André (à dir.) deixa grupo de Marão e anuncia apoio a Jabes Ribeiro
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O médico André Cezário, ex-secretário de Saúde de Ilhéus na atual gestão, mudou de lado. Ele deixou o PSD do prefeito Mário Alexandre, Marão, e anunciou apoio ao ex-prefeito Jabes Ribeiro (PP), pré-candidato a prefeito.

“A principal liderança política de Ilhéus. Reconhecido pela população da nossa cidade, principalmente entre os que mais necessitam dos serviços públicos. Experiência de gestão que sempre fará a diferença. Conte comigo, Jabes Ribeiro”, escreveu André em uma rede social, onde compartilhou foto em que aparece ao lado do pré-candidato.

Cardiologista, André Cezário comandou a Secretaria de Saúde do Município de agosto de 2021 a agosto de 2023. Quando deixou o cargo, havia a expectativa de que seria indicado, pelo prefeito, para a direção médica da Policlínica Regional de Saúde de Ilhéus. Não foi.

O médico chegou a presidir o PSD ilheense e foi cotado como possível pré-candidato a prefeito. Se tinha mesmo essa pretensão, acabou perdendo espaço no grupo, que, hoje, apoia a pré-candidatura do secretário de Gestão e Inovação do município, Bento Lima (PSD).

Jabes estima percentual de eleitores de Roma que votarão em Neto || Foto Alberto Coutinho
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O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, acredita que, nesta última semana de campanha, a candidatura de ACM Neto (UB) deve concentrar ações nas maiores cidades do estado, onde, segundo ele, a influência das lideranças políticas que apoiam o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, é menor.

“A campanha do Neto tem que ser focada na Região Metropolitana de Salvador e nas 30, 40 maiores cidades da Bahia. No mais, é o trabalho que já vinha sendo feito desde o primeiro turno”, disse o ex-prefeito de Ilhéus ao PIMENTA.

Ele contemporizou a saída de lideranças do PP da base de Neto para a de Jerônimo. Segundo Jabes, esse movimento ocorreu em diferentes partidos, inclusive no UB, e também no sentido contrário, com ganhos para a campanha do ex-prefeito de Salvador, ainda que em menor número do que os novos apoios conquistados pelo petista.

No primeiro turno, Jerônimo obteve 49,45% dos votos válidos contra 40,80% de ACM Neto. João Roma, do PL, ficou com 9,11% (734.361). Pela estimativa de Jabes Ribeiro, 80% dos votos de Roma devem ir para Neto no segundo turno. “Bolsonaro já deu até declaração [de apoio ao candidato do UB]”, disse, referindo-se a uma fala do presidente a Rodrigo Vilela, no podcast Inteligência Limitada.

Jabes acrescentou que a estratégia de comunicação da campanha de Neto melhorou muito no segundo turno, pois, segundo ele, acertou ao dar mais ênfase à comparação direta dos candidatos.

“SAÍMOS BEM”

Para o secretário, o Progressistas conseguiu bom resultado nas eleições proporcionais na Bahia. “Nós saímos bem. A gente sempre quer um pouquinho mais. Nós queríamos cinco federais, elegemos quatro; trabalhamos para eleger sete estaduais, elegemos seis. O partido saiu bem e forte na Assembleia e na Câmara”.

Sobre eventual fusão do PP com o União Brasil, possibilidade recentemente ventilada na imprensa, Jabes a considera improvável. E vê maiores chances de uma aliança como federação partidária. Também reafirmou voto em Lula, que, na avaliação dele, representa, hoje, o único caminho para a preservação da democracia, no momento que considera o mais crítico da Nova República.

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Quando a possibilidade dos progressistas deixarem a base do governador Rui Costa (PT) era nuvem distante no horizonte da política baiana, em fevereiro passado, o secretário-geral do partido no estado, Jabes Ribeiro, falou ao PIMENTA sobre a composição da majoritária governista. Naquela altura, segundo Jabes, o Progressistas não tinha plano B para a empreitada, o nome era o do vice-governador João Leão.

“Há apenas uma questão. O nosso nome para essa equação chama-se João Leão. Existem nomes valorosos no PP. Temos uma bancada de dez [deputados] estaduais e quatro federais. Temos prefeitos, ex-prefeitos, deputados, lideranças importantes, mas, dentro desse cenário, neste instante, o nome que temos para essa montagem, essa equação, é João Leão, que é unanimidade no PP por tudo que representa”, afirmou o ex-prefeito de Ilhéus (relembre).

Ao final daquele mês, o senador Jaques Wagner (PT) desistiria da pré-candidatura ao governo estadual, reforçando a hipótese de que Rui Costa renunciaria para se candidatar ao Senado Federal. Esse arranjo, conforme Jabes, foi acertado em reunião com o ex-presidente Lula, em São Paulo, da qual participou na companhia de Rui e Leão, que assumiria a gestão estadual até o final do mandato.

Nada disso foi à frente. A história é conhecida. Depois que Wagner anunciou a permanência de Rui no governo até o fim de 2022, as lideranças do PP afirmaram que a decisão rompeu o acordo avalizado por Lula (veja aqui) e declararam apoio à pré-candidatura de ACM Neto (UB). Na nova aliança, Leão assumiu o posto de pré-candidato do grupo ao Senado, do qual desistiu nesta segunda-feira (2).

Logo mais, às 15h, o Progressistas deve anunciar a substituição de Leão pelo filho, o deputado federal Cacá Leão, como pré-candidato a senador. Também é esperado anúncio de que o vice-governador será candidato a deputado federal. Se essas expectativas se confirmarem, os progressistas terão arrumado um plano B muito comum, o da herança política transmitida de pai para filho.

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O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, reconstituiu a sequência de eventos que antecedeu o fim da aliança do seu partido com o PT baiano. Segundo afirmou em entrevista ao PIMENTA, no final da relação política, faltou confiança por parte do PT, que descumpriu acordo sobre as eleições deste ano. O acordo rompido, afirma, previa a renúncia do governador Rui Costa (PT) para concorrer ao Senado, passando o comando do Governo da Bahia ao vice-governador João Leão (PP).

Duas reuniões foram episódios marcantes  do desfecho dessa história. A primeira envolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rui e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), em São Paulo, em 15 de fevereiro passado. O noticiário daquele dia especulava que Wagner desistiria da pré-candidatura a governador. Logo após a reunião, ele usou o Twitter para declarar que ainda era pré-candidato. A desistência seria confirmada duas semanas depois.

A segunda reunião ocorreu no dia 16 de fevereiro, em São Paulo, também com a presença de Lula, que, dessa vez, tinha como interlocutores João Leão, Rui e o próprio Jabes Ribeiro. No encontro, Lula deu aval à composição em que Rui se candidataria ao Senado, diz Jabes. “O que Lula falou? Que estava feliz com essa possibilidade. De lá pra cá, você sabe o que aconteceu”. Naquele dia, Rui também ficou muito feliz, segundo Jabes, porque desejava concorrer ao Senado.

A possibilidade descrita acima esbarrou em duas resistências. A irresignação discreta de Otto, que não quis trocar a pré-candidatura ao Senado pela disputa do governo estadual. E a grita de parlamentares petistas descontentes com a possibilidade de disputarem a reeleição sem a referência de uma candidatura do PT ao governo. Na avaliação de Jabes, com a persistência das duas barreiras, o PT decidiu alijar o PP do processo eleitoral.

Leão, Lula e Rui: reunião selou acordo descumprido pelo PT, dispara Jabes

“FALTOU CONFIANÇA E FALTOU ESTILO”

“O PT tomou uma decisão. Qual foi a decisão do PT? Dividiu em tarefas. A primeira tarefa foi, no dia 6 de março, Rui chamar o PCdoB e o PSB e comunicar que ficaria na cadeira e que o PT iria lançar candidato. Evidentemente, pediu sigilo da conversa. E Wagner ficou com a responsabilidade de entrar em contato com o nosso partido”, conta o secretário-geral do PP.

6 de março foi um domingo. Na segunda-feira (7), em entrevista à Rádio Metrópole, Wagner anunciou que Rui continuaria no cargo até o fim do mandato e que o PT lançaria candidatura própria ao governo baiano. Dias depois, o partido lançou a pré-candidatura do secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues, ao Palácio de Ondina.

Antes do anúncio, Wagner conversou com o deputado federal Cacá Leão (PP), o ex-senador Roberto Muniz (PP) e Jabes. “O estilo de Wagner qual foi? Ligou para nós três e não disse nada. A gente tem o mínimo de capacidade de intepretação. Se alguém descumpriu acordo, se alguém não cumpriu o acertado, não fomos nós. Nós fomos alijados do processo”, lamenta Jabes Ribeiro.

Para o ex-deputado federal, se Otto queria continuar no Senado e Rui decidiu permanecer no Palácio de Ondina, a consequência natural, em tese, seria o grupo indicar Leão para a disputa do governo. “Então, faltou confiança e faltou estilo na forma de discutir a questão. Quando a desconfiança toma conta de uma relação, seja no casamento, seja onde for, acabou. É procurar outro caminho. Procuramos outro caminho e estamos felizes, porque Leão e o partido estão sendo tratados com o respeito devido. Leão é candidato ao Senado”, disse, fazendo referência à aliança do PP com o pré-candidato a governador ACM Neto (UB).

JABES REFUTA HIPÓTESE DE INTERVENÇÃO DA EXECUTIVA NACIONAL NO PP BAIANO

Recentemente, o ex-deputado federal Geraldo Simões (PT) levantou a hipótese de que o PP baiano sofreria intervenção da Executiva Nacional se continuasse na base do governo Rui Costa. “Meu amigo Geraldo Simões está desinformado ou está participando das narrativas petistas para explicar o inexplicável”, rebate Jabes Ribeiro.

Ao PIMENTA, o ex-prefeito de Ilhéus fez questão de ressaltar que, originalmente, a vontade do PP era continuar na base e, se isso não foi possível, o movimento de ruptura partiu do PT. “Por mais que você veja narrativas para tentar mudar a verdade, é impossível. A mentira não se sustenta. Todos os fatos indicam que nós queríamos continuar na aliança. É só lembrar. Nós conseguimos independência e autonomia junto à direção nacional para continuarmos aliados ao PT, inclusive apoiando a eleição de Lula”.

Também recordou a independência do PP baiano nas eleições presidenciais em que apoiou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), nos anos de 2014 e 2018, respectivamente, quando o PP nacional coligou-se às candidaturas do PSDB.

Outra demonstração da autonomia do partido no estado, afirma Jabes, foi a posição dos deputados federais progressistas eleitos pela Bahia no impeachment de Dilma. Dois parlamentares votaram contra a abertura do processo (Roberto Britto e Ronaldo Carletto) e os outros dois se abstiveram (Cacá Leão e Mário Negromonte Júnior).

“PT DA BAHIA ESTÁ NA CONTRAMÃO DO PT NACIONAL”

O secretário-geral do PP afirma que, mesmo com o apoio da Executiva Nacional ao presidente Jair Bolsonaro, a maioria dos progressistas baianos deve apoiar Lula. Ele mesmo antecipa que votará no petista. Entretanto, destinou palavras duras aos ex-aliados petistas na Bahia, ressalvando a boa relação que mantém com Jaques Wagner.

“Não cobrem da gente deslealdade, porque nós não somos desleais. Sempre agimos com imensa lealdade com o PT. A recíproca não é verdadeira. Na hora final, depois de tudo acertado, dá um golpe, né?! E o pior: como não tiveram coragem de enfrentar olho a olho, comunicaram a decisão pelo rádio. Tô falando isso com o PT, porque sou amigo, gosto muito de Wagner pessoalmente e já disse isso tudo a ele”.

Para o progressista, enquanto o PT nacional, sob a liderança de Lula, articula-se para ampliar suas alianças com centro político, o PT baiano caminhou no sentido contrário ao abrir mão da parceria com o PP. Sobre a disputa pelo Senado, diz que, naturalmente, Lula caminhará com Otto, mas preferiria não ter o PP de Leão como adversário no estado, mantendo o partido do vice-governador no seu palanque. “Se você me perguntar se Lula está feliz com isso, acho que não. O PT da Bahia está na contramão do PT nacional”.

Contas de ex-prefeito de Ilhéus e do atual aguardam decisões do Poder Legislativo
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O vereador Ivo Evangelista (Republicanos) solicitou que a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Ilhéus adote os procedimentos para tramitação do julgamento de contas do Executivo, sob a responsabilidade do ex-prefeito Jabes Ribeiro (PP) e do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD).

Conforme a assessoria da Câmara, a iniciativa é para que sejam encaminhadas as prestações de contas para as Comissões Técnicas da Câmara, especialmente a de Finanças, Orçamento, Obras e Serviços Públicos.

De acordo com levantamento do parlamentar, as contas de 2015, do ex-prefeito Jabes Ribeiro, por exemplo, foram aprovadas pela casa em 2019. Mas, segundo o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), ainda se encontram sob os cuidados do Poder Legislativo.

Já sobre as contas de 2016, também de Jabes, reprovadas pelo TCM, ele revela a existência de ofício informando que a documentação foi entregue à Câmara em maio de 2019.

O mesmo acontece com a gestão de 2017, do prefeito reeleito Mário Alexandre. As contas foram aprovadas, com ressalvas, pelo TCM e o tribunal também informou à Câmara que a documentação aguarda análise do Legislativo desde 2018.

Ivo quer saber o que motiva atraso de julgamento de contas || Foto Ascom/Câmara

Ivo destaca que a Resolução 914, de 2020, de sua autoria, disciplina o julgamento das contas. “É preciso entender o motivo de todo esse atraso”, criticou, ao cobrar providências à Mesa Diretora atual, presidida pelo vereador Jerbson Moraes (PSD).

OUTRAS CONTAS DE MARÃO

Na sua cobrança, Ivo não citou outras contas do prefeito Mário Alexandre, as de 2018 e 2019, que foram rejeitadas pelo TCM. No caso da 2018, a corte mandou Marão devolver R$ 369 mil aos cofres públicos e impôs multa de R$ 73 mil ao gestor – lembre aqui. Na apreciação das contas de 2019, o tribunal apontou indício de crime de responsabilidade contra Mário Alexandre – veja aqui.

ÚLTIMA PALAVRA

O Poder Legislativo dá a palavra final no julgamento das prestações de contas do Executivo. A suspensão dos direitos políticos e a consequente inelegibilidade estão entre as punições previstas em caso de condenação.

Segundo o TCE, ex-prefeito de Ilhéus não demonstrou regularidade de despesas com recursos de convênio firmado pela Conder com a Prefeitura
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A Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) reprovou, na sessão ordinária desta terça-feira (1º), a prestação de contas do convênio 032 de 2010, firmado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) com a Prefeitura de Ilhéus. Responsável pela gestão do município naquele ano, o ex-prefeito Newton Lima (2007-2012) foi condenado pela corte a devolver R$ 206.485,06 aos cofres públicos, fora os juros e a atualização monetária.

De acordo com o TCE, o objeto do convênio era a pavimentação asfáltica de ruas e avenidas do município. Ainda conforme o tribunal, além da execução incompleta do serviço pactuado, o ex-prefeito não comprovou a regularidade das despesas. Por isso, foi multado em R$ 4.000,00.

CORTE TAMBÉM MULTA JABES RIBEIRO

Sucessor de Newton no comando do Palácio Paranaguá, antiga sede da Prefeitura de Ilhéus, o ex-prefeito Jabes Ribeiro, secretário-geral do PP na Bahia, foi multado em R$ 1.000,00, pois, segundo o TCE, não adotou providências efetivas para corrigir falhas apontadas na prestação de contas da segunda parcela do mesmo convênio.

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Plenária foi realizada nesta manhã de domingo em Ilhéus (Foto Divulgação).
Plenária foi realizada nesta manhã de domingo em Ilhéus (Foto Divulgação).

Não passou despercebido, hoje, o vacilo dos prefeitos Jabes Ribeiro (Ilhéus) e Jaqueline Mota (Barro Preto) diante de uma provocação do deputado federal, João Leão, na plenária governista, no Clube Social de Ilhéus.
Leão, pré-candidato a vice-governador na chapa de Rui Costa (PT), soltou:
– Quem aqui mora em Ilhéus? Quem mora, levanta a mão – propôs.
Acusado de residir na capital baiana, Jabes demorou a erguer o braço. Deu sinal somente após perceber o vacilo. Jaqueline não titubeou. Levantou a mão rapidinho, recolhendo-a em igual velocidade ao perceber a mancada política…
A propósito, a plenária propôs ao candidato Rui Costa a criação do governo itinerante, além de ações para agilizar grandes projetos estruturantes, a exemplo do Porto Sul e duplicação da BR-415. O evento reunia representantes dos municípios do Litoral Sul.

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Jabes autorizou pagar um dos três meses em atraso.
Jabes autorizou pagar um dos três meses em atraso.

O acirramento da crise na rede de prestadores de serviço do SUS em Ilhéus levou o prefeito Jabes Ribeiro a autorizar o pagamento mesmo aos credores que não conseguiram comprovar regularidade fiscal. De acordo com a assessoria do prefeito, até o momento o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) não respondeu a consulta formulada sobre a possibilidade de pagar a prestadores que não conseguiram comprovar regularidade fiscal.
Um acordo com a participação do Ministério Público estadual já autorizava o município a pagar as faturas de dezembro, janeiro e fevereiro aos prestadores de serviço. Mas, hoje, o prefeito optou por autorizar o pagamento apenas de dezembro. Jabes viajou a Brasília, hoje. Ele deve retornar na quinta, 21, quando desembarca em Salvador e disse que vai ao TCM para agilizar resposta à consulta feita no início do mês.
A crise na saúde se acirrou neste mês e, como informou mais cedo este blog, pelo menos um dos hospitais suspendeu atendimento. Os 100 funcionários do Hospital Coci estão sem receber salário e deflagraram greve. Apenas o Hospital Geral Luiz Viana Filho, que é público, está atendendo pacientes do SUS no município (confira mais aqui).
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi), Raimundo Santana, afirmou que o município dispõe de recursos para quitar os três meses em atraso. Para ele, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado no MP já permitia à prefeitura quitar as pendências sem sofrer sanções já que os prestadores de serviço não têm como regularizar dívidas se o município compromete as receitas de hospitais, clínicas, laboratórios e consultórios.

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Vane do Renascer deixou o PT em 2011 para concorrer à prefeitura de Itabuna. Filiou-se ao PRB e derrotou não apenas a escolhida pelo antigo partido, Juçara Feitosa, como o prefeito Capitão Azevedo (DEM). A peleja não foi fácil. “Eleitoralmente, nós vencemos uma guerra”.

Agora, Vane trabalha em outra missão: compor a equipe de governo. Ele espera definir o secretariado até o dia 15 deste mês. Pelas informações colhidas, uma das áreas mais urgentes é a da Saúde. E o prefeito eleito promete trabalhar para que o município tenha o retorno da Gestão Plena logo no início do governo, em janeiro. Para isso, vai a Salvador nesta semana.

O futuro prefeito de Itabuna concedeu entrevista exclusiva ao PIMENTA na qual fala de temas espinhosos, anuncia trabalho conjunto com o prefeito eleito de Ilhéus, Jabes Ribeiro (PP), e avalia que o PT itabunense precisa “se reestruturar, se abrir”. Vane já fala em ter petistas no seu governo, mas exclui da lista a ala geraldista do antigo partido.

Confira a entrevista.

PIMENTA – O senhor já provou ser bom de urna, vencendo as três eleições que disputou, mas agora o desafio é outro. Como tem se preparado para administrar Itabuna?

VANE DO RENASCER – Eleitoralmente, nós vencemos uma guerra. Teremos governo sério, de austeridade, de redução de custos e de enxugamento da máquina para que possamos fazer os investimentos necessários. A preocupação é fazer governo com secretariado técnico, com planejamento, e atender com eficiência as necessidades da comunidade.

O sr. esperava embate eleitoral na intensidade como ocorreu?

Confesso que não esperava, pelo menos, da forma acentuada como foi. Em alguns momentos, pessoas perderam o equilíbrio, foram para a baixaria. Mostramos a verdade, aquilo que sentimos, e ganhamos a eleição de uma maneira muito ética e extremamente democrática.

O novo governo foi o primeiro no sul da Bahia a montar a sua equipe de transição. Com base nesses contatos e com as informações que o senhor já dispõe, como encontrará a máquina municipal?

A gente sabe e a comunidade percebe que Itabuna vive um momento difícil na administração pública. Nossa cidade tem uma infraestrutura que está abandonada, a saúde piora cada vez mais, o índice de violência cresce, Itabuna permanece suja, mal iluminada.

Como foram os primeiros contatos da equipe de transição com o governo?

A equipe foi bem recebida no primeiro contato. Eles não colocaram obstáculo algum. Não acredito que iremos ter dificuldades e entendemos que o prefeito José Nilton Azevedo é uma pessoa acessível. A partir desses contatos e das informações, chegaremos a um diagnóstico exato dos problemas, das dificuldades de Itabuna.

Dá para definir quais as prioridades dos 100 primeiros dias de governo?

Já fizemos contatos com a Caixa Econômica e alguns programas do governo federal precisam ser renovados, de obras federais que estão sendo feitas na cidade. Pela Caixa, temos 22 convênios e alguns se encerram agora. São 22 obras de saneamento, quadra de esportes, infraestrutura nos bairros. Então, já estamos vendo essa questão com a Caixa e entendemos que a questão inicial será mesmo na área da saúde.

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Queremos definir logo o secretário de Saúde, mas dentro de uma realidade. Não podemos atropelar esse processo.

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Quando será anunciado o secretário da Pasta?

Queremos definir logo, mas dentro de uma realidade. Não podemos atropelar esse processo.

O ex-secretário de Saúde Edson Dantas disse ao Diário Bahia que ele é nome provável para a pasta e que o senhor diretamente ventilou essa possibilidade. Ele seria o escolhido para a Saúde?

Hoje, temos o prefeito eleito e o vice eleito [Wenceslau Júnior]. Só! Não temos mais nada definido. Estamos começando a conversar sobre isso com os partidos.

Uma das questões comentadas agora é a coleta de lixo. O município vai criar cooperativa ou esse serviço continuará sendo executado por empresas?

Durante a campanha, falamos que teríamos empresa para fazer a coleta e também que criaríamos uma cooperativa para colocar essa mão de obra a serviço da limpeza pública e nós vamos realizar isso sim. Vamos criar essa cooperativa para que as pessoas, em maior número, possam estar contribuindo com a limpeza pública e que tenham retorno financeiro.

Outro detalhe, ainda na questão do lixo, é que a empresa já teria sido definida. O que há de verdade?

Não, não.

Fala-se, por exemplo, que a escolhida seria a Eco Limp, de Itabuna.

Pode ser, mas não temos nada definido. Isso será definido em janeiro.

Itabuna enfrenta problemas na destinação do lixo. A cidade até parou a coleta devido à falta de manejo no lixão [na semana passada]. O senhor tem alguma proposta para construção de aterro sanitário?

Itabuna e Ilhéus vivem momento muito bom. Nós apoiamos Jabes [Ribeiro] em Ilhéus, como ele nos apoiou aqui. Então, muitas ações serão conjuntas, inclusive o aterro sanitário. A legislação prevê que todos os municípios tenham aterro. Vamos tentar construir isso com Ilhéus e com outras cidades.

Ilhéus possui o aterro de Itariri, que enfrenta problemas. A proposta seria a construção de um novo aterro?

Sim, outro aterro. Claro que a gente vai tentar fazer isso, estreitando essa relação com Jabes [Ilhéus]. A gente já sinalizou que algumas coisas vão ser discutidas [conjuntamente]. Se for possível, faremos em conjunto. Do contrário, faremos sozinhos.

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O Complexo Intermodal, por ser obra grande e ter a questão ambiental, está lento, mas é uma conquista da região e temos certeza que o processo vai acelerar agora.

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Quais outros projetos, propostas que o sr. já pensa em construir de forma consorciada, conjunta com Ilhéus?

A própria duplicação da Ilhéus-Itabuna, o próprio Complexo Intermodal Porto Sul, que será em Ilhéus e nós precisamos discutir como melhor aproveitar essa oportunidade.

Existem críticas quanto à lentidão da implantação do projeto do Complexo Intermodal. O sr. compartilha dessa opinião?

O complexo, por ser obra grande e ter a questão ambiental, está lento, mas é uma realidade, uma conquista da região e temos certeza que o processo vai acelerar agora.

O senhor venceu o pleito a prefeito e logo foi afastado do mandato de vereador. Ainda há questionamento se o senhor assumirá ou não o mandato de prefeito. Há esse risco, o senhor assume no dia 1º de janeiro?

Não há essa possibilidade de não assumirmos o mandato. O que houve foi um afastamento liminar (preventivo) numa ação penal. O prazo para defesa nem foi aberto ainda. O que há é muita especulação. A parte jurídica está cuidando disso.

Muito se comenta da força do PCdoB na campanha do senhor e no governo eleito. Há até quem veja no conjunto comunista a personificação da “Joelma” de Vane. Qual será o estilo de governar do senhor?

O prefeito eleito é Vane. O PCdoB tem a sua parcela e os demais partidos, também. Todo mundo vai ter a sua oportunidade, terá vez no governo. Nós, democraticamente, vamos dar espaço aos partidos, que vão contribuir, colaborar com a administração.

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O secretariado vai ser uma indicação política, mas o perfil do escolhido vai ser técnico.

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Qual vai ser o critério para montar o governo?

Não vamos abrir mão do secretariado ser de pessoas das áreas para as quais foram escolhidas. O secretariado vai ser uma indicação política, mas o perfil do escolhido vai ser técnico.
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A segunda pesquisa Seculus/Bahia Notícias sobre a corrida eleitoral em Ilhéus aponta novo empate técnico entre Jabes Ribeiro (PP) e Professora Carmelita (PT). O candidato do PP aparece com 39,64% e Carmelita soma 34,91% das intenções de voto. Jorge Luiz (PSOL) alcança 11,82%.

Como a pesquisa tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais, Jabes e Carmelita estão empatados. Os indecisos são 7,09%, enquanto 2,91% não opinaram e 3,64% sinalizaram votar em branco ou nulo.

Já na modalidade espontânea, Jabes tem 38,18% contra 34% de Carmelita. Jorge Luiz atinge 10,91%. Os indecisos na espontânea são 10,36% dos 965 eleitores consultados. 3,64% cravaram branco ou nulo e 2,91% não opinaram.

A pesquisa também aferiu a rejeição de cada um dos postulantes. Jabes é rejeitado por 32,36% do universo pesquisado. Carmelita tem 29,09% de rejeição. Jorge Luiz é o menos rejeitado: 20%. Ainda na avaliação de rejeição, 4% não rejeitam os nomes apresentados. 3,64% não opinaram e 10,91% não souberam responder.

A pesquisa foi feita na quinta e na sexta, dias 27 e 28, e ouviu 965 eleitores nas zonas urbana e rural e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 000262/2012.

PESQUISA MS – A MS Consultoria, de Magno Santos, trouxe outros números para a disputa ilheense. No levantamento encomendado pela Associação Comunitária de Ilhéus, Jabes aparece com 49,89% das intenções de voto. Carmelita teria nesta pesquisa apenas 27,3% e Jorge Luiz 11,16%. Esta pesquisa, no entanto, ouviu apenas 400 eleitores nos dias 27 e 28 e tem margem de erro de 5 pontos percentuais. O número do registro é o 000305/2012. Atualizado às 15h30min

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A mais nova pesquisa de intenções de voto da disputa eleitoral em Ilhéus traz empate técnico entre Jabes Ribeiro (PP) e Professora Carmelita (PT).

Feita de 13 a 15 de setembro pela Séculus sob encomenda da Malg Empreendimentos de Serviços Ltda, de Petrolina (PE), a pesquisa mostra Jabes com 36,14%  e Carmelita com 30,18%.

Jorge Luiz (PSOL) tem 11,93%. O percentual dos que não sabem em quem votar é de 12,46%. O universo dos que votariam em nulo ou branco atingiu 8,07%, e dos eleitores que preferiram não opinar alcançou 1,3%.

A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais, o que configura empate técnico nas duas primeiras posições. A pesquisa ouviu 965 eleitores ilheenses nas zonas urbana e rural.

REJEIÇÃO

A pesquisa também apurou a rejeição aos três candidatos a prefeito. Jabes é rejeitado por 29,65% dos eleitores ilheenses. Carmelita apresentou 23,68% de rejeição. Com 21,05%, Jorge Luiz é o menos rejeitado. O levantamento apurou a expectativa de vitória. Para 39,47%, Jabes vence, enquanto 28,95% acreditam na vitória de Carmelita e 7,89 apontam Jorge.

A Séculus, de Pernambuco, é a mesma que aferiu as intenções de voto em Itabuna. A pesquisa foi publicada na última sexta-feira, 21 (confira aqui) e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o número BA-000197/2012.

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Uma imitação da voz do ex-presidente Lula declarando apoio ao candidato a prefeito de Ilhéus pelo PP, Jabes Ribeiro, voltou a esquentar a campanha  na Terra de Gabriela. 

A campanha da candidata Professora Carmelita (PT) flagrou carro de som do ex-prefeito e publicou no site de compartilhamento de vídeos Youtube. Na gravação, o Lula piratinha diz que o candidato dele em Ilhéus é Jabes.
http://www.youtube.com/watch?v=X4j0-Q6_Syg&feature=player_detailpage#t=20s

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A coligação do prefeiturável Jabes Ribeiro (PP) está em festa com decisão judicial contra a adversária Professora Carmelita (PT). Carmé sofreu representação por utilizar parte do tempo dos candidatos a vereador para fazer propaganda da campanha majoritária, o que é proibido pela legislação.

Como punição, o programa da petista só retorna ao ar no dia 24 de setembro. A justiça suspendeu os programas de amanhã e da próxima semana.

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Wenceslau e Vane em visita ao Calçadão, no centro de Itabuna (Foto Thiago Pereira).

Vane do Renascer (PRB)

8h – Corpo a corpo na Inácio Tosta Filho (concentração posto de combustível)
15h30min – Caminhada no Santa Clara
17h – Gravação de entrevista programa Mesa para Dois (Morena FM)

Capitão Azevedo (DEM)

15h – Gravação para o horário eleitoral
19h – Reunião com lideranças femininas (ao lado da Igreja N.S. de Fátima)

Juçara Feitosa (PT)

8h – Corpo a corpo no Pedro Jerônimo (concentração na Igreja N.S. Aparecida)
14h – Corpo a corpo na Nova Califórnia (Concentração na entrada do bairro)
19h – Reunião no Monte Cristo
20h – Reunião com agentes comunitários de saúde (sede do sindicato)

— Os demais candidatos não enviaram agenda para esta terça, 31.

ILHÉUS —–

Carmelita cumprimenta eleitora durante caminhada no Pontal, zona sul ilheense.

Professora Carmelita (PT)

8h30min – Visita aos comerciantes da Central de Abastecimento do Malhado
20h – Visita ao Centro Espírita Joana de Angelis (N.S. da Vitória)

Jabes Ribeiro (PP)
9h – Visita ao Alto da Soledade (concentração no Colégio Paulo Américo)
15h30min – Visita à Rua da Palha (N.S. da Vitória)

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