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Igreja Matriz São Miguel Arcanjo passou por obras de restauração || Foto Itacaré Paradise

Missa solene às 19h desta sexta-feira (7) marcará a conclusão das obras de restauração da Igreja São Miguel Arcanjo, em Itacaré. O evento contará com a presença do prefeito Antônio de Anízio, do vice-prefeito Genilson Souza, do bispo diocesano Dom Mauro Montagnolli e de representantes do IPAC. A solenidade também vai marcar a apresentação do projeto do Museu Sacro da Igreja Matriz.

Considerada como um patrimônio histórico, artístico e cultural de Itacaré, a Igreja de São Miguel Arcanjo passou por mais uma etapa de restauração. Realizada pela Paróquia de São Miguel Arcanjo, com o apoio da Prefeitura de Itacaré e da comunidade, por meio da campanha “A Fé Restaurada”, a igreja histórica passou pelas obras de recuperação de todo o forro, recuperada a pintura de mais de 200 anos, recuperação do gradil de madeira do coro feito em madeira jacarandá, recuperação do batistério, dentre vários outros serviços. Tudo acompanhado pelos técnicos do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).

Uma pintura artística de aproximadamente 200 anos foi descoberta na igreja de São Miguel Arcanjo durante a realização das obras de restauração. A arte secular estava debaixo do forro de madeira do telhado da igreja, coberta por inúmeras camadas de tinta.

Por ser um bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), uma equipe da Diretoria de Projetos, Restauro e Obras (Dipro) do instituto foi acionada e realizou uma avaliação da pintura encontrada. Desde então, a equipe de restauradores locais recebeu um reforço dos profissionais do IPAC nas obras de decapagem (remoção de camadas) no intuito de revelar a antiga pintura e recuperar toda sua beleza e características originais.Leia Mais

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Fortaleza de Morro de São Paulo será tombada pelo Ipac

O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) prepara processo de tombamento de edificações históricas do Morro de São Paulo, no município de Cairu.A localidade é um dos destinos turísticos de destaque na Costa do Dendê.

Entre os equipamentos a serem tombados pelo Governo do Estado está a Fortaleza do Morro de São Paul, que foi reaberta em janeiro de 2018, após minucioso trabalho de requalificação. O conjunto a ser reconhecido inclui ainda o portaló, igreja de Nossa Senhora da Luz e o farol.

“O tombamento valoriza os atrativos de Morro de São Paulo, cuja história e características naturais atraem visitantes do mundo inteiro, e chama atenção para a necessidade de preservação”, disse o secretário estadual do Turismo, Fausto Franco, durante reunião com o diretor-geral do Ipac, João Carlos Oliveira, e a secretária de Turismo de Cairu, Diana Farias.

Reuniu debateu detalhes para o tombamento de construções históricas em Morro

MUDANÇA DE ADMINISTRAÇÃO

Durante o encontro, a gestão da Fortaleza do Morro também foi discutida. A ideia é que a Setur transfira para o Ipac a administração da fortificação do século XVII, construída para evitar aproximação de embarcações inimigas, durante o período do Brasil Colônia.

“Foram investidos R$ 14,4 milhões na requalificação, com o objetivo de fortalecer o destino turístico Morro de São Paulo e agora podemos passar a administração e manutenção do patrimônio para o Ipac”, assinalou o subsecretário estadual do Turismo, Benedito Braga.

O farol e um dos símbolos históricos de Morro de São Paulo.

De acordo com João Carlos Oliveira, o Ipac trabalha na elaboração de um modelo de gestão para o equipamento, em parceria com a prefeitura de Cairu, que mantém no local o serviço de atendimento ao turista. “Além da visitação turística, o forte deve abrigar restaurante, cafeteria e eventos culturais do Governo do Estado, bem como do município”, afirmou.

A requalificação da Fortaleza do Morro de São Paulo foi feita sob a responsabilidade do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Ides), com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Governo da Bahia e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e de empresários locais.

A reunião para debater o processo de tombamento contou com a participação de representantes do Ipac, do município de Cairu e do líder do governo na Assembleia Legislativa, Rosemberg Pinto

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sessão ipacA Assembleia Legislativa da Bahia fará sessão especial em homenagem aos 50 anos de fundação do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). A sessão ocorrerá nesta quarta (13), às 19h, por sugestão do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT). A entrada é gratuita, respeitando a lotação do espaço e retirada de ingressos na bilheteria do teatro.

A sessão terá cortejo Afro e Núcleo de Ópera da Bahia com o show em CorteGil, toques de abalês, baianas, Festa do Bembé, Lidro do Amor, Mandus e Caretas da Festa D’Ajuda de Cachoeira e a Marujada de Saubara. As apresentações culturais terão como mestres de cerimônia Júnior e Mainha da dupla Frases de Mainha. Ainda na entrada do foyer do TCA, o livro Festa da Boa Morte do IPAC será distribuído ao público.

O IPAC, afirma Rosemberg Pinto, tem sido pioneiro em várias atuações, a exemplo da sua atuação para proteger um Ofício no Brasil, o Ofício de Vaqueiros. “Temos motivos suficientes para comemorar essa data, já que a autarquia do nosso Estado foi pioneira em diversas ações como, por exemplo, cuidar das manifestações populares como patrimônio cultural protegido pelo poder público, enquanto a Constituição Federal só veio tratar desse segmento anos depois, em 1988”, lembra o parlamentar.Leia Mais

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Imagem da baiana de acarajé se identifica com a cultura do Estado

O ofício da baiana de acarajé passa a ser reconhecido como Patrimônio Imaterial da Bahia, por meio de decreto assinado pelo governador Jaques Wagner. A atividade foi também registrada no Livro Especial de Saberes e Modos de Fazer, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac).

Segundo o governador, a homenagem é um reconhecimento a “uma marca baiana, uma tradição da nossa culinária e da nossa hospitalidade”.

Uma hora dessa é covardia…
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Que Itabuna é uma cidade de contrastes e de contrários, vá lá. Mas aqui inaugura-se uma nova era, a era em que não é o malandro, mas a arte que vai parar atrás das grades. Pelo menos, é o que acontece com o painel de azulejos Saga do Cacau, de Genaro de Carvalho, no edifício Comendador Firmino Alves, na esquina da avenida do Cinquentenário com a praça Adami.

Depois de recuperar o painel cinqüentenário, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) e a Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC) não tiveram outra saída a não ser colocar uma grande em redor do painel, para evitar que a obra seja novamente atingida pelas mãos nefastas do homem.

E aí uma explicação de um dos operários que concluíam a colocação da grade, em torno do painel: “Aqui tinha de tudo. Ou arrancavam os azulejos ou apregavam faixas sobre a obra, estragando a arte, senhor”. As faixas, que ironia!, eram autorizadas pela prefeitura, esta uma responsável pela preservação dos nossos monumentos e acervo histórico.

O painel foi montado em 1953 e retrata a civilização cacaueira baiana. Quase 60 anos depois, está “preso”, atrás das grades, após restaurado pelo artista plástico itabunense Richard Wagner.

 

Obra de Genaro de Carvalho vai parar atrás das grades (Foto Pimenta).