e federal. Horas a fio nem sempre promovem efeito prático. Por sinal, a partir do momento em que se escolhe um secretariado delegam-se responsabilidades e entra em cena a autonomia com responsabilidade e automática integração entre os nomes confiados. O diálogo e o bom relacionamento – ainda que institucionais – são inerentes à ocupação do cargo. Sendo bastante simplista: escolhemos absolutamente todas as pessoas com quem desejamos trabalhar em uma empresa? Na administração pública não é diferente. Como em qualquer organização temos nossas afinidades e desafetos. No entanto, não podemos nos “vitimizar” ou nos paralisarmos diante das circunstâncias. Há um patrão maior que nos elogia e critica, propõe, quer solução dos problemas, possui uma demanda reprimida na Saúde, precisa de emprego, assusta-se com a criminalidade, anseia por uma moradia e por aí vai.
Por falar em Saúde, esse é o setor que mais avança em meu governo. Está no ritmo que gostaríamos? Evidente que não, porém não temos todos os recursos materiais, financeiros e humanos suficientes para resolver esse gargalo de forma definitiva. Diante disso, não esmorecemos. Ao contrário. Corremos mais atrás do lucro, posto que ninguém deve buscar o prejuízo. São incontáveis as melhorias que se devem ao esforço conjunto (força tarefa) com deputados e secretários em produtivos encontros junto ao governador, ministros e até o presidente. A presença constante do governador Rui Costa em nossa cidade é prova maior de que a parceria continua sólida e ela cresce a cada dia. Nunca antes na história de Ilhéus um governador realizou tanto e veio tantas vezes inaugurar e acompanhar obras, tratar sobre novos e promissores projetos de verdadeiro desenvolvimento econômico e social. O bom é que ele sempre se mostra educado e disponível para atender a novas proposições, desde que sejam factíveis.
Por mais que me desdobre na árdua tarefa de governar, preciso ser informado sobre o que anda bem e quem também não vêm agradando. De forma franca e aberta, sem mágoa, dedo apontado ou lista negra. Como homem, estou longe de ser infalível em minhas escolhas e decisões. Assim, “não me envergonho de mudar de ideia porque não me envergonho de pensar”. A repetição de um comportamento ou ideia fixa acaba por se tornar uma obsessão e isso é terrivelmente ruim para o ambiente organizacional. A energia não flui, o ar não se renova. Discutir tudo não é sinônimo de dinamismo governamental. Para tanto, as referências de trabalho precisam ser vívidas e radiantes e não obsoletas com performances questionáveis cercadas de métodos pouco ortodoxos. Então, a prescrição é o esquecimento dessa gente e seguir em frente. A ideia de governar pressupõe avaliação constante da equipe e esse trabalho de ida às unidades de atendimento ao cidadão nas diversas esferas é “invisível”, apesar de presencial e testemunhal, portanto não precisa de manchete ou fotografia. A verdade é que quem vive a cidade de perto continua fiel aos seus acordos, princípios e compromissos. Com isso, a omissão passa a ser cômoda e rentável.
Por fim, quero dizer que não sou o salvador da pátria. Apesar de saber que a população reconhece o trabalho feito até o momento, esse status me conferiria uma ilusória aura que me levaria a um estado de profundo sono. Se a cidade ainda não dorme absolutamente tranquila, ela não tem mais acordado de sobressalto, suja, mal iluminada, com medo, sem amparo da saúde ou com condições precárias na educação. É a história do copo d´água até a metade. Muitos veem com atitude otimista e feliz como metade cheio, mas os pessimistas, atravancados e mais ilheenses do que os próprios ilheenses o enxergam metade vazio. Uma voz interior me motiva a seguir adiante. Por tudo que vi e vivi, o sentimento é de agradecimento e compaixão e, acima de tudo, de força e fé para seguir viagem, exercitando o perdão nosso de cada dia e estendendo a mão para quem realmente quer me ajudar.
Mário Alexandre (Marão) é prefeito de Ilhéus pelo PSD.

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Obras da nova ponte atingem 55% de conclusão || Imagem GovBA

As obras da nova ponte que ligará o centro de Ilhéus e a zona sul do município atingiram 55% de conclusão, segundo o governo baiano. A ponte semiestaiada terá 533 metros de comprimento por 24,6 metros de largura. As obras são tocadas pela OAS.
A ponte contará com passeio, canteiro central, pistas duplas nos dois sentidos e ciclovia. O projeto viário, segundo o governo baiano, terá 2,74 quilômetros de extensão, e contempla área de estacionamento. O investimento previsto é R$ 99,6 milhões.
ATRASOS
A previsão ainda não oficial é de que a obra fique pronta em maio de 2019. O cronograma era de entrega no final deste ano, mas a greve dos trabalhadores da construção civil pesada em toda a Bahia, por duas semanas, e a lentidão na obra tornaram difícil a conclusão dentro deste prazo.

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Empresas instaladas em Ilhéus e em Itabuna oferecem um total de 31 vagas de emprego com carteira assinada nesta sexta-feira (25). As oportunidades são intermediadas pelo SineBahia. São 8 vagas em Ilhéus e 23 em Itabuna para hoje.
Os interessados devem procurar uma das duas unidades. São exigidos para o cadastramento carteiras de Trabalho e de Identidade, comprovantes de residência e de escolaridade. Se o candidato for pessoa com deficiência, deve ainda apresentar laudo médico.
O SineBahia em Ilhéus funciona na Rua Eustáquio Bastos, próximo à Praça Cairu, no Centro, no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC). Já em Itabuna, o atendimento é no andar superior do Shopping Jequitibá, na Avenida Aziz Maron (Beira-Rio), no posto do SAC local.
Clique no “leia mais” e confira todas as vagas.Leia Mais

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Inscrição no Universidade Para Todos se encerra nesta quarta|| Foto Divulgação

A Secretaria da Educação da Bahia encerra, nesta quarta-feira (23), as inscrições para o processo seletivo para o curso pré-vestibular do Programa Universidade para Todos (UPT). Estão sendo destinadas 14 mil vagas, das quais 650 para estudantes dos municípios do sul da Bahia. Somente para Itabuna e Ilhéus são 200 oportunidades.
A inscrição é gratuita e pode ser feita no endereço www.educacao.ba.gov.br. As aulas serão coordenadas pelas universidades estaduais e realizadas de 5 de junho a 14 de dezembro. No ato da inscrição o candidato deverá fazer opção para um único município, local de funcionamento e turno que deseja cursar.
RELAÇÃO DE CONVOCADOS
A relação dos candidatos selecionados será disponibilizada no dia 30 de maio, no endereço www.educacao.ba.gov.br/universidadeparatodos, nos sites das universidades estaduais e afixada nos locais em que funcionarão as turmas do curso. Os contemplados deverão se matricular de 5 a 8 de junho, no local e turno que optaram para cursar.
A matrícula somente poderá ser realizada pelo próprio candidato, assistido ou representado pelo pai, mãe ou responsável, se menor de 18 anos, ou por representante munido de procuração com firma reconhecida em cartório.

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Ex-hippie em Ilhéus se torna dono de rede de lojas|| Foto Paula Souza

Trabalhar muito e não temer novos desafios. Foi assim que sempre pensou João José Azevedo, o Coco, que começou como empreendedor aos 16 anos. Na época, o então hippie produzia suas próprias bijuterias e miçangas para vender nas praias de Ilhéus. Hoje, 40 anos depois, o homem é dono da rede franquias de joias e semijoias ArtCoco, que no ano passado faturou R$ 10 milhões.
O empresário conta que tudo começou em 1978, quando decidiu ser dono do próprio negócio no  sul da Bahia. Ele saía todos os dias para vender bijuterias nas praias de Ilhéus e retonava para casa sem uma única peça. O sucesso das vendas fez com que o homem decidisse abrir um quiosque em um mercado de artesanato da cidade.
Onde tudo começou em Ilhéus, no sul da Bahia|| Foto Arquivo Pessoal

Mas não ficou só nisso. Coco queria ir mais longe e, 10 anos depois de inaugurar o quiosque em Ilhéus, decidiu expandir seus negócios. Ele escolheu Vitória da Conquista, no sudosete da Bahia, para abrir a sua primeira loja física. Atualmente, o empresário é dono de uma rede de lojas que conta com 16 unidades em cidades baianas como Barreiras, Teixeira de Freitas, Itabuna, Conquista, Eunápolis, Guanambi, Nova Viçosa e Porto Seguro. Leia mais sobre essa história aqui.

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Nazal diz que casamento político com Marão acabou e vê governo “degringolar”

José Nazal Pacheco Soub, 62 anos, era, até o dia 30 de abril, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Ilhéus. Pediu exoneração ao final da tarde daquela segunda-feira, véspera do 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Passou a ser, a partir dali, apenas vice-prefeito. Ou, como diz, “figura decorativa”.
O casamento político com o prefeito Mário Alexandre (Marão) acabaria dois dias depois. O prefeito tentou dissuadi-lo. Ouviu de Nazal uma espécie de “Ou Bento ou eu”. Bento Lima vem a ser o secretário de Administração de Ilhéus. Mandachuva do governo, como define Nazal. Marão não topou abrir mão de Bento.
Nazal faz críticas e autocríticas. Para ele, o Governo Marão está degringolando (palavras dele) e a hora é da “cidade acordar” e a gestão ter pessoas comprometidas com Ilhéus. Aponta desvios éticos e afrontas ao erário.
O vice-prefeito acredita que Marão governa sem compartilhar poder. E, mais que isso, sem comparecer ao próprio gabinete. Pior, diz que o prefeito passou mais de 8 meses sem reunir o secretariado. Também não acredita que o governo melhore. Diz ter batido de frente com mandachuvas do governo – secretários Bento Lima, Alisson Mendonça e Alcides Kruschewsky.
Membro da Rede, o vice-prefeito fez autocrítica: enxerga-se como intransigente com várias coisas. Na tarde da última quinta-feira (17), Nazal concedeu a seguinte entrevista ao blog:
PIMENTA – Começando do começo, como é que surge a aliança com Marão?
JOSÉ NAZAL PACHECO SOUB – Lançamos pré-candidatura para discutir os problemas de Ilhéus. Para mim, era muito mais importante governar do que ganhar. Ficamos em um grupo menor. Terminou não dando certo, mas tivemos uma relação boa [em uma aliança inicial de 7 legendas]. Na última semana para convenções, Mário ficou sozinho. De 7 partidos daquele grupo, ficaram 5. Depois, um. Rachou tudo. Foi quando houve proposta de [Emílio] Gusmão e Hélio Ricardo: Por que não junta com Nazal? Aí, marcamos uma conversa, no dia 30 de julho, 10 da manhã. Conversamos. Lá, eu disse: se a gente fechar um acordo, a minha proposta é só uma. É Ilhéus, é por Ilhéus. Não sabíamos se iríamos ganhar ou não. Dia 31, convenção do PSD, sentamos novamente. No outro dia, ele vira pra mim e diz: Essa noite eu dormi. Os acordos que eu tentei fazer, todo mundo trabalhou na faixa de 50%, dividindo loteando o governo.
PIMENTA – E contigo?
NAZAL – Eu disse: minha proposta é por Ilhéus. Agora, tem uma condição. Se sair da linha, eu grito. Ganhamos a eleição sem dívida política nenhuma. Eram cinco partidos. Um grande e os nanicos: O PSD, PTdoB, PTB, PSL e a Rede.
PIMENTA – Você impôs condições, Marão aceitou. Pelo que aconteceu no governo, você se sentiu usado?
NAZAL – Não me senti, pois não me subjuguei. Não concordei, um abraço. Muitos dizem você foi importante para a eleição de Mário. Talvez não tenha essa dimensão. Eu era pré-candidato, tinha 2%, sem estrutura e densidade eleitoral. Mas algo mudou quando tornei-me vice. Mas não me senti usado. A discussão, o discurso eram um. Mas, eepois, a prática… Mas o meu permaneceu o mesmo. O que eu não aceitava, eu dizia. Coisa que não aceitei, eu sempre bati de frente.
PIMENTA – Com o prefeito?
NAZAL – Com Mário e com algumas pessoas do governo que são mandachuvas: Bento Lima (secretário de Administração), Alisson Mendonça (Governo, e agora na Seplandes) e Alcides Kruschewsky (Comunicação). Com Alcides, menos, para não ser injusto. Com Alisson, forte… Eu não entrei para disputar o poder, mas para compartilhá-lo. Essa é a diferença. Eu dizia com Alisson: ‘o meu compromisso é muito maior que o seu. Você é secretário. Eu sou secretário e vice-prefeito’. Eu botei meu nome. Meu nome estava na tela [da urna]. O de Mário foi para a tela, o meu foi para tela. Eu não queria ser um vice decorativo como agora vou ficar.

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Tem pessoas que chegaram no governo, não conhecem nada, fazem um bocado de porcaria, não botam a cara na tela…

PIMENTA – E qual é o sentimento?
NAZAL – Poderia ter contribuído até mais, mas ele [o prefeito] não quis. A Marão, eu disse: você toma decisões que eu não concordo. Como você quer que eu concorde, se eu não fui, sequer, ouvido? Tem pessoas que chegaram no governo, não conhecem nada, fazem um bocado de porcaria, não botam a cara na tela…
PIMENTA – Que tipo de porcaria?
NAZAL – Tem várias coisas. [O prefeito] pegou um cara de Maraú para a Odontologia que fez horrores na área. Eu concordo, tem que botar o pessoal para trabalhar, mas você não tem o direito de dar grito, assediar. Eu disse, Mário, você não trata ninguém mal, eu não trato ninguém mal. Aí vem um cara de fora, em nome da gente, para tratar os funcionários mal? Não dá. Não sou xenófobo. Pode ser de fora, mas tem que ter compromisso com Ilhéus.
PIMENTA – Após o pedido de exoneração, o prefeito não tentou mantê-lo na Seplandes?
NAZAL – Eu disse ao prefeito… A condição para eu ficar, é você tirar Bento e um bocado de gente. Ele: então me dê nomes. Ele não tiraria.
PIMENTA – A decisão foi apenas de sair só da secretaria ou o casamento, realmente, acabou?
NAZAL – Para mim, acabou. Mário é uma pessoa que eu gosto, não há nada de pessoal, não sou de ofensas, de xingar. Agora, quando quebra a confiança, quando quebra a proposta… Eu estou vendo o governo degringolar. Eu ando na rua, eu vou para a padaria, feira, ando de chinelo na rua, ando de calção, vou para fila de banco pagar minhas contas… Eu não mudei minha forma de viver. E espero não mudar. O poder é tão efêmero. Eu não fiz campanha e nos elegemos para pensar, imediatamente, em reeleição. Para mim, reeleição é consequência, tem que acontecer de forma natural. Meu compromisso é com Ilhéus, em primeiro lugar. Então, para mim, acabou.

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Mário está governando só com Bento. Disse isso a ele. Eu não fiz campanha para uma pessoa governar sozinha.

PIMENTA – Você falou em quebra de confiança. O que minou essa confiança?
NAZAL – Sempre fiz críticas aos governos dos quais participei. Eu me afastei politicamente de Jabes em julho de 2006. Eu disse, Jabes você errou quando governou sozinho com Isac Albagli, John Ribeiro, com núcleo fechado, que acha que não erra, que acha que é infalível. Isso é ruim. Depois, veio Newton Lima e governou discutindo tudo. Tudo era na mesa. Foi reeleito com mais de 60% dos votos válidos de Ilhéus, algo que não irá se repetir por muitos anos. E aí, Jabes voltou para o governo [em 2013] e repete-se situação que você fecha o governo para decidir com poucos. Aí vem Mário e está governando só com Bento. Disse isso a ele. Eu não fiz campanha para uma pessoa governar sozinha. Fiz campanha para governar discutindo dentro do governo e com o povo. Então, não vou recuar no meu modo de pensar. Agora, a decisão foi minha por um único motivo. Eu levei 75 dias para Mário me receber esse ano.
PIMENTA – Quantas reuniões como secretário?
NAZAL – Apenas duas em todo o governo. É uma crítica que eu tenho com Mário. Por exemplo: ele não tem rotina para despachar. Todo governo deve ter. Se ele está te atendendo, chega outro secretário e entra na conversa. Então, não pode ser assim. Não é que seja sigilo, segredo, mas tem coisas que exigem foco. Eu fiz uma crítica a ele, de frente. Você não está indo ao gabinete, que está às moscas. Eu vou lá todo dia.
PIMENTA – Nem vai à rua?
NAZAL – Ele despacha em casa. Está errado.
PIMENTA – O que distancia o prefeito do próprio gabinete?
NAZAL – Decisão pessoal dele. Eu não tenho dificuldade de dizer não. Se posso dar um sim, será um prazer imenso. Se não, será com dor forte, mas terei que dizer não posso. Governar é tomar decisões. E não ter decisão é pior que protelar. Eu disse a ele: Jabes entrava pelos fundos, mas ia ao gabinete, mas você nem isso.
PIMENTA – Dá para administrar uma cidade como Ilhéus, assim, desta forma?
NAZAL – Não dá. Diversas vezes, e abertamente, propus fazer o seguinte: nós dois vamos entrar em um carro, ir a posto de saúde, escola, unidade administrativa para ver como as coisas estão acontecendo. Vamos chegar em uma escola na hora da merenda para ver como está a merenda. Vamos chegar em um posto às cinco horas da tarde, para ver se tem alguém lá, que o horário é até as 18h. Não tem ninguém em nenhum posto. A gente perdeu, agora, do meu ponto de vista, o apoio que estava tendo do governo do estado na área da Saúde.
PIMENTA – Por quê?
NAZAL – As coisas não estão acontecendo. Não vamos ter mais o apoio que estávamos tendo do Estado e que, inclusive, causou ciúmes em políticos do passado. Tínhamos um apoio muito forte, mas hoje está meio frio.

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Meu amigo, tá faltando copinho para fazer exame de tuberculose. Copinho que custa centavos.

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PIMENTA – Esse novo comportamento do estado se dá por causa do prefeito ou de quem comanda a Pasta?
NAZAL – O prefeito é quem governa, mas vem também da pasta. Algumas coisas melhoraram. É inegável. O atendimento na pediatria… Mas não está ainda bom. Eu não concordo com governo que vive de releases. Tem que viver com ações concretas. Hoje (quinta), de manhã, recebi solicitação que não vou poder ajudar. Meu amigo, tá faltando copinho para fazer exame de tuberculose. Copinho que custa centavos. Cheguei no Ilhéus II, e uma senhora me disse que comprou fita – R$ 5,80 – para o posto de saúde marcar a consulta dela. Tenho que ficar com vergonha. A Prefeitura de Uruçuca está com 4 escolas dentro de Ilhéus. E Uruçuca construiu uma escola dentro de Ilhéus, em Banco Central, ano passado. Eu reclamei, reclamei e nada foi feito. Reclamei até ontem (15), meia-noite. Pode ser que tenha sido feito hoje. Construída.. Isso é improbidade administrativa. Na revisão do limite, a pessoa pode dizer que quer ser de Uruçuca. Ninguém toma providência. Não é a defesa intransigente, mas a gente tem que tomar conta do nosso chão.
PIMENTA – O governo tem tempo para mudar, melhorar?
NAZAL – Todo mundo, na hora que quer mudar, muda. Mas tem que querer. Se não houver vontade… Eu acho difícil acontecer [mudança]. Eu vi pesquisa com recortes pontuais. Disse na cara, não acredito. Pesquisa eu acredito vendo-a completa, quem fez… Pode ser Ibope, Datafolha… Vendo pedacinho, não acredito. A pesquisa verdadeira é a do dia a dia. Vai na feira, pergunte. Vai…
PIMENTA – O prefeito sempre foi visto como acessível, afável. O que provocou essa mudança, esse distanciamento do gabinete?
NAZAL – Não vejo ninguém melhor que Mário para fazer esse corpo-a-corpo, mas ele está deixando a desejar. Tem coisas que não justificam. O atendimento ao público… Infelizmente, a maioria vai fazer pedido pessoal, mas há quem peça coletivamente, de forma plural. Então, tem que ter atenção. Vou dar exemplo. Inema, no interior, ele não tinha ninguém na campanha. Eu abri conversa e o grupo nos deu votação expressiva. O grupo não foi atendido em nada. Eram pedidos coletivos. Foram atendidos por mim, Alcides, Alisson. Mas ele, nada.
PIMENTA – O governo reage da melhor forma às críticas de opositores?
NAZAL – Sabe a história do avestruz, do enterrar a cabeça pra não ver… Eu não sou o prefeito. Prefeito é Mário. A minha rede social quem responde sou eu. Se acho que é pertinente a reclamação, dou a devida resposta. Ontem, fiz uma observação ao governador [Rui Costa]. Fui ver uma reclamação quanto à obra de esgoto na zona sul. De fato, está uma porcaria. Mostrei ao governador e avisei à Embasa. Ele respondeu meia hora depois, dizendo que tomaria providência. É um problema sério. São R$ 52 milhões investidos, uma grande obra. Ilhéus vai chegar a 92% de esgoto tratado.
PIMENTA – E na sua Pasta, o Planejamento? 
NAZAL – Briguei no governo e não consegui dar conta do Plano Municipal de Saneamento Básico. Nós precisamos fazer. Se não fosse prorrogado o prazo para 2019, ficaríamos sem receber dinheiro nenhum, nem de emenda nem de nada, por falta do plano. Ninguém no governo dá importância. Fizemos um convênio com a UFSB, e espero que continue, de levantamento arbóreo, isso é importante para a população viver, ar mais limpo, respirar melhor, fizemos um trabalho para a Bacia do Iguape, que é um problema grave d´água. Espero que deem continuidade. Uma série de coisa que a gente encaminhou, mas paciência.
PIMENTA – Sua secretaria foi boicotada?
NAZAL – A dificuldade que tínhamos era com pessoal. Por meio de parceria com o Ministério Público, conseguimos fazer algum tipo de capacitação. Agora mesmo foi curso de poda de árvore, por uma semana… Temos condições péssimas de trabalho, de estrutura. Tínhamos uma pessoa para fazer todo o licenciamento ambiental de Ilhéus. Ficamos um ano com só uma pessoa. É, humanamente, impossível dar conta com uma só pessoa. Claro que não dá conta. Aí foram chamados mais 4, mas somente no final do ano passado.

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Tem empresas grandes que estão enganchadas porque têm passivo ambiental pesado e pedem para dar jeitinho.

PIMENTA – Havia queixa quanto à concessão das licenças ambientais.
NAZAL – Fomos duros na concessão de licenciamento, construção em áreas de proteção, construção irregular. No dia que se dava uma notificação, havia dez pedidos políticos para dar um jeitinho. Tem um prédio que estava sendo construído na zona sul e foi embargado porque estava sem licença, alvará, sem nada. Ainda veio pedido para ter paciência com um negócio desse… Tem empresas grandes que estão enganchadas porque têm passivo ambiental pesado e pedem para dar jeitinho.
PIMENTA – O governo ficou aquém do pensado?
NAZAL – Muito. Por exemplo, transparência de todos os atos. É uma obrigação legal. Mas temos que fazer mais que a obrigação. O que é isso? É contratar bem, saber se o serviço está sendo bem feito. Deficiência no serviço de transporte escolar, na merenda, na atenção básica de saúde… Agora, como vice-prefeito, vou ter condição de enxergar mais…
PIMENTA – A secretaria conseguiu desempenhar o papel, de planejar, discutir a cidade?
NAZAL – Conseguiu. Tem vários projetos prontos. Nunca é um trabalho sozinho. A gente teve discussão muito forte sobre a mobilidade urbana, resultando em projeto que se for implantado terá grande impacto. Temos projeto para fazer escola na área social do Clube do Pontal… Está bacana. O Clube tem projeto de doar terreno para o município, mas nunca consegui apresentá-lo ao prefeito. Temos a mudança do projeto de transporte coletivo, de diametral para radial, com o usuário podendo usar ônibus por 2 horas pagando só uma passagem. O transporte público é deficiente em Ilhéus. Por isso, temos o avanço do transporte clandestino. Precisamos discutir a questão da água. O prefeito perdeu uma ligação da cidade de Sobral, Ceará. Vinham propor implantar em Ilhéus um sistema de educação que é modelo no Brasil e no mundo. Sabe onde está sendo implantado? Em Vitória da Conquista. O prefeito Herzem está entusiasmado, encantado.
PIMENTA – E qual seria o custo?
NAZAL – O operacional, o normal. Ele [Marão] nem ouviu, não houve interesse. Falei com a secretária… Então, essas coisas… A cidade precisa acordar. Incomodou tanto eu me separar, politicamente, do governo que tá saindo um bocado de meme dizendo Nazal, Mário e a deputada. Tem culpa. Mas eu sei de onde está partindo… Nesta semana, fizeram uma reunião grande para entrar nessa linha do desgaste de Mário.

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Quem governar diferente, está governando certo. Agora, eu não fiz campanha em 2016, andei por Ilhéus, para fazer um governo como está sendo feito.

 
PIMENTA – Sinaliza preocupação com 2020. Você será candidato a prefeito?
NAZAL – Em 2006, eu dizia que seria candidato a prefeito de Ilhéus não para ganhar, mas para puxar temas, discutir Ilhéus, que queria ser diferente. Fui secretário de Uruçuca no Governo de Fernanda Silva [2013-2016]. Na primeira reunião em dezembro de 2012, no Barravento, ela queria ouvir cada um. Eu não tinha tanta intimidade. Disse, prefeita eu só tenho uma sugestão para a senhora. Faça diferente. E ela, como é que governa diferente? Respondi: governe certo. Quem governar diferente, está governando certo. Agora, eu não fiz campanha em 2016, andei por Ilhéus, para fazer um governo como está sendo feito.
PIMENTA – E como está sendo feito?
NAZAL – Principalmente com o erário. Fui contra fazer o carnaval desde o primeiro ano. Adoro carnaval, mas só faz festa quem tem dinheiro sobrando. Um milhão e duzentos que gastou no carnaval consertava quantos postos de saúde, quantas escolas? A Escola de Tibina tem mais de cinco anos que está sem teto. Fui à secretária [de Educação] Eliane Oliveira. E ela respondeu que foi a primeira que pediu para consertar. E mostrou: aqui a prova. Quem mudou a prioridade? Não sei, mas foi a primeira escola. Tem oito meses que não fazia reunião de secretário. Fez na terça (15). Como governa dessa forma? Que unidade tem esse governo? Até para discutir, até para brigar… Um não sabe o que o outro está fazendo… O plano de iluminação da Soares Lopes quem fez foi a Administração. A Secretaria de Serviços Urbanos, na época era Jorge Cunha, não sabia de nada. Alcides levantou uma questão, e tinha razão. O projeto da Avenida era um e o da ponte, feito pelo Estado, era outro. Não se comunicou. Ontem, o pessoal da obra da Ponte me pediu que enviasse a referência do poste [de iluminação pública] para planejar igual. Coloquei em contato com Hermano Fahning para fazer.
PIMENTA – O projeto é bom?
NAZAL – É bom. Vou dar exemplo… Marão estava viajando e eu entrei em contato com o governador para falar do projeto. Governador, queremos fazer um estacionamento aqui. Ele respondeu, façam um projeto bonito… Até agora, não foi levado ao governador. Não é um projeto caro. Fiz pedido ao prefeito na minha carta. Aquelas pedras da construção da ponte serão retiradas, está no contrato. devem ser jogadas em área licenciada ambientalmente. A licença indica que se jogue na Sapetinga, no São Miguel e São Domingos. No São Domingos, o SIT (Governo do Estado) está fazendo a licença. Na Sapetinga e no São Miguel, a prefeitura terá que fazer. Ninguém fez. Será que vão querer fazer de qualquer jeito? Tem que ter responsabilidade. Civil, inclusive. A gente não tem em Ilhéus uma cascalheira licenciada. Como é que se faz manutenção de estradadas? Ilhéus não se tem uma sequer. O governo não discute. Acha que é besteira isso? Quem está no campo, sofre. O lavrador, o agricultor, quem precisa usar o ônibus. Em Uruçuca, teve aquele acidente com morte da estudante. Em Ilhéus, tem veículos rodando naquelas condições. Mas como dá manutenção se não tem cascalheira licenciada?
PIMENTA – Começamos falando do casamento… Em casamento, ambos têm responsabilidade, se na união ou na separação. Que autocrítica você faz?
NAZAL – Faço todo dia, todo dia, todo dia. A minha talvez seja a de ser intransigente com algumas coisas, com as coisas que têm de ser feitas da forma certa. Há coisas que você possa achar um caminho. Mas sou intransigente com o interesse público estar acima do privado.
PIMENTA – O privado se sobrepõe ao público com grande incidência em Ilhéus?
NAZAL – Em todo governo. A pessoa chega com o projeto, tudo bacana. Aí o sujeito chega e a gente pergunta das desvantagens. Ah, não tem. Como? Só tem vantagem? Mas é preciso ter coragem para enfrentar isso.

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O prefeito deu declaração de que a usina vai funcionar [essa semana]. Se funcionar, vai ser de forma irregular.

 
PIMENTA – Falando ainda das causas do rompimento, os atritos com secretários pesaram na decisão?
NAZAL –Atrito teve, mas não a ponto de criar trauma. O mais melindroso foi a coragem que a gente teve de fechar a usina, estando a usina irregular. Como é que nós, como governantes, exigimos que esteja correto e libera a usina? Município tem que fazer correto. Não é favor fazer o correto. Agora, para resolver o problema da usina, a gente escolheu algumas áreas. Mas a decisão de Bento, do prefeito, foi desapropriar a área onde a usina está, sem observar o valor venal da área, que é alto. O prefeito deu declaração de que a usina vai funcionar [essa semana]. Se funcionar, vai ser de forma irregular. E eu não sei se a empresa já devolveu todos os equipamentos, porque havia equipamento do município sendo usado em Itacaré. Até seis meses atrás, estava lá.
PIMENTA – Você se arrepende da aliança com Marão?
NAZAL – Não. Valeu a pena. Não é a posição pessoal de ser vice-prefeito. Isso é passageiro. Passa tão rápido. Vou me dedicar agora a um trabalho em função do Censo de 2020. Vou trabalhar sozinho. Depois, apresento. Até ao prefeito. É pelo município, por Ilhéus. Marina me disse uma coisa, meu filho, você fez um contrato com o povo. Eu vou me dedicar. Onde sou chamado e onde for chamado, eu vou.
PIMENTA – Já é o plano para 2020?
NAZAL – Pode até ser, mas eu sempre fui. Eu atendo telefone sem olhar quem está ligando. Devolvo todas as ligações que fazem para mim. Eu não sei se estarei vivo amanhã. Não sei se chego em casa hoje. Eu gostaria de ver o governo mudar, mesmo não estando nas decisões, mas pelo bem da cidade.
PIMENTA – Com as mexidas feitas na equipe, dá para mudar?
NAZAL – Só o tempo para dizer. Sem se reunir, sem interação entre as pastas, saber o que o outro está fazendo, ajudar o outro, não tem mudança.
PIMENTA – Dá para a equipe jogar bem com o técnico a distância?
NAZAL – Não. Mário tem que ter rotina de prefeito, não lê um processo para despachar. Tem coisas que você tem que saber, entender o que está fazendo. Tem coisas que a gente precisa não apenas conhecer, tem que saber daquela coisa lá. Agora, repito, tem que ter compromisso com a cidade. Eu moro na mesma casa há 62 anos. Não pretendo sair. Quero olhar para as pessoas. Está faltando amar as pessoas verdadeiramente. Trabalhei com vários prefeitos. Não encontrei um top. Tem que pensar no coletivo. Não gostou, mas quantos mil gostaram? É fazer o que tem que ser feito, mas não com interesse em ser reeleito. Ele dizia eu vou ser o prefeito top. Prefeito, não foi top.