A Prefeitura de Canavieiras foi uma excelente anfitriã || Foto Walmir Rosário
Tempo de leitura: 4 minutos

 

 

Seria realizada uma recepção digna das promovidas pelo Itamaraty aos chefes de Estados estrangeiros e seus representantes, sem esquecer os mínimos detalhes.

 

Walmir Rosário

O Brasil passou por grandes mudanças com a eleição de Tancredo Neves e a chegada de José Sarney à Presidência da República. E o PMDB começa a atuar para impor o ideário do partido conforme vinha prometendo por anos a fio. A proposta era transferir os recursos do Estado Brasileiro para a promoção do desenvolvimento. E as torneiras financeiras de Brasília começaram a jorrar com força total.

Eleito com uma expressiva votação, o médico ilheense Jorge Viana se mostra um deputado federal atuante e, de forma incansável, consegue transferir recursos federais para as cidades do sul da Bahia. Os parcos recursos para custeio e investimentos de antes mudaram da água para o vinho e os mais diversos setores da economia começaram a receber dinheiro para fazer a roda da economia girar.

E a ação do deputado federal peemedebista Jorge Viana de destrancar o cofre federal se transformou numa fertilização constante para e economia do agro, principalmente a cacauicultura e a dendeicultura, dentre outras. Esforços e recursos não faltariam para o soerguimento da agricultura. De início, Canavieiras e Una foram contempladas para dar o famoso pontapé na industrialização do dendê.

Na direção da Ceplac, Joaquim Cardozo não media esforços para diminuir o tamanho da instituição e promovia o emagrecimento das atividades, prometendo privilegiar apenas agricultura, transferindo as demais para outros órgãos estatais. E um forte aparato na comunicação para acompanhar as atividades políticas na economia foi implantada, no sentido de mostrar o “novo Brasil”.

E num desses sábados uma grande comitiva do Ministério da Agricultura, capitaneada pelo deputado Jorge Viana e Joaquim Cardozo se deslocam para as cidades de Una e Canavieiras para a solenidade de transferência desses recursos. Com a inflação galopante daquela época não consigo lembrar o valor exato dos recursos, só lembro que era múltiplo de 5 (50, 500,?) nem se eram milhões ou bilhões de cruzados.

Porém minha memória não esquecerá – jamais – as solenidades realizadas para repassar os recursos aos municípios contemplados. Por obra do destino, Tyrone Perrucho exercia a chefia do Núcleo de Comunicação (ex-Dicom) e seu pai Wallace Mutti Perrucho era o atual prefeito de Canavieiras, o anfitrião principal dessa grande festividade que poderia dar uma guinada na cultura do dendê.

E uma efeméride dessa magnitude não poderia passar em branco, deixar de ser realizada com todos os requintes para atender e ressaltar o trabalho dos benfeitores da economia regional, que a partir de então olhavam com bons olhos o antes desprezado sul da Bahia. Seria realizada uma recepção digna das promovidas pelo Itamaraty aos chefes de Estados estrangeiros e seus representantes, sem esquecer os mínimos detalhes.

Para prestar um serviço de primeiro mundo, o jornalista Tyrone Perrucho assessorou o prefeito Wallace Perrucho, contratando a equipe de garçons da Ceplac, comandada pelo maitre Mário, com as recomendações de que deveria ser um serviço perfeito. Outra equipe ficou responsável para decoração do Clube Social, bem ao estilo do Baile da Ilha Fiscal, o último dado pelo Imperador Pedro II, no que se refere ao luxo e ostentação.

No cardápio, somente frutos do mar (o que não era do paladar de Tyrone Perrucho), com ostras gratinadas, de moqueca e cruas, servidas ao azeite português e suco de limão; patinhas de caranguejos a milanesa, a famosíssima cabeça de robalo, que era a mais nova atração da gastronomia canavieirense; moquecas de robalos; polvos e lulas defumados, em vinagrete; mexilhões, lambretas e outras refinadas iguarias da rica costa marinha brasileira.

Não me sai da memória a carta de vinhos e os vários tipos de whisky, como Chivas Regal e Old Parr, todas acima de 12 anos, e cervejas extras. Assim que entramos no clube, uma mesa localizada em frente a saída da cozinha estava reservada para a equipe da comunicação da Ceplac. Deve ter sido escolha pessoal do nosso chefe Tyrone Perrucho, no intuito de privilegiar seus comandados, entre eles, eu.

Confesso que fiquei surpreso com tamanho requinte e sofisticação em Canavieiras, mas não economizei esforços para demonstrar minha elevada satisfação aos anfitriões, que não mediram esforços em receber os visitantes e benfeitores. E como dizem Deus escreve certo por linhas tortas, pois seu Perrucho, como chamávamos Wallace, até pouco tempo era apenas vereador, quem sabe, vice-presidente da Câmara. Ainda bem que se tornou alcaide.

E foi um golpe de sorte, como dizem: O prefeito Boinha Cavalcante não ia bem na administração e estaria ameaçado de cassação. Porém, quis o destino que ele sofresse dois acidentes: vítima de capotamento de veículo na praia e outro ao mergulhar no rio, o que lhe afetou a coluna. Como o seu vice-prefeito Holmes Humberto de Almeida (do então distrito de Santa Luzia) tinha morrido recentemente, o substituto sairia do Legislativo.

E aí Wallace Mutti Perrucho tira a sorte grande, com a desistência do presidente do Legislativo em assumir à Prefeitura, pois reconheceu que não estaria preparado para uma empreitada desta magnitude. Abdicou do cargo de presidente e, por maioria, os vereadores fizeram valer o regulamento, escolhendo e dando posse a Perrucho como presidente da Câmara e, subsequentemente, ao cargo maior do Executivo canavieirense.

Voltando à nababesca recepção, logo após, vozes descontentes da oposição tentaram desqualificar a sublime festa, sobre o pretexto de que o evento teria custado mais do que os recursos transferidos pelo Governo Federal ao município de Canavieiras. Não cheguei a fazer os cálculos, até porque a matemática não é meu forte, mas acredito mesmo que se tratava apenas de uma ação política para tentar desqualificar a qualidade da festa promovida com muito esmero por seu Perrucho.

Walmir Rosário é radialista, jornalista, advogado e autor d´Os grandes craques que vi jogar: Nos estádios e campos de Itabuna e Canavieiras, disponível na Amazon.

Jorge Viana, Luiz Uaquim e Valderico: MDB e DEM juntos em Ilhéus
Tempo de leitura: < 1 minuto

O diretório do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Ilhéus decidiu apoiar o empresário Valderico Junior, pré-candidato a prefeito de Ilhéus pelo DEM, nas eleições deste ano. Junior recebeu a decisão com muita alegria e agradeceu a confiança do partido.

O presidente municipal do MDB, Luiz Henrique Uaquim, exaltou a trajetória política do médico Jorge Viana. O ex-deputado federal declinou da própria candidatura para apoiar Valderico.

Segundo Uaquim, a parceria com o DEM é fruto de “um acordo de quem tem caráter, de quem tem personalidade. E, dentro da política, não pode ser diferente. A nova política exige isso. Exige palavra, honestidade e competência”.

Ao falar sobre a decisão, na tarde deste domingo (13), Uaquim explicou que a composição com o DEM é “um projeto de governo, e não um projeto de poder”. “Isso está muito claro nessa junção e esse é o momento histórico, dentro de Ilhéus, onde o MDB coloca à disposição de Valderico Junior todo o seu corpo técnico e todos os projetos desenvolvidos”, disse Uaquim.

Tempo de leitura: 2 minutos

Após acordo, Viva Memorial passa a atender pacientes do SUS || Foto Clodoaldo Ribeiro

Desde a zero hora desta quinta-feira (28), o atendimento de urgência e emergência de pediatria pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Ilhéus passou a ser feito pelo Hospital Vida Memorial, na região do Terminal Urbano, centro da cidade. O serviço mudou de endereço devido ao encerramento do convênio firmado entre a secretaria municipal de Saúde (Sesau) com o Hospital de Ilhéus, por decisão da direção da unidade hospitalar, segundo a Prefeitura de Ilhéus.
Por meio de Decreto de Situação de Emergência, já publicado no Diário Oficial do Município, o prefeito Mário Alexandre adotou a medida que resultou na assinatura de um novo convênio, transferindo o atendimento pediátrico para o Vida Memorial. Marão justificou o contrato emergencial. Segundo ele, o Hospital de Ilhéus teria exigido acréscimo de R$ 100 mil no contrato para atendimento pediátrico.
O pedido não foi acatado pela Prefeitura. A secretária de Saúde, Elizângela Oliveira, por meio de nota, disse que os municípios pactuados e Ilhéus não têm suporte financeiro para bancar tal majoração nas bases propostas. “Também discordamos das alegações para tal acréscimo uma vez que, pelo menos parte dos custos apontados para justificar a elevação do valor, não é oriunda, exclusivamente, dos serviços prestados ao SUS pelo Hospital de Ilhéus”, criticou a secretária.
MÉDICO CRITICA MARÃO
Pré-candidato ao Senado Federal pelo MDB, o médico Jorge Viana, dono do Hospital de Ilhéus, fez duras críticas ao prefeito Mário Alexandre. Disse ter procurado o gestor do município várias vezes e, numa entrevista, afirmou não saber se Marão estava em Salvador, Brasília ou dançando “na boquinha da garrafa”.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Ilheense Jorge Viana disputará vaga ao Senado pelo MDB || Reprodução Facebook

O médico e ex-deputado federal Jorge Viana será um dos candidatos do MDB ao Senado Federal na chapa emedebista encabeçada pelo ex-ministro e candidato ao Governo, João Santana. O anúncio oficial deverá ser feito na próxima sexta (15), de acordo com o divulgado pelo Bahia.ba.
O MDB ainda definirá quem será o segundo nome da chapa de João Santana ao Senado. Com 79 anos e dono do Hospital de Ilhéus, Jorge Viana foi deputado federal por três mandatos e participou da Assembleia Constituinte, em 1988.

Tempo de leitura: 2 minutos
Para senador, regras atuais não são suficientes (Foto Pedro França/Agência Senado).
Para senador, regras atuais não são as mais adequadas (Foto Pedro França/Agência Senado).

Proposta apresentada no Senado Federal prevê aumento do prazo de quarentena para magistrados, além de ampliá-la para além do juízo ou tribunal de origem do profissional. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 111/2015, de autoria do senador Jorge Viana, deverá ser analisada neste ano.

Ela  prevê que a quarentena será de três anos, no caso de juízes de primeira instância; de quatro anos, para desembargadores ou juízes que atuam em tribunais de segunda instância e de cinco anos, no caso de ministros que atuem em tribunais superiores. Além disso, a limitação não é apenas para o juízo ou tribunal de origem como previsto atualmente.

O senador sustenta que as regras constitucionais não são as mais adequadas para assegurar uma atuação imparcial e impessoal da Justiça. Para ele, as regras, quando submetidas ao teste da realidade, “demonstraram-se absolutamente insuficientes”.

“Como admitir que o afastamento por três anos de um desembargador que tenha atuado por 10, 20, 30 anos em determinado tribunal, seja suficiente para eliminar o prestígio, respeito e influência que possa ter angariado em sua vida na magistratura?”, questiona Jorge Viana.

Ele admite que a proposta é mais dura do que o texto constitucional, mas alega que atende ao interesse público dos cidadãos que terão segurança de um julgamento mais isonômico. Na sua opinião, a pessoa não pode ter medo de perder uma ação porque o advogado da outra parte explora o prestígio e os contatos de uma vida inteira na magistratura.

Leia Mais