Considerado um dos maiores da América Latina, o Laboratório de Micropropagação Vegetal da Biofábrica de Cacau, no sul da Bahia, passa por constantes melhorias em sua estrutura. Agora, o ambiente, que antes era 85% estéril, passou a ser 100% livre de contaminação por fungos e bactérias com a troca de pré-filtros e câmaras de fluxo laminar. O investimento foi feito em parceria com o Governo da Bahia e custou R$ 70 mil.
Na sala de pressão positiva foi feita a troca de 12 pré-filtros para aprimorar a medição de cada equipamento, aumentando a retenção de micropartículas. De acordo com o coordenador do laboratório, Hepitágoras Gonçalves, a mudança permite anular o nível de perdas de mudas por contaminação, antes registrado em 15%.
Os pré-filtros são responsáveis por filtrar o ar do ambiente externo, reduzindo sua quantidade para 30%. “Esse percentual que adentra o laboratório circula 44 vezes por hora – limite seguro de utilização do mesmo ar, sendo renovado a cada hora”, explica o coordenador.
Ainda segundo Hepitágoras, também foi feita renovação de 13 câmaras de fluxo laminar, que asseguram o padrão de fluxo de ar que se movimenta em sentido unidirecional, numa velocidade constante – composição necessária para manter o ambiente 100% estéril, similar a uma unidade hospitalar. “Com a validação, estamos tornando o ambiente ainda mais eficiente e reduzindo a contaminação na produção”, conclui o coordenador do laboratório.
Cerca de 20 servidores do governo de Moçambique, na África, e uma equipe do Banco Mundial visitaram o parque fabril do Instituto Biofábrica de Cacau (IBC), em Ilhéus. A missão, organizada em parceria com os governos Federal e da Bahia, apresentar ao governo moçambicano políticas públicas de desenvolvimento e redução da pobreza rural promovidas nos Territórios de Identidade Litoral Sul e Baixo-Sul da Bahia.
A diretora de Planificação e Cooperação no Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural de Moçambique., Yolanda Gonçalves, disse ter ficado impressionada com a estrutura da Biofábrica e a produção em grande escala. “Quando visitamos o laboratório, também ficamos impressionados com o rigor com que o trabalho é feito, porque requer muita pesquisa, muito conhecimento e técnicos qualificados. No nosso país, infelizmente, ainda não temos viveiros com essa dimensão, com esta escala. Esperamos poder levar essa experiência para o nosso país”.
A visita fez parte do Memorando de Entendimento Trilateral assinado entre os governos do Brasil e de Moçambique com o Banco Mundial para reforço da Cooperação Sul-Sul – articulação política e de intercâmbio econômico, científico, tecnológico e outras áreas entre países em desenvolvimento.
O Banco Mundial estimula iniciativas de cooperação, ressalta Fátima Amazonas, especialista sênior em Desenvolvimento Rural do Banco Mundial. “Essa missão inicia o processo para construção dessa cooperação de forma mais estratégica e planejada”, explicou. A Bahia foi escolhida, segundo ela, por causa do Bahia Produtiva, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, além de ter as condições que poderiam favorecer as visitas de campo e as reuniões que a equipe de Moçambique precisaria para o desenvolvimento dos trabalhos.
Diretor-geral do Instituto Biofábrica de Cacau, Lanns Almeida disse que a Biofábrica é aberta para visitas como esta e busca parcerias “que acrescentem no processo de desenvolvimento rural e econômico da Bahia”. “Estamos sempre em colaboração mútua com outras instituições de tecnologia e a missão de Moçambique reforça a imagem sustentável que a Bahia confere internacionalmente”.Leia Mais
O vice-governador João Leão visitou as instalações do Instituto Biofábrica de Cacau (IBC), em Banco do Pedro, Ilhéus, para conhecer o processo de produção implantado em 2016. Segundo ele, o estado irá “organizar ainda mais” a participação na Biofábrica. João Leão citou a Agenda de Desenvolvimento Territorial nos Territórios de Identidade da Bahia.
“Por ele, nós vamos fazer um trabalho com a Biofábrica, com o Sebrae e as universidades, de dar condições ao homem do campo, principalmente aquele mais pobre, o pequeno produtor. Então, nós temos todo interesse que a Biofábrica passe a funcionar no máximo da sua capacidade”, disse. A visita de Leão também foi acompanhada pelos secretários estaduais Vítor Bonfim (Agricultura) e José Vivaldo Mendonça (Ciências, Tecnologia e Inovação). PRODUÇÃO
A Biofábrica produz aproximadamente 490 mil mudas de cacaueiros, bananeiras, abacaxizeiros, goiabeiras, açaizeiros, entre outras fruteiras, além de mandioqueiras, essências florestais e orquídeas. Parte dessas mudas é micropropagada em laboratório. Os cacaueiros, que são multiplicados por enxertia ou enraizamento com as novas tecnologias implantadas no IBC alcançaram o inédito índice de até 95% de sobrevivência.
“Fizemos uma visita para que o vice-governador, João Leão, pudesse conhecer de perto a estrutura da Biofábrica e o que já foi feito pela nova gestão nesses últimos 14 meses. A Secretaria de Agricultura tem feito uma participação com o instituto, a partir da direção de Lanns Almeida, e a parte de estruturação física já foi iniciada”, disse Vítor Bonfim
Novas tecnologias foram implantadas na Biofábrica, diz Bonfim, com aumento da produção, melhora significativa da resistência das mudas e diminuição do número de perdas. “Isso nos orgulha”, declarou o secretário Vítor Bonfim. De acordo com ele, o objetivo do estado é que o instituto atinja sua capacidade máxima de produção. “BIOFÁBRICA DA BAHIA”
“Nós sabemos que é preciso, sobretudo, a regularidade nos repasses para que a Biofábrica possa funcionar em sua capacidade plena, quase quadruplicando a sua produção atual. Então, nós esperamos que, a partir dessa visita do nosso vice-governador, o governo do estado melhore a participação nessa interface com a Biofábrica e possamos trazer investidores externos, principalmente na agroindustrialização, e, a partir daí, a Biofábrica se tornar a Biofábrica da Bahia”, completou.
O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vivaldo Mendonça, disse que a visita de Leão busca mostrar todo o potencial da região e integrar a Biofábrica como instrumento de desenvolvimento. “Isso, naturalmente, envolve a estruturação das condições de execução orçamentária, ampliação da capacidade técnica instalada e, sobretudo, o reconhecimento da Biofábrica como patrimônio do estado da Bahia e vai ser integrado ao desenvolvimento”, disse.
O diretor da Biofábrica, Lanns Almeida, ressaltou que o vice-governador e os secretários estaduais puderam ver, de perto, os avanços obtidos desde 2016. “Com o aumento do índice de sobrevivência das nossas mudas, as tecnologias que implantamos e o retorno positivo que temos dado aos produtores e agricultores familiares, temos a certeza de que a tendência é contribuirmos para elevar o nível de desenvolvimento socioeconômico da região sul da Bahia e do estado como um todo”, avaliou o diretor-geral da Biofábica, Lanns Almeida.
O Instituto Biofábrica de Cacau (IBC) deu início a uma série de ações da campanha Cacau: Fruto do Bem”. Durante maio, a campanha promoverá o plantio de cacaueiros em espaços públicos de Ilhéus e Itabuna, como escolas e áreas abertas.
Ao longo da última semana, em alusão ao Dia do Cacau, no domingo (26), a Biofábrica realizou diversas atividades, entre elas, uma audiência pública da Frente Parlamentar Ambientalista, presidida pelo deputado Marcelino Galo (PT), no parque fabril do instituto, em Banco do Pedro, Ilhéus. O evento, que ocorreu no dia 24, contou com as presenças de diversas autoridades.
“Aqui mostramos o impacto direto que a Biofábrica promove na reestruturação da base produtiva, principalmente do estado da Bahia. Ela é um equipamento público do estado e temos a certeza de que essa e outras ações são importantes para chamar a atenção para a representatividade da Biofábrica”, ressalta o diretor-geral do IBC, Lanns Almeida.
O Instituto Biofábrica de Cacau promoveu extensão rural, no município de Bandeira, no Vale Jequitinhonha, Minas Gerais, na última semana. O evento foi promovido em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Estado de Minas e a Prefeitura de Bandeira, tendo como público alvo produtores rurais também das cidades de Almenara, Jequitinhonha e comunidades do entorno.
Produtores rurais e a associação quilombola Marobá dos Teixeira, de Almenara, receberam capacitação em recuperação de áreas afetadas por doenças do cacau, preservação ambiental e tratos culturais, com o objetivo de mudar sua cultura extrativista. Além de palestra, a equipe da Biofábrica promoveu visita de campo a quatro propriedades.Leia Mais
A Teia dos Povos da Bahia está participando da 29ª edição da Feira Internacional da Agropecuária (Fenagro), que começou neste domingo (27), em Salvador. A feira está expondo mais de 3 mil animais, além de máquinas agrícolas, artesanato, frutas, queijos e chocolates finos, como o do Assentamento Terra Vista, do município de Arataca, sul do estado.
“Trazemos um pouco do sul da Bahia, da Teia dos Povos e do Assentamento Terra Vista para a Fenagro, a maior feira do Norte e Nordeste do agronegócio. Soma-se ao nosso calendário de grandes eventos nos quais estamos propagando nosso produto, que é um chocolate fino que tem mais de 50% de teor de cacau”, diz Joelson Ferreira, líder do assentamento e da Teia dos Povos. O chocolate Terra Vista é produzido em Arataca desde 2005.
A abertura da Fenagro contou com a presença do governador Rui Costa. A programação segue até o próximo domingo (4), também com ambientes para o entretenimento infantil. O evento deve movimentar mais de R$ 100 milhões em leilões e rodadas de negócios.
O Instituto Biofábrica de Cacau, por meio das secretarias estaduais de Agricultura e de Desenvolvimento Rural, também participa da feira do agronegócio. Segundo o diretor-geral da Biofábrica, Lanns Almeida, a participação reforça a importância de material genético de alta qualidade agronômica para fortalecer a produção agrícola.
Após definida a transição na Ceplac, governo e iniciativa privada tendem pelo nome de Durval Libânio para a direção do órgão federal. Libânio é da Câmara Setorial do Cacau e participou da atual gestão do Instituto Biofábrica de Cacau. Nos bastidores, comenta-se que o escolhido tem um padrinho forte, a Odebrecht.