Khoury reforça peso do Refis para as micro e pequenas empresas || Foto Divulgação
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O Sebrae está atuando junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional pela derrubada do veto presidencial ao Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos do Simples Nacional (RELP). O programa foi vetado, na última sexta (7), pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Congresso pode derrubar o veto, mas as atividades parlamentares só retornam em fevereiro, quando o prazo para a regularização das dívidas e manutenção das empresas no Simples já terá encerrado. O presidente Bolsonaro afirmou que busca alternativas junto à equipe econômica para fazer adequações ao projeto conforme as recomendações fiscais e espera poder apresentar uma nova proposta ainda esta semana.

Na avaliação do superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, esse seria o caminho ideal. “A exclusão do Simples Nacional ocorre em janeiro e, dificilmente, essas empresas conseguiriam retornar ao regime simplificado de tributos”, explica.

REFIS PARA 350 MIL EMPRESAS

A criação do RELP iria apoiar 350 mil pequenos negócios, permitindo o parcelamento de até R$ 50 bilhões em dívidas, com descontos em multas e juros. O veto ao projeto ocorreu porque, segundo a presidência da República, a medida poderia incorrer em crime de responsabilidade, já que implicaria em renúncia tributária e não havia indicação de como seria feita a compensação financeira. Bolsonaro avalia que o caminho alternativo pode ser a edição de uma medida provisória ou uma portaria.

Jorge Khoury reforça que a criação de um programa de refinanciamento de dívidas é fundamental para que os donos de pequenos negócios mantenham fôlego na retomada de suas atividades.

“Sabemos que os empresários enfrentam muitas dificuldades por conta da crise gerada pela pandemia, e as consequências, do ponto de vista financeiro, ainda persistem. É por isso que o programa de renegociação é uma medida necessária para amenizar o impacto da crise e permitir que os donos de pequenos negócios possam se manter na retomada do crescimento, gerando emprego e renda e movimentando a economia nacional”, conclui.

Presidente Jair Bolsonaro recebe alta médica após 2 dias internado || Reprodução Twitter
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Após dois dias internado no Hospital Vila Nova Star em São Paulo, devido a uma obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro informou pelo Twitter que recebeu alta nesta quarta-feira (5). “Alta agora. Obrigado a todos. Tudo posso naquele que me fortalece”, comemorou.

Ainda não há informações sobre o retorno do presidente a Brasília nem como ficará a agenda dele após alta. Ontem (4), os médicos retiraram a sonda nasogástrica que o presidente utilizou durante o tratamento e foi descartada a necessidade de realização de nova cirurgia diante do fim da obstrução com medicamentos.

Também nessa terça-feira, imagens postadas nas redes sociais de Bolsonaro e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, registram o presidente sendo avaliado pela equipe médica e caminhando no hospital.

Na madrugada de segunda (3), Bolsonaro, que estava em férias em Santa Catarina, foi levado para São Paulo com suspeita de nova obstrução intestinal.

Jornalistas são agredidos em visita de Bolsonaro ao extremo-sul da Bahia
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Uma equipe da TV Bahia, afiliada da Globo, foi agredida neste domingo (12) em Itamaraju por seguranças e por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro durante a visita dele à região, atingida pelas chuvas no extremo-sul da Bahia.

A repórter Camila Marinho e o cinegrafista Cleriston Santana aguardavam o pouso do helicóptero do presidente no estádio municipal Juarez Barbosa. Ao descer do helicóptero, o presidente seguiu em direção à lateral do campo de futebol.

Os repórteres da TV Bahia e da TV Aratu, afiliada do SBT, tentaram se aproximar para entrevistar Bolsonaro, mas a equipe de segurança, que formava uma espécie de “paredão”, agiu para impedir a aproximação das duas equipes.

MATA-LEÃO

Um dos seguranças segurou a repórter Camila Marinho pelo pescoço, com a parte interna do antebraço, numa espécie de “mata-leão”. No tumulto, essa imagem não pôde registrada. O presidente avançou e subiu na caçamba de uma caminhonete, ainda dentro do estádio.

Um segurança pessoal tentou impedir que os jornalistas erguessem os microfones em direção a Bolsonaro. E, quando os microfones esbarraram nele, disse que os repórteres estavam batendo nas costas dele.

“Se bater de novo vou enfiar a mão na tua cara. Não bata em mim, não batam em mim”, disse.

O secretário de Obras de Itamaraju, Antonio Charbel, que estava com apoiadores do presidente, puxou os microfones. O aparelho da TV Bahia teve a espuma rasgada. A pochete da repórter Camila Marinho também foi arrancada por outro apoiador e depois recuperada por um repórter.

A equipe presidencial então seguiu para a sala de comando da operação, dentro de uma escola. As equipes de reportagem não acompanharam para evitar novas confusões. Os jornalistas da TV Aratu Xico Lopes e Dário Cerqueira também tinham sido agredidos.

Só depois da confusão a assessoria de imprensa da Presidência chamou os repórteres dos dois veículos para dentro do local. Um dos integrantes da segurança pediu desculpas pelo que havia ocorrido do lado de fora.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), lamentou a agressão contra os jornalistas: “Minha solidariedade à equipe de reportagem da Rede Globo, que foi agredida e impedida de realizar a cobertura jornalística durante carreata com o presidente em Itamaraju, na Bahia”.

Ele acrescentou que “a liberdade de imprensa é pilar fundamental da democracia e qualquer ataque ao jornalismo merece repúdio. O momento é de trabalho e solidariedade no Extremo Sul. Repudio violência contra a imprensa e oportunismo num momento de dor diante de uma tragédia. Vamos trabalhar”, disse o governador em uma rede social. Do G1.

Jair Bolsonaro sobrevoo áreas atingidas na Bahia
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O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou, na manhã deste domingo (12), as áreas atingidas pelas fortes chuvas no sul e extremo-sul da Bahia. Bolsonaro foi acompanhado pelos ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, da Cidadania, João Roma e da Saúde, Marcelo Queiroga.

Presidente sobrevoa municípios atingidos pelas chuvas

O governo federal reconheceu a situação de emergência em 17 municípios baianos, mas o número de localidades atingidas pelo temporal dos últimos dias e que necessitam socorro urgente é maior. São, pelo menos, 30 municípios onde centenas de famílias estão desabrigadas.

Para atender as demandas de parte desses das cidades atingidas, o governo autorizou o emprego de tropas do Exército no resgate e realocação de pessoas desabrigadas. Equipes da Defesa Civil estão na Bahia desde o dia 29. O Ministério do Desenvolvimento Regional já liberou R$ 5,8 milhões para os municípios de Eunápolis, Itamaraju, Jucuruçu, Ibicuí, Ruy Barbosa, Maragogipe e Itaberaba.

As demais localidades ainda aguardam a liberação de recursos financeiros da União. Uma dessas localidades é Prado, no extremo-sul do estado, que está isolada depois que pontes que dão acesso à cidade foram danificadas.

O governador da Bahia, Rui Costa, também visita as cidades atingidas nesta manhã. A expectativa é que as chuvas continuem neste domingo. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inme) é de que o tempo comece a abrir na segunda-feira (13), e os temporais se reduzam.

Wagner fez profecia ao ironizar foto de Bolsonaro abraçado com ACM Neto em 2019: "pagará preço político"
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O tempo deu razão ao Galego. A foto daquele abraço risonho no bolsonarismo é uma peça de campanha contra Neto. Dessas que valem outdoor.

Thiago Dias

Todo mundo sabe que ACM Neto se esforça para reduzir o impacto da corrida presencial sobre a eleição baiana. A missão do pré-candidato a governador é duríssima.

Nas primeiras consultas ao eleitorado, o efeito Lula começa a ganhar contorno assombroso para o democrata. Colado ao ex-presidente, Wagner, seu principal adversário, cresce muito nas sondagens de voto, e o ex-governador nunca perde a oportunidade de lembrar ao mundo que é amigo de Lula há 40 anos.

Declaração recente de Flávio Bolsonaro não ajuda o ex-prefeito de Salvador. O filho 01 do presidente disse que o apoio de Neto é cobiçado por seu pai (de novo).

Quem não sabe?

Neto escolheu Jair Bolsonaro no segundo turno de 2018. Agora, o capitão quer outro abraço pra foto, feito aquele de abril de 2019. Na época, um Wagner irônico profetizava: “Eles estão se identificando. Aí depois Neto pagará o preço político disso perante o povo de Salvador e da Bahia”.

O tempo deu razão ao Galego. A foto daquele abraço risonho no bolsonarismo é uma peça de campanha contra Neto. Dessas que valem outdoor.

Thiago Dias é repórter e comentarista do PIMENTA.

Augusto Aras e Jair Bolsonaro
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O jornalista Jânio de Freitas afirmou neste sábado (30), em sua coluna na Folha de S. Paulo, que o procurador-geral da República Augusto Aras não é capaz de receber confiança, nem a do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o colunista, a morte do ex-procurador-geral Geraldo Brindeiro, ocorrida ontem (29), deixa Aras em maus lençóis. Trata-se de referência ao apelido de “engavetador-geral da República”, atribuído ao jurista pelo trabalho à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), onde atuou de 1995 a 2003.

Jânio também lembra que Augusto Aras é dos mais importantes destinatários do relatório da CPI da Pandemia. No caso dos indiciados com foro no Supremo Tribunal Federal – Bolsonaro entre eles -, cabe à PGR decidir se as investigações podem endossar denúncias à Corte Maior. Clique aqui para ler a coluna na íntegra.

Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão
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Nesta quinta-feira (28), o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou a maioria de quatro votos contra a cassação do mandato do presidente Jair Bolsonaro e de seu vice, Hamilton Mourão. A corte julga duas ações que tratam do disparo em massa de mensagens via aplicativo WhatsApp na campanha de 2018, conduta proibida.

O julgamento começou na terça-feira (26), quando três ministros votaram contra a cassação – Luís Felipe Salomão, relator; Mauro Campbell e Sérgio Banhos. O caso foi retomado hoje, com o voto do ministro Carlos Horbach, que seguiu o mesmo entendimento.

ABUSO DE PODER POLÍTICO-ECONÔMICO

Ainda que tenha rejeitado o pedido de cassação de chapa, Salomão sugeriu a fixação de uma tese jurídica para deixar explícito que há abuso de poder político-econômico no caso de um candidato se beneficiar do disparo em massa de fake news pela internet.

Há três votos a favor da tese. Somente Horbach, até o momento, foi contrário à proposta.

Davi Salomão culpa Bolsonaro e Guedes por alta dos combustíveis
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O ex-vereador Davi Salomão (PRTB) apoia Jair Bolsonaro desde a época em que o hoje presidente da República pertencia ao “baixo clero” da Câmara dos Deputados. Advogado e ex-policial militar, Davi fez campanha para o então candidato do PSL, em 2018.

No ano passado, empunhando as bandeiras de Bolsonaro, foi candidato a prefeito de Vitória da Conquista e recebeu 5.352 votos. Agora, lançou-se pré-candidato ao Governo da Bahia pelo PRTB, legenda do vice-presidente Hamilton Mourão.

Nesta terça-feira (26), Salomão gravou vídeo para se manifestar contra os seguidos aumentos dos preços dos combustíveis no Brasil. O preço da gasolina acumula alta de 73% em 2021. Os reajustes também encareceram o diesel e o gás de cozinha, além de pressionar a inflação, que atingiu a marca de dois dígitos no acumulado de 12 meses.

Davi Salomão atribui a responsabilidade pela política de preços da Petrobras a Bolsonaro e ao ministro Paulo Guedes, o “Posto Ipiranga” da Economia descoberto com U$ 9,5 milhões num paraíso fiscal.

Segundo o ex-vereador, Bolsonaro está cercado por bajuladores que não conhecem a realidade da maioria da população brasileira. O presidente, na opinião dele, também não sente o aumento do custo de vida, pois viaja em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) e goza de outras prerrogativas do cargo. Assista.

O presidente Jair Bolsonaro diz que não vai interferir em preços
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Na véspera de um novo reajuste do preço dos combustíveis, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, neste domingo (24), que o governo federal não vai interferir na execução da atual política de preços da Petrobras e de nenhum outro setor.

Bolsonaro, no entanto, confirmou que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o futuro da empresa energética, não descartando, inclusive, a opção de privatização – hipótese que admitiu ser “complicada.”

“Alguns querem que a gente interfira no preço, mas não vamos interferir no preço de nada. Isto já foi feito no passado e não deu certo”, disse o presidente ao admitir que não tem poderes para influenciar na definição de negócios e de preços da companhia.

PETROBRAS

Criada em 1953, como empresa estatal responsável por garantir o monopólio da produção petrolífera nacional, a Petrobras se tornou uma sociedade de economia mista em 1997. Desde então, embora o Estado continue sendo o principal acionista, ela deve seguir regras de mercado, assegurando os interesses dos demais acionistas.

“Não tenho poderes para interferir na Petrobras. Tenho conversado com o Paulo Guedes sobre o que propormos fazer com ela para o futuro. É um monopólio, a legislação a deixa praticamente independente. Eu indico o presidente [da empresa], e nada mais que isto”, comentou Bolsonaro.

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Presidentes da Câmara e da República se reuniram hoje com ministro da Economia
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, hoje (1º), que vai passar o final de semana em tratativas para buscar soluções para reduzir o preço dos combustíveis. Lira se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para debater o tema, bem como as pautas da agenda econômica.

O presidente da Câmara foi recebido no Palácio da Alvorada, na manhã desta sexta-feira, em encontro que não constava da agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro.

Na quarta-feira (28), Lira disse que debate com líderes da base do governo propostas que busquem melhorar a composição dos preços dos combustíveis. Segundo ele, a iniciativa visaria conter os aumentos e manter os preços mais estáveis diante das variações do dólar e do barril do petróleo.

INFLAÇÃO

No Brasil, os aumentos sucessíveis da gasolina e do diesel pressionam a inflação, que passa dos 10% em 8 estados, considerando o acumulado dos últimos 12 meses.

Bolsonaro tem dito que não vai interferir na política de preços da Petrobras, que atrela o valor dos combustíveis dentro do país às flutuações do dólar e do preço do petróleo no mercado internacional.

GÁS SOCIAL

A Câmara aprovou proposta que reduz o preço do botijão de gás para famílias com baixa renda, por meio do programa Gás Social. Pelo texto aprovado, o valor do benefício deve ser fixado semestralmente e será referente à metade da média do preço nacional de um botijão de 13 quilos de gás liquefeito de petróleo (GLP). A proposta ainda precisa ser votada pelo Senado, antes de ser sancionada ou vetada por Bolsonaro. Com informações da Agência Brasil.

Para ACM Neto, ainda não é hora de discutir sucessão presidencial || Foto Pimenta
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Passava das 11h desta quinta-feira (16) quando o táxi aéreo de ACM Neto pousou em Ilhéus, no sul da Bahia, onde o presidente do DEM e pré-candidato ao governo estadual cumpre agenda política.

No saguão do Aeroporto Jorge Amado, o PIMENTA perguntou se Neto pretende caminhar ao lado do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ou do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022. “Eu não estou discutindo sucessão presidencial nesse momento. Nós ainda temos muito tempo pela frente. O nosso foco está inteiramente na Bahia. Eu tenho dito que, caso os baianos me escolham como o seu próximo governador, eu estarei pronto para governar a Bahia com qualquer que seja o presidente escolhido pelos brasileiros”, respondeu.

Também disse que, nos 8 anos à frente da Prefeitura de Salvador, foi capaz de governar e transformar a cidade enquanto outras esferas de gestão estavam ocupadas por adversários políticos, a exemplo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo o democrata, isso jamais prejudicou a administração do município. “Ao contrário, nós fizemos muito mais do que prometemos”.

Após uma digressão de 4 minutos, com críticas à política de segurança pública do governo Rui Costa, Neto retomou o fio da meada. “Só pra fechar. Em relação à questão presidencial, nós vamos tratar no momento certo, não será agora. Nosso foco é a eleição para o governo e qualquer que seja o presidente escolhido, a Bahia, se me escolher, os baianos terão um governador que vai encarar os seus desafios, que não vai procurar culpados nem desculpas”.

“EU SOU CONTRA A LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS”

Neto cumprimenta apoiador na saída do Aeroporto Jorge Amado || Foto Pimenta

Antônio Carlos Magalhães Neto, 42 anos, costuma falar de forma pausada. Isso o ajuda a organizar o pensamento para discursar com facilidade. Está na vida política desde os tempos de escola. Foi presidente de grêmio estudantil no ensino médio. Nas três eleições que disputou para a Câmara dos Deputados, em 2002, 2006 e 2010, ostentou o título de mais votado da Bahia. Atingiu altos índices de aprovação popular à frente da Prefeitura de Salvador e abriu caminho para o sucessor, o também democrata Bruno Reis.

Recentemente, ACM Neto disse representar o futuro da Bahia, enquanto o projeto petista representaria o passado. Hoje, em Ilhéus, assumiu posição conservadora no debate sobre o uso e o tráfico de entorpecentes.

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Ricardo Mandarino, tem defendido que o Brasil repense a política de combate às drogas. Na avaliação dele, o modelo atual é falido e produz mais violência do que resultados positivos, além de expor as forças de segurança do estado ao risco elevado de morte e fortalecer grupos criminosos.

O posicionamento do secretário, reafirmado em entrevista recente, chocou o presidente do DEM. “Eu confesso, fiquei perplexo, como é que o secretário fala o que falou, defendendo a legalização das drogas. Eu sou contra a legalização das drogas”, disse ACM Neto.

Para o democrata, o caminho contra a violência do tráfico de drogas é o fortalecimento das polícias, com melhores equipamentos e maior efetivo nas ruas, para expulsar os criminosos da Bahia. “O estado tem que enfrentar [o problema], dá suporte à polícia, ajudar a polícia a fazer o seu trabalho e botar os bandidos pra fora”.

Também não faltou alfinetada no governador Rui Costa. Neto disse que o petista sempre aparece sob os holofotes de pautas positivas, mas não se manifesta em momentos críticos, como após a morte de policiais.

Para o cientista político Yuri Kasahara, Arthur Lira é o verdadeiro gestor da coalizão que governa o Brasil; pesquisador também destaca prerrogativa inédita prevista na PEC do semipresidencialismo
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O cientista político Yuri Kasahara, professor da Universidade Metropolitana de Oslo (Noruega), sustenta a tese de que, na prática, o Brasil vive sob um sistema de governo semipresidencialista. Segundo Yuri, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tornou-se o verdadeiro gestor da coalizão parlamentar que sustenta o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Para exemplificar o que afirma, o professor cita o protagonismo do chamado “Centrão” no núcleo do Palácio do Planalto, num contexto de enfraquecimento político de Bolsonaro, com os ministros Ciro Nogueira (PP-PI) e Flávia Arruda (PL-DF) na Casa Civil e na Secretaria de Governo, respectivamente.

“O Brasil saiu do presidencialismo de coalizão para uma espécie de semipresidencialismo de facto – um regime cuja marca principal é a preponderância do Legislativo sobre o Executivo para a resolução de crises e que tem o presidente da Câmara como artífice da governabilidade”, escreve Yuri Kasahara, em artigo para o site da revista piauí.

SEMIPRESIDENCIALISMO COM PODER INÉDITO PARA O PRESIDENTE

O professor também chama a atenção para a proposta de emenda constitucional que tenta instituir, formalmente, o sistema de governo semipresidencialista, com o cargo de primeiro-ministro indicado pelo presidente da República e aprovado pela Câmara. A PEC do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) tem a simpatia de Arthur Lira.

Menos otimista do que o presidente da Câmara, Yuri Kasahara revela estranhamento diante de uma inovação sugerida pela PEC. Trata-se do poder de dissolução da Câmara dos Deputados, dado ao presidente da República, em caso de impasses sucessivos para a aprovação do primeiro-ministro.

“Paradoxalmente, a adoção dessa proposta teria um potencial involuntário de fortalecer ainda mais o presidente em sua barganha com o Legislativo e não enfraquecê-lo. Podemos imaginar o quão feliz Bolsonaro estaria se tivesse essa possibilidade à sua disposição”, diz o cientista político. Clique aqui para ler o artigo.

Presidente nacional do DEM afirma que decisão sobre eleições de 2022 deve expressar vontade da maioria do partido
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O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, avalia que não cabe a ele decidir se o partido vai ou não apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022. “Não tenho que descartar. Qualquer resposta minha tem que traduzir a maioria do partido. Começamos a discutir 2022, analisar pesquisas, avaliar a situação de cada estado”, disse o ex-prefeito de Salvador, em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta sexta-feira (30).

A prioridade do DEM, segundo Neto, é construir candidatura própria à Presidência da República. “Temos dois nomes que reúnem as melhores condições: Mandetta e Rodrigo Pacheco”, destacou, referindo-se ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e ao presidente do Senado, respectivamente.

ACM Neto acrescentou que a construção de um projeto comum é discutida com outros partidos, aos quais ele atribui a decisão sobre a viabilidade de uma candidatura da terceira via, capaz de aglutinar votos dos eleitores que rejeitam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro. No entanto, segundo ele, esse cenário só será definido no próximo ano.

Líder nas pesquisas sobre as intenções de voto para o Governo da Bahia, Neto pretende formalizar sua pré-candidatura ainda neste ano. A corrida eleitoral no estado, naturalmente, influenciará o posicionamento dele em relação a Bolsonaro.

O presidente Jair Messias Bolsonaro e sua frase mais sincera: "Eu sou do Centrão"
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Na metáfora batida do campo político como tabuleiro de xadrez, Bolsonaro é aquele peão dobrado no canto, que, ignorado pela estratégia adversária, avança até a casa de promoção: a Presidência da República.

Thiago Dias

O samba Reunião de Bacana, composto por Ari Alves de Souza e Bebeto Di São João, ganhou uma famosa paródia do general Augusto Heleno, em 2018, quando o deputado Jair Bolsonaro vendia, com sucesso, a imagem de que era um político antissistema.

Naqueles tempos, com boa parte da classe política manchada pelas revelações da Operação Lava Jato, interessava ao candidato dizer que não fazia parte do jogo, mesmo estando nele há três décadas. Com o senso de humor e a afinação musical dos generais, Heleno cantou: “Se gritar ‘Pega Centrão!’, não fica um, meu irmão”.

Na boca de um general, a paródia trazia a mensagem de que Bolsonaro não governaria com o toma lá da cá do presidencialismo de coalizão. Afinal, tinha ao seu lado os melhores quadros políticos do país, os militares, a exemplo do general Eduardo Pazuello, especialista em logística em tempos de crise. Sem falar no ilustrado Posto Ipiranga, Paulo Guedes, fiador de Jair nos negócios com o mercado. 

Com esse time de notáveis, quem precisa do Centrão? Candidatos pretensamente outsiders não precisam, mas presidentes fracos, certamente.

Bolsonaro sabe disso e se pôs a listar as legendas pelas quais passou na sua longa estadia na Câmara dos Deputados. “Centrão é um nome pejorativo. Eu sou do Centrão, eu fui do PP metade do meu tempo, fui do PTB, fui do então PFL. No passado, integrei siglas que foram extintas, como PRB, PPB. O PP, lá atrás, foi extinto. Depois, nasceu novamente da fusão do PDS com o PPB, se não me engano”, discorreu o presidente, nesta quinta-feira (22), em entrevista à Rádio Banda B de Curitiba.

Esse foi um dos raros momentos de explanação sincera de Bolsonaro em público. Quando disse “Eu sou do Centrão”, afirmou duas verdades. Primeiro, a de que o antigo deputado falastrão sempre fez parte do clube ironizado por um Heleno que não existe mais. Mesmo distante do centro das decisões sobre o destino do país, tinha lá seus cargos de assessoria para rachar com amigos, apartamento funcional para comer gente, diárias, passagens de avião e um belo salário.

Na metáfora batida do campo político como tabuleiro de xadrez, Bolsonaro é aquele peão dobrado no canto, que, ignorado pela estratégia adversária, avança até a casa de promoção: a Presidência da República.

A segunda verdade é que Bolsonaro é do Centrão não só por sempre ter estado lá, como membro insignificante do clube, mas também porque passou aos antigos correligionários o comando do seu governo. Na Casa Civil, caberá ao futuro ministro Ciro Nogueira (PP-PI) administrar o orçamento de R$ 12 bilhões para emendas parlamentares de autoria secreta. Enquanto isso, na Câmara, Arthur Lira (PP-AL) continua sentado numa pilha de petições de impeachment.

Thiago Dias é repórter e comentarista do PIMENTA. Este comentário não representa, necessariamente, a opinião do site.

Bolsonaro recebe alta médica após problemas intestinais
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O Hospital Vila Nova Star, onde o presidente Jair Bolsonaro está internado, divulgou nota anunciando a alta do presidente. A nota é assinada pela equipe médica que acompanha o presidente desde o dia 14 de julho, quando foi internado.

O presidente estava internado para tratar de uma obstrução intestinal. De acordo com o comunicado, Bolsonaro seguirá com acompanhamento ambulatorial pela equipe médica assistente. A íntegra da nota:

O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, teve alta hoje do Hospital Vila Nova Star, da Rede D’Or. Ele estava internado desde a quarta-feira, 14 de julho, para tratar um quadro de suboclusão intestinal. Ele seguirá com acompanhamento ambulatorial pela equipe médica assistente.

Direção médica responsável:
Dr. Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo – Cirurgião-chefe
Dr. Ricardo Camarinha – Cardiologista do Presidente
Dr. Leandro Echenique – Clínico e Cardiologista
Dr. Antonio Antonietto – Diretor médico do Hospital Vila Nova Star
Dr. Pedro Henrique Loretti – Diretor Geral do Hospital Vila Nova Star