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PROFESSOR ILHEENSE VAI PRESIDIR A ABL

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

1ABL“A noite da última quinta-feira, 14, foi marcada pela retomada das atividades da Academia Brasileira de Letras e posse da nova diretoria, que será presidida pelo professor Josevandro Nascimento. Durante o evento, que contou com a presença do prefeito Jabes Ribeiro, foram prestadas homenagens póstumas ao poeta baiano Castro Alves, que nasceu na mesma data da solenidade”, dizia a notícia lida em respeitável blog. “Ora, vejam só!”, pensei de olho nos botões da blusa: “Um ilheense presidindo a Casa de Machado de Assis!” – e quase saí aos gritos e pulos, tomado dum agudo e justificado frenesi bairrístico.

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Castro Alves acaba de nascer, aleluia!
Mas, macaco antigo das redações, mantive minhas dúvidas e, como diriam os juristas, fui às provas: consultei dezesseis (!) blogs e dois importante jornais diários de Itabuna (os nomes não declino, mas adianto que o meu blog preferido, um que não gosta de molho agridoce, não está na lista). No entanto lhes digo, por ser rigorosamente verdadeiro, que os dezesseis veículos deram a notícia, fazendo do referido professor presidente da ABL – e criando uma barrigada monumental. Solidário, esperei uma semana pelo desmentido, que não veio; então, de alma lavada, enxaguada e embandeirada, comemoro publicamente o evento, pois não é toda hora que temos um ilheense a presidir o grande sodalício.
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O dia em que “mataram” Edivaldo Brito
E aquela parte que diz ter Castro Alves nascido “na mesma data da solenidade” me levou às lágrimas: é imenso privilégio ter aqui o Poeta dos Escravos bebezinho, em fraldas, nascido no dia 14 de março deste ano – mudando o curso da história. Falemos sério: a mídia contribui para a desinformação (e neste caso, o ridículo), ao publicar notinhas de assessoria sem submetê-las a copidesque, revisão e edição. O lastimável texto da prefeitura de Ilhéus foi replicado ipsis litteris, com erros gritantes, a ponto de dar o palestrante Edivaldo Brito como patrono da ABL – o que significa estar o mesmo morto e sepultado há, no barato, 120 anos. É demais pra minha paciência.
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COMILANÇA, OU O CASO DOS 3.600 PRATOS

4Comilança
Conhecido restaurante de Itabuna faz uma divulgação em que oferece “mais de 60 variedades de pratos”, num claro atentado à boa linguagem. O texto só pode ser salvo pelo cinismo daqueles para quem o importante é que a mensagem seja entendida. Eu entendi que a casa oferece “uma diversidade superior a 60 pratos”, só que isto não está dito em língua portuguesa. Como foi posto, o reclame gastronômico põe à disposição (há quem prefira “disponibiza”, argh!) 60 variedades multiplicadas por 60 pratos: 3.600 ofertas. Quer dizer: se o cliente quiser um churrasquinho de gato, por exemplo, será chamado a optar entre 60 tipos diferentes. Mesmo com o exagero a que a publicidade se dá direito, contenhamo-nos.
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Estupidez elevada à quarta potência
Tautologias à parte, a indigência vocabular da mídia tem mostrado disparates a todo momento, a ponto de sepultar termos consagrados pelo uso, em benefício de “novidades”. Vejam que, no noticiário policial, não mais existe a palavra “bala”, trocada por “munição”. Troca malsã: bala é munição, mas munição nem sempre é bala: um é termo genérico; o outro, específico. O pior é quando um repórter mais ignorante pouquinha coisa, diz que “a polícia apreendeu várias munições”. Esta palavra, se lhe cabe o uso, fica bem no singular; quando empregada no plural, em lugar de “balas”, temos um estranho caso de estupidez elevada à quarta potência. Ou, para quem prefere a medicina à matemática, um quadro de asnice recidivante.
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(ENTRE PARÊNTESES)

6Estória de facão e chuvaPermitam-me o pequeno anúncio: o livrinho Estória de facão e chuva (de 2005), esgotado, acaba de ter sua 2ª edição, por nímia gentileza da Editus (Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz), tendo Rita Virgínia Argolo à frente. O pequeno volume (184 páginas) reúne 35 crônicas e dois discursos, sendo um deles de Hélio Pólvora, na Academia de Letras de Ilhéus, em 2001. A professora Maria Luiza Nora, na apresentação de Estória… diz que o autor “com sua escrita, nos descomplica, nos tira aquela pose que pode estar querendo se instalar, nos humaniza a ponto de darmos boas risadas de nós mesmos, e risadas de deboche, o que é melhor”. O autor, cativo, agradece.

BARDOT E DENEUVE – REALIDADE  E LENDA

7Catherine DeneuveCanções com uma história real a sustentá-las são corriqueiras. Mas algumas conseguem se debater entre a realidade e a lenda, sem que nós, ouvintes distantes da cena da gênese, saibamos a verdade. É o caso de Belle de jour (sic), momento romântico de Alceu Valença, que é cercado por essa magia do sim e do talvez. Dizem que Alceu estava num café, em Paris (mas já pra lá de Bagdá), quando lhe surgiu à frente Catherine Deneuve e, com ela a lembrança do filme Belle du jour: ali mesmo ele escreveu a canção, para depois descobrir que não vira La Deneuve, mas Brigitte Bardot! Outros falam de incerta moça que caminhava todas as tardes na praia da Boa Viagem, no Recife, e que se afogou…
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O sotaque de Alceu nem a Sorbonne tira
Claro que a versão de que a letra foi inspirada no filme de Buñuel não interessa, por ser muito óbvia, pouco instigante. E também não faltam os psicólogos de mesa de bar, a explicar que “azul” é referência a heroína (a bela estaria, nesta visão, chapada!), enquanto a Boa Viagem teria duplo sentido: não seria apenas a praia, mas também aquela “boa viagem” patrocinada pela droga (“A belle de jour no azul viajava…”). O artista não esclareceu a dúvida, preferindo reforçar o mito de que a canção foi feita num bar parisiense, quando ele, doidão da silva, teve um delírio e viu… sabe Deus quem! Eu gosto mesmo é do francês de Alceu: o accent pernambucano de São Bento do Una nem a Sorbonne tira. Graças a Deus.

(O.C.)

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O semanário Itabuna Notícias voltou a circular no último fim de semana, trazendo manchete sobre desvios em licitações realizadas nas Prefeitura de Itabuna. A matéria do jornal cita dois casos em que há suspeita de direcionamento em processos licitatórios, um deles para a contratação de locadora de veículos e outro relacionado à publicidade oficial.

A chefe do Setor de Licitação da Prefeitura, Janice Borges, é acusada de vedar o acesso a um edital, o que teria motivado uma representação contra ela junto ao Ministério Público.

O jornal publica ainda entrevista com o promotor Clodoaldo Anunciação, que fala sobre o papel do MP no combate a desvios e abusos na administração pública.

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Osvaldo Bispo e Paulo Leonardo, quando eram entrevistados por Gilvan Lima, da Jornal

Após cerca de 30 anos na Rádio Difusora, os comunicadores Paulo Leonardo e Osvaldo Bispo, que apresentavam o programa “O Crime não compensa”, mudaram de casa. A estreia na Rádio Jornal acontece nesta segunda-feira, 22, quando a dupla passa a conduzir o programa “Ronda Policial”, das 16 às 18 horas.

Além do programa vespertino, Leonardo e Osvaldo Bispo participam como repórteres em outras atrações da Jornal. O primeiro com informes gerais das ruas e o segundo com notícias da área policial.

Tudo como dantes, só que em outra emissora.

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Muitas vezes um jornal consegue expressar, em poucas palavras e imagens, o sentimento que toma conta de todo um país. E ontem (31), o jornal A Tarde não precisou de muita coisa para traduzir duas sensações opostas que convivem no Brasil: o orgulho e a vergonha.
Orgulho dos feitos no esporte, como a primeira medalha de ouro no Mundial de Atletismo, conquistada esta semana por Fabiana Murer no salto com vara.
Vergonha da conivência da Câmara Federal com os malfeitos da deputada propineira Jaqueline Roriz (PMN-DF), absolvida para evitar um efeito dominó numa fila de políticos viciados. Isto poderia ocorrer uma vez criado o precedente de que delitos anteriores ao mandato podem ser punidos pelo parlamento.
A capa do jornal soteropolitano disse tudo e teve merecido reconhecimento em todo o país.

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Bicampeã do principal prêmio do meio jornal no país, o Grand Prix da Associação Nacional de Jornais (ANJ), a agência baiana Leiaute preparou um vídeo para comemorar o feito. A campanha “Dá para tratar melhor o jornal” está sendo veiculada nos canais da agência no Twitter e no Facebook e nos cinemas da rede Sala de Arte na capital baiana, além do site da Leiaute. E traz Adelmo Casé interpretando a clássica Eu te darei bem mais, de Moacyr Franco.

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Capa da última edição impressa do Jornal do Brasil desta terça, 31 de agosto. A partir de amanhã, o JB estará disponível apenas na internet. Dívidas levaram o jornal a aposentar o papel. Ironias à parte, o JB foi o primeiro do Brasil a estrear na rede mundial.
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É animada esta manhã de sábado na Rádio Jornal de Itabuna. Neste momento, no programa Conexão Direta (Ricardo Bacelar), quem dá as caras é o deputado federal Geraldo Simões (PT), que exercita um dos seus esportes favoritos: tiro ao alvo (DEM e PMDB).

Daqui a pouco, no Resenha da Cidade, também na Jornal e sob o comando do vereador Roberto de Souza, vai ter político de A a Z, ou melhor, do DEM ao PCdoB. Isto porque já confirmaram participação no programa o senador César Borges e a deputada federal Alice Portugal.

Não se sabe se foram providenciadas caneleiras…