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José Roberto Toledo
A diferença de 8 pontos porcentuais entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) captada pela primeira pesquisa do segundo turno parece maior do que é de fato. Com apenas dois candidatos na disputa, o que sai de um vai para o outro. Os vira-casaca contam dobrado.
Ou seja: se 4% dos votos válidos trocassem de lado, Serra empataria com Dilma, ou a petista dobraria sua vantagem – dependendo de para onde o vento sopre. Como se vê, é uma margem apertada.
Além disso, o Datafolha encontrou 7% de eleitores indecisos. Um cenário possível é que eles venham a se distribuir da mesma maneira que os eleitores de Marina Silva (PV) e dos nanicos já se distribuíram até agora, isto é, na proporção de dois para um em favor de Serra.
Se isso acontecer, o tucano passaria de 41% para entre 45% e 46% do total de votos, enquanto Dilma iria de 48% para entre 50% e 51%. Nesse caso, a diferença entre eles poderia cair de 7 pontos para, no limite mínimo, 4 pontos.
Em 2006, o porcentual de votos brancos e nulos caiu do primeiro para o segundo turno da eleição presidencial (porque eram menos cargos e a votação ficou mais fácil), mas a abstenção aumentou. A quantidade de votos válidos foi praticamente igual nos dois turnos.
Mantido esse cenário em 2010, Dilma e Serra estariam disputando 101,6 milhões de votos (os válidos do primeiro turno). Aplicados os porcentuais de intenção de voto do Datafolha, a petista teria hoje 50,8 milhões de votos, e o tucano, 43,4 milhões.
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