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O Ministério Público estadual propôs Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei que obriga aluno da rede pública municipal em Ilhéus a rezar o Pai Nosso antes das aulas. De autoria do vereador Alzimário Belmonte (PP) e sancionada pelo prefeito Newton Lima, a lei 3.589/2011 começou a vigorar na última segunda (27) com o início das aulas da rede.

O MP entrou com pedido liminar no Tribunal de Justiça da Bahia para derrubar a lei. Os promotores Rômulo de Andrade Moreira e Cristiano Chaves de Farias, solicitam, em medida cautelar, que sejam suspensos os efeitos da lei e declarada a inconstitucionalidade da mesma. O texto da lei, no entendimento dos representantes do MP, “desconsidera toda uma evolução política e sociocultural na defesa de um Estado laico consagrado na Constituição”.
– É por demais evidente que a oração Pai Nosso faz parte da liturgia do cristianismo, sendo, portanto, indiferente a outras crenças e religiões. Por isso, é mister fazer críticas ao parecer do relator da Comissão de Justiça da Câmara de Vereadores de Ilhéus que aprovou a tramitação da lei ao afirmar: ’Independente de crença ou religião, o Pai Nosso é a oração que todos devem fazer antes de iniciar suas atividades’. Logo, a imposição de um determinado culto religioso por parte do Estado ofende de forma manifesta os direitos individuais e a dignidade da pessoa humana – citam os promotores.
Na Adin, os promotores classificam a Lei do Pai Nosso de “medieval” e fazem alusão à obra de Jorge Amado ao lembrar que “a expansão do direito à liberdade religiosa e de culto foi maximizada pelo patrocínio do imortal escritor Jorge Amado”. Os autores citam na ação, no entanto, que o maior escritor baiano é “ilheense”. Jorge Amado nasceu em Itabuna.

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Não são as atrações naturais, mas uma lei inconstitucional que tem despertado a atenção da mídia brasileira para um dos principais destinos turísticos da Bahia.
Nesta terça (17), a Folha de São Paulo destaca a aprovação e sanção da lei que obriga a rezar o Pai Nosso nas escolas municipais de Ilhéus.  A rede tem aproximadamente 26 mil alunos e aproximadamente 2 mil professores, além de trabalhadores em educação.
A matéria não traz nenhuma novidade. O autor da lei, Alzimário Belmonte, o Gurita (PP), volta a dizer que a reza não “é obrigatória”, embora o texto da lei mencione a obrigação.
Gurita, candidamente, diz que o objetivo é formar “cidadãos melhores”. “Quem não quiser orar, não ora. Não tem punição de jeito nenhum”.

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Lidney diz que violência nas escolas de Ilhéus é grande e lei pode ajudar.

Depois de afirmar que ainda não sabe o que fazer quanto à lei municipal que obriga alunos e professores a rezar o Pai Nosso nas escolas ilheenses, a secretária de Educação, Lidney Campos, parece ter recuado:
– Apesar de o estado ser laico, é importante a crença, principalmente nas escolas, [onde] a índice de violência é grande, há inversão de valores. Quem sabe a religião ameniza.
A opinião pessoal foi emitida durante entrevista ao portal G1. A lei foi aprovada pela Câmara de Vereadores de Ilhéus e sancionada pelo prefeito Newton Lima em dezembro passado.
A assessoria do prefeito reconhece que a obrigatoriedade de rezar o Pai Nosso é inconstitucional. O autor da proposta é o vereador Alzimário Belmonte, o Gurita (PP). Houve grande reação popular contra a lei.
Por enquanto, ninguém fala em revogá-la.

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Secretária Lidney Campos diz que projeto é polêmico e ela ainda não sabe o que fazer.

Segundo o repórter Luiz Francisco conta em matéria para o portal Uol, ilheenses já se mobilizam para ingressar na justiça contra a lei que obriga a rezar o Pai Nosso nas escolas da rede municipal.
De autoria do vereador Alzimário Belmonte, o Gurita (PP), a lei foi aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito Newton Lima em dezembro do ano passado.
O comerciante José Antonio de Melo disse ao repórter que aguarda apenas o início das aulas na rede municipal para ingressar com ação na Justiça para que a lei seja revogada. “Espero que, até lá, o prefeito e o próprio vereador tenham sensibilidade suficiente para revogar este absurdo”.
José Antonio lembra que a Constituição Federal garante a liberdade de culto. “Não podemos aceitar a vontade de um vereador de impor uma religião às crianças”.
Ao portal, a secretária de Educação, Lidney Campos, deixa claro que não sabe ainda como agir em relação à lei do Pai Nosso, também chamada de “Guritada”.
– Leis existem para serem cumpridas, mas o projeto aprovado é muito polêmico. Ainda não tenho uma opinião formada e quero saber o que o colegiado pensa sobre esta lei – afirma a secretária.
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Gurita, o autor da lei.

O vereador Alzimário Belmonte, o Gurita (PP), provocou um furdunço em Ilhéus com a lei que torna obrigatório rezar o Pai Nosso em todas as escolas do município. Há pouco, ele concedeu entrevista ao jornalista Daniel Thame, do Blog do Thame, e diz que o termo “obrigatório” teria de constar na lei, mas ninguém será punido se não rezar.
Embora inconstitucional, o projeto passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, foi aprovado em plenário e, depois, a lei foi sancionada pelo prefeito Newton Lima (PT).
Confira trechos da entrevista.
BLOG DO THAME- Qual o objetivo de um projeto de lei que obriga os estudantes a rezar o Pai Nosso antes do início das aulas?
GURITA – O que eu pretendo é despertar as crianças, os adolescentes, a juventude a importância da oração em sua formação enquanto ser humano. E o Pai Nosso é uma oração que nos liga diretamente à Deus.
Mas num estado laico como o brasileiro, em que a liberdade religiosa é garantida pela Constituição, não é contraditório obrigar os estudantes a professar uma fé que nem todos seguem?
Eu entendo que  vivemos num estado laico. Por isso, nenhum aluno será obrigado a rezar o Pai Nosso se professar outra religião. Ele pode ficar em silêncio durante a oração.
Mas vereador, o projeto de lei é claríssimo quando cita a questão da obrigatoriedade…
É que no projeto tem que constar a palavra Obrigatório. Mas em momento algum a lei fala em punição para quem não rezar o Pai Nosso. Isso vai depender do bom senso dos professores.
Leia a íntegra da entrevista hilária no Blog do Thame