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Leonardo Sakamoto é homenageado nos Estados Unidos || Foto Brendan Smialowski
Leonardo Sakamoto é homenageado nos Estados Unidos || Foto Brendan Smialowski

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O jornalista Leonardo Sakamoto, blogueiro do UOL, recebeu homenagem do Departamento de Estado dos Estados Unidos na terça-feira, 27, por sua atuação no combate ao trabalho escravo. Além do profissional, outras sete pessoas receberam a honraria, em cerimônia realizada em Washington, para apresentar o relatório sobre tráfico de pessoas que o governo americano elabora anualmente, e que foi liderada pelo secretário de Estado americano, Rex Tillerson, e a filha e assessora do presidente americano, Ivanka Trump. As informações são do UOL notícias.

Segundo o órgão internacional, Sakamoto fundou a ONG Repórter Brasil, entidade dedicada a “supervisionar e combater o trabalho escravo” e que ajudou a melhorar a educação a respeito do tema. Entre os programas coordenados pela organização, está o “Escravo, nem pensar!”, que tem como missão conscientizar os brasileiros sobre a escravidão moderna e “dá apoio técnico e financeiro a comunidades vulneráveis”. Foi destacado, ainda, que a plataforma de abrangência nacional, já beneficiou mais de 200 mil pessoas no país.

“Sob a liderança de Sakamoto, a Repórter Brasil também participou da criação do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, um acordo que une 400 empresas comprometidas em combater o trabalho forçado”, afirmou o Departamento de Estado ao homenagear o jornalista.

Outra colaboração do profissional para o tema, considerada pelo órgão, foi a criação da “Lista Suja”, que reúne empregadores flagrados com trabalhadores em situação análoga à escravidão em sua cadeia produtiva.Leia Mais

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sakamotoLeonardo Sakamoto | Blog do Sakamoto

Ouvi a história e achei interessante contar. Porque a reação é sempre que a mulher se destemperou e não de que o maluco em questão havia extrapolado os limites da convivência.

 
– Tá tão bom esse jantar que você já pode casar!
A frase pousou na mesa de jantar tão leve quanto é possível para um golden retriever sujo e molhado, que sai correndo do jardim e, sem muita noção do próprio tamanho, lambuza todos à sua volta.
A bem da verdade, ela recebera a contragosto aqueles convidados. Pedido do chefe, que queria usar a sua melhor repórter para aumentar o interesse do pessoal da área comercial e de agências de publicidade com o jornalismo online que produziam. Então, reuniu velhos amigos para uma conversa sobre perspectivas do mercado digital – ou alguma abobrinha semelhante – e pediu o favor.
O problema é que ela não era a sua melhor repórter à toa.
– Oi, como disse?
– Que tá tão bom esse jantar que você já pode até casar.
– Desculpe, não entendi.
– Ah, é uma expressão antiga. Você já tem tudo que se espera…
– … de uma mulher?
– Não de uma boa…
– …dona de casa?
– Não, de alguém que…
– … que existe para servi-lo?
Percebendo aonde isso ia dar, o chefe tentou jogar panos quentes.
– Quando se cansar do jornalismo, a Clarice* pode abrir um restaurante!
Mas aí já era tarde demais.
Dado os comentários que o incômodo convidado fez, mangando da reação da anfitriã, os papeis já haviam sido identificados. E se ele fosse desempenhar o do “porco”, ela não ficaria na plateia batendo palmas como a “submissa”.
Após o jantar e a sobremesa, todos foram para a sala de estar a fim de beber e jogar conversa fora. Lá, o convidado, para provocar ainda mais, começou a cometer impropérios sobre o lugar do homem e da mulher, piadinhas a respeito do gênero de produtos de limpeza e reflexões sobre o que é ser um “homem de verdade” nesse mundo confuso.
O único momento em que se dirigiu a Clarice foi para perguntar:
– Poxa, mas meu cálice está seco há um século.
– Desculpe! Mas como você está falando besteira há tanto tempo, achei que já havia bebido demais.
– Isso é comentário de mulher mal-comi…
Antes que pudesse terminar a frase, um cálice de tinto chileno – de boa safra, diga-se de passagem – voou em sua camisa branca. E algumas pessoas que estavam no jantar, mesmo com a memória afetada pelo álcool, juram que tudo teria terminado em furdúncio se o sujeito não tivesse sido controlado pelos demais.
– Vagabunda! Mulher não me trata assim – resmungou, antes de sair porta afora e noite adentro.
– Acostume-se, o mundo mudou! – ainda disse ela.
O chefe ponderou que, apesar do cara ser um idiota, ela deveria se controlar mais:
– Por sorte, ele não era de uma agência grande…
– Não, você não está entendendo. Por sorte, o que eu tinha na mão era uma taça de vinho, não alguma coisa pesada ou cortante.
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