Ruan Reis, Tereza Sá, Aldenor Garcia e Zé Delmo estão no elenco de "Silêncio"
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Os atores José Delmo, de Buerarema, Aldenor Garcia, de Itabuna, Tereza Sá e Ruan Reis, de Ilhéus, vão atuar em Silêncio, aquilo que chamei de saudade, primeiro longa de ficção do cineasta Henrique Dantas, que antecipou os nomes sul-baianos do elenco ao PIMENTA, nesta quinta-feira (16).

Também estão confirmados no elenco os atores Fabrício Boliveira, Luiz Pepeu e Helena Ignez. O trio forma o núcleo protagonista da história, que tem o sul da Bahia como cenário e conta a saga de uma família dilacerada pelo terror da ditadura militar instaurada no Brasil após o golpe de 1964.

Henrique Dantas vai rodar seu primeiro longa de ficção

Paisagens deslumbrantes de Ilhéus, como as da Lagoa Encantada, serão exibidas no filme, que terá boa parte de suas cenas rodadas no município. As gravações começarão em breve.

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No auge dos 54 anos de carreira, o ator e poeta José Delmo declamou o poema Jequitibá-rei durante evento da Agência de Desenvolvimento Regional do Sul da Bahia, na última quinta (11). O PIMENTA registrou a intervenção do artista bueraremense.

Na poesia, Zé Delmo fala a um jequitibá-rei que, do alto da serra, testemunhou a história da colonização. Símbolo de grandeza, a árvore guarda as memórias poéticas recuperadas pelo artista grapiúna, como a imagem do primeiro navegante europeu que despontou no mar ou o estampido do primeiro disparo de arma de fogo ecoando na Mata Atlântica.

Com Jequitibá-rei, o poeta nos oferece sua síntese da cosmogonia do universo grapiúna, como a origem de nomes de cidades e a violência colonizadora, que escravizou e matou não-brancos e quase devastou toda a mata. Assista.

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Dos principais nomes da arte grapiúna, José Delmo recitou, em vídeo, poema para lembrar os 105 anos de nascimento do maior escritor baiano de todos os tempos, o também grapiúna Jorge Amado, que veio ao mundo em 10 de agosto de 1912, na Vila de Ferradas, em Itabuna. Pausa (e palmas!!!) para Zé, homenagem para Jorge!

Salve Zé! Salve Jorge! Eternamente amados!

O vídeo foi enviado ao PIMENTA pelo inquieto Gerson Marques.

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Zé Delmo conta causos e coisas da história de Ilhéus.
Zé Delmo conta causos e coisas da história de Ilhéus.

O ator grapiúna José Delmo apresenta, de segunda a sexta-feira, todas as manhãs e tardes, o espetáculo “Aqui e agora, contação de histórias sobre causos e coisas de Ilhéus”, no palco do Teatro Municipal. Um dos objetivos deste novo projeto idealizado pela prefeitura é tornar o espaço do Municipal mais intimista e próximo dos visitantes, além de valorizar o artista e tudo que ele representa para a cultura de Ilhéus e do sul da Bahia.

Para o gestor de Cultura Pawlo Cidade, Zé Delmo é uma lenda viva da arte cênica da região, considerado um decano do teatro. “Suas histórias irão alegrar e satisfazer os turistas que visitam um dos mais conceituados teatros do interior da Bahia, o de Ilhéus”. Pawlo Cidade destacou ainda que a secretaria municipal de Cultura abriu espaço do teatro para ele falar sobre coisas e causos relacionados aos coronéis do cacau.

SOBRE JOSÉ DELMO

Natural de Buerarema, mas nascido no município de Belmonte, José Delmo tem na ponta da língua boa parte da sua obra. Além de poeta, ator e artista plástico, ainda é licenciado em desenho e artes plásticas pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Enquanto estudava em Salvador buscou também trilhar os caminhos do teatro. Estreou como ator profissional em 1977, na peça “A função do casamento”, escrita por Haydil Linhares, no Teatro do Pelourinho (Sesc). José Delmo fez parte de movimentos culturais no sul da Bahia. Fundou ao lado de outros artistas grapiúnas, a exemplo de Ramon Vane, José Araripe, Gal Macuco, José Henrique e Marcelo Ganem, o Grupo de Arte Macuco e as Feiras de Arte de Buerarema.

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adroaldo almeidaAdroaldo Almeida

como ele sabe agora, jamais encontramos um bálsamo, conforto ou doçura na provisoriedade dessa condenação da existência. Talvez nessa travessia, na eternidade de serafins e cítaras, ele possa declamar todo seu lirismo sem a azáfama e a urgência dos dias terrenos.

 

No meio da década de 1980, eu cheguei a Itabuna para estudar e trabalhar. Era bancário e sindicalista, mas queria ser escritor. Por revés da sorte, acabei advogado e político, uma lástima. Naquele tempo, transitava na senda da arte entre Buerarema e Ilhéus uma trupe felliniana: Jackson, Betão, Alba, Eva, Gideon, Gal, Delmo, Zé Henrique e, naquela miríade estrelar, ele, claro, RAMON VANE, o mais cênico de todos. A figura de um pintor holandês do século XVII, a recitação de um menestrel medieval e a presença carismática de um franciscano. Um astro rasgando o céu da Mata Atlântica. Nosso Rimbaud trovando no alto da proa de um barco bêbado, singrando os mares e domando as ondas naquela temporada no inferno, atirando poesias contra a estação da ditadura ainda presente.

Eu o encontrava quase todas as noites no curso noturno de Direito da Fespi. Fomos colegas e contemporâneos, nos códigos e na decodificação da Justiça, mas “as leis não bastam, os lírios não nascem da lei”, como aprendemos com Drummond e escrevemos o nome tumulto na pedra.  Era tímido na faculdade, nunca o encontrei no DCE, mas enxergava-o de soslaio num canto da biblioteca do Departamento de Letras, onde ambos acorríamos à procura da consolação na palavra. Porém, como ele sabe agora, jamais encontramos um bálsamo, conforto ou doçura na provisoriedade dessa condenação da existência. Talvez nessa travessia, na eternidade de serafins e cítaras, ele possa declamar todo seu lirismo sem a azáfama e a urgência dos dias terrenos.

No domingo [dia 15] acordei com uma mensagem de Gideon Rosa: “Ramon se mudou da terra hoje de madrugada”. Assustado, levantei mudo e pasmo, e essas reminiscências me afloraram durante toda a manhã. Daqui de Itororó, lamentavelmente, não pude ir ao sepultamento, então, mando rápidas e atropeladas letras na ambição de contribuir para desentortar as veredas no seu caminho ao paraíso.

Ramon Vane era um artista, eu me lembro!

Adroaldo Almeida

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O programa Aprovado que a Rede Bahia leva ao ar neste sábado, às 8 horas, será dedicado a uma cidade centenária. Sim, ela, Itabuna. Apresentado pelo ator Jackson Costa, o programa trará muita gente boa da terrinha ou que cresceu neste chão: Alba Cristina, Aldenor Garcia, Eva Lima, José Delmo, Marcelo Ganem e Ramon Vane, além da banda Manzuá.
O programa foi gravado em Itabuna há cerca de 15 dias e nele se destaca o poético e maltratado… Rio Cachoeira.  A banda Manzuá, informa a atriz Eva Lima, é a vencedora do V Festival Multiarte Firmino Rocha.
Da Redação: No final da noite de sexta, a Rede Bahia informou que o programa seria exibido somente no dia 7.