Cordélia Torres é uma das pré-candidaturas do UB em 2024 || Foto Divulgação
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O União Brasil já tem pré-candidaturas em nove das 20 maiores cidades da Bahia. São elas: Salvador (Bruno Reis), Feira de Santana (José Ronaldo), Vitória da Conquista (Sheila Lemos), Camaçari (Flávio Matos), Lauro de Freitas (Débora Régis), Alagoinhas (Paulo Cezar), Teixeira de Freitas (Marcelo Belitardo), Simões Filho (Del do Cristo Rei) e Eunápolis (Cordélia Torres).

Em algumas cidades, o União Brasil decidiu abrir mão de candidatura própria para apoiar aliados, como Juazeiro (Suzana Ramos), Santo Antônio de Jesus (Genival Deolino Souza) e Jequié (Zé Cocá). Em outros municípios, o vice-presidente eleito do União Brasil, ACM Neto, ainda tem negociado legendas aliadas para ter candidatura única na base política. Leia mais na coluna de Rodrigo Daniel Silva, no Correio.

Wagner e Neto em encontro em 2013, quando o petista era governador e o democrata prefeito de Salvador
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O senador e ex-governador Jaques Wagner (PT-BA) usou o Twitter para rebater o ex-prefeito ACM Neto (DEM/União Brasil), que disse ver o petista “nem tão empolgado” para disputar o governo do estado em 2022 (reveja clicando aqui). Na réplica, afirmou não ser do time que “desempolga” no meio do caminho nem abandonar os amigos.

– Tem gente confundindo empolgação com arrogância. Minha empolgação sempre será crescente e duradoura. Quem caminha ao meu lado, sabe disso. E que vou até o fim, não desempolgo no meio do caminho e nem deixo amigos na estrada – afirmou Wagner por meio do Twitter.

Mais cedo, numa entrevista ao PIMENTA, o ex-governador disse que a estratégia de ACM Neto de viajar pelo interior do Estado tinha a ver com a dificuldade de quem não tem prefeitos nem um candidato a presidente da República em 2022.

Quando falou em que não desempolga “no meio do caminho” e não abandonar amigos pela estrada, Wagner, embora não tenha citado o nome de Neto, provoca o ex-prefeito de Salvador.

O ano era 2018. E ACM Neto era o nome do DEM para disputar o governo baiano. Próximo ao prazo final, ele desistiu da disputa e indicou o então prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo, também do DEM, para a peleja estadual contra Rui Costa.

A estratégia provocou atritos entre aliados, que debitaram na conta de Neto derrotas na disputa por vagas para a Assembleia Legislativa da Bahia e para a Câmara dos Deputados. Rui Costa acabou reeleito com 75% dos votos. Abaixo, a estocada de Wagner via Twitter:

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Rui Costa atinge 57% das intenções de voto no Big Data

A mais nova pesquisa Real Time Big Data sobre a disputa ao governo baiano traz Rui Costa (PT) ainda mais consolidado na corrida sucessória. Com 57% das intenções de voto, ele seria reeleito no primeiro turno, de acordo com o instituto. Principal adversário, José Ronaldo (DEM) atinge 16¨.
Marcos Mendes (PSOL) surge com 3%, enquanto João Santana (MDB) e João Henrique (PRTB) têm 1% cada um. Juntos, Célia Sacramento (Rede) e Orlando Andrade (PCO) somam 1%. Votos brancos e nulos representam 13% e os indecisos chegam a 8%, conforme o instituto.
VOTOS VÁLIDOS
Quando considerados apenas os votos válidos, segundo o Big Data, Rui alcança 72% e José Ronaldo chega a 21%. Na sequência, vêm Marcos Mendes, com 4%, e João Santana e João Henrique com 1% cada um.
O instituto informa ter ouvido 1,2 mil eleitores no dia 2. A margem de erro é de 3 pontos percentuais e a pesquisa, registrada na Justiça Eleitoral com o número BA-01122/2018, tem nível de confiança de 95%.

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Debate na TV Bahia reuniu 5 dos 7 candidatos ao governo baiano

O debate com candidatos ao governo baiano, nesta noite de terça (2), nas emissoras afiliadas da Rede Globo no Estado, foi marcado por ataques ao governador Rui Costa (PT) e a declaração de voto de José Ronaldo (DEM) ao presidenciável José Bolsonaro (PSL). “Domingo eu vou votar para derrotar o PT”, disse o ex-prefeito de Feira de Santana no quinto bloco, o de considerações finais.
Já o governador e candidato à reeleição, Rui Costa, criticou os ataques sofridos durante o debate e fez questão de ligar, a todo momento, o nome de José Ronaldo ao Governo Temer. Zé Ronaldo retrucava dizendo não ter sido ele quem votou em Temer, numa alusão ao vice da então reeleita presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
O debate teve a participação de apenas cinco dos sete candidatos ao governo baiano. Além de Zé Ronaldo e Rui Costa, João Santana (MDB), João Henrique (PRTB) e Marcos Mendes (PSOL) participaram do confronto. A TV Bahia adota regras da Rede Globo, o que acaba por excluir do confronto Célia Sacramento (Rede) e Orlando Andrade (PCO).
Confira trechos do debate em vídeos abaixo
Bloco 1
https://www.youtube.com/watch?v=mD9H2sKUSI8
Bloco 2

Bloco 3

Bloco 4
https://www.youtube.com/watch?v=4XFoFYBZ5kY

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José Ronaldo e DEM querem auditoria em pesquisa do Ibope || Foto Varela Notícias

Os novos números do Ibope/Rede Bahia surpreenderam os grupos do governador Rui Costa (PT) e do adversário José Ronaldo (DEM).
Apesar dos levantamentos internos, a campanha do petista não esperava números tão reais na pesquisa Ibope. Surpresa positiva.
Do outro lado, ranger de dentes.
Ao contrário de Rui Costa, Zé Ronaldo oscilou. Para baixo. De 8% para 7%, enquanto viu o adversário subir de 50% para 60%.
Por isso, Zé Ronaldo chamou outro Zé, o José Carlos Aleluia, para avisar que vai entrar com pedido de auditoria, na Justiça Eleitoral, contra a pesquisa do Ibope divulgada e contratada pela Rede Bahia, da família do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).
Fala Aleluia:
– Estamos vendo a insatisfação nos olhos da população em todos os municípios por onde passamos. Por isso, é muito estranho esse resultado.
Aleluia até recorre aos erros históricos do Ibope na Bahia. Segundo ele, por meio de nota, os números de pesquisas internas divergem dos apresentados pelo levantamento da Rede Bahia. E o Ibope, aponta Aleluia, “vem errando historicamente nas avaliações realizadas no estado da Bahia”.

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Célia, João Henrique, João Santana, Ronaldo, Marcos Mendes e Rui Costa disputam governo

O primeiro debate na TV entre os candidatos ao Governo da Bahia já está marcado. Será na próxima quinta-feira (16), na Band, às 22h. Líder nas pesquisas, o governador Rui Costa (PT) confirmou participação, assim como José Ronaldo (DEM).
O democrata registrou candidatura na última sexta (10). Zé Ronaldo terá na vice a tucana Mônica Bahia e Jutahy Magalhães (PSDB) e Irmão Lázaro (PSC) candidato ao Senado Federal.
Rui escolheu esta segunda-feira (13), número de legenda do PT, para fazer o registro de toda a chapa, com 14 partidos. Terá João Leão (PP) na vice e Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD) como candidatos ao Senado Federal.
A disputa ao governo baiano deverá ter sete nomes. Além de Zé Ronaldo e Rui Costa, Célia Sacramento (Rede), João Henrique (PRTB), João Santana (MDB), Marcos Mendes (PSOL) e Orlando Andrade (PCO).

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Heber descartou aliança com Rui Costa || Foto Tácio Moreira/Metropress

O presidente do PSC da Bahia, Heber Santana, descartou possiblidade de aliança eleitoral à reeleição do governador Rui Costa (PT), apesar de o partido ter conversado com o Pastor Sargento Isidório, do Avante, sobre a aliança. “Nós, do PSC, fazemos questão de colocar que não é esse o caminho”, afirmou o deputado estadual e dirigente do PSC.
Heber reclamou, no entanto da falta de definição na chapa do pré-candidato do DEM ao governo baiano, José Ronaldo. Para ele, a indefinição resulta em perdas para o campo oposicionista e cobra fechamento de aliança ainda nesta semana. Além de Zé Ronaldo, o PSC avaliaria possibilidade de coligar com João Santana, do MDB, ou João Henrique, do PRTB, com Irmão Lázaro (PSC) disputando vaga ao Senado Federal.

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Davidson questiona método de Rui || Foto Pimenta

O PCdoB decidiu falar grosso. Davidson Magalhães, presidente estadual da legenda, questionou a forma como o governador Rui Costa está montando a chapa majoritária. O nome de Davidson foi ventilado para a primeira suplência do virtual candidato a senador na chapa governista, porém sem consulta prévia ao PCdoB.
– Não temos nada contra a suplência de Angelo Coronel e do PSD. O problema é uma questão de método, de forma como se discute e pactua politicamente as coisas. A nossa irritação foi exatamente nesse sentido – disse o dirigente comunista numa entrevista ao site Bahia Notícias, de Salvador, reclamando que do muito que soube da montagem da chapa foi pela imprensa.
O dirigente estadual também cobrou fatura. “Na crise somos partido de primeira, mas no momento de definição nós também temos que ser um partido de primeira. Estar de lado na discussão nos incomodou bastante”, revelou.
O PCdoB não é o único a externar insatisfação com o fato de ir para a suplência de uma das vagas ao Senado Federal na chapa governista. Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira avisou que a exclusão da senadora Lídice da Mata da chapa terá consequências. O partido trata a reeleição de Lídice como prioridade. Falta combinar com Rui…
O GRITO DE LÍDICE E O “NÃO” DE ACM NETO
A própria Lídice gritou. E com legitimidade. Classificou como absurda a hipótese – cada vez mais real – de ficar fora da disputa à reeleição, dando ao PSB a suplência de Jaques Wagner, pré-candidato ao Senado. “Querem tirar a única mulher da chapa majoritária do governador”.
Explorando a crise na base governista, a oposição chegou até a cogitar a hipótese de apoiar Lídice como candidata ao Senado. A bola foi levantada pelo deputado federal Jutahy Jr. (PSDB), mas o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), jogou água no chopp do tucano. Praticamente, fechou a porta para essa possibilidade. Hoje, os opositores têm como candidato a governador o ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo, além de Jutahy e Irmão Lázaro no páreo para disputar vagas ao Senado.

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Rui ficou em situação favorável com a desistência de Neto, mas os riscos…

Da Coluna Satélite, Correio24h
Líderes políticos e parlamentares aliados ao governador Rui Costa (PT) alertaram articuladores do Palácio de Ondina sobre os riscos do que classificam como “clima de vitória consumada” na base petista antes da campanha eleitoral. Em conversas reservadas, afirmaram à Satélite que, após a recusa do prefeito ACM Neto (DEM) em concorrer na sucessão estadual, uma onda de “já ganhou” foi formada a partir dos altos escalões do governo, relegando precipitadamente três variáves capazes de levar perigo a Rui: a alta rejeição do PT, o efeito da batalha presidencial na Bahia e o potencial de crescimento do ex-prefeito de Feira José Ronaldo (DEM).
MESMO FIGURINO
Aos interlocutores do governador, caciques da base do PT lembraram que Zé Ronaldo entra no jogo sem obrigação de ganhar, é hábil na costura política e tem apoio de um forte puxador de votos – ACM Neto. “Qualquer semelhança com o ex-governador Jaques Wagner quando ele venceu em 2006 não é mera coincidência”, resume um deputado governista.

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ACM Neto desiste de concorrer ao governo baiano e defende Zé Ronaldo || Foto Max Haack

O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, poderá ser o candidato a governador da Bahia pelo DEM, após a desistência de ACM Neto em deixar a Prefeitura de Salvador para disputar a sucessão estadual. Por volta do meio-dia desta sexta (6), Neto confirmou a desistência. “Meu coração me impede de deixar a prefeitura neste momento”, disse ele durante entrega de obras na capital baiana.
– Depois de ouvir muita gente na política, ouvir meus amigos e minha família, por último eu deixei meu coração falar. Meu coração me impede nesse momento de deixar a prefeitura. Nós temos um grupo político extremamente forte que terá um candidato a governador para construir uma vitória no dia 7 de outubro – disse ele.
Já num encontro com vereadores há cerca de 30 dias, ACM Neto sinalizava que não iria disputar o governo. Temia largar uma gestão bem avaliada para uma disputa na qual não era favorito. Enfrentaria, na disputa, o governador e candidato à reeleição, Rui Costa (PT). Pesquisas e dificuldades para fechar alianças com partidos como PR e PP também foram ingredientes para Neto não entrar na disputa.
José Ronaldo será o candidato do DEM, caso se desincompatibilize do cargo de prefeito de Feira de Santana até este sábado (7). Ainda hoje, Neto defendeu que as oposições tenham, pelo menos, dois nomes na disputa ao Governo da Bahia. Seria uma forma de centrar metralhadora no governo de Rui Costa e ganhar mais tempo no horário eleitoral para o campo adversário ao do gestor estadual.

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José Ronaldo, prefeito de Feira, hoje está no DEM e pode migrar para o PSB
José Ronaldo, prefeito de Feira, hoje está no DEM e pode migrar para o PSB

O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, ainda no DEM, deverá migrar para o PSB, já de olho em 2018. Numa negociação que envolve o ex-governador Jaques Wagner, o senador Otto Alencar e o governador Rui Costa, o prefeito de Feira praticamente selou seu destino.

De acordo com informações palacianas, Zé Ronaldo deverá disputar vaga ao Senado, enquanto Lídice da Mata cederia a vaga para acomodar o neoaliado governista. Ela, conforme o acordo, retornaria à Câmara dos Deputados.

Hoje, a chapa majoritária seria formada por Rui Costa ao governo, mantendo João Leão na vice, com Wagner e Zé Ronaldo candidatos ao Senado. A eleição, cabe lembrar, será daqui a um ano. Zé Ronaldo já era dado como certo no PR.

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Neto alfineta Fernando e nega que esteja em campanha pelo interior
Neto alfineta Fernando e nega que esteja em campanha pelo interior

ACM Neto almoçou com aliados em Itabuna e participou da festa de aniversário de Buerarema neste domingo (17). Aproveitou o intervalo entre um compromisso e outro para dar estocadas em um ex-aliado e, agora, inimigo político.

“O tempo só não é bom para quem não sabe esperar”, filosofou o neto do falecido ACM em entrevista exclusiva ao repórter Wadson Santos. Era, claro, uma referência ao ex-aliado Fernando Gomes, prefeito de Itabuna e ex-DEM. “Na minha vida, aprendi a reconhecer o tempo das coisas”, completou.

Neto e Fernando romperam relações políticas – e pessoais – em 2016, quando o líder do DEM quis impor a Fernando a candidatura do deputado estadual Augusto Castro (PSDB) na disputa pelo gabinete mais vistoso do Centro Administrativo Firmino Alves. O episódio azedou a relação do agora prefeito com o deputado.

Ainda na entrevista, Neto enfatizou sua relação “histórica” com Itabuna e disse que preferia não comentar sobre o rompimento. “Eu prefiro, neste momento, não fazer comentários sobre questões locais. Tudo na hora certa, no momento adequado”.

PRÉ-CAMPANHA

O prefeito de Salvador veio ao sul da Bahia acompanhado de deputados, dentre eles os tucanos Jutahy Jr. e Augusto Castro, e o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM). Em Buerarema, reuniu-se com políticos e lideranças regionais em um evento no Rotary Club.

Neto tentou tirar a conotação eleitoral de sua visita. “Campanha só ano que vem”, observou, afirmando ter agido com cautela. “Sequer temos feito pré-campanha. Não adianta querer antecipar o processo eleitoral. Temos que avaliar as coisas, a vontade dos baianos”. Redação Pimenta.

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ACM Neto discursa e é observado por aliados, dentre eles Zé Ronaldo (Foto Divulgação).
ACM Neto discursa e é observado por aliados, dentre eles Zé Ronaldo (Foto Divulgação).

O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), recebeu ontem à noite (13) a chapa oposicionista derrotada ao governo baiano (Paulo Souto, Joaci Góes e Geddel Vieira Lima), além do prefeito de Salvador, ACM Neto. Todos participaram de ato político de apoio ao presidenciável Aécio Neves (PSDB) no ginásio de esportes do Colégio Nobre.
Para José Ronaldo, a eleição do tucano representará “esperança” e “confiança” para Feira de Santana. O prefeito fez campanha discreta para Aécio no primeiro turno. Segundo ele disse em entrevista, foi estratégico para não tirar votos da chapa majoritária e dos candidatos a deputado apoiados por ele.
Já o prefeito de Salvador, ACM Neto, disse que a segunda maior cidade do estado terá “um presidente amigo”. “Vamos mudar o Brasil com Aécio”.
Um evento em Feira foi um “esquente” para a visita que Aécio fará ao Estado possivelmente nesta semana. Em 5 de outubro, Dilma Rousseff (PT) venceu em Feira com 51,51% dos votos válidos. A segunda colocação ficou com Marina Silva (PSB), com 29,28%, enquanto Aécio teve 16,71%. A cidade recebeu, na reta final da eleição, a visita de Dilma.

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sócratesSócrates Santana | soulsocrates@gmail.com

Enfrentar nomes improváveis como os prefeitos de Salvador ou de Feira de Santana, respectivamente, ACM Neto ou José Ronaldo, mais calejados como o ex-governador Paulo Souto ou até mesmo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, não é uma tarefa qualquer.

Nesta manhã nublada de quarta-feira (2), acompanhei a entrevista do secretário da Casa Civil da Bahia Rui Costa na Rádio Tudo FM, que perdeu muito com a saída do jornalista Evilásio Jr (registre-se). Após discorrer de maneira bastante segura sobre uma série de intervenções de infraestrutura do governador Jaques Wagner no estado, o preferido do Palácio de Ondina teceu comentários sobre a sucessão estadual de 2014.

Sendo um dos quatro pré-candidatos do PT, Rui Costa usou de analogias futebolísticas para rechaçar as críticas internas e externas ao seu nome. Primeiro, rechaçou quem usa da comum prática de publicar notas via imprensa de maneira anônima para emitir uma opinião. Depois, avaliou como natural quem prefere este ou aquele candidato. Comparou, porém, a opção pessoal de cada um ao clássico BAVI. Mas, a escolha deste ou daquele candidato não é uma questão de torcida. Se fosse assim, Flamengo e Corinthians venceriam todos os campeonatos nacionais. Mas não ganham.

A questão é quem está pronto para encabeçar uma disputa majoritária. Não é, simplesmente, quem possui mais densidade eleitoral, a exemplo dos torcedores da candidatura do senador Walter Pinheiro. Nem tão pouco, quem prefere um nome mais habituado às querelas municipais, a exemplo dos torcedores do ex-prefeito Luiz Caetano. Também não é uma questão de quem tem mais visibilidade nacional, como o ex-presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli de Azevedo, menos ainda uma questão tão pessoal como o chamego do governador pelo secretário da Casa Civil.

Numa disputa majoritária, todos sabem disso, o candidato é o principal comandante contra as nuvens movediças do ex-governador mineiro, Magalhães Pinto: “Política é como nuvem, muda de forma toda hora”. É quem vai enfrentar notícias – plantadas ou não – sobre o envolvimento de petistas ou aliados em episódios polêmicos, a exemplo de operações da Polícia Federal, contas rejeitas pelos tribunais de contas, envolvimento em grandes transações, a exemplo de Pasadena, greves, atraso de fornecedores e dos servidores, além de golpes baixos sobre a vida pessoal de cada um.

A superação de cada um desses embates também não é resolvida simplesmente com a disposição de cada um para enfrentar esses dilemas. Não basta ser convincente, como dizem os publicitários, é preciso parecer convincente. Enfrentar nomes improváveis como os prefeitos de Salvador ou de Feira de Santana, respectivamente, ACM Neto ou José Ronaldo, mais calejados como o ex-governador Paulo Souto ou até mesmo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, não é uma tarefa qualquer. Não basta decorar as principais realizações do governo, nem possuir o principal cabo eleitoral do país ou do estado ao lado.

Apesar de compreensível, a postura do secretário da Casa Civil de entregar nas mãos do governador a tarefa de articular a viabilidade de sua candidatura junto ao PT e aos demais membros da base aliada, tira dele o papel de protagonista de uma eleição suspensa pela fúria das manifestações de junho ainda em curso no país. Afinal de contas, o discurso da continuidade soa extremamente vago quando as pessoas querem tudo, menos o que está aí. E, quem fingir ou enterrar a cabeça debaixo da terra, pode assistir atônito a banda passar cantando sobre como as coisas da política não são resolvidas apenas com partidos e obras.

Sócrates Santana é jornalista e filiado ao Partido dos Trabalhadores.

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Leitor do PIMENTA, em viagem pela BR 101, espantou-se com a quantidade de placas de outdoor com votos de Feliz Ano Novo do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM). A quantidade das peças chama atenção e elas estão em toda parte, desde o acesso a Valença até Alagoinhas.
Tanta exposição da figura não deixa dúvida de que o democrata estará na chapa majoritária da oposição em 2014. Não se sabe se tentará novamente uma cadeira no Senado ou se irá para a disputa pelo Palácio de Ondina.