Augusto Ferreira Filho descerra placa de inauguração e sagração de templo da Acácia Grapiúna
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A Loja Simbólica Acácia Grapiúna realizou sessão magna de sagração do seu templo em cerimônia presidida pelo grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (Gleb), Arlindo Alves Pereira Neto. Pelo simbolismo, a sagração, ocorrida no último dia 24, é o reconhecimento que confere dignidade a um templo maçônico para a prática das celebrações.

A Acácia Grapiúna tem como venerável mestre José Augusto Ferreira Filho, além de Antônio Raimundo Pereira Neto como 1º vigilante e Arnaldo Antônio Neves Sobrinho como 2º vigilante. Participaram do evento 196 maçons – 45 da Acácia e outros 151 que integraram as caravanas de 16 outras lojas maçônicas da região, entre eles os integrantes da Grande Loja do Estado da Bahia.

Na cerimônia de sagração participaram o 1º Grande Vigilante, Claudiano Luiz da Fonseca, como 2º Vigilante, o Secretário de Relações Interiores da Gleb, Vanderlito Souza Maia. Dentre a comitiva da Gleb o Grande Mestre de Cerimônia, Pedro Neto, o Mestre de Construção e Engenharia, Américo Sena, o Secretário de Eventos, Tomaz Barbosa, o Mestre de Harmonia, Rangel Vilas Boas e Fabiano Nascimento, da Ordem Paramaçônica.

A Loja Maçônica Acácia Grapiúna foi fundada em 1º de dezembro de 2009 e durante muito tempo se reuniu na Loja Maçônica Acácia do Sul, em Itajuípe, posteriormente nas instalações da Loja Areópago Itabunense em Itabuna. Há alguns anos a direção da Acácia Grapiúna iniciou uma campanha para a construção de uma sede própria que foi edificada após a realização de eventos promocionais e doações de maçons de toda a Bahia, sempre contando com o apoio da Gleb.

Solenidade reuniu representantes de várias lojas maçônicas da Bahia

Atualmente a sede da Loja Acácia Grapiúna está sediada num prédio de três andares, na Rua Barão do Rio Branco, 10 (esquina com a avenida Amélia Amado), centro. No edifício funcionam a secretaria da Loja, dois templos, a sede da Academia Maçônica de Letras e um espaço para restaurante no terraço. “A realização foi um esforço conjunto dos maçons e da sociedade regional”, comentou o venerável José Augusto Ferreira Filho.

No edifício, um andar exclusivo, com cinco salas, salão, cozinha, depósito e dois vestiários completos (masculino e feminino) abrigará o Núcleo Bandeirante Amélia Amado Tavares – Federação de Bandeirantes do Brasil, que tem por objetivo desenvolver um trabalho de largo alcance social, com 150 crianças e adolescentes da cidade, com o apoio da Loja Maçônica Acácia Grapiúna.

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Seleção de Veteranos Augusto Mangabeira é o terceiro, em pé, da esquerda para a direita || Arquivo Walmir Rosário
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Se não for pecado, torço que o Todo-poderoso forme uma seleção imbatível. Competência eles têm, pois aqui foram testados e aprovados.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Longe de mim querer me imiscuir nas coisas divinas, especialmente do céu, mas não posso deixar de me manifestar acerca de alguns acontecimentos passados de um certo tempo pra cá. Pelo que tenho notado, Deus tem feito escolhas bastante significativas nas pessoas levadas para junto dele, nos deixando chorosos. Esse fato me dá a impressão de que ele pretende formar uma seleção de futebol aí por cima.

E num ato de contrição, vou logo pedindo desculpas, se for o caso: “Eu pecador, me confesso a Deus Todo-poderoso, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha máxima culpa…”. Não quero, aqui, dar pitacos sobre as decisões divinas, e vou ressaltando que estou arrependido de todos os pecados que por acaso aqui cometerei. Mas não é só por minha culpa.

Desde cedo – ainda na infância – me acostumei com as imagens produzidas pelos artistas plásticos – especialmente os pintores – sobre o céu, com aquelas paisagens tranquilas, sempre nas cores azul e branco, e os personagens em profunda contemplação. Peço perdão caso meu raciocínio venha profanar a morada celestial, mas acredito que não combina a enlevação dos pensamentos com a prática do futebol nesta santa morada.

Os amigos que me perdoem se insisto em falar desse tema, misturando fatos mundanos e divinos. Mas minha mente não consegue alcançar o porquê dessas escolhas – o que é mais um pecado. Nos últimos tempos perdemos por aqui Léo Briglia, Fernando Riela, Lua Riela, Luiz Carlos, Daniel Souza Neto (Danielzão), e agora, sem mais nem menos, Nelito Pedreira, João Augusto Mangabeira França e Pelé. De uma só vez!

Nelito e Augusto foram dois baques feios. Parece até aquelas cenas de filmes hollywoodianos. Amigos tão chegados no futebol e na vida, foram embora, sem mais nem menos, em cerca de 44 horas. Nelito, por anos professor de química, empresário do ramo do comércio agropecuário, esportista, aos sábados, não dispensava o encontro com os amigos para o “baba” semanal. E lutou para ter um campo próprio.

Assim que soube da morte dos dois amigos, liguei para outro em comum, Napoleão Guimarães, que lamentou o desaparecimento de Nelito e Mangabeira, com os quais conviveu e trabalhou ao lado deles por vários anos. Contou-me a situação debilitada em que os dois se encontravam e enalteceu a passagem deles no planeta terra. “Parece até que combinaram”, arriscou dizer Napoleão.

João Augusto Mangabeira França era um itabunense nascido em Senhor do Bonfim, com passagem pela capital baiana, onde exerceu a profissão de jogador profissional no Galícia, o Demolidor de Campeões, primeiro Tricampeão Baiano de futebol. Em campo, desempenhava o ofício de zagueiro, não daqueles acostumados a tirar a bola do adversário com chutes e pontapés, mas com classe, se antecipando às jogadas.

Em Itabuna foi professor de Educação Física, professor de Inglês, vendedor de produtos agropecuários e empresário do ramo de representações de empresas, mais conhecido como caixeiro viajante. Viajou pelo sul e extremo sul da Bahia vendendo produtos alimentícios aos supermercados. Não dispensava passar o fim de semana em Itabuna para o “baba” dos veteranos, no estádio Luiz Viana Filho, e depois no bairro Jorge Amado.

Juntos, cursamos direito, ainda na Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi), depois Uesc. Ainda acadêmico, era conhecido pelo carinhoso nome de Corregedor, título dado por nós, pela sua idade superior à nossa e pelo seu jeito de dar seu parecer para finalizar as discussões. No período de provas estudávamos em sua casa, grupo de estudos que se transformava num encontro etílico após umas boas doses da famosa Cuba Livre.

Por muitos anos me abastecia com as histórias e estórias do seu tempo como jogador profissional no Galícia. Ele se divertia com a diversidade de cultura e temperamento dos jogadores e contava passagens memoráveis acontecida em campo e extracampo. Dentre os seus personagens prediletos o colega Apaná Venâncio e o treinador Sotero Montero, este pela surrada frase: “É pelo arriar das malas que conheço o bom jogador”.

Por algum tempo o Dr. Augusto Mangabeira frequentou as lides forenses, mas não se conformava com as pesadas gavetas nas quais dormitavam os processos, mesmo sendo arquivados em armários de prateleiras de aço, portanto, fáceis de serem vistos e retirados para apreciação. Continuou se dedicando às pastas de representação, tirando pedidos nos armazéns e supermercados, nos quais era bastante conhecido e querido.

Passamos um certo tempo sumidos entre nós e recebia notícias dele quando encontrava o seu irmão, o médico Antônio Mangabeira, que uma das vezes me informou sobre o acometimento de Alzheimer. Outro colega desde os tempos da universidade, o advogado José Augusto Ferreira Filho, me contou que, ao chegar para uma audiência, encontra o colega Augusto Mangabeira, desta feita não no mister de advogado, mas como parte, quando era requerida sua interdição, por causa dos esquecimentos provocados pelo mal.

Todos que por aqui passam cumprem sua missão, mas não sei o que está sendo reservado para eles lá em cima. Se não for pecado, torço que o Todo-poderoso forme uma seleção imbatível. Competência eles têm, pois aqui foram testados e aprovados.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

José Augusto Ferreira Filho tomará posse como venerável mestre da Loja Maçônica Acácia Grapiúna || Foto Walmir Rosário
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Augusto Ferreira foi eleito venerável mestre da Loja Maçônica Acácia Grapiúna

Walmir Rosário

As lojas maçônicas de Itabuna filiadas à Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (GLEB) realizarão sessões magnas para empossar os veneráveis mestres eleitos no final de maio passado. A solenidade de posse será presidida pelo grão-mestre Arlindo Alves Pereira Neto, atendendo o protocolo de recomendações de segurança instituído pelo Ministério da Saúde.

Os novos veneráveis a serem empossados no dia 1º de julho são José Augusto Ferreira Filho (advogado e servidor municipal) – Loja Maçônica Acácia Grapiúna; Paulo Alves Dantas (empresário) – Loja Maçônica Areópago Itabunense; Antônio Pimenta Neto (professor), reeleito ao cargo – Loja Maçônica Construtores do Templo; e Panagiotis Gerogiannis (empresário) – Loja Maçônica Areópago Grapiúna. Os mandatos são para o período 2021/2022.

Na Loja Maçônica 28 de Julho foi reeleito o venerável mestre Rafael Gama Moreira, cuja reassunção está confirmada para a próxima segunda (14), em sessão magna presencial, na qual serão adotados todos os protocolos de segurança. Já o venerável mestre da Loja Maçônica Antônio Costa, José Joel Pereira Macedo, será empossado em data ainda a ser agendada. Os dois mandatos são para o período 2021/2023.

Atualmente existem em Itabuna seis Lojas Maçônicas. Quatro são filiadas à Grande Loja do Estado da Bahia (GLEB) – Loja Maçônica Areópago Itabunense, Loja Maçônica Acácia Grapiúna, Loja Maçônica Construtores do Templo e Loja Maçônica Areópago Grapiúna. As outras duas – Loja Maçônica 28 de Julho e Antônio Costa, são filiadas ao Grande Oriente do Brasil (GOB).

MISSÃO DA MAÇONARIA UNIVERSAL

Para o venerável mestre eleito da Loja Maçônica Acácia Grapiúna, José Augusto Ferreira Filho, com a pandemia ampliaram-se os desafios da Maçonaria Universal, o que não é diferente em Itabuna. “Nossa missão é empreender esforços para transpormos as dificuldades impostas pela nova ordem internacional – como sempre fizemos –, em busca de construirmos uma sociedade mais justa”.

José Augusto Ferreira Filho reforça que, diante do novo cenário criado pela pandemia, em que não são recomendados os encontros presenciais, os maçons continuam se reunindo de modo virtual para que possam ouvir e analisar as demandas da sociedade. Na opinião do novo venerável, cada vez mais os maçons de todas as lojas estão interagindo no sentido de contribuir com uma vida melhor à humanidade.

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José Augusto Ferreira Filho 

Não me parece justo – e perde-se uma grande oportunidade –, apequenar o debate em face da paralisação de parte dos policiais militares, responsáveis pela segurança pública prestada à população.

Todos nós temos acompanhado, uns com maior outros com menor atenção, os acontecimentos havidos na Bahia e, em especial, em Salvador. Refiro-me a capital do Estado, pois é lá que está sediado o comando geral da greve e de onde, ao menos é o que se tem notícia, vêm às ordens para os demais movimentos instalados nas outras regiões da Bahia.
Os artigos publicados, em jornais, revistas e blogs, sem mencionar os inúmeros programas veiculados diariamente em nossas redes de televisão, encontraram no assunto um “prato cheio”, capaz de gerar horas de discussões temáticas, análises jurídicas, considerações sociológicas, todas não raramente impregnadas do viés político daquele que a defende, o que é bem próprio ao tema.
A Segurança Pública, aliada à Saúde, são áreas em que os governos, cada um em sua esfera de atuação, por maiores avanços que possam ter promovido, não conseguiram preencher, nem de longe, às necessidades e expectativas da população, sobretudo àquela mais carente, que mora nos bairros periféricos, ao derredor de todas as cidades, utiliza os postos e hospitais públicos e estão no estado de maior vulnerabilidade em face da falta de segurança.
Foi tema reincidente a comparação da greve da PM de hoje com o movimento paredista havido em 2001 também na Bahia, outrora governada por grupo político diverso do atual. Não me parece justo – e perde-se uma grande oportunidade –, apequenar o debate em face da paralisação de parte dos policiais militares, responsáveis pela segurança pública prestada à população, numa dicotômica e estreita discussão entre direita e esquerda, certo e errado, vermelho e azul. O arco-íris é muito mais cheio de matiz do que as nuances político-partidárias.
Não devemos demonizar a briga justa por direitos trabalhistas. A Constituição Cidadã de 1988 garantiu o direito à greve e a sindicalização aos trabalhadores, mas restringiu tais conquistas aos militares. É fato inconteste. Ocorre que não podemos esquecer e preciso ter sempre em mente, que a evolução social do liberalismo político – e nesse contexto as causas sindicais e trabalhistas -, é consequência e ao mesmo tempo mantenedora da democracia contemporânea no Brasil.
Em todas as discussões travadas sobre a greve dos policiais, as verdades são sempre ambivalentes. Mas, nesses tempos de insegurança pública, ora apenas agravada pela paralisação dos policiais militares, cujos reflexos todos suportamos apáticos, e, sobretudo, Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores, vamos torcer para que os agentes públicos diretamente ligados às negociações tenham equilíbrio e sensatez, e encontrem uma rápida solução para o impasse.
Ou será que ouviremos mais uma vez entoar Geraldo Vandré, Caminhando e cantando/ E seguindo a canção/ Somos todos iguais/ Braços dados ou não… Há soldados armados/ Amados ou não/ Quase todos perdidos/ De armas na mão/ Nos quartéis lhes ensinam/ Uma antiga lição:/ De morrer pela pátria/ E viver sem razão. A realidade brasileira já não mais é essa.
José Augusto Ferreira Filho é advogado.
Artigo publicado originalmente no Cia da Notícia.