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Zé Raimundo e Herzem disputam a Prefeitura de Vitória da Conquista

Os dois maiores colégios eleitorais do interior da Bahia têm promessa de disputa acirrada, voto a voto, neste domingo de segundo turno. O deputado federal Zé Neto (PT) enfrenta o candidato à reeleição pelo MDB, Colbert Martins, em Feira de Santana. Já em Vitória da Conquista, outro Zé, o Raimundo, também petista, enfrenta o candidato à reeleição pelo MDB, Herzem Gusmão.

Zé Neto e Zé Raimundo venceram o primeiro turno, respectivamente, em Feira e Conquista. Zé Neto obteve 41,55% dos votos válidos em 15 de novembro, enquanto Colbert Martins ficou com 38,18% na corrida pelo comando da Princesa do Sertão, como também é chamada Feira de Santana. Em números absolutos, a diferença foi de apenas 9.176 votos em eleição em que 323.990 compareceram à urna.

Zé Raimundo foi o mais votado no primeiro turno em Conquista. Obteve 47,63% dos votos válidos, mas o emedebista e candidato à reeleição, Herzem Gusmão, “colou” no petista. Abocanhou 45,89%, estabelecendo diferença de somente 2.989 votos, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na Suíça Baiana, 231.176 eleitores votaram no primeiro turno.

Em Feira, o embate é entre Zé Neto e Colbert Martins || Imagens Bnews

RUI X ACM NETO

Além do embate entre petistas e emedebistas, as disputas de Feira de Santana e de Vitória da Conquista pesam para o equilíbrio de forças na Bahia. Enquanto Zé Neto e Zé Raimundo são apoiados pelo governador Rui Costa e pelo ex-governador e hoje senador Jaques Wagner, Colbert e Herzem são as apostas de ACM Neto para consolidar o bom resultado do campo oposicionista nas 16 maiores cidades baianas no primeiro turno.

Neto, prefeito de Salvador, conseguiu a eleição do seu vice-prefeito, ainda no primeiro turno e com 64,20% dos votos válidos. Bruno Reis comandará a capital baiana a partir de janeiro de 2021.

De quebra, o DEM de ACM Neto ou candidatos aliados venceram em cidades como Camaçari, Barreiras, Juazeiro, Teixeira de Freitas, Porto Seguro e Eunápolis.

Já no caminho oposto, o PT somente conseguiu vitória expressiva em grandes municípios baianos em Lauro de Freitas, com a reeleição de Moema Gramacho. Se a conta incluir partidos aliados, levou Itabuna, Ilhéus e Jequié e Paulo Afonso. O porém é que aliados fizeram duras críticas – públicas – ao governador e ensaiam voo solo em 2022, com Otto Alencar disputando o Palácio de Ondina.

Wagner admite que Neto se recuperou de 2018 e saiu fortalecido || Foto Arquivo
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O senador Jaques Wagner (PT), em entrevista hoje (20) à Rádio Metrópole, admitiu que o prefeito de Salvador e principal nome da oposição no estado, ACM Neto, saiu forte das eleições deste ano.

“Óbvio que ele saiu forte. Elegeu sucessor dele. Trabalhou corretamente. Colocou Bruno de vice. Evidentemente foi visto. Como falei: as pessoas olhavam pra Rui, sabiam do peso de Rui, mas qualquer pessoa que entende de pesquisa sabe que em disputa de cargo de prefeito, a referência maior é o prefeito atual”, pontuou.

Wagner ainda aproveitou para cutucar o gestor soteropolitano. Disse que Neto, ao desistir de ser candidato ao governo da Bahia em 2018, deixou o grupo fragilizado. Na época, Neto preferiu continuar na prefeitura. “Ele superou a crise de 2018, que largou o grupo dele na mão, e conseguiu se recuperar”, disse. Do Metro1.

Jaques Wagner tem conta de Whatsapp clonada || Foto Pimenta/Arquivo
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Jaques Wagner, senador e ex-governador da Bahia, novamente teve a sua conta de WhatsApp clonada. Por isso, a linha telefônica associada ao aplicativo está, temporariamente, bloqueada. “As providências junto à operadora e às autoridades de segurança já foram tomadas”, informa a assessoria por meio do Twitter do petista.

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Pois Saldanha não se fez de rogado e abriu a coletiva com sua pergunta saudação por cerca de três minutos. De bom humor, após os elogios fáceis e adjetivos escolhidos a dedo, o governador Jaques Wagner respondeu à pergunta e em seguida acenou para Isaac encerrar a coletiva.

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

As entrevistas coletivas concedidas por autoridades e políticos eram consideradas algo relevante, um encontro onde seriam revelados planos, projetos, programas, notícias dignas de bomba. De uma só vez o digníssimo venderia seu peixe e se colocava à disposição dos comunicadores para as devidas explicações de praxe, tirando todas as dúvidas e mal entendidos que por ventura ainda existissem.

Nem sempre as coletivas saem conforme o planejado, com perguntas consideradas inconvenientes ou fora do contexto, causando um mal-estar ao entrevistado e sua trupe – assessores e comunicadores amigos. Presenciei coletivas que acabaram em gargalhadas e outras de final lastimável, após a providencial, necessária e conveniente intervenção da turma do deixa disso.

Nessas ocasiões, o objeto da coletiva cai por terra e a notícia é salva por um sucinto release enviado pela assessoria de comunicação aos veículos de comunicação, prejudicando a informação. E no meio do tiroteio virtual fica a sociedade que não conhecerá dos detalhes da notícia, com a visão diferenciada dos diversos comunicadores presentes.

Mas existem, ainda, as coletivas que contam com a participação de penetras – a favor e do contra o político presente –, que querem mostrar serviço, puxar o saco, dizer que está presente para defendê-lo, quem sabe, até a morte. Exageros à parte, cortam a pergunta do comunicador, ajudam na resposta do entrevistado, fazem discurso tecendo loas, conseguem desagradar mineiros e baianos.

O radialista Elival Saldanha, conhecido como o “Gogó de Ouro” de Ilhéus, se notabilizou pela sua voz, é claro, mas sempre enriquece o seu currículo com outras nuances. Promotor de eventos artísticos no passado, em tempos mais recentes assumiu a realização de festas etílico-gastronômicas em Ilhéus, a exemplo da Feijoada e da Peixada do Jornal Foco Bahia, além do camarote Dubai é Aqui, no Carnaval ilheense.

Mas isso não era tudo para o velho Saldanha, que adorava participar de uma entrevista coletiva. E mais, era sempre o primeiro a perguntar, ou melhor, fazer uma pergunta através de um lauto elogio, a pleno pulmões com a voz que Deus lhe deu. E não abria mão dessa primazia, que proporcionava uma “boa” dor de cabeça nos assessores da autoridade a ser entrevistada.

E não adiantava a lista dos comunicadores inscritos pela ordem na mão do coordenador da coletiva, já que não possuía os pulmões e cordas vocais com força suficiente para abafar a sonora voz do Gogó de Ouro. E como todos já o conheciam e eram amigos, permitiam a primazia da pergunta inaugural, seja quem fosse o entrevistado, não conseguia escapar do questionamento de Saldanha.

E assim aconteceu durante a coletiva concedida pelo governador Jaques Wagner numa abertura do Festival do Chocolate, no Centro de Convenções de Ilhéus. Como estavam presentes 15 profissionais de imprensa, a luta era traçar uma estratégia para dissuadir Saldanha de fazer a primeira pergunta, o que não funcionou, para o desespero dos jornalistas Daniel Thame, Maurício Maron e Isaac Jorge, coordenadores do evento.

Pois Saldanha não se fez de rogado e abriu a coletiva com sua pergunta saudação por cerca de três minutos. De bom humor, após os elogios fáceis e adjetivos escolhidos a dedo, o governador Jaques Wagner respondeu à pergunta e em seguida acenou para Isaac encerrar a coletiva, com apenas oito minutos de duração, para desespero de quem não tinha conseguido fazer uma só pergunta.

E quem disse que Saldanha se sentiu ofendido com o fim da coletiva? Pelo contrário, o Gogó de Ouro se jactava que teria sido o único comunicador a ter a deferência do governador do Estado, e ainda aproveitou a oportunidade para convidar Jaques Wagner a participar do camarote Dubai é Aqui, do Sheik Saldanha. Os jornalistas preteridos não se deram ao trabalho de repreender Saldanha pelo costumeiro comportamento.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Rosemberg defende unidade da base aliada em Itabuna na disputa de 2020
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O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) voltou a defender a unidade da base aliada do governador Rui Costa em Itabuna na disputa eleitoral de 2020. Numa entrevista ao Bom Dia Bahia, da Rádio Difusora, neste final de semana, o parlamentar apontou que o adversário do governo Rui Costa no município é o médico Dr. Mangabeira.

– Nosso adversário em Itabuna é Mangabeira, que assumiu publicamente apoio a Bolsonaro e ao candidato de ACM Neto. Agora, com o desgaste de Bolsonaro, ele tem dito que não tem nada a ver com Bolsonaro, mas Mangabeira já incorporou o bolsonarismo – disse Rosemberg, observando que o processo está sendo coordenado pelo senador Jaques Wagner, delegado pelo governador Rui Costa.

O deputado estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa diz entender que todos os partidos da base trabalham pela unidade. “Entendo que estamos juntos, e não vejo problema alguém expor opinião ou preferência agora”.

Rosemberg também falou que o partido dele, o PT, tem pré-candidato em Itabuna, o ex-deputado e ex-prefeito Geraldo Simões, principal liderança do partido na região. “Temos que entender que fazemos parte da base junto com os outros partidos”, assinalou.

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O empresário Valderico Junior tem se destacado e se notabilizado como uma força crescente, principal opositor do prefeito e um nome a ser batido. Valderico já tem ao seu redor vários partidos da oposição ao governador Rui Costa.

Jerberson Josué

Semana passada fiz uma análise do cenário eleitoral e até hoje dá “pano pra manga”. Um amigo me contou que no PSD os pré-candidatos de menor força e popularidade foram tirar satisfações com os dirigentes, pois não sabiam que poderiam ser mulas de figurões da política, e ameaçaram promover abandono de pré-candidaturas, o que dificultaria a vida dos ditos tubarões. Vale lembrar que não existe mais tempo pra mudanças.

No PSB, a confusão é sobre o nome do ex-vereador Marcos Flávio. Ele se filiou inicialmente no dia 2 abril ao Podemos, algo normal. O problema é que no dia 4 de abril o ex-presidente da OAB se filiou ao PSB e também ao PCdoB. Qual é o destino do nobre advogado Marcos Flávio? É a pergunta geral. Tem gente achando que foi uma barbeiragem; outros acreditam que foi uma jogada do prefeito, pois o ex-vereador Marcos Flávio é aliado do prefeito e foi para o PSB com a missão de garantir o PSB na base e, de quebra, assegurar a vice e ter um fiel aliado como opção.

A filiação ao PC do B não bate com essa estratégia. Tem gente que diz que essa tática assegura caminhos a seguir e tranquilidade pra escolher a melhor opção mais a frente, no pós-pandemia. Saberemos a resposta quando Marcos Flavio falar ou agir, apontando ao TRE em que partido quer ficar. Outro movimento importante é feito pelo ex-prefeito de Ilhéus, o professor Jabes Ribeiro. Conhecido como um grande articulador, ele faz jus à fama, e nos bastidores atua fortemente pra garantir grandes apoios ao seu pré-candidato, o empresário Cacá Colchões.

O ex-prefeito Jabes conversa com capa pretas estadual de diversos partidos, de diversas correntes ideológicas. Com a saída de alguns nomes do partido na proporcional, o ex-prefeito também trouxe para fileiras progressistas lideranças dos principais e mais importantes bairros. A lista do progressista é guardada pelo ex-prefeito Jabes a sete chaves. Ele sabe muito bem do poder de convencimento da caneta de um prefeito e por isso não vai dar mole ao prefeito Mário. Alguns experientes articuladores na montagem de chapa, apontam que o progressista vem muito forte e devidamente espalhado em todos os cantos, inserido em todas as classes sociais e segmentos, ou seja, diferente do que muitos pensam, o partido do ex-prefeito vem forte sim, também, na corrida para o legislativo ilheense.

A SABER AO ABRIR AS URNAS. Na articulação para a majoritária, o sonho do ex-prefeito é ter nas fileiras de seu pré-candidato quase todos os partidos da base do governador RUI, à exceção do PSD, apesar de até no PSD ter amigos e filhos políticos. As conversas, principalmente com o PT, PSB, PCdoB e Cidadania, são contínuas e diárias. O PT segue firme com seu pré-candidato, o empresário Nilton Cruz.

Nilton Cruz anda a cidade de norte a sul, na construção de sua candidatura, além de articular nos gabinetes de Ilhéus e Salvador. Um forte aliado do empresário e pré-candidato é o deputado Rosemberg Pinto, o líder do governo na Assembleia Legislativa. Nilton Cruz, assim como Jabes, sonha em aglomerar em torno de sua campanha o máximo de partidos da base governista para atrair o governador Rui e o senador Jaques Wagner, que são de seu partido.

O prefeito Mário Alexandre PSD vive difíceis momentos, diante de desmandos e caos administrativos, confusões e fofocas de bastidores, um verdadeiro inferno astral, principalmente que os problemas da pandemia fazem estourar todo dia uma nova bomba no seu colo. Além de insatisfação de aliados, inclusive na Câmara, vereadores de sua base reclamam que não têm demandas atendidas pelo governo, e as pressões nas bases apertam mais ainda os vereadores que se sentem abandonados pelo prefeito Mário. Vale lembrar que Mário tem fama de não cumprir com o combinado e ser inadimplente da palavra.

Alguns dizem que o que ele diz sentado, não vale em pé. Diante de tanta problemática e com gigante rejeição, sua reeleição fica cada dia mais improvável. Dizem até que o grupo já pensa em um plano B, em lançar um nome novo e diferente, até de fora da política. Mário tem batido cabeça também no estado, por sua aproximação com ferozes opositores do governador, como a deputada Dayane Pimentel, do PSL, ex-partido de Bolsonaro.

O constrangimento é grande, principalmente porque bolsonaristas com cargos no governo Mario, batem no governador Rui Costa todo dia nas redes sociais. O CLIMA fica ruim quando esse assunto é discutido em Salvador, e nem os senadores Otto e Coronel, ambos do PSD e aliados do governador, conseguem defendê-lo. Principalmente, porque os senadores fazem contraponto ao governo Bolsonaro. Coronel é presidente da CPMI das FAKES NEWS. O engraçado é que essa mesma turma é vetor de retransmissão na cidade, da rede de compartilhamento investigada pela CPMI que o Coronel preside. Até onde vai esse imbróglio, só vamos saber mais à frente. Diante de tudo isso, esse é o pior momento do governo Mário.

O empresário Valderico Junior tem se destacado e se notabilizado como uma força crescente, principal opositor do prefeito e um nome a ser batido. Valderico já tem ao seu redor vários partidos da oposição ao governador Rui e avança nas articulações até com partidos da base do governador. É certo que a eleição de 2020 é laboratório para 2022. Por isso, Rui está atento ao que acontece em Ilhéus e, dificilmente, ficará de braços cruzados. Mas qual será a tendência do bem avaliado Rui Costa é a pergunta recorrente. Só não deve vacilar e mexer na peça errada do xadrez político ilheense. E assim, aguardamos os próximos capítulos.

Jerberson Josué se define como um estudante na escola da vida.

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A nossa região Sul, diria o saudoso professor e sociólogo Selem Rachid Asmar, permanece uma “pobre região rica”: demonstra continuar dependente das vozes externas e de viver com o pires na mão num processo de contínua subordinação, ao invés de construir bases para sermos autores do nosso próprio destino.

Rosivaldo Pinheiro || rpmvida@yahoo.com.br

Itabuna e Vitória da Conquista têm, hoje, uma mudança no modelo regulatório de urgência e emergência estadual com um redesenho das centrais do interior. O processo de descentralização dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia, iniciado no governo Jaques Wagner, sofre um recuo, voltando a ser concentrado na capital do estado. O modelo que perdurou até as 7h desta quarta-feira, 6 de maio de 2020, encerrou-se junto com o seu último plantão, passando agora a funcionar com outra configuração, o Núcleo Regional de Apoio à Gestão de Regulação.

A central de regulação de urgência e emergência funciona todos os dias, de domingo a domingo, 24 horas por dia, inclusive durante os feriados. Todos os fluxos pertinentes à busca por vagas e outras autorizações de acesso à alta complexidade, antes realizados nas centrais de Itabuna e Conquista, serão agora resolvidos diretamente na Central Estadual de Regulação – CER/SESAB, em Salvador.

O distanciamento dos usuários das instâncias de decisões fere um dos princípios básicos do SUS, que é buscar garantir acesso e resolutividade aos serviços de saúde o mais próximo possível dos usuários. Importante destacar que o nosso estado tem uma grande extensão territorial, e sofre, ao longo do tempo, as consequências de um modelo de organização e desenvolvimento que privilegiou Salvador e o seu entorno, deixando o interior do estado em segundo plano. Essa fórmula começou a ser desfeita por uma nova prática a partir dos governos Wagner e Rui, mostrando ser elevada a necessidade de redistribuição dos serviços nos territórios em nome da eficiência.

Por todo esse cenário, o fechamento das centrais foi visto como uma contradição. Imaginava-se, até então, que com o funcionamento da UPAs regionais, o processo de estruturação da saúde no interior seria algo irreversível. Faz-se necessário registar ainda que a referida alteração não foi tratada nos fóruns da saúde e, salvo melhor juízo, em nenhuma outra estrutura representativa dessas regiões atendidas pelas centrais, que, juntas, atenderam um conjunto de municípios com uma população próxima a 3 milhões de baianos.

Assusta ainda o fato de a mudança ocorrer sem nenhuma posição pública das entidades com lastro na função territorial, representações dos municípios, Câmaras de Vereadores, sociedade civil – o silêncio foi ensurdecedor, com raras exceções de alguns partidos políticos e de poucos vereadores de Itabuna. Não me arrisco a dizer que em Conquista ninguém tenha levantado a voz, mas se levantou, não ecoou.

As determinações verticais – de cima para baixo – vão pouco a pouco nos fragilizando, tirando-nos identidade e protagonismo, construindo um cenário de falta de força política, que acaba por fragilizar o processo de edificação e modernização de um modelo de gestão vocacionado à superação das dificuldades dos serviços dentro de cada território. Nesse particular, a nossa região Sul, diria o saudoso professor e sociólogo Selem Rachid Asmar, permanece uma “pobre região rica”: demonstra continuar dependente das vozes externas e de viver com o pires na mão num processo de contínua subordinação, ao invés de construir bases para sermos autores do nosso próprio destino.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades.

Cypa Wagner, a Dona Paulinha, faleceu aos 96 anos
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Cypa Perla Wagner (Dona Paulina), mãe do ex-governador e senador baiano Jaques Wagner, faleceu na madrugada desta terça-feira (14), no Rio de Janeiro.

De acordo com a assessoria do senador Jaques Wagner, Dona Paulina, teve complicações decorrentes de insuficiência renal. A mãe do senador estava com 96 anos de idade.

Jaques Wagner tem conta de Whatsapp clonada || Foto Pimenta/Arquivo
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O senador Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, considera o presidente Jair Bolsonaro o maior importador do novo coronavírus para o Brasil ao ter viajado aos Estados Unidos para encontro com Donald Trump. A viagem ocorreu em período não recomendado. A comitiva do presidente Bolsonaro retornou ao país com mais de 20 infectados.

– O exemplo deveria vir de cima, mas o maior importador do vírus foi o presidente. Na delegação dele tem mais de 20 que voltaram de lá com coronavírus. A ideia de ir lá naquele momento era infeliz, tanto que o volume de contaminados foi grande – disse Wagner em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole.

Wagner criticou o presidente, mas fez ressalva quanto ao comportamento do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM). Para o senador, o ministro age de forma equilibrada e seria o responsável por fazer o presidente “parar de ficar de brincadeirinha” em relação ao coronavírus.

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Senador Wagner conhece novas mudas produzidas pela Biofábrica Bahia
O senador e ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes, destacaram a presença da Biofábrica da Bahia com estande promocional da nova marca e novo nome lançados na 10ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, em Salvador. Senador e secretário conheceram, no evento, os lançamentos da Biofábrica, as mudas de palma forrageira e de cacau ortotrópicas.

Josias disse que a presença da Biofábrica na Feira em Salvador demonstra a vitalidade com que seus técnicos e a direção têm tratado o tema da maior relevância para a agricultura, a produção de mudas selecionadas, produzidas em laboratório, com todo rigor técnico. “Certeza de que com esses produtos nós estamos aumentando cada vez mais a produção agrícola de toda a Bahia. Sou um entusiasta do trabalho que hoje é praticado pela Biofábrica”, disse Josias Gomes.

Para Jaques Wagner, a Biofábrica da Bahia tem inovado. “Sou empolgado com a Biofábrica, sempre fui, Lanns sabe disso, no governo e mesmo fora do governo, sempre tentei ajudar. Achei que foi uma grande ideia comemorar os 20 anos da Biofábrica aqui na Feira Baiana da Agricultura Familiar, renovando o formato, a marca, mas mantendo a mesma energia e paixão que nós temos em ajudar o povo da agricultura em geral. Parabéns a Lanns e a toda a sua equipe. Espero que a gente consiga inovar cada vez mais”, afirmou Jaques Wagner.

O secretário Josias Gomes, ao lado de Lanns, destaca o vigor da Biofábrica
“Nós, da Biofábrica da Bahia, ficamos muito felizes com esse momento de novos desafios e metas, que escolhemos expor aqui na 10ª Feira Baiana da Agricultura Familiar, por toda sua importância e representatividade”, disse o diretor-presidente da Biofábrica, Lanns Almeida. “Temos muito trabalho pela frente para continuarmos produzindo mudas de excelência e fomentando o desenvolvimento rural na Bahia e no Brasil, com responsabilidade ambiental e social, envolvendo diversos setores da agricultura, desde a pesquisa e produção à extensão rural, num esforço conjunto em prol do nosso estado e do nosso país. Gratidão ao governo do estado, por meio do governador Rui Costa, à SDR, por meio do secretário Josias, ao senador Jaques Wagner e a todos que acreditam no potencial da Biofábica, que é de todos nós”.

A Biofábrica da Bahia, organização social sem fins lucrativos, possui parceria com o Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural. Por seu estande na Feira Baiana da Agricultura Familiar passaram milhares de pessoas de diversas regiões do Brasil durante os nove dias de evento, que terminou no domingo (1º). A Feira ocorre, anualmente, durante a Fenagro, no Parque de Exposições de Salvador.

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Jerberson Josué

 

 

Os petistas propõem para as eleições de 2022 uma chapa com Wagner governador, tendo um pepista como vice e Otto assegurado na chapa para reeleição ao Senado Federal.

 

O senador Jaques Wagner é, reconhecidamente, incansável em suas movimentações políticas e este fato resultou na convergência de um arco de alianças entre correntes internas do PT, que acabou elegendo um aliado seu para o comando do partido no estado, Eden Valadares, embora o grupo do deputado federal licenciado, Josias Gomes, seja mais sólido e detenha prerrogativas para debates e decisões da Executiva do partido.

O placar ficou 14 a 12 pra o ampliado grupo de Wagner, na Executiva Estadual do PT. Quase que simultaneamente, um movimento assertivo foi feito e o nome do ex-governador Wagner virou quase que unanimidade na base e um trunfo internamente no PT. Foi praticamente alijada qualquer possibilidade de convergência à candidatura majoritária do senador Otto Alencar (PSD), para unificação do situacionismo na sucessão de Rui Costa.

Até o deputado federal Otto filho (PSD) considera impertinente o alinhamento do PSD ao grupo da oposição, tendo em vista os laços do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Os petistas propõem para as eleições de 2022 uma chapa com Wagner governador, tendo um pepista como vice e Otto assegurado na chapa para reeleição ao Senado Federal. Para os aliados do PSB e PC do B, os esforços sinalizariam para viabilizar-se a eleição de um maior número de seus representantes para o Congresso Nacional e Assembleia Legislativa da Bahia.

Este processo eleitoral tem sido, meticulosamente, bem articulado e capitaneado pelo habilidoso Jaques Wagner. Sua desenvoltura assegura favoritismo para a permanência do petismo no comando de mais quatro anos de governo estadual na Bahia e tem merecido reconhecimento, até de adversários políticos, e este é o caso do senador Flávio Bolsonaro, que vê em Wagner um dos mais inteligentes políticos do país.

Jerberson Josué se define como um estudante na escola da vida.

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Wagner vê armação e intenção da Lava Jato de prejudicar pessoas || Foto Pimenta

O vazamento de conversas de procuradores federais e o ex-juiz Sérgio Moro revela, na opinião do senador Jaques Wagner (PT-BA), uma armação e atropelo da lei de atores da Operação Lava Jato para prejudicar, deliberadamente, algumas pessoas, dentre elas o ex-presidente Lula.

Wagner esteve na abertura do Festival Internacional do Chocolate e Cacau, em Ilhéus, nesta quinta (18). Os diálogos de procuradores com o ex-juiz e hoje ministro da Justiça no Governo Bolsonaro vêm sendo revelados em reportagens do The Intercept, Folha de São Paulo e a revista Veja, além da Rádio Band.

Para o ex-governador baiano e senador, a revelação das conversas de procuradores federais, como Deltan Dallagnol, com Moro deixa claro que “a lei foi atropelada” e a “armação” contra pessoas, notadamente políticos do PT ou próximos à legenda. Ontem (18), novos trechos de diálogos de Moro e procuradores revelam a interferência do ex-juiz e hoje ministro na negociação de delações, segundo a Folha.

O senador citou, ainda, a tentativa de Dallagnol de promover uma operação da Lava Jato contra ele, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial do ano passado, para prejudicar o petista Fernando Haddad.

– Não tenho nenhuma dúvida de que todo esse processo foi feito para prejudicar algumas pessoas e não para fazer justiça –  disse ao PIMENTA durante a visita ao festival em Ilhéus, no sul da Bahia.

Para o senador baiano, com o que já foi divulgado das conversas, mostrando diálogos de combinações entre procuradores federais e o então juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro,  a Justiça não terá outra opção a não ser soltar o ex-presidente Lula. “Esses fatos são inquestionáveis”, afirmou Wagner.

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Marco Wense
 

Nos bastidores, o que se comenta é que o ex-governador e senador eleito Jaques Wagner pode levar Geraldo para Brasília, se o companheiro ficar de fora do Governo Rui Costa neste segundo mandato.

Toda vez que a reforma administrativa do governador Rui Costa emerge nas conversas entre petistas, o nome de Geraldo Simões é logo lembrado.
Prefeito de Itabuna por duas vezes, 1993-1996 e 2001-2004, também conhecido como “Minha Pedinha”, Geraldo divide a cúpula estadual do Partido dos Trabalhadores.
Tem os que defendem sua indicação para um cargo de primeiro escalão e os que torcem para Simões continuar a ver navios. Os mais religiosos fazem até promessas ao Senhor do Bonfim e colocam fitinhas no pulso.
Geraldo se mostra tranquilo.
Compreende que o chefe do Executivo não tem muita simpatia por ele. Até as freiras do convento das Carmelitas sabem da frieza de Rui com o ex-alcaide. Deve ter seus motivos, nunca revelados de público, mas sempre comentados em conversas reservadas.
A situação de Geraldo, quando comparada com a de priscas eras, como diria o saudoso, inquieto e polêmico jornalista Eduardo Anunciação, hoje em um lugar chamado Eternidade, é infinitamente melhor.
Teve um período em que Geraldo era uma espécie de “patinho feio” para Everaldo Anunciação, presidente estadual do PT, e Josias Gomes, então secretário de Relações Institucionais de Rui Costa. O apoio de Geraldo à reeleição de Josias para o Parlamento federal amenizou o pega-pega do passado.
Nos bastidores, o que se comenta é que o ex-governador e senador eleito Jaques Wagner pode levar Geraldo para Brasília, se o companheiro ficar de fora do Governo Rui Costa neste segundo mandato.
Geraldo Simões, que tem o controle do diretório do PT de Itabuna há muito tempo, é adorado por muitos e também odiado na mesma proporção.
O maior obstáculo no caminho de GS é sua performance nas últimas eleições que disputou, com resultados muito abaixo do esperado, provocando uma derrota atrás da outra.
Uma pergunta, no entanto, é oportuna e pertinente: Geraldo Simões estaria mesmo interessado em ocupar um cargo no Governo do Estado?
No mais, esperar o que vai acontecer com a reforma de Rui Costa, que terminou oxigenando o discurso oposicionista de que o morador mais ilustre do Palácio de Ondina cometeu “estelionato eleitoral” ao passar para o eleitor que a situação financeira do governo estava sob controle, que tudo corria conforme o figurino da boa e exemplar administração da coisa pública.
PS – Geraldo Simões, um dos fundadores do PT de Itabuna, é portador de uma invejável coerência na sua vida pública. O exemplo bem tupiniquim desse seu nexo político, se deu com a inusitada aliança entre Rui Costa e Fernando Gomes, atual gestor de Itabuna e considerado, por muito tempo, o maior inimigo do PT no sul da Bahia, daqueles que não perdiam a oportunidade de esculhambar com o partido e os petistas. Geraldo, quando questionado sobre o enlace político entre Rui e Fernando, foi hilariante: “casamento de cobra com jacaré”. A dúvida, até hoje não esclarecida, ficou por conta de quem seria a cobra e o jacaré.

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Marco Wense
 

É evidente que Wagner não criaria nenhum obstáculo para essa iniciativa de aproximá-lo do chefe do Executivo. Pragmático como é, não vai contrariar a máxima de que todo apoio é bem-vindo.

 
Só falta um nome para o prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, sem partido depois que deixou o DEM, fechar sua chapa nas eleições de 2018.
Para o governo da Bahia, o alcaide vai votar na reeleição de Rui Costa (PT). Deputado federal e estadual, respectivamente Jonga Bacelar e Sérgio Gomes. Para o senado da República, em Ângelo Coronel.
O candidato de FG à presidência da República é Jair Bolsonaro, do PSL, que é também do vice-prefeito Fernando Vita e da maioria do secretariado do Centro Administrativo Firmino Alves.
O sólido antipetismo da campanha bolsonariana e a defesa do porte de armas são os pontos que são mais elogiados no staff fernandista.
Aliás, o próprio Fernando Gomes não cansa de dizer que seu único compromisso é com o governador Rui Costa, que quer distância do PT.
Seria uma inominável ingratidão se o prefeito tivesse outro comportamento com o governador, que o apoiou na última sucessão municipal, tanto no campo político como no jurídico.
Como são duas vagas para senador, fica faltando um voto do alcaide. A única certeza é que FG já descartou Jaques Wagner. As apostas giram em torno do Irmão Lázaro e Jutahy Júnior.
O único pedido que Fernando faz, de maneira mais incisiva, principalmente entre os que ocupam cargos de confiança, é em relação ao filho Sérgio Gomes, postulante a uma vaga na Assembleia Legislativa.
A cobrança de FG está sendo ignorada por alguns secretários simpatizantes da candidatura de Rafael Moreira, hoje neopetista e muito próximo de Josias Gomes, ex-secretário estadual de Relações Institucionais.
Nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, a informação é de uma articulação para aproximar o prefeito do ex-governador Jaques Wagner.
É evidente que Wagner não criaria nenhum obstáculo para essa iniciativa de aproximá-lo do chefe do Executivo. Pragmático como é, não vai contrariar a máxima de que todo apoio é bem-vindo.
Não se sabe a opinião de FG sobre a tentativa de fazer as pazes com o responsável direto pela eleição de Rui Costa ao Palácio de Ondina.
Somente o governador Rui Costa pode ter sucesso nessa difícil missão, dizem os correligionários mais próximos do prefeito.
Marco Wense é articulista e editor d´O Busílis.

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Rosemberg, na foto ao lado do ex-presidente, defende candidatura de Lula  

O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) considera a presença do ex-presidente Lula na corrida eleitoral de 2018 “um grande desafio para a democracia brasileira”. O pedido de registro da candidatura está sendo feito nesta tarde de quarta (15). “O registro significa a disputa do retorno do Estado de Direito. Estamos enfrentando um segmento conservador do Judiciário, do Ministério Público e um segmento conservador da elite brasileira”, condenou.
Para Rosemberg, que já liderou a bancada do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deferimento do registro de candidatura não será uma tarefa simples. “Mas vamos registrar e disputar até o último minuto, porque eu só acredito num Brasil que volte a se desenvolver com Lula, o único capaz de unificar o país com uma previsão para o seu desenvolvimento”, defendeu.
Uma marcha reúne milhares de apoiadores do ex-presidente em direção à corte eleitoral. O governador Rui Costa e o ex-governador Jaques Wagner acompanham o ato na capital federal.