Wagner fez profecia ao ironizar foto de Bolsonaro abraçado com ACM Neto em 2019: "pagará preço político"
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O tempo deu razão ao Galego. A foto daquele abraço risonho no bolsonarismo é uma peça de campanha contra Neto. Dessas que valem outdoor.

Thiago Dias

Todo mundo sabe que ACM Neto se esforça para reduzir o impacto da corrida presencial sobre a eleição baiana. A missão do pré-candidato a governador é duríssima.

Nas primeiras consultas ao eleitorado, o efeito Lula começa a ganhar contorno assombroso para o democrata. Colado ao ex-presidente, Wagner, seu principal adversário, cresce muito nas sondagens de voto, e o ex-governador nunca perde a oportunidade de lembrar ao mundo que é amigo de Lula há 40 anos.

Declaração recente de Flávio Bolsonaro não ajuda o ex-prefeito de Salvador. O filho 01 do presidente disse que o apoio de Neto é cobiçado por seu pai (de novo).

Quem não sabe?

Neto escolheu Jair Bolsonaro no segundo turno de 2018. Agora, o capitão quer outro abraço pra foto, feito aquele de abril de 2019. Na época, um Wagner irônico profetizava: “Eles estão se identificando. Aí depois Neto pagará o preço político disso perante o povo de Salvador e da Bahia”.

O tempo deu razão ao Galego. A foto daquele abraço risonho no bolsonarismo é uma peça de campanha contra Neto. Dessas que valem outdoor.

Thiago Dias é repórter e comentarista do PIMENTA.

Máquinas começam a abrir nova ligação Ilhéus-Itabuna || Foto Fernando Vivas/GovBA
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O governador Rui Costa e o prefeito Augusto Castro visitaram o canteiro de obras dos 18 quilômetros da nova ligação Ilhéus-Itabuna, a BA-649, na margem direita do Rio Cachoeira. A montagem do canteiro, no Bairro São Judas, em Itabuna, começou há cerca de 10 dias e as obras de abertura de estrada foi iniciada ontem (6), ainda acompanhada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA) e o secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti, além de deputados.

A nova rodovia e a BR-415, que passa por obras de alargamento nos trechos mais sinuosos, serão interligadas por quatro pontes e um viaduto nos 18 quilômetros de extensão. O custo com a estrada e a construção das pontes, segundo o governador Rui Costa, alcança R$ 200 milhões, dos quais R$ 142,6 milhões para a abertura e pavimentação da estrada. A previsão de entrega da obra pelo Consórcio Paviservice é de 26 meses.

Secretário Marcus Cavalcanti, à esquerda, mostra cronograma e mapa da obra || Foto Roberto Santos

– Nós estamos fazendo esta duplicação com recursos próprios do Estado da Bahia. Além de requalificar o acesso a Ilhéus, abrirá um novo vetor de desenvolvimento para Itabuna e região. Isto significa mais emprego e renda para a população e é isso que nós queremos, trabalhar e entregar serviços e obras – afirmou o governador Rui Costa.

Previsão é de que obras sejam concluídas em 26 meses e custem cerca de R$ 200 milhões

O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), ressaltou que a obra é um sonho de décadas. “O governador chega para a ordem de serviço, com as máquinas já no local. Isso é muito bom”, frisou, lembrando que a Prefeitura de Itabuna em parceria com o Governo do Estado tem um projeto que prevê a duplicação do eixo urbano da Ilhéus-Itabuna do trecho que posto de combustíveis no final da Avenida Juracy Magalhães até o Cidadelle, imediações do Mineirão e do Atacadão.

Adolfo diz que é Arthur Lira quem manda na presidência da República || Foto Reprodução
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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o deputado Adolfo Menezes, fez elogios ao governador Rui Costa e ao ex-presidente Lula e criticou Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira (6), durante a inauguração do Hospital Materno-Infantil Joaquim Sampaio, em Ilhéus.

– Não preciso falar [de Bolsonaro], até porque ele não manda em nada. Quem está mandando é o presidente da Câmara [dos Deputados, Arthur Lira (PP)]. Há muito tempo – disse Adolfo.

Adolfo disse que o governo federal “não paga nem o que deve” e reforçou que as grandes obras na Bahia estão sendo tocadas pelo governador Rui Costa com recursos estaduais. Por fim, afirmou, ainda em discurso e numa referência ao ex-presidente Lula, que “o Brasil voltará a sorrir” em 2022.

Rosemberg ironiza ACM Neto por adaptação de jingle de 30 anos atrás: "retrocesso"
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O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) ironizou a reutilização de jingle produzido para a campanha de Antônio Carlos Magalhães, há 32 anos, durante lançamento da pré-candidatura do ex-prefeito de Salvador, nesta quinta-feira (2), na capital baiana. “Reedição de jingle de ACM casa bem com Neto: o retrocesso”, completou Rosemberg, que é líder do Governo Rui Costa na Assembleia Legislativa.

“Quem deve estar se sentido só é o povo de Salvador. A Bahia nunca teve tão bem acompanhada desde o 1º dia do governo Wagner e com Rui, aprovado por mais de 80% dos baianos e baianas, assim como Wagner, quando passou o bastão para Rui”, afirmou o líder governista, ao relembrar que a vitória de Jaques Wagner (PT), em 2006, pôs fim a quase 30 anos de um regime que transformou a Bahia em um estado do medo.

“Talvez o momento atual que o país vive, com as ameaças de Bolsonaro às instituições democráticas, sonhando com um novo golpe de Estado, tenha inspirado [ACM Neto], até porque, como é de conhecimento dos baianos, a relação entre avô e neto na política não era de muito amor assim”, relembrou o petista.

Para Rosemberg, nesse contexto, a canção até cairia bem em uma disputa nacional, caso ACM Neto tivesse “força e coragem” para peitar Jair Bolsonaro.

“Poderá até reeditar a subida no palanque do presidente da República, assim como em 2018. Infelizmente, as consequências dessa parceria são as que todos já previam: um governo desastroso que, há tempo, já abandonou o povo brasileiro. Esse, sim, se sente só”, lamentou.

Holmes Filho: expectativa pela aprovação de projeto que estabelece piso da categoria
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O plenário do Senado Federal vai votar nesta quarta-feira (24) o Projeto de Lei 2564/2020, que estabelece o Piso Salarial Nacional para os profissionais da enfermagem. De autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o projeto deve ser pautado com os valores atualizados pela emenda substitutiva da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que fixa um piso de R$ 4.750,00 mensais para enfermeiros; 70% deste valor para técnicos de Enfermagem e 50% para auxiliares, parteiras e obstetrizes. Os valores serão atualizados anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O presidente interino do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), Holmes Filho, vai estar presente no Senado, para pressionar os parlamentares para a aprovação do Projeto. “A pandemia que assolou o mundo no ano de 2020 e que continua trazendo consequências trágicas em 2021, evidenciou a necessidade de valorização dos profissionais de saúde, em especial os profissionais de enfermagem”, disse Holmes.

Segundo o presidente interino do Coren-BA, o maior estado nordestino possui 150 mil profissionais, a maior parte atuando no Sistema Único de Saúde (SUS). Holmes disse ter solicitado apoio dos senadores baianos – Ângelo Coronel e Otto Alencar, ambos do PSD, e Jaques Wagner (PT) – para que votem pela aprovação do projeto.

FAVORÁVEIS AO PISO NACIONAL

Resultado de extenso diálogo, a proposta obteve apoio da categoria, ouvida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Saúde (CNTS), em assembleias, e pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em consulta pública, na qual nove em cada dez profissionais se manifestaram favoráveis aos valores apresentados na emenda da senadora Eliziane Gama.

ACM Neto diz ter palanque em 90% dos municípios e vê Jaques Wagner desanimado
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Pré-candidato ao governo baiano pelo DEM/União Brasil, o ex-prefeito ACM Neto afirma já ter palanque organizado em mais de 90% dos 417 municípios baianos. O palanque é vitaminado, segundo ele, por prefeitos da base do governador Rui Costa.

O prefeito concedeu entrevista na manhã desta terça (16) e tratou, também, da sucessão nacional. Ainda sem pré-candidato a presidente definido (tem conversado com a base de Bolsonaro, com Ciro Gomes e com Sérgio Moro), cuidou de se desconectar da peleja nacional. O eleitor baiano, acredita ACM Neto, tem ideia clara de que “eleição para presidente é uma, a eleição para governador é outra”.

ACM Neto lançará pré-candidatura ao governo baiano em 2 de dezembro, no Centro de Convenções de Salvador. Hoje, Neto chega à disputa com, pelo menos, dois partidos que pertenciam à base do governador Rui Costa, o PL e o PDT.

WAGNER DESANIMADO, SEGUNDO NETO

O ex-prefeito de Salvador tratou de jogar areia na pré-candidatura adversária que pode lhe tirar a liderança das pesquisas e a cadeira do Palácio de Ondina, o senador e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner:

– Quando a gente olha, nem sente no próprio senador Jaques Wagner (PT) essa empolgação toda para ser governador, pelo menos essa é a impressão que a gente sente de fora. Então por que não dar oportunidade para alguém que está com muita vontade, que está cheio de disposição, quer trabalhar pra valer? – questionou.

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WAGNER: VAMOS CHEGAR MUITO FORTE NA ELEIÇÃO NACIONAL E NA ESTADUAL

Wagner, ao lado do governador Rui Costa: chapa forte em 2022 || Foto Pimenta
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O senador Jaques Wagner (PT) disse que seu grupo para as eleições de 2022, quando deverá disputar o governo baiano, já está consolidado. “Nós vamos chegar muito forte na eleição nacional [com Lula] e na estadual”, afirmou Wagner em entrevista ao PIMENTA nesta terça (16) em Ilhéus, onde acompanhou o governador Rui Costa na assinatura de ordens de serviço e entrega de obras.

Wagner diz ter, hoje, apoio de 340 dos 417 prefeitos baianos. Ponderou, no entanto, que a base perdeu o PL e o PDT está indeciso (no vai-não vai). “É base muito consistente e base de partidos muito significativa. Na verdade, todos têm crescido muito.

ALFINETADA EM ACM NETO

Instado a comentar a disputa estadual em 2022, Wagner não deixou de alfinetar o ex-prefeito de Salvador. ACM Neto esteve para apoiar Bolsonaro, já se reuniu com Ciro Gomes (PDT) e, na última semana, teve encontro com Sérgio Moro (Podemos).

– Cada um monta uma estratégia. O candidato de lá [ACM Neto] está correndo trecho, porque ele não tem prefeitos, não tem nem candidato a presidente da República. A situação dele é bem mais complicada. Temos três candidaturas hoje: a minha, a do ex-prefeito e a do atual ministro [João Roma] – disse Wagner.

PANDEMIA, DESEMPREGO E PESQUISA

Antes de falar de processo eleitoral, Wagner afirmou que o momento ainda é de preocupação com a covid-19. “Não é hora de relaxar nos cuidados sanitários”, disse, enfatizando o momento vivido em boa parte da Europa. Também disse que a fome e o desemprego no país são preocupantes.

– São 16 milhões de desempregados. Há muita gente voltando para a extrema pobreza. Então, essa é a pauta que está na cabeça da maioria do povo. O povo não está ligado em eleição. A classe política, evidentemente [já pensa em eleição] – completou..

Wagner ainda comentou sobre as pesquisas eleitorais nacional e estadual. “Nós ainda temos 10 meses e meio para a eleição. Então, é muito precipitado qualquer prognóstico. Eu não confio muito em pesquisa quantitativa tão longe da eleição, mas, de qualquer forma, ele [Lula] tem posição consolidada e eu aqui, na Bahia. Então, nós vamos chegar muito forte”, reforçou.

Éden defende construção de grande palanque para Lula e volta de Wagner ao governo
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Nesta quarta-feira (27), em entrevista ao programa Linha de Frente, do Grupo Aratu, o presidente estadual do PT, Éden Valadares, reafirmou as prioridades do partido na Bahia.

“Colocamos como prioridade construir um grande palanque para Lula e reeleger o senador Jaques Wagner como governador, para aprofundar o processo de revolução democrática que fez no nosso estado”, disse.

Com um modelo de inclusão e desenvolvimento social, segundo ele, as gestões lideradas por Wagner e pelo governador Rui Costa transformaram a Bahia.

TEMOS UMA TRADIÇÃO DE ESCUTA E DIÁLOGO, DIZ ÉDEN

Segundo Éden Valadares, o partido tem uma tradição de escuta das demandas de toda a sociedade, mantendo-se aberto ao diálogo. “Nos nossos governos aqui na Bahia, de Wagner e de Rui, a gente trouxe os conselhos temáticos participativos e conferências. São formas de oportunizar a participação política da sociedade”, argumentou.

Wagner (na ponta esquerda) e Rui (à direita) se reuniram com governadores e ex-presidente Lula || Foto Ricardo Stuckert
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O senador e pré-candidato a governador da Bahia pelo PT, Jaques Wagner, e o governador Rui Costa (PT) tiveram encontro com o ex-presidente Lula, neste domingo (3), em Brasília. Tanto Wagner como Rui compartilharam em suas redes sociais a publicação da reunião com o maior nome do campo progressista brasileiro e líder das pesquisas de intenções de voto à presidência da República em 2022.

Wagner também usou o Instagram para falar da reunião. “Encontro especial com Lula e um time unido pelo bem do Nordeste e do Brasil. Esperança é energia renovadas para enfrentar mais uma semana de trabalho”.

O ex-presidente Lula disse que reunia em Brasília com aliados para falar do “presente e o futuro do nosso país”. Do encontro também participaram os governadores Camilo Santana (Ceará), Wellington Dias (Piauí) e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), todos do PT, além da presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann.

Professor Adeum Sauer faleceu em acidente automobilístico || Foto Reprodução
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O professor e ex-secretário de Educação de Itabuna e da Bahia Adeum Sauer, de 69 anos, faleceu no final da noite deste sábado (18), vítima de acidente automobilístico em trecho da BA-001 em Canavieiras, no sul da Bahia. O veículo que dirigia caiu numa região alagada, provocando a morte do professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Ainda nesta manhã, o governador Rui Costa emitiu nota de pesar devido à morte do ex-secretário estadual da Bahia na gestão de Jaques Wagner. Ele comandou a pasta no período de 2007 a 2009. Em Itabuna, foi secretário da Educação nos dois governos de Geraldo Simões (PT), nos períodos de 1993 a 1996 e 2001 a 2004.

Ainda não há informações sobre velório e local de sepultamento.

O reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes Santana, publicou em uma de suas redes sociais a nota de pesar da instituição da qual Adeum era professor. “Foi com imenso pesar, que a comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Santa Cruz – Uesc, recebeu a notícia da morte do Prof. Adeum Sauer”, escreveu o reitor.

Alessandro Fernandes também lembrou a trajetória de Adeum na Uesc, onde ingressou quando a instituição ainda era Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi) e foi, após a estadualização e criação da Uesc, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação.

Davidson diz que carlismo governou "de costas" para o sul da Bahia
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Acompanhando o governador Rui Costa em eventos de inaugurações e lançamento de editais de obras em Camacan, no sul da Bahia, nesta quinta-feira (16), o secretário do Trabalho, Emprego e Renda, Davidson Magalhães, mencionou o legado de 15 ano de gestões do PT na Bahia. Ele ainda fez críticas ao carlismo, hoje personificado em ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e pré-candidato ao governo baiano, por, segundo ele, ter virado as costas para o sul da Bahia no período em que comandou o estado.

O secretário disse que as grandes obras de infraestrutura tocadas na região saíram do papel em gestões anteriores ou depois dos governos do grupo de Antônio Carlos Magalhães, avô do ex-deputado e ex-prefeito de Salvador.

– ACM Neto e o carlismo devem muito ao sul da Bahia. Antônio Carlos Magalhaes fez sua base política a partir daqui [da região]. Só que não deu o retorno que o sul da Bahia precisava e merecia. Daqui, levaram voto e governavam de costas para o sul da Bahia – criticou em entrevista ao PIMENTA.

Davidson diz que a realidade da região mudou nos últimos 15 anos, com as gestões de Jaques Wagner e Rui Costa, e enumerou obras tocadas pela dupla petista, a exemplo da nova ponte ligando o centro de Ilhéus à zona sul do município e a barragem de Itapé, que beneficia Itabuna, dentre outras ações. “No período carlista, nós ficamos completamente abandonados, principalmente no período de maior crise do sul da Bahia, o da vassoura-de-bruxa [década de 90]“, disse.

POLÊMICA NA BASE GOVERNISTA EM ITABUNA

O secretário também abordou a polêmica envolvendo o vice-prefeito de Itabuna, Enderson Guinho, que se filiou ao DEM e anunciou apoio a ACM Neto, apesar de o prefeito Augusto Castro (PSD) ser da base aliada do governador Rui Costa. “Aí não é um problema nosso a ser administrado. O vice já era desse outro campo [carlista]. Ele não fez nada mais nada menos do que vestir a camisa dele. Mas o sul da Bahia vai cobrar essa coerência sobre o tanto que o governo Rui Costa tem dado a Itabuna”, disse Davidson.

Bebeto Galvão fala de experiências políticas e sucessão de 2022
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O sul da Bahia vive a perspectiva de ter um senador da República pela primeira vez em 2023, caso Jaques Wagner vença a disputa ao governo do Estado em 2022 e, assim, abra espaço para o seu primeiro suplente na câmara alta.

Bebeto Galvão, ex-deputado federal e hoje vice-prefeito de Ilhéus, tem essa perspectiva de poder, mas evita falar dela. Afirma que torce pela manutenção de um projeto vitorioso no estado desde 2006, quando o PT engatou sequência de quatro vitórias em primeiro turno na corrida ao Palácio de Ondina, com Wagner, depois reeleito, e Rui Costa, já no segundo mandato. 

Na entrevista a seguir, Bebeto prefere falar de projetos e também como tem sido a experiência como vice-prefeito de Ilhéus. “Eu e [o prefeito] Mário [Alexandre, Marão] fizemos acordo de duas lideranças da cidade superando o velho maniqueísmo de ou ele ou eu e nos juntamos para Ilhéus dar um passo à frente”, afirma. Também fala de conversas iniciais que podem levar o PT – ou parte dele – para a base do Governo Marão. Confira os principais trechos.

BLOG PIMENTA – Como o sr. avalia esses quatro primeiros meses de governo como vice-prefeito?

Bebeto Galvão – É um desafio enorme. Tenho experiência de parlamentar, como vereador e deputado federal, e a capacidade de ajudar nossos municípios, a partir de Brasília, apresentando emendas, trabalhando pelo fortalecimento de nossas instituições regionais. Agora, na Prefeitura, estamos no front direto com a população, vivenciando o seu cotidiano, as suas demandas de infraestrutura, de saúde e tendo essa capacidade de ajudar a minha cidade articulando com o que construí em Brasília, ajudando com bons investimentos na minha cidade.

Com a reforma administrativa, o senhor deverá ocupar secretaria?

Eu e [o prefeito] Mário [Alexandre, Marão] fizemos acordo de duas lideranças da cidade superando o velho maniqueísmo de ou ele ou eu e nos juntamos para Ilhéus dar um passo à frente. E isso está ocorrendo. Basta verificar os investimentos na área privada, em Ilhéus, na região Sul, o Porto Sul, Ferrovia Oeste-Leste, que acaba de ser leiloada, os investimentos públicos e privados. E esses investimentos privados geram em nossa cidade um aquecimento da nossa economia e temos investimentos diretos do município em obras.

O que há em números que sinalizam essa retomada?

Fechamos 2020 com números positivos e, agora, Ilhéus vive momento extraordinário que ajudará nos investimentos em nossa região. Agora, a construção da BA vai ajudar na integração de Ilhéus e Itabuna. Na minha opinião, devemos pensar. Sentar, discutir essa região como aglomeração urbana para que, na escala de demandas, tenhamos melhores e bons serviços.

Ainda sobre a reforma, será momento para atrair novos partidos para a base governista?

Nós queremos fazer, da cidade, uma gestão com todos. E os partidos são a expressão organizativa dos polos de poder.

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Nós temos diálogo, ainda muito inicial, e vamos seguir nesse processo de conversa, porque conversa e caldo de galinha fazem bem a todos nós.

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Uma das discussões é sobre a ida ou não do PT. O partido terá espaço no governo?

Nós temos diálogo, ainda muito inicial, e vamos seguir nesse processo de conversa, porque conversa e caldo de galinha fazem bem a todos nós.

Qual papel o senhor vai jogar em 2022, nas eleições?

Quem faz política está sempre aberto a discussão. O meu partido vai discutir nossa nominata [relação de nomes] para deputado federal e deputado estadual e as condições para 2022. É aguardar essa decisão.

Qual o cenário para 2022 na eleição ao governo estadual?

Esse ciclo de mudanças, conquistas e desenvolvimento continuará com [a eleição] do nosso [Jaques] Wagner e de todos da aliança que podem levá-lo à Governadoria novamente. Mantido o nosso grupo – e será mantido, porque temos responsabilidade com a Bahia, nós vamos disputar uma eleição bem situados.

O senhor está em posição confortável como primeiro suplente do senador Jaques Wagner. Isso faz aumentar a torcida, no plano estadual, com essa perspectiva de o senhor assumir o mandato no Senado?

[Risos] Faz aumentar a torcida para que a Bahia continue na trilha do desenvolvimento. Não é uma questão pessoal, mas de projeto. Nós temos um líder importante, que oxigenou a política da Bahia, abriu tudo isso. Parte das obras que estão sendo realizadas em nossa região vem do planejamento dos governos dele [2007 a 2014]. Portanto, vamos trabalhar para manter o nosso grupo unido, com Wagner governador. A consequência, em função da lei, é que, se ele ganhar a eleição, eu assumo [o mandato de senador da República].

Wagner defende emenda que permita afastar Bolsonaro
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O senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu hoje (23) a adoção de emenda que permita remover presidentes da República do cargo em situações extremas como a da condução errática do governo federal na pandemia da Covid-19. A medida, uma cópia da 25ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, permite a substituição do presidente pelo seu vice, desde que este peça e tenha apoio interno.

Hoje, a emenda, no Brasil, permitiria ao Congresso afastar ou destituir Jair Bolsonaro, com o general Hamilton Mourão assumindo o cargo. Wagner justificou a proposta e disse que o seu gabinete já começou a recolher assinaturas.

– Precisamos salvar o Brasil do ponto de vista sanitário e deixar ele [Bolsonaro] pra lá. É um desgovernado. Negou a doença [covid-19], negou vacina, negou a máscara. É incompatível com a necessidade do cargo [de presidente] e tem instabilidade emocional – afirmou o senador pela Bahia em entrevista à A Tarde FM na manhã desta terça.

Para o senador baiano, a adoção deste mecanismo é caminho “para o país se ver livre” da instabilidade provocada pelos atos do presidente, principalmente nas medidas contra o avanço da covid-19.

Ainda durante a entrevista, Wagner afirmou que verá qual o nível de adesão à proposta no Parlamento. “Só quero esclarecer que sou presidencialista convicto. Portanto, na minha opinião, você precisa dar estabilidade. Essa ideia veio na minha cabeça pelo que estamos vivendo [na pandemia]“, afirmou, classificando Bolsonaro de “insano”. E justificou: “Tudo que [ele] faz é para estimular conflito na sociedade . É um homem sem projetos, sem ideias”.

Foto Pimenta/Arquivo
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O senador Jaques Wagner deverá disputar o sucessão estadual baiana em 2022. Hoje (4), o ex-governador concedeu entrevista a Mário Kertész, no programa Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metrópole, em Salvador.

– Sou [candidato]. Mas estou insistindo em dizer para as pessoas que, para chegar em 2022, temos que estar trabalhando na angústia do povo, trabalhando por auxílio. Não dá para conversar sobre eleição agora. Conversar de eleição é extraterrestre.

O senador e ex-governador da Bahia no período de 2007 a 2014 disse que pode entrar com notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação. “Estou só protegendo o que acredito, que é trabalhar 2021 para salvar vidas. O pessoal lá [no Congresso] queria CPI da Covid. Eu não assinei. Está faltando alguma informação para vocês? O que querem investigar? A irresponsabilidade dele é patente. A leniência do ministro da Saúde também. Não tem mais o que investigar. É melhor fazer uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal por genocídio, irresponsabilidade e prevaricação”, disse o petista.

Falando para diversos tipos de públicos no rádio, Wagner tratou de ser didático ao explicar o que é prevaricar. “Prevaricação é crime conhecido, não tomar a atitude necessária perante um problema que se apresente. Sei que tem gente morrendo, sei que preciso comprar a vacina e finjo que não estou sabendo, ainda falo contra a vacina. Isso se chama prevaricação. Ele é criminoso. Pode ter os adeptos dele, óbvio que todo bandido tem gente que gosta. Ele, para mim, de doido virou bandido”, acrescentou Wagner. Redação com informações do Metro1.

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A candidatura do prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral, em chapa única, aponta uma melhoria no nível de compreensão do valor regional por parte dos prefeitos e prefeitas e traz esperança de superarmos as ilhas de poder que constituíram o nosso modelo de atuação política ao longo dos anos.

Rosivaldo Pinheiro

O Litoral Sul da Bahia vem, sistematicamente, sofrendo as consequências da falta de uma ação política coletiva. Essa tática de ação conjunta possibilitaria melhor dinâmica socioeconômica das cidades e regiões, sendo, portanto instrumento decisivo para o processo da construção de saídas aos problemas apresentados.

A região detém grande importância para a economia baiana. Historicamente, temos no cacau a nossa principal identidade. O produto já ditou o nosso modelo econômico e ainda é uma marca forte, geradora de riqueza. Mas, hoje, esse modelo não é mais essencialmente tocado por ele. Nosso perfil econômico encontrou outros nichos: turismo, comércio e serviços se integraram ao nosso portfólio, melhorando o nosso desempenho.

Se ao longo do tempo tivéssemos voz uníssona para cobrar do governo federal, a nossa região seria melhor escutada e as nossas múltiplas pautas ganhariam força, ajudando a destravar importantes ações, como os macro vetores de desenvolvimento, que já estariam em outras fases de implantação. O Porto Sul, a Ferrovia Oeste-Leste, a duplicação da BR-415 e o novo aeroporto possivelmente já seriam realidades.

Destaque-se que, nos últimos anos, a região ganhou uma maior atenção do governo do estado. Prova disso é que importantes obras foram realizadas e entregues nesse período. Essa atenção é oriunda do arco de alianças que chegou ao poder na Bahia a partir do governo de coalisão, tendo em Rui Costa, Jaques Wagner, Otto Alencar e João Leão seus principais expoentes, privilegiando, inclusive, a nossa região com a liderança do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, representada pelo deputado Rosemberg Pinto, natural do Médio Sudoeste e que se transformou no principal interlocutor político da região cacaueira.

Nesta sexta-feira teremos a eleição da Amurc (Associação dos Municípios da Região Cacaueira da Bahia), que integra três territórios: Litoral Sul, Extremo Sul e Médio Sudoeste. A candidatura do prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral, em chapa única, aponta uma melhoria no nível de compreensão do valor regional por parte dos prefeitos e prefeitas e traz a esperança de superarmos as ilhas de poder que constituíram o nosso modelo de atuação política ao longo dos anos. É preciso compreender que a luta municipalista e a configuração do valor dos territórios são componentes de grande impacto que impõem respeito aos governos centrais.

A frente ampla, pluripartidária, demonstra ser o caminho mais seguro para garantir uma luta política mais coesa e, por consequência, vitoriosa, em favor das providências necessárias para a superação dos nossos principais problemas. Estar alicerçada por uma instituição como a Amurc é também sinal de um novo momento da política regional, que é reflexo da chegada ao poder de novos nomes, e esse é um combustível que alimenta a nossa esperança.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc)