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Diretor-presidente e pesquisador da Compasso Pesquisa, Oscar Silva considera um erro interpretar o cenário da eleição ao Governo da Bahia em 2022 com base na dinâmica de eleições recentes, como as de 2006 e 2014.

Naquelas disputas, vencidas pelo hoje senador Jaques Wagner e pelo governador Rui Costa, respectivamente, ambos superaram a dificuldade do desconhecimento do eleitor na fase de pré-campanha. Na avaliação de Oscar, neste ano, o pré-candidato do PT a governador, Jerônimo Rodrigues, tem desafio maior do que aqueles de Rui e Wagner.

– A gente não pode cravar que vai haver um esvaziamento do nome na liderança [das pesquisas], porque ACM Neto tem nome que permeia o inconsciente do eleitor, tem muito mais carisma do que os candidatos [das eleições] anteriores e tem uma estrutura forte no maior colégio eleitoral, que é a Região Metropolitana de Salvador, e o Recôncavo. Dos 13 prefeitos da Região Metropolitana, dez confirmaram apoio a ele – observa Oscar em entrevista à coluna Arriba Saia, do PIMENTA.

DE LULA PARA JERÔNIMO

Outro desafio que as grandes cidades reservam a Jerônimo, segundo Oscar, é a maior dificuldade da transferência dos votos que deve angariar quando for apresentado como candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– O eleitorado de cidades maiores, acima de 300 mil habitantes, é mais resistente à transferência de votos. Não é afirmação minha. Há uma tendência, captada por estudos, de que a transferência do voto seja mais limitada nos centros urbanos. Quanto mais escolarizado é o eleitor, menos ele aceita transferência de popularidade e prestígio.

Oscar: Neto tem carisma e máquinas eleitorais

SEGUNDO TURNO?

O pesquisador ressalva que a influência eleitoral de Lula é muito forte na Bahia e, por isso, Jerônimo Rodrigues deve crescer nas pesquisas quando a maior parte do eleitorado associá-lo ao ex-presidente. Esse é um dos elementos de forte tendência de segundo turno no estado, avalia.

Do mesmo modo, segundo Oscar, o pré-candidato do PL, João Roma, será beneficiado pela transferência de votos dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro, ainda que em patamar inferior e com chances remotas de ir ao segundo turno, pois, numa leitura pragmática, o eleitor menos sectário do presidente pode escolher Neto para derrotar o petismo na Bahia.

RADAR DO ELEITOR

Para quem não se envolve na política partidária e não a acompanha cotidianamente, a disputa pelo Palácio de Ondina ainda não é uma questão, explica Oscar, comparando os patamares que os pré-candidatos a presidente da República e ao Governo da Bahia alcançam nas pesquisas espontâneas, quando os eleitores dizem em quem pretendem votar sem que lhes tenham sido apresentado os nomes dos concorrentes. Enquanto Lula e Bolsonaro se consolidam na preferência espontânea do eleitor, os pré-candidatos ao governo estadual são poucos lembrados espontaneamente, com vantagem de Neto em razão do seu recall.

QUESTÃO DE MÉTODO

A pré-campanha de ACM Neto conseguiu a impugnação de pesquisa que o associava ao presidenciável Ciro Gomes (PDT) e alguns institutos têm evitado a aferição da influência dos presidenciáveis no pleito estadual. Para Oscar Silva, uma coisa é associar Neto ao pedetista de forma indevida, já que o pré-candidato do União Brasil tem dito, repetidamente, que seu palanque está aberto; outra é abrir mão de investigar o ânimo do eleitorado com uma pergunta pertinente ao processo decisório do voto.

– É o quadro que melhor vai espelhar a eleição. Nas minhas pesquisas de consumo interno, para clientes da situação e oposição, aconselho a colocar os devidos apoios [dos presidenciáveis], porque é o cenário mais condizente [com a realidade investigada].

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Governador Rui Costa (ao centro) em reunião com prefeitos

ALERTA

Dizem as más línguas que a reunião do governador Rui Costa com prefeitos, nesta segunda-feira (11), teria sido medida preventiva na base de apoio a Jerônimo Rodrigues. Chamou atenção o fato de o encontro ter sido convocado pelo próprio Rui.

POSSÍVEL MUDANÇA

O secretário de Relações Institucionais do Estado, Luiz Caetano, participou da reunião. Nos bastidores, o nome dele tem sido cotado para assumir a coordenação da campanha de Jerônimo, o que representaria tentativa de acelerar o crescimento eleitoral do petista. Há quem sinta a falta do senador Jaques Wagner na empreitada, nome mais habilidoso e que, ao contrário de Caetano, não tem parente como pré-candidato na disputa eleitoral de 2022.

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VERTICALIDADE

Davidson Magalhães, presidente do PCdoB da Bahia

Foi pelo WhatsApp que o presidente do PCdoB na Bahia e secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado, Davidson Magalhães, soube que o PT havia indicado o ex-prefeito de Ibotirama Terence Lessa para a suplência do senador Otto Alencar (PSD), pré-candidato à reeleição e franco favorito na disputa pela única vaga à Câmara Alta. O PCdoB ainda sonha em indicar o suplente. O nome dos comunas é o do vereador Augusto Vasconcelos.

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CAIU NA REDE DO PRAGMATISMO…

ACM Neto participou da Festa de São Boaventura, em Canavieiras, terra conhecida pela fartura de pescados e do caranguejo. Na visita, selou o apoio do prefeito Dr. Almeida (PROS). Antes de cair na rede de Neto, o mandatário apareceu em foto com o presidente Jair Bolsonaro e João Roma, em Brasília, num passado não tão distante. Porém, o que chamou a atenção da turma é que Zairo Loureiro e o time do União Brasil de Neto evitaram participar do cortejo com o pré-candidato.

…É PEIXE

Os ventos da política também sopraram a favor de Neto longe do litoral. Candidato a prefeito de Mulungu do Morro pelo PT em 2020, quando perdeu a eleição por 31 votos, Acácio dos Santos declarou apoio a ACM Neto nesta segunda-feira (11).

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TANTO TEMPO LONGE DE VOCÊ…

Guinho e Augusto na campanha de 2020: outros tempos

O vice-prefeito de Itabuna, Enderson Guinho (UB), afirmou que está distante do prefeito Augusto Castro (PSD). Ex-secretário de Esportes do município e pré-candidato a deputado federal, lamentou as dificuldades que teve na pasta e reclamou de ter sido afastado das principais decisões do Governo, inclusive durante a crise da cheia do Rio Cachoeira, em dezembro passado. Falou tudo isso em entrevista ao Sem H Podcast, nesta segunda-feira (11).

….QUERO AO MENOS LHE FALAR

Não parou aí. Guinho também disse que o atual secretário de Esporte e Lazer de Itabuna, Maico Souza, não foi convidado para a vistoria mais recente nas obras da Vila Olímpica, bancadas pelo Governo da Bahia.

– Se o secretário de Esporte é um incômodo para o prefeito pelo fato de que eu indiquei, demite, demite o secretário. Agora, se o secretário está [no cargo] para exercer a sua função de gestor, ele precisa participar de tudo aquilo voltado para as ações do Esporte.

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Marão e Soane (refletida no vidro no canto inferior esquerdo) || Foto PMI

PONTO PRA MARÃO…

Márcio Brandão, ex-candidato a vereador conhecido como Bodão, é o novo diretor de espaços culturais da Prefeitura de Ilhéus. Na eleição municipal de 2020, ele apoiou Valderico Junior (UB), hoje pré-candidato a deputado federal e adversário do prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), naquele pleito.

…É PONTO PRA SOANE

Bodão obteve 561 votos e a segunda suplência do antigo DEM e atual União Brasil. Ligado ao mercado cultural, chega ao governo Mário Alexandre para reforçar… a pré-candidatura da primeira-dama Soane Galvão à Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba), naturalmente.

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OPERAÇÃO TABAJARA…

Mangabeira chegou a posar para foto com Augusto e Paulo || Reprodução

O prefeito Augusto Castro (PSD) embarcou numa operação que tinha tudo para dar errado. E deu. Juntamente com o deputado federal Paulo Magalhães, reuniu-se com o médico Antônio Mangabeira. De lá, o anúncio de que o ex-candidato a prefeito pelo PDT faria parte da base de apoio da gestão municipal e pediria votos para o deputado federal e candidato à reeleição. Dias depois, Mangabeira se insurgiu. Deu o supostamente dito por não dito e, agora no PL e ao lado de João Roma, anunciou-se pré-candidato a deputado federal.

INSATISFAÇÃO (TAMBÉM) EM CASA

…Dias depois, reuniu-se com Roma e anunciou pré-candidatura

A postura do médico desagradou não apenas a Augusto e Paulo Magalhães. A decisão pela pré-candidatura surpreendeu – e contrariou – também a família, que não mais desejava vê-lo na arena político-eleitoral e, ainda mais, disputando voto.

PULVERIZAÇÃO

Rosemberg com Binho Shalom: erro estratégico de políticos da região

O deputado estadual Rosemberg Pinto vê, novamente, o sul da Bahia com pouca representatividade na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa na próxima legislatura, em 2023. Concorrendo à reeleição, o líder do Governo Rui Costa na Alba considera um erro a pulverização de nomes da região na corrida por vagas no parlamento. “São vários candidatos a deputado estadual pela região. Mais uma vez, [a região] poderá ficar sem representação”, disse ele em entrevista ao programa Frequência Política, apresentado por Binho Shalom e João Matheus e transmitido pelas rádios Difusora AM e Interativa FM.

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Agenda do governador Rui Costa em Saúde e Caém reúne até opositores

No melhor estilo correria, o governador Rui Costa abriu e fechou a quinta-feira (1°) com agenda que teve até a oposição. Hoje, ele conseguiu reunir num só dia mais de 30 grandes lideranças políticas, entre prefeitos e vices, deputados federais e estaduais. Na agenda de entregas e inaugurações em Caém e Saúde, no Piemonte de Jacobina, Rui pavimentou a caminhada demonstrando a força da boa política em uma região marcada por acirradas disputas eleitorais.

De corações alegres e saltitantes, por receberem máquinas de manutenção de estradas e ônibus escolares, além da conversa ao pé de ouvido com Rui, os prefeitos de Senhor do Bonfim, Laércio Júnior(DEM), e de Pindobaçu, Dr. David(PP), ao lado de outros gestores, eram os que mais agradeciam ao governador o grande presente para a região que é a distribuição de equipamentos que ajudam as cidades a melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados à população.

As imagens falam por si e a proximidade de gestos cordiais não deixou dúvida da diferença que Rui faz na política. Do encontro da política boa, ao lado de 15 prefeitos e do governador, participaram os deputados federais Daniel Almeida, Lídice da Mata e Marcelo Nilo; e os estaduais Adolfo Menezes, Ângelo Almeida, Fabíola Mansur, Jurandy Oliveira, Neusa Cadore e Niltinho. Tudo sob a batuta também do secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano.

E a cena não poderia ser outra, com manifestações das mais diversas formas, mas com cumprimentos a curta distância por causa da pandemia e sorrisos largos, mesmo que escondidos nas máscaras que protegem contra o coronavírus, revelaram a hegemonia que Rui tão bem caracteriza na Bahia mostrando que ele faz a diferença. Por lá, se dizia que ele “É o cara!”.

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Durante o programa Papo Correria desta terça-feira (18), o governador Rui Costa anunciou mais três mudanças no secretariado. O ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano (foto) assume a Secretaria de Relações Institucionais (Serin) em lugar de Jonival Lucas.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) passará a ser comandada por João Carlos Oliveira, que deixa a Secretaria da Meio Ambiente (Sema).

Maurício Bacelar, da cota do Podemos, assumirá a Secretaria do Turismo (Setur), hoje ainda sob comando de Fausto Franco. Bacelar deixa a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

O governador, ainda nos próximos dias, deverá anunciar o novo secretário de Meio Ambiente. Outras pastas também devem sofrer mudanças no comando para atender a rearranjo eleitoral depois do despejo de nomes do PDT e PL, que devem apoiar ACM Neto em 2022.

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Caetano, de Camaçari, lidera lista

Os dez ex-prefeitos baianos mais endividados por multas e ressarcimentos têm débitos que, somados, chegam a R$ 38 milhões. As dívidas foram impostas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), devido a irregularidades cometidas por eles em suas gestões. Os valores, quando pagos, vão para os cofres municipais.
Quem lidera o ranking é o deputado federal Luiz Caetano (PT), que governou Camaçari por três mandatos e deve R$ 8,7 milhões. Em segundo vem Maria Maia (PMDB), ex-prefeita de Candeias, que tem débitos de R$ 5,9 milhões. O ex-prefeito de Paulo Afonso Raimundo Caires (PSB) é o terceiro, com pendências de R$ 3,6 milhões. Entre os três, Caetano e Caires tentaram voltar em 2016, mas foram derrotados.
A lista tem ainda Pedro da Campineira (PSD), de Itamaraju, e Orlando Xavier (PR), de Casa Nova. Eles devem R$ 3,2 milhões e R$ 3,1 milhões, respectivamente. O levantamento foi realizado pela Satélite com base em informações disponíveis no site do TCM.
Da Coluna Satélite, do Correio24h

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(Foto Pimenta).
(Foto Pimenta).

O deputado José de Arimatéia faz campanha pelo nome de Jorge Solla ao Governo da Bahia e deixa claro que não morre de amores pelo preferido de Jaques Wagner no PT.

– Os nomes [do PT] não decolam, com exceção de [Walter] Pinheiro. Rui Costa é o pior que tem. Já que é para se escolher, tem que ser Pinheiro ou Solla – disse ele ao PIMENTA durante a solenidade de oficialização do retorno da Gestão Plena da saúde em Itabuna.

Além de Pinheiro e Costa, José Sérgio Gabrielli e Luiz Caetano são os nomes petistas que sonham em disputar a sucessão de Wagner.

Arimatéia afirmou ainda que está trabalhando pelo nome de Solla que, segundo ele, tem a preferência “não só do PRB, mas do PP também”.

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marco wense1Marco Wense

O governador não perdeu sua intuição política. Não é nenhum neófito, iniciante, marinheiro de primeira viagem, bobo e desorientado. Continua sendo o Jaques Wagner de carne e osso.

Não tenho nenhuma dúvida de que o nome do governismo para disputar o Palácio de Ondina vai sair do Partido dos Trabalhadores (PT). E nenhuma hesitação de que a escolha está entre Rui Costa e Walter Pinheiro.

Rui Costa é o chefe da Casa Civil. A seu favor o fato inquestionável de que é o candidato da preferência do governador Wagner. Do lado do senador Walter Pinheiro, as pesquisas de intenção de voto.

De fora mesmo, sem perspectiva, José Sérgio Gabrielli e Luiz Caetano, respectivamente secretário estadual de Planejamento e ex-prefeito de Camaçari.

Se não fosse o republicanismo do governador Wagner, reconhecido e enaltecido até pelos opositores, o martelo já teria sido batido: o candidato é Rui Costa e ponto final.

Na época do carlismo, sob a batuta de ACM, com o mandonismo a todo vapor, não teria nem discussão sobre a composição da chapa.

O desejo de ACM era uma ordem, o “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

Correligionários do senador Walter Pinheiro defendem as consultas populares como critério para a escolha do candidato, já que a diferença entre ele e Rui é considerável.

O governador Wagner até que concorda com a opinião de que a pesquisa pode ser um indicativo, mas faz a seguinte ressalva: “Não é para mim o critério preponderante.”

Os pretendentes da base aliada são dois: Marcelo Nilo (PDT) e a senadora Lídice da Mata (PSB). A pré-candidatura do pedetista tem a compreensão de Wagner e do PT.

O engraçado fica com Lídice. Ela quer o apoio de Wagner para o Palácio de Ondina fazendo campanha para Eduardo Campos (PSB) para o Palácio do Planalto.

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sócratesSócrates Santana | soulsocrates@gmail.com

Enfrentar nomes improváveis como os prefeitos de Salvador ou de Feira de Santana, respectivamente, ACM Neto ou José Ronaldo, mais calejados como o ex-governador Paulo Souto ou até mesmo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, não é uma tarefa qualquer.

Nesta manhã nublada de quarta-feira (2), acompanhei a entrevista do secretário da Casa Civil da Bahia Rui Costa na Rádio Tudo FM, que perdeu muito com a saída do jornalista Evilásio Jr (registre-se). Após discorrer de maneira bastante segura sobre uma série de intervenções de infraestrutura do governador Jaques Wagner no estado, o preferido do Palácio de Ondina teceu comentários sobre a sucessão estadual de 2014.

Sendo um dos quatro pré-candidatos do PT, Rui Costa usou de analogias futebolísticas para rechaçar as críticas internas e externas ao seu nome. Primeiro, rechaçou quem usa da comum prática de publicar notas via imprensa de maneira anônima para emitir uma opinião. Depois, avaliou como natural quem prefere este ou aquele candidato. Comparou, porém, a opção pessoal de cada um ao clássico BAVI. Mas, a escolha deste ou daquele candidato não é uma questão de torcida. Se fosse assim, Flamengo e Corinthians venceriam todos os campeonatos nacionais. Mas não ganham.

A questão é quem está pronto para encabeçar uma disputa majoritária. Não é, simplesmente, quem possui mais densidade eleitoral, a exemplo dos torcedores da candidatura do senador Walter Pinheiro. Nem tão pouco, quem prefere um nome mais habituado às querelas municipais, a exemplo dos torcedores do ex-prefeito Luiz Caetano. Também não é uma questão de quem tem mais visibilidade nacional, como o ex-presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli de Azevedo, menos ainda uma questão tão pessoal como o chamego do governador pelo secretário da Casa Civil.

Numa disputa majoritária, todos sabem disso, o candidato é o principal comandante contra as nuvens movediças do ex-governador mineiro, Magalhães Pinto: “Política é como nuvem, muda de forma toda hora”. É quem vai enfrentar notícias – plantadas ou não – sobre o envolvimento de petistas ou aliados em episódios polêmicos, a exemplo de operações da Polícia Federal, contas rejeitas pelos tribunais de contas, envolvimento em grandes transações, a exemplo de Pasadena, greves, atraso de fornecedores e dos servidores, além de golpes baixos sobre a vida pessoal de cada um.

A superação de cada um desses embates também não é resolvida simplesmente com a disposição de cada um para enfrentar esses dilemas. Não basta ser convincente, como dizem os publicitários, é preciso parecer convincente. Enfrentar nomes improváveis como os prefeitos de Salvador ou de Feira de Santana, respectivamente, ACM Neto ou José Ronaldo, mais calejados como o ex-governador Paulo Souto ou até mesmo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, não é uma tarefa qualquer. Não basta decorar as principais realizações do governo, nem possuir o principal cabo eleitoral do país ou do estado ao lado.

Apesar de compreensível, a postura do secretário da Casa Civil de entregar nas mãos do governador a tarefa de articular a viabilidade de sua candidatura junto ao PT e aos demais membros da base aliada, tira dele o papel de protagonista de uma eleição suspensa pela fúria das manifestações de junho ainda em curso no país. Afinal de contas, o discurso da continuidade soa extremamente vago quando as pessoas querem tudo, menos o que está aí. E, quem fingir ou enterrar a cabeça debaixo da terra, pode assistir atônito a banda passar cantando sobre como as coisas da política não são resolvidas apenas com partidos e obras.

Sócrates Santana é jornalista e filiado ao Partido dos Trabalhadores.

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Caetano, Pinheiro e Rui confirmam apoio a Everaldo à presidência do PT.
Caetano, Pinheiro e Rui confirmam apoio a Everaldo à presidência do PT.

everaldo_anunciacao_membro_diretorio_estadual_partido_dos_trabalhadores_da_bahiaO evento de apoio à candidatura de Everaldo Anunciação, ontem, no Hotel Fiesta, reuniu mais de 2 mil petistas baianos. O ceplaqueano e ex-vereador de Itabuna disputa a presidência estadual do PT e atraiu ao evento o senador Walter Pinheiro, o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, e o ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano. O trio disputa a indicação do partido para a sucessão do governador Jaques Wagner. José Sérgio Gabrielli, outro nome petista, não foi ao evento, pois cumpria agenda fora da Bahia.
O Processo de Eleições Diretas (PED) do PT será realizado em novembro deste ano, quando serão escolhidos, além dos novos dirigentes estaduais, as novas composições dos diretórios nacional e municipal. Everaldo também obteve, no evento, apoio das tendências Construindo um Novo Brasil (CNB), Reencantar e Esquerda Popular Socialista (EPS), que ainda definiu, ontem, o apoio à pré-candidatura a governador de Rui Costa, o nome preferido do mandatário-mor da Bahia, Jaques Wagner.

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O corre-corre na base aliada do governo foi intenso nesta terça, 22. Tudo para (tentar) assegurar vitória à candidata assumidamente governista na disputa pela presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria, prefeita de Cardeal da Silva. Durante todo o dia, deputados ligavam para os prefeitos pedindo que não faltassem à eleição e, claro, votassem na “prefeita mais bonita da Bahia”.
Do outro lado, está o prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso, do PSB de Maria Quitéria e da base aliada a Wagner. Wilson tem o apoio de descontentes com o governo e de seguidores da oposição a Wagner. O prefeito de Andaraí conseguiu apoio da oposição e de prefeitos como Gilka Badaró (PSB), de Itajuípe.
Até o final de semana, nomes ligados a Quitéria tentavam o apoio de Gilka, mas desistiram. Ela está magoada com Luiz Caetano. Este, deixou de pagar direitos trabalhistas à prefeita da Velha Pirangi. Gilka trabalhava na UPB até o início do ano passado.

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Caetano e Quitéria vêm arrebanhar votos no sul da Bahia.
Caetano e Quitéria vêm tentar arrebanhar votos no sul da Bahia.

O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Luiz Caetano (PT), está correndo trecho, sempre acompanhado da sua vice-presidente, Maria Quitéria (PSB), prefeita reeleita de Cardeal da Silva.
Amanhã, às 16h, na Fazenda Independência, em Uruçuca, Caetano reúne grupo de prefeitos do sul da Bahia para discutir o “projeto do próximo biênio da UPB”. E o projeto é eleger Maria Quitéria a presidente da UPB.
Já a escolha por Uruçuca para sediar a reunião tem outra intenção: a prefeita do município, a petista Fernanda Silva, é a preferida para ser a representante do sul da Bahia na chapa de Quitéria.

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Wilson Cardoso e Maria Quitéria na briga pela UPB
Wilson Cardoso e Maria Quitéria na briga pela UPB

Da Tribuna
A eleição do novo comando da UPB ganha cada vez mais a influência da disputa de 2014, já que por trás dos candidatos à cadeira da entidade estão os interessados no Palácio de Ondina.
Ontem, a prefeita de São Francisco do Conde, Rilza Valentim oficializou a sua saída da disputa em apoio à prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB), que voltou ao páreo e deve ir para o bate chapa com o postulante do mesmo partido, o prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso. Ele reafirmou a permanência na briga ao dizer ontem que sua candidatura é “irreversível”.
Há rumores de que o gestor de Andaraí permanece forte com o apoio da maioria dos prefeitos. No entanto, uma das leituras é de que, até o dia 23, Caetano siga muitas estratégias para fazer a sucessora.
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O superintendente administrativo da União dos Municípios da Bahia (UPB), Júnior Muniz, é tido como inquieto e nem hoje, no próprio aniversário, parou de trabalhar no assessoramento ao presidente Luiz Caetano.

O ritmo do assessor ainda parece o da campanha que fez de Caetano um nome de consenso à presidência da entidade municipalista. Não à toa, conquistou fãs entre prefeitos baianos e funcionários da UPB.

Os amigos e políticos mais próximos dizem que Muniz só vai “sossegar” em outubro de 2014, depois que ver Caetano garantido no Palácio de Ondina. Haja disposição.

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Caetano, que sonha com 2014, ouve um "parabéns, governador!" (foto JC d'Almeida / Blog do Anderson)

O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Luiz Caetano, saiu animado de Vitória da Conquista, no último final de semana. Após discurso inflamado em defesa da reforma tributária e melhor distribuição da arrecadação central, foi retribuído com cumprimentos efusivos e gritos de “parabéns, governador!”.

Os prefeitos se queixam, principalmente, da concentração excessiva da arrecadação em mãos do governo federal, enquanto estados ficam com 25% e municípios, 15%. O discurso de Caetano, então, caiu como música para os ouvidos dos gestores.

Os prefeitos, muito deles avessos ao planejamento, aplaudiram também a agenda do novo presidente da UPB. Caetano detalhou a agenda de trabalho da entidade para os próximos meses e lembrou que os municípios não devem perder a oportunidade de pressionar – com inteligência – os governos estadual e federal.

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O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, assume a presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB) com um prestígio pouco visto para um dirigente da entidade municipalista. Ontem, Caetano atraiu mais de 200 prefeitos e dezenas de deputados baianos ao Hotel Fiesta.

Por lá, também estiveram o governador Jaques Wagner, a senadora eleita Lídice da Mata (PSB) e o vice-governador Otto Alencar. Prefeitos sul-baianos, a exemplo de Sandra Cardoso (DEM) e Lenildo Santana (PT), ressaltaram a força da nova diretoria da UPB. A eleição que confirmou o nome de Caetano como presidente da entidade ocorreu nesta quinta, 27.

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Conforme o PIMENTA já noticiou, o prefeito de Ibicuí, Cláudio Dourado (PTB), é nome de consenso para substituir Moacyr Leite na presidência da Amurc (Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia). Reproduz na região o mesmo êxito que Luiz Caetano (PT), prefeito de Camaçari, teve nas articulações para presidir a UPB (União dos Municípios da Bahia).

Neste sábado, 22, Caetano e Dourado se reúnem com prefeitos sul-baianos num jantar em Ilhéus. Um encontro em clima de vitória.

Clique aqui para ver a composição da chapa pluripartidária liderada por Cláudio Dourado. Na UPB, Caetano ainda realiza costuras para formar a nova direção.