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A última edição do “Tabu”

Do Cia da Notícia
É o fim do caminho. Assim foi anunciado o fechamento do jornal Tabu, que circulou durante 50 anos de forma ininterrupta. A última edição saiu nesta quarta-feira (25), pegando os leitores de surpresa, pois esperavam festejar no próximo dia 25 de maio, Dia da Cidade de Canavieiras, o quinquagésimo aniversário do jornal, o que acabou não acontecendo.
Ao invés da festa comemorativa, o anúncio de primeira página comunicando o encerramento de uma vitoriosa caminhada de 50 anos. “Tabu sai de cena no momento em que o jornal impresso está se tornando página virada na história da humanidade”, disse o comunicado, informando, ainda, que a última edição, com 32 páginas, 16 delas é integrada por um caderno especial, com notícias e artigos relembrando o último meio século.
Nesse meio século de existência o Tabu teve um único editor, o jornalista Tyrone Perrucho, que em artigo disse que foi uma aventura e tanto! Ele ressaltou que nesse tempo (18 mil dias) foram 917 edições. “Agora, é só a despedida, com direito a algumas recordações das cerca de 13 mil páginas.
É certo que tal acervo constitui uma respeitável e bem diversificada fonte de informações sobre a Canavieiras dos últimos 50 anos”, ressaltou Tyrone.
Ao finalizar o seu artigo, Tyrone Perrucho disse: “Aos 73 anos de idade, já prestes a ser carimbado como produto de validade vencida, e se passado o tempo de se fazer justiça com as próprias mãos, seguirei respondendo às ações judiciais movidas contra o jornal e saboreando os lances mais notáveis, como os mais amargosos, dessa emocionante aventura”, escreveu.
Com o fim de Tabu, o jornalista Tyrone Perrucho já deu conhecimento aos amigos que passa agora, de vez, ao pleno exercício e gozo dos seus direitos de jornalista vadio. “Foi bom enquanto durou!”, finalizou.

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Marcel Leal: possível fim da edição impressa (Foto A Região).

Quem anuncia é o próprio Marcel Leal na coluna que assina, semanalmente, n´A Região: o principal veículo impresso do sul da Bahia pode seguir o exemplo do Jornal do Brasil e ficar só online. “Depois de quase 24 anos, é provável que neste ano a gente encerre de vez a edição impressa e fique só com a online”.

O empresário e jornalista disse que está difícil “manter os custos de um impresso em região onde empresários não valorizam independência”. É uma pena e , daqui, fica a torcida para que o cenário mude.

Pela redação do jornal itabunense passaram nomes como Daniel Thame, Luiz Conceição, Walmir Rosário, Maurício Maron, Rose Marie Galvão, Domingos Matos, Vera Rabelo e Ailton Silva, revelado pela publicação e ainda um dos editores do semanário.

As dificuldades financeiras do jornal vêm desde a segunda metade dos anos 90, quando sofreu perseguição econômica dos governos do estado e municipal (ACM, Paulo Souto e César Borges, no plano estadual, e Fernando Gomes, no municipal).

A Região é considerado símbolo de destemor e responsável por desvendar a fraude que mudou a história dos vestibulares da Uesc ao revelar que a quebra de sigilo das provas de 1995. De lá para cá, a universidade terceirizou o processo de formulação e aplicação do vestibular, mas há 16 anos é sempre realizado pela Consultec.