Ex-presidente da Câmara de Ilhéus, Lukas Paiva sofre segunda condenação criminal || Foto CMI
Tempo de leitura: 2 minutos

A juíza Emanuele Vita Leite Armede, da 1ª Vara Criminal de Ilhéus, condenou o ex-vereador Lukas Paiva a mais um ano de reclusão em decorrência da Operação Xavier, do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), que denunciou suposto esquema de desvio dinheiro da Câmara de Vereadores de Ilhéus, presidida pelo réu no biênio 2017-2018. Ele já havia sido condenado a 16 anos de reclusão em outro processo originado pela Xavier (relembre aqui e aqui).

Conforme a nova sentença contra o ex-vereador, publicada na última semana, ele teria agido para atrapalhar as investigações do MP, com auxílio de um amigo, o advogado Taciano Aragão Leite, que é réu em outro processo originado pela mesma denúncia do MP. Desmembrada da ação inicial, a denúncia contra Taciano ainda não foi julgada.

No entendimento do MP, acolhido parcialmente pela juíza, Lukas tentou influenciar outros réus e testemunhas em prejuízo ao andamento regular das investigações, inclusive na suposta tentativa de convencer o réu Rodrigo Alves dos Santos a não se tornar colaborador da Justiça. Rodrigo exerceu os cargos de tesoureiro e chefe do setor de RH da Câmara na gestão de Lukas, firmou acordo de delação com o MP e teve a pena extinta.

A denúncia também atribui aos réus a tentativa de esquentar um cheque emitido pela Câmara em nome de Orlando Querino, que, na época das investigações, ocupava cargo de confiança no Legislativo por indicação do vereador Cesar Porto (PSB). Ambos são apenas testemunhas do processo. A juíza ressalta que o nome de Orlando Querino foi usado como beneficiário do cheque sem o seu conhecimento.

“Desse modo, os réus [Lukas e Taciano] agiram em comunhão de desígnios com o objetivo de inviabilizar a descoberta da verdade a fim de que um terceiro, completamente inocente na história, fosse levado a assumir o recebimento indevido de recursos públicos”, diz trecho da sentença.

CRIME E PENA

A conduta de Lukas foi enquadrada como tentativa de embaraçar a investigação de crime de organização criminosa, como previsto no artigo segundo, parágrafo primeiro, da Lei das Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013). No entanto, ao contrário do MP, a juíza entendeu que não houve continuidade delitiva, “pois os diversos atos praticados pelo executor [Taciano] a mando de Lukas Paiva somente demonstram seu real significado criminoso quando examinados em seu conjunto”.

A juíza Emanuele Armede fixou a pena-base de Lukas Paiva em três anos de reclusão, mas a diminuiu para um ano com base no artigo 14, inciso dois, do Código Penal, que prevê a redução de até dois terços da pena de crime enquadrado na modalidade tentada, que não é consumado por motivos alheios à vontade do réu.

Por ter ficado preso durante 270 dias ao longo de 2020, de forma preventiva, restam a Lukas Paiva três meses de reclusão a cumprir, considerando apenas a sentença do último dia 20. Cabe recurso da decisão, e o ex-vereador tem direito a responder em liberdade a esse e aos demais processos da Operação Xavier.

Tarcísio e Lukas foram condenados à prisão nesta semana
Tempo de leitura: 2 minutos

As investigações da Operação Xavier levaram o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) à conclusão de que os ex-presidentes da Câmara de Vereadores de Ilhéus Tarcísio Paixão e Lukas Paiva aperfeiçoaram esquema de corrupção que desviou dinheiro público, pelo menos, desde a gestão do ex-vereador Josevaldo Viana, Dr. Jó, presidente da Casa no biênio 2013/2014.

A acusação do MP-BA é resumida em trecho da sentença em que a juíza Emanuela Vita Leite Armede, da 1ª Vara Criminal de Ilhéus, condenou Tarcísio Paixão a 23 anos de privação de liberdade (somadas as penas de reclusão e detenção), na última segunda-feira (19). Condenação semelhante foi imposta a Lukas Paiva e a outros réus da Xavier, em outra ação penal recém-julgada (veja aqui).

Citando as empresas SCM contabilidade e Licitar, a juíza resume a acusação do MP-BA: “tais empresas, pelo menos ao longo das três últimas gestões do legislativo ilheense, em troca dos seus contratos superfaturados, além de contribuir substancialmente para os diversos esquemas fraudulentos já identificados, prestavam-se a um audacioso esquema de pagamento de propinas, com evidências de sua prática, pelo menos, desde a gestão de Josevaldo Viana (biênio 2013/2014), sendo incrementado e aperfeiçoado nas gestões de Tarcísio Paixão (2015-2016) e Lukas Paiva (2017-2018)”.

Considerando as duas ações penais já julgadas, também foram condenados os ex-vereadores James Costa e Valmir Freitas do Nascimento, a 7 e a 10 anos de prisão, respectivamente; Ângelo Souza dos Santos, chefe de Gabinete de Tarcísio Paixão (7 anos); Joilson Santos Sá, chefe da controladoria interna da Câmara na gestão de Lukas Paiva (3 anos e 6 meses); Cleomir Primo Santana, contador da empresa SCM Contabilidade (6 anos e 7 meses); Leandro da Silva Santos, assessor da empresa Licitar (14 anos e 9 meses); e Ariell Firmo da Silva Batista, controlador interno da gestão Tarcísio Paixão (11 anos).

Nos casos de Leandro Santos e Cleomir Primo, eles foram condenados nas duas decisões e os anos de condenação consideram a soma das penas das duas sentenças.

O PAPEL DAS EMPRESAS, SEGUNDO ACUSAÇÃO

As denúncias do MP apontaram esquemas de fraudes em licitações e execuções contratuais da Câmara de Vereadores, com contratos superdimensionados em razão da prévia negociação e ajuste do pagamento de propinas. As empresas Serviços de Consultoria Contábil (SCM) e Licitar Assessoria e Consultoria foram as principais envolvidas no esquema. As investigações revelaram que elas eram sempre contratadas diretamente, por meio de sucessivos e viciados procedimentos de inexigibilidade de licitação, para atuar em funções sensíveis da Câmara, acrescenta o órgão de controle externo.

Segundo as denúncias, a Licitar controlava os processos de contratação e a SCM assumia o controle dos processos de pagamento e da contabilidade em geral, sendo responsável pelas prestações de conta e, assim, pela “maquiagem contábil da totalidade dos esquemas de desvios praticados por todas as gestões investigadas”.

Mais de R$ 350 mil foram desviados somente nos anos de 2015 e 2016 e o esquema foi mantido em 2017 e 2018, conforme o MP. As investigações na Câmara tiveram origem como desdobramento da Operação Citrus, de 2017 (relembre). As duas sentenças proferidas podem ser contestadas por recurso de apelação ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA).

Ex-vereadores Lukas Paiva, James Costa e Valmir de Inema estão entre condenados pela Justiça
Tempo de leitura: 2 minutos

A juíza Emanuele Vita Leite Armede, titular da 1ª Vara Criminal de Ilhéus, condenou seis dos oito réus de uma das ações penais originadas pela Operação Xavier, do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). Conforme a sentença publicada nesta segunda-feira (19) e obtida pelo PIMENTA, as maiores penas foram as dos ex-vereadores Valmir Freitas e Lukas Paiva, condenados a 10 e a 16 anos de reclusão, respectivamente, e com início do cumprimento da punição em regime fechado.

Os empresários Cleomir Primo Santana e Leandro Santos Silva foram condenados a 3 anos e 9 meses de reclusão. Eles administravam as empresas SCM Contabilidade e Licitar, beneficiárias de contratos da Câmara de Vereadores de Ilhéus no biênio 2017-2018, quando a Casa do Povo foi presidida por Lukas Paiva.  Os contratos das duas empresas, fechados com a Câmara em 2017, somaram R$ 304.000,00. De acordo com a denúncia do MP-BA e a decisão judicial, os empresários pagaram propinas aos dois ex-vereadores, em troca das contratações do Legislativo que, supostamente, violaram a Lei de Licitações.

Valmir e Lukas selaram aliança em 2016, quando eram colegas de parlamento. Naquele ano, Valmir não concorreu à reeleição e declarou apoio a Lukas, reeleito com votação expressiva no distrito de Inema, reduto eleitoral de Valmir. Eleito presidente da Câmara, Lukas nomeou o aliado para a chefia do Gabinete da Presidência, cargo que, em 2018, passaria ao também ex-vereador James Costa, condenado na mesma ação penal a 3 anos e 6 meses de reclusão.

Conforme a acusação do MP-BA, Lukas deu prosseguimento a esquema que lhe antecedeu na Presidência da Câmara e, para isso, teve a ajuda de Valmir e de outros comissionados, a exemplo de James. A juíza teve o mesmo entendimento.

“[As provas] demonstram cabalmente o dolo do réu Lukas Paiva e evidenciam que ele, na condição de Presidente da CMI, tinha plena consciência da ilicitude subjacente aos atos administrativos praticados, tendo autorizado processos de contratação sabidamente simulados, homologado/ratificado processos de contratação que sabia serem fraudulentos, celebrado contratos superestimados, ordenado a realização de pagamentos que sabia serem superfaturados e efetuado pagamentos que sabia serem indevidos”, escreveu Emanuele Vita.

Segundo o Ministério Público, no período de 2013 a 2018, os cofres da Câmara de Vereadores teriam sido alvo das mesmas fraudes, nas gestões dos ex-vereadores Josevaldo Machado (2013-2014), Tarcísio Paixão (2015-2016) e Lukas Paiva (2017-2018). Juntos, Cleomir e Leandro formariam o polo privado do que o MP chamou de núcleo operacional estável do esquema. O mesmo núcleo também seria composto pelo servidor efetivo Paulo Eduardo Leal do Nascimento, que fez acordo de colaboração premiada e recebeu perdão judicial. Josevaldo e Tarcísio são réus em outras ações da Operação Xavier.

Tesoureiro na gestão de Lukas Paiva, Rodrigo Alves dos Santos também é réu no mesmo processo e fez acordo de colaboração. Ele recebeu pena alternativa de prestação de serviço à comunidade por um ano. Assim como Rodrigo, Joílson Santos Sá exerceu cargos de confiança na gestão de Paiva, primeiro, como controlador interno, depois, chefe do Setor de Transportes. Réu no mesmo processo, Joílson foi condenado a 3 anos e 6 meses de reclusão.

A sentença se baseou no mapeamento de transações bancárias entre os réus e na interceptação de telefonemas e recuperação de mensagens de texto, além de provas e informações de outros processos. Os crimes apontados pelo Ministério Público e reconhecidos pela juíza são os de organização criminosa, peculato, fraude a processos licitatórios e corrupção passiva. Cabe recurso da decisão.

Câmara aprova título de cidadão honorário para o promotor de Justiça Frank Monteiro Ferrari
Tempo de leitura: < 1 minuto

A Câmara de Vereadores de Ilhéus aprovou, na sessão ordinária desta quarta-feira (12), a concessão do título de cidadão honorário do município ao promotor de Justiça Frank Monteiro Ferrari, do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).

Com o auxílio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do MP-BA, o promotor conduziu as investigações que originaram as operações Citrus e Xavier. A Operação Citrus resultou em condenações criminais contra os ex-secretários de Desenvolvimento Social Kácio Brandão e Jamil Ocké, além do empresário Enoch Andrade. Jamil também perdeu o mandato de vereador em outubro de 2017.

Já a Operação Xavier, que veio a público em maio de 2019, envolveu três ex-presidentes da Câmara de Vereadores de Ilhéus, os ex-vereadores Josevaldo Machado (PCdoB), Tarcísio Paixão (PP) e Lukas Paiva (PSB). Eles aguardam julgamento das denúncias feitas pelo MP à Justiça.

Frank Ferrari é natural de Valença, no Baixo Sul da Bahia. Chegou à 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus no final de 2015 e deixou-a em fevereiro de 2020. Atualmente, coordena o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção à Moralidade Administrativa do MP-BA, em Salvador. A proposta do título partiu do vereador Tandick Resende (PTB). A aprovação foi unânime.

Alex Venícius manda César Porto dar posse a Augustão
Tempo de leitura: < 1 minuto

O juiz da Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, Alex Venícius Miranda, determinou ao presidente da Câmara de Vereadores, César Porto, dar posse a Augusto Cardoso, Augustão, suplente do vereador Lukas Paiva. A decisão é da última segunda (1º). Paiva foi afastado ao ser investigado e preso na Operação Xavier, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MP-BA) e Polícia Civil.

Além determinar que a Casa adote as “providências imediatas” para a posse de Augusto Cardoso, Augustão, o magistrado também cita a obrigação da Câmara de exonerar todo o gabinete de Lukas Paiva, “possibilitando ao novo vereador a indicação” dos seus assessores, informa o Ilhéus Comércio.

Na interpretação do juiz Alex Venícius Miranda, a Câmara de Vereadores deveria dar posse a Augustão desde novembro do ano passado. Foi naquele mês que Lukas Paiva acabou afastado do cargo na ação cível movida pelo MP-BA contra ele e outros envolvidos em esquema de corrupção na Câmara de Ilhéus.

Lukas Paiva tenta puxar papo e incomoda Geddel
Tempo de leitura: < 1 minuto

O ex-ministro Geddel Vieira Lima, que voltou ao noticiário por ter um dos seus ex-assessores nomeado para o Iphan, disse a um advogado que não aguenta mais o assédio de dois fãs políticos, o advogado Vasco Rusciolleli e o vereador Lukas Paiva, ex-presidente da Câmara Municipal de Ilhéus, segundo anota o Política Livre. O trio divide cela no Centro de Observação Penal, na capital baiana.

Geddel divide cela com o advogado e Lukas Paiva e se irrita com as tentativas frequentes de ambos de abordar um tema do qual ele está, como se diz, de saco cheio na prisão: política. “Ansiosos, não se tocam”.

Lukas Paiva tem habeas corpus negado por unanimidade pelo TJ-BA
Tempo de leitura: < 1 minuto

Do Ilhéus Comércio

Na tarde desta terça-feira (19), o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) decidiu negar o pedido de liberdade feito pela defesa do vereador Lukas Paiva (PSB), que está preso preventivamente em Salvador desde março de 2020.

O Ilhéus Comércio apurou que a decisão da 2ª Turma da 1ª Câmara Criminal foi unânime contra o Habeas Corpus. Esse é o segundo pedido de liberdade que o tribunal nega ao vereador de Ilhéus. Atualizado às 17h02min.

Lukas Paiva tem negado pedido de habeas corpus
Tempo de leitura: < 1 minuto

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) protocolou, nesta segunda (18), pedido de perda de mandato contra o vereador Lukas Paiva (PSB), de Ilhéus, que está preso preventivamente em Salvador. Paiva é réu em ações civil e penal decorrentes da Operação Xavier.

O pedido foi feito no âmbito da Ação Civil Pública que corre na 1ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus. No pedido, a promotora de Justiça Mayanna Ferreira argumenta que a perda do mandato deve ser declarada “em razão da ausência” de Lukas em mais de um terço das sessões legislativas de 2020.

De acordo com a promotora de Justiça, o Regimento Interno da Câmara de Vereadores de Ilhéus estabelece a ausência em um terço das sessões ordinárias, na mesma Sessão Legislativa, como fundamento para a perda do mandato, exceto nos casos de afastamento “com devida licença ou por motivo de missão” autorizada pela Casa. Nessas circunstâncias, a competência para decretar a perda do mandato é da Mesa Diretora da Câmara.

Se Lukas for impedido de voltar ao cargo, o primeiro suplente de vereador do PSB, Augustão, vai assumir a cadeira.

O MP também pediu à 1ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus que, independentemente da eventual perda do mandato, a Câmara suspenda os pagamentos feitos a Lukas Paiva. Apesar de preso, ele já recebeu R$ 60.127,02 no período afastado dos trabalhos legislativos.

A Justiça decretou a segunda prisão do edil em dezembro de 2019. Ele ficou foragido até março deste ano, quando se apresentou à Polícia Civil na capital baiana. Confira a íntegra da matéria no site Ilhéus Comércio.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Paiva se entrega à polícia

O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus Lukas Paiva (PSB) se apresentou à polícia nesta terça-feira (28), informou há pouco o Blog do Gusmão. Acusado de ser um dos integrantes da quadrilha que desviou dinheiro público, o vereador estava foragido desde último dia 15, quando foi deflagrada a Operação Xavier (Chave E).

De acordo com a publicação, o parlamentar foi até a Delegacia da Mata Escura, em Salvador, e se apresentou ao delegado Jorge Figueiredo por volta das 15h40min de hoje. Lukas Paiva, que foi afastado do cargo, deverá ser transferido ainda nesta semana para Ilhéus.

Outro acusado de fazer parte do esquema de corrupção, o empresário Leandro Silva Santos, que também teve a prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal de Ilhéus, se apresentou à mesma delegacia que Lukas Paiva, nesta terça-feira .

Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a organização criminosa, da qual Paiva teria feito parte, desenvolvia “múltiplos esquemas de corrupção ao longo de sucessivas gestões na Casa Legislativa” e tinha o apoio de empresas de assessoria contábil e de licitações, contratadas para maquiar documentalmente a prática dos diversos ilícitos apurados.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Vereadores suplentes tomaram posse na tarde desta terça (21)

Três suplentes de vereadores assumiram mandato nesta terça (21) na Câmara de Ilhéus. Augustão (PSB), Gilmar Sodré (PP) e Reinaldo Oliveira, Zé Neguinho (PP) tomaram posse em lugar de Lukas Paiva (PSB), Tarcísio Paixão (PP) e Aldemir Almeida (PP). Lukas está foragido, Tarcísio foi preso e Aldemir permanece afastado do mandato.

Os três foram alcançados pela Operação Xavier (Chave E), deflagrada há uma semana pelo Ministério Público Estadual (MP-BA) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), acusados de participar de atos de corrupção na Câmara de Vereadores no período de 2011 a 2018, conforme investigações.

Augustão, Zé Neguinho e Gilmar tomaram posse após a Mesa Diretora se reunir na manhã de hoje e decidir pela assunção dos suplentes. Três servidores foram exonerados, a pedido, de acordo com a Assessoria de Comunicação do legislativo. Outras exonerações foram determinadas pelo presidente da Casa, César Porto (PDT), porém os nomes não foram divulgados. As ações, conforme a assessoria, seguem recomendações do MP-BA.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Tarcísio e Lukas Paiva são alvos de mandados de prisão preventiva

Dois dos alvos da Operação Chave E, os vereadores Lucas Paiva (PSB) e Tarcísio Paixão (PP), ex-presidentes da Câmara de Ilhéus, ainda não se entregaram à polícia e já são considerados foragidos. Desde ontem (15), os dois são procurados pela polícia e pelo Ministério Público Estadual (MP-BA) em ação que investiga sequência de crimes nas gestões de ambos na presidência do legislativo ilheense. Também estão foragidos Leandro da Silva Santos e Paulo Leal. Contra os quatro há mandados de prisão preventiva.

Nesta quarta, o MP e as polícias Rodoviária Federal (PRF) e Civil cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão na Operação Chave E. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Ilhéus, que também determinou o afastamento do vereador Aldemir Almeida (PP).

Até agora, foram presos o ex-vereador e secretário de Agricultura de Ilhéus, Valmir Freitas, e os empresários Aêdo Laranjeiras e Cleomir Santana, conduzidos para o Presídio Ariston Cardoso. Valmir Freitas foi afastado e, na sequência, exonerado do cargo de secretário pelo prefeito Mário Alexandre (Marão).

A Operação Chave E foi deflagrada após dois anos de investigações. Segundo o MP-BA, a “organização criminosa múltiplos esquemas de corrupção ao longo de sucessivas gestões na Casa Legislativa” e tinha o apoio de empresas de assessoria contábil e de licitações, contratadas para maquiar documentalmente a prática dos diversos ilícitos apurados.

Tempo de leitura: 2 minutos

Dorival de Freitas é homenageado dando nome a escola em Ilhéus

Lukas Paiva presta homenagem ao professor Dorival de Freitas || Foto Clodoaldo Ribeiro

Na tarde desta quarta-feira (19), a Câmara de Vereadores de Ilhéus aprovou, por unanimidade, o projeto de lei que muda o nome da Escola Municipal do Pontal para Escola Municipal Dorival de Freitas. A iniciativa é de autoria do vereador e presidente da Casa, Lukas Paiva (PSB).
Convidado para falar da trajetória do educador Dorival de Freitas, o advogado e professor Josevandro Nascimento relatou um pouco da rica história e do que representou Dorival para o município.
Dorival de Freitas iniciou no sacerdócio, lecionou na Universidade de Santa Cruz (Uesc) nas disciplinas de História da Filosofia e Deontologia, sendo um dos homens mais cultos que passaram pela história da Educação em Ilhéus.
“Além de ser membro da Academia de Letras de Ilhéus, tinha uma postura digna e caráter irrepreensível. Agradeço em nome de uma legião de professores pela justiça que a Câmara faz a esse que foi um dos maiores educadores de Ilhéus”, disse Josevandro. O projeto segue para o Executivo Municipal para avaliação e sanção do prefeito Mário Alexandre.
Dorival de Freitas faleceu em 28 de junho de 2016, aos 83 anos. Nascido em Santa Inês, chegou a Ilhéus quando ainda tinha um ano de idade. Com vocação para o sacerdócio, foi padre até os anos 60. Casou-se com Maria de Freitas, com quem teve três filhos.
Além de professor da Uesc e de escolas das redes estadual e municipal, o mestre também integrou a Academia de Letras de Ilhéus, dono da cadeira 11. Foi dos nomes da fundação da Faculdade de Filosofia, além da antiga Fespi, da qual originou-se a Uesc.
 

Tempo de leitura: < 1 minuto

Lukas Paiva não disputará vaga à Assembleia Legislativa

O vereador Lukas Paiva (PSB) dificilmente sairá candidato a deputado estadual, como querem líderes do DEM baiano, dentre eles ACM Neto. O presidente da Câmara de Ilhéus já não era tão simpático à ideia. Aí, veio o fechamento da “janela partidária” para vereadores por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reforçando argumentos de Lukas. Ele teria que disputar vaga à Assembleia Legislativa baiana pelo PSB, e não pelo DEM. Para completar, o PSB permanecerá na base do governador Rui Costa.
Por enquanto, o vereador pensa em fortalecer o projeto de disputar a Prefeitura de Ilhéus em 2020. O presidente pertence à base do prefeito Mário Alexandre (Marão), mas tem fortes críticas à gestão do médico. Lukas contará com o apoio do DEM para o seu projeto em 2020, para o qual poderá migrar no ano das eleições municipais, se mantida a legislação em vigor.

Tempo de leitura: 2 minutos

Lukas, de roupa clara, é entrevistado por Robertinho Scarpita e Marinho Santos (de boné).

Ilhéus começa a assistir à reprise de novela já rodada em Itabuna nesta semana. Vereadores insatisfeitos na relação com o prefeito começam a se rebelar. Ou, como diriam, fazer críticas construtivas. Em Itabuna, 13 vereadores revogaram decreto de aumento da passagem de ônibus. Na vizinha cidade, pelo menos um dos vereadores, Jerbson Moraes (PSD), do mesmo partido do prefeito, já cogita a possibilidade de colocar o decreto que reajustou a passagem para R$ 3,50.
Desde ontem (5), o presidente da Câmara de Ilhéus, Lukas Paiva (PSD), intensificou as críticas à gestão do prefeito Mário Alexandre (PSD). Com razão, bateu na qualidade de serviços como iluminação pública e coleta de lixo.
– Acho que desde o início do governo a cidade está com aspecto sujo, e a limpeza pública está deixando a desejar. Com a iluminação pública, a situação é igual – disse Lukas em entrevista ao Tropa de Elite, programa que vai ao ar na Rádio Bahiana.
Para Lukas Paixa, o governo de Marão precisa ouvir – e atender – mais os vereadores. “Sei que nem tudo pode ser atendido, sei das limitações do governo, mas o vereador é o político mais próximo do povo, e precisa ter suas reivindicações em prol do povo atendidas”.
Na cidade administrada pelo prefeito Fernando Gomes, a pedida dos vereadores era por mais cargos – pelo menos, a julgar pela fala do gestor. Quanto a Ilhéus, ainda não se tem claramente os motivos da rebeldia na base.

Tempo de leitura: 2 minutos
Lukas Paiva interessa aos planos do DEM em Ilhéus

A cúpula estadual do DEM busca no PSB um reforço de peso para o diretório ilheense e a disputa eleitoral de 2018. Além de flertar com o deputado federal Bebeto Galvão, a nova aposta democrata é o presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Lukas Paiva, também do PSB, partido da base do governador Rui Costa (PT).

Para tentar fisgar Lukas Paiva, a cúpula do DEM apresentou um plano ambicioso, com o vereador como candidato na corrida eleitoral de 2018 (sendo mais provável disputa por vaga à Câmara Federal como forma de também puxar o pedetista Cosme Araújo, pré-candidato à Assembleia Legislativa. O esforço democrata para atrair Bebeto ou Lukas Paiva é justamente para dar maior peso ao palanque de Neto, que hoje não possui nome representativo em Ilhéus.

Pelo que apurou o PIMENTA, a cúpula democrata precisa dar melhores garantias se quiser levar o jovem político. Paiva se sentiria mais à vontade onde está, apoiando Rui e na base do prefeito Mário Alexandre (PSD).

DEM EM ILHÉUS E ITABUNA

O DEM enfrenta baixa representatividade tanto no Diretório de Itabuna como no de Ilhéus, os dois mais populosos e principais municípios do sul da Bahia. Juntos, possuem mais de 285 mil eleitores, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em Itabuna, o partido de ACM Neto está sem nome de peso desde a desfiliação do prefeito Fernando Gomes. Neto tentou atrair Mangabeira, mas o médico disse não. Preferiu continuar no PDT, mas o apoiará em 2018.