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Marco Wense

Qualquer alteração só com as convenções partidárias, que acontecem no mês de junho, o início da propaganda eleitoral e os debates entre os candidatos.

Salvo algum acidente de percurso, o cenário eleitoral de Itabuna, até o mês de maio, com a sucessão do prefeito Azevedo (DEM), não vai sofrer nenhuma mudança significativa.
Qualquer pesquisa de intenção de votos vai apontar o atual chefe do Executivo e a petista Juçara Feitosa (ou Geraldo Simões) nas primeiras posições.
Se a consulta for encomendada pelo PT, Juçara Feitosa fica na dianteira. Se o contratante for o DEM, a ex-primeira dama fica atrás do democrata, ocupando a segunda colocação.
O vereador Vane do Renascer, pré-candidato pelo PRB, legenda sob o absoluto controle da Igreja Universal do Reino de Deus, vai continuar como o terceiro da fila.
Qualquer alteração só com as convenções partidárias, que acontecem no mês de junho, o início da propaganda eleitoral e os debates entre os candidatos.
SÓ PARA AS PIABINHAS
O deputado estadual Zé Neto, do PT do governador Jaques Wagner, é pré-candidato a prefeito na sucessão de Feira de Santana. Até aí nada de estranho.
O deputado federal Marcos Medrado, do PDT do saudoso Leonel de Moura Brizola, já declarou publicamente o seu apoio ao petista na eleição de 2012.
O atual prefeito de Feira é Tarzício Pimenta. O chefe do Executivo, ex-demista e carlista, agora neopedetista, vai disputar o segundo mandato (reeleição).
Marcos Medrado, de maneira desafiadora e escancarada, já disse que vai apoiar o petista Zé Neto. Se fosse um peixe miúdo, seria fisgado pelo comando estadual do PDT.
O anzol da fidelidade partidária só é acionado para fisgar as piabinhas. Não suporta o peso dos tubarões.
O VEREADOR E O PAI NOSSO

Alzimário "Gurita", o autor da lei.

O prefeito Newton Lima, da vizinha e irmã cidade de Ilhéus, sancionou a lei que obriga a reza do Pai Nosso em todas as escolas.
A iniciativa foi do vereador Alzimário Belmonte, que é do PP de Jabes Ribeiro, secretário estadual da legenda e candidatíssimo ao Palácio do Paranaguá.
O nobre edil deveria aproveitar o andar da carruagem e propor também que cada colega, ao adentrar na sede do Poder Legislativo, fizesse o seu “Pai Nosso”.
Um “Pai Nosso” de viva voz e repetido 100 vezes: “Prometo honrar o meu mandato e respeitar a coisa pública”.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.
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Marco Wense
Em priscas eras, como diria o jornalista Eduardo Anunciação, comentarista do Diário Bahia, a oposição ao então prefeito Ubaldo Dantas criou o “Clube dos Ex-Aliados de Ubaldo”.
Agora, alguns ubaldistas, filiados ao PMDB, estão pensando em um movimento denominado de CEAGS, que é o Clube dos Ex-Aliados de Geraldo Simões.
Moacyr Smith Lima, atual diretor administrativo da Câmara de Vereadores de Itabuna, é o mais cotado para assumir a presidência do CEAGS. O agora comunista Carlinhos Cardoso, recém-filiado ao PCdoB, foi convidado para o cargo de secretário.
TERCEIRA VIA
A ideia de que o representante da terceira via saia de um acordo entre os prefeituráveis Vane do Renascer, Leninha Duarte, Ronald Kalid e Acácia Pinho começa a ganhar adeptos.
Quem estivesse na frente nas pesquisas de intenção de voto, até o mês de março de 2012, seria o escolhido para a disputa da cobiçada prefeitura de Itabuna.
O problema é que atrás de um possível acordo, com o segundo colocado sendo o candidato a vice-prefeito, tem os interesses daqueles que se acham dono dos partidos.
ROBERTO BARBOSA
O presidente do Partido Progressista (PP) de Itabuna, o empresário Roberto Barbosa, mais conhecido como Roberto Minas Aço, é mais um prefeiturável de 2012.
Se fosse politicamente bem articulado, com um discurso inovador, poderia aglutinar importantes apoios em torno da sua candidatura, como, por exemplo, o do ex-prefeito Fernando Gomes.
Falta a Roberto Barbosa, o que não pode faltar em nenhuma cozinha: o sal. O saudoso Edson Cordier, o inesquecível Zito Tintas, dizia que o sal era o “rei dos temperos”.
AUDIÊNCIA
O bom programa Alô Cidade, na TV Itabuna, conduzido pelo jornalista Paulo Lima, vem agradando a gregos e troianos. O Paulo Índio, como é carinhosamente conhecido, vem dando um show de competência.
Aos sábados, pela manhã, o Alô Cidade se torna imperdível com o trio Paulo Lima, Juvenal Maynard e Ruy Correa entrevistando as autoridades e os pré-candidatos a prefeito de Itabuna.
Neste sábado, a entrevista é com a professora Acácia Pinho, prefeiturável do Partido Democrático Trabalhista, o PDT do saudoso Leonel de Moura Brizola.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense

A esperança de Azevedo e de Geraldo é o mandonismo que impera na cúpula estadual das legendas.

Se os diretórios municipais tivessem autonomia para decidir sobre coligações e candidatos, os partidos seriam classificados em dois blocos: o de apoio ao prefeito de plantão e o de oposição.
Não é assim. Os blocos são formados por legendas governistas e oposicionistas em relação ao governo estadual. A vontade tupiniquim é triturada pela cúpula dos partidos.
Os senhores dirigentes partidários ficam aborrecidos, tiriricas da vida, com os comentários de que eles não decidem nada. É o manda quem pode, obedece quem tem juízo.
As coligações interioranas, independente do tamanho e da importância do município, estão hierarquicamente subordinadas aos interesses das lideranças que controlam as legendas.
A manchete do jornal Agora, do último fim de semana – “Azevedo rompe com o PP e adota o PTB como aliado” –, é a prova inconteste de que o comando estadual dos partidos vai interferir na eleição de 2012.
A orientação, ou melhor, a ordem de rompimento partiu da cúpula do DEM. O PP, que tem como secretário-geral Jabes Ribeiro, ex-prefeito de Ilhéus, integra a base aliada do governo Wagner (PT).
Neste quesito, quando os interesses lá de cima estão sendo contrariados, todos os partidos são iguais. São farinhas do mesmo saco ou bananas do mesmo cacho.
O prefeito José Nilton Azevedo, por exemplo, ainda acredita em uma coligação do DEM com o PMDB de Renato Costa e dos prefeituráveis João Xavier, Leninha Duarte, Juvenal Maynart e Ruy Correa.

Capitão Azevedo (DEM)

A esperança do chefe do Executivo, eleito pelo DEM, depois de derrotar a petista Juçara Feitosa com uma frente de mais de 12 mil votos, tem consistência. Não pode ser menosprezada.
O apoio do DEM ao radialista Mário Kertész na sucessão de Salvador, com o deputado ACM Neto desistindo da pré-candidatura, pode jogar o PMDB de Itabuna no colo do prefeito Azevedo.
Saltam aos olhos – e não precisam ser tão grandes como os da coruja – que entre uma candidatura própria do PMDB e a conquista do Palácio Thomé de Souza, os irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima ficam com a segunda opção.
Esse mandonismo da cúpula estadual pode também beneficiar o PT, já que o deputado Geraldo Simões aposta em uma coligação com o PSB, PDT, PCdoB, PV, PRB e PP em torno da ex-primeira dama Juçara Feitosa.
Os democratas, tendo na linha de frente a incansável Maria Alice, que preside o DEM de Itabuna, sonham com uma composição com o PSDB, PR, PTB, PPS, PTN e PMDB.
Uma coisa é certa: sem mostrar qualquer perspectiva de vitória, nenhum prefeiturável, seja do bloco governista ou de oposição ao governo Wagner, será candidato na eleição de 2012.
As exceções ficam por conta de quem não tem nada a perder no processo sucessório: os radicais candidatos do PSTU e do PSOL com suas metralhadoras giratórias.

CASTRO VERSUS ADERVAN

O deputado estadual do PSDB, Augusto Castro, além de cometer uma ingratidão inominável com José Adervan, compra uma briga desnecessária com o presidente do diretório municipal.
Adervan defende candidatura própria com o arquiteto Ronald Kalid. O parlamentar quer o apoio da legenda para a reeleição do prefeito José Nilton Azevedo (DEM).
Augusto sabe que o caminho natural do PSDB de Itabuna é não ter candidato próprio. Não precisa lançar mão da pirraça para agradar o prefeito de plantão.
Vale lembrar que Castro, quando lançou sua candidatura à Assembleia Legislativa, teve as páginas do Jornal Agora como uma espécie de cabo eleitoral sofisticado e não-remunerado da sua campanha.
Dois bicudos não se beijam, mas se bicam. O coitado do tucano, símbolo do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), vai terminar todo depenado.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Em lugar de Professor Boy, professora Acácia Pinho no comando da comissão provisória do PDT itabunense. Essa foi a decisão vinda de Salvador e tomada pelo deputado federal Félix Mendonça Jr. Ex-secretária de Administração de Itabuna e ex-candidata a vice-prefeita, Acácia é a aposta do PDT para 2012, conforme o Agoranarede.net.
Acácia assumiu a presidência do PDT ontem e compõe a comissão provisória com o professor Boy, Marcelo Cafuringa, Marcos Wense e a advogada Jurandyr de Oliveira Lima.
O partido terá que, antes, regularizar pendências para poder entrar na disputa eleitoral de 2012, segundo o Agora. O foco, além da prefeitura, é a Câmara de Vereadores, onde pretende fazer, pelo menos, dois nomes. Em 2012, serão 21 cadeiras em disputa no legislativo municipal.

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O PDT decidiu buscar em Salvador a solução para reorganizar o partido em Itabuna. O deputado federal Félix Jr. escolheu o professor Elenilson Doto, o Professor Boy, para presidir a comissão provisória da legenda brizolista no município sulbaiano. “Boy” é professor de química do colégio e curso Galileu, mas reside na capital baiana.
“O partido volta às suas raízes e terá um perfil mais ligado à educação, resgatando uma marca dos tempos de Leonel Brizola, deixando as “raposas” de lado”, assinala o empresário e articulista Marco Wense, que também participará da empreitada de reorganizar o PDT em Itabuna.
Wense está empolgado, a ponto de defender que o PDT tenha candidatura própria em 2012 para disputar a sucessão do prefeito Capitão Azevedo (DEM). O nome pode sair de um grupo de médicos com quem o deputado Félix Jr. vem conversando.
Há três meses, o deputado estadual Roberto Carlos esteve em Itabuna e convidou o médico oncologista Antônio Mangabeira para filiar-se ao partido e disputar a prefeitura. Mangabeira ficou de avaliar (relembre aqui).

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Marco Wense

Raimundo Vieira, sem dúvida o fernandista dos fernandistas, o fernandista-mor, é o grande responsável pelo namoro político entre os ex-prefeitos.

O ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes de Oliveira, que já governou a cidade por quatro vezes, é a “noiva” mais cobiçada da sucessão de 2012.
O ex-patinho feio da política tupiniquim pode até escolher o noivo que achar mais interessante e atraente. Tem três opções: 1) Um magrinho de nariz alongado. 2) Um moreno com cabelos brancos. 3) Um jovem comunista.
E por falar na inusitada aproximação entre GS e FG, o aposentado marinheiro Raimundo Vieira tem uma difícil missão: uma audiência de Fernando Gomes com o governador Jaques Wagner.
Raimundo Vieira, sem dúvida o fernandista dos fernandistas, o fernandista-mor, é o grande responsável pelo namoro político entre os ex-prefeitos.

UFESBA

O vereador Wenceslau Júnior, do PCdoB, tem razão quando diz que a luta por uma universidade federal no sul da Bahia vem desde os tempos da política estudantil.
É óbvio que o parlamentar se refere a então Fespi, hoje Universidade Estadual de Santa Cruz, quando o edil participava do movimento pelo ensino público.
É bom lembrar que a turma do Partido Democrático Trabalhista, o PDT do saudoso Leonel Brizola, autor da famosa frase “A educação é a prioridade das prioridades”, também marcou presença em todas as reivindicações.
Na época, este modesto comentarista político, até hoje filiado ao PDT – meu primeiro e único partido –, exercia o cargo de presidente do Diretório Acadêmico de Direito, o DA de Direito.
Marco Wense é articulista da Contudo.

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Marco Wense

Ninguém duvida que a primeira posição seja do PT, com o deputado Geraldo Simões ou Juçara Feitosa.

O disse-me-disse das pesquisas de intenção de voto, cada vez mais intenso na medida em que o ano eleitoral (2012) se aproxima, vai continuar.
Os boateiros de plantão, de todas as agremiações partidárias, a maioria remunerada pelos respectivos pré-candidatos a prefeito de Itabuna, não perdem tempo.
Todo fim de semana, começando na sexta-feira, tem, no mínimo, quatro pesquisas sobre a sucessão municipal: fulano na frente, beltrano logo atrás, cicrano em terceiro e deltrano como último colocado.
Não há nenhum problema com o fulano. Ninguém duvida que a primeira posição seja do PT, com o deputado Geraldo Simões ou Juçara Feitosa.
Outro ponto inquestionável é a diferença entre fulano e beltrano. Quando fulano é Geraldo Simões, beltrano fica mais distante. Quando é Juçara Feitosa, o segundo colocado fica mais perto.
O pessoal do prefeito Azevedo espalha que o chefe do Executivo é o beltrano. Discordando dos azevistas, a turma de Fernando Gomes diz que a segunda colocação é do ex-alcaide.
Os meninos do PCdoB, agora com o reforço do ex-petista e ex-geraldista Carlinhos Cardoso, apostam que um deles – Sena, Wenceslau ou Davidson Magalhães – é o beltrano.
Marilene Duarte (a Leninha da Autoescola), o vereador Claudevane Leite (o Vane do Renascer) e Roberto Barbosa (o Roberto Minas Aço) seriam os “deltranos” da sucessão municipal. Os últimos da fila.
Somente uma pesquisa séria, registrada na justiça eleitoral, realizada por uma empresa de reconhecida credibilidade, pode acabar com o disse-me-disse inerente ao processo político.
Marco Wense é articulista da Contudo.

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Marco Wense

O PCdoB não terá mais candidato próprio na sucessão do prefeito Azevedo.

Salvo algum acidente de percurso, o candidato do PT à sucessão municipal de 2012 é o deputado federal Geraldo Simões, ex-prefeito de Itabuna por dois mandatos.
Depois de uma avaliação eminentemente política, ficou a conclusão de que a pré-candidatura de Juçara Feitosa criaria problemas com os partidos da base aliada do governo Wagner.
Com Geraldo Simões, o governador Jaques Wagner vai entrar na campanha de maneira incisiva, principalmente em relação ao apoio das legendas aliadas.
A opção Geraldo Simões, além de por fim na discussão sobre a imposição do nome da ex-primeira dama, freia a intenção do PCdoB de lançar candidatura própria.
Com Geraldo candidato, os “meninos” do PCdoB vão conseguir tudo que desejam: Ciretran, vaga no Parlamento estadual para Wenceslau Júnior e a permanência de Davidson Magalhães na Bahiagás.
Com Geraldo candidato, o vereador Claudevane Leite, o Vane do Renascer, deixa o pesadelo de ser o candidato do PT na sucessão do prefeito Azevedo e vai atrás da sua reeleição.
A candidatura de Geraldo Simões muda todo o cenário eleitoral. Recente pesquisa de intenção de voto aponta Geraldo na frente, em uma posição confortável em relação ao segundo colocado.
Os favoritos na eleição municipal de 2012, sem dúvida o prefeito Azevedo (DEM-reeleição) e o deputado Geraldo Simões (PT), sabem da importância de uma boa coligação no processo sucessório.
O petista corre atrás dos partidos que compõem a base de sustentação política do governo Wagner, principalmente o PCdoB, PSB, PDT e o PP. O demista busca o importante apoio do PSDB, PPS, PR, PV e do PTN.
Pela frente, o PMDB com seu invejável tempo no horário eleitoral. O partido vai ficar com quem? O PMDB de Itabuna é uma democrática mistura de fernandistas, geraldistas, azevistas, ubaldistas e renatistas.
E por falar no PMDB, a legenda ainda conta com a irreverência, conhecimento, sabedoria e a polemicidade dos inquietos Juvenal Maynart e Ruy Correa.
Marco Wense é articulista da Contudo.

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Marco Wense

Quando alguém perguntava a Paulo Souto, então candidato ao Palácio de Ondina, se o prefeito Azevedo iria votar nele, o ex-governador respondia com um “sei lá”.

Agora é ponto final. As interrogações, aspas, reticências sobre o futuro político do prefeito José Nilton Azevedo devem desaparecer.
O chefe do Executivo sabe que não pode mais ficar indeciso, como aconteceu na sucessão estadual, deixando toda a cúpula do DEM irritadíssima.
Quando alguém perguntava a Paulo Souto, então candidato ao Palácio de Ondina, se o prefeito Azevedo iria votar nele, o ex-governador respondia com um “sei lá”.
Azevedo não pode mais vacilar, sob pena de dificultar ainda mais sua pretensão de governar Itabuna pela segunda vez, empatando com o petista Geraldo Simões.
Pelo DEM vai buscar sua reeleição ou o fracasso eleitoral. Não pode prescindir de uma coordenação política tendo na linha de frente Maria Alice, presidente do Partido do Democratas.
Maria Alice, merecidamente mantida no comando do DEM, já deu provas suficientes de que sua ligação política com o ex-prefeito Fernando Gomes, hoje no PMDB, é coisa do passado

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Marco Wense

Geraldo aposta na interferência do governador Wagner, unindo os partidos em torno da candidatura de Juçara.

A reeleição do prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo, eleito pelo DEM, ex-Partido da Frente Liberal (PFL), continua complicada, mas não tão difícil como parecia ser.
Pessoas bem próximas do chefe do Executivo, como também adversários políticos, alguns até prefeituráveis, já admitem que o governo demista, quando comparado ao que era antes, teve uma razoável melhora.
Os azevistas, principalmente os mais eufóricos, acham que a posição de primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto é só uma questão de tempo.
O outro lado, o da oposição, tendo na linha de frente o Partido dos Trabalhadores (PT), acredita que tudo não passa de um oba-oba da assessoria de comunicação do alcaide.
Enveredando para o lado eminentemente político, o racha na oposição, especificamente entre o PT e o PCdoB, é outro ponto que alimenta a confiança do azevismo na reeleição.
O deputado Geraldo Simões aposta na interferência do governador Jaques Wagner. Para o ex-prefeito, Wagner vai unir todos os partidos da base aliada em torno da candidatura da ex-primeira dama Juçara Feitosa.
Situacionistas e oposicionistas fazem o que é inerente ao processo político. Ou seja, espalham otimismo. Uma coisa é certa: o prefeito Azevedo não é mais, como diziam alguns petistas, “cachorro morto”.
O “já ganhou”, menosprezando e subestimando o adversário, é o pior caminho para chegar ao poder.
AZEVEDO, SANTANA E CASTRO
Mais cedo ou mais tarde, o prefeito de Itabuna vai ter que encarar, olho no olho, os deputados estaduais Augusto Castro (PSDB) e o coronel Santana (PTN).
Perguntar para os senhores parlamentares, que têm cargos importantes no governo, se eles vão ou não apoiar sua reeleição, sob pena de ter uma desagradável surpresa na sucessão municipal.
Augusto Castro, além das críticas que faz ao governo demista, diz que “a cidade anseia por renovação política”. O coronel Santana, por sua vez, pede respeito aos correligionários mais próximos do chefe do Executivo.
Se o prefeito estivesse em uma posição confortável nas pesquisas eleitorais, não necessariamente na frente de Juçara Feitosa, os deputados estariam se engalfinhando para indicar o candidato a vice na chapa majoritária.
Castro e Santana, que vêm fazendo um bom trabalho na Assembleia Legislativa, só querem usufruir das coisas boas que acontecem no governo.
Marco Wense é articulista da revista Contudo.

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Marco Wense

O caminho para a formação de uma boa coligação é complicado. As legendas da base aliada do governo Wagner estão descartadas.

O arquiteto Ronald Kalid, ex-secretário municipal de Viação e Obras do então governo Ubaldo Dantas, é um bom nome para a sucessão do prefeito José Nilton Azevedo (DEM).
Não há nenhuma voz que ponha em dúvida a capacidade, honestidade e, principalmente, a sua coerência diante do emaranhado jogo político, onde o interesse pessoal prevalece sobre o público.
Ronald Kalid, em que pese o apoio incansável e entusiasmado de José Adervan, presidente do PSDB de Itabuna, tem inúmeros obstáculos, alguns até intransponíveis.
O primeiro entrave é a cúpula estadual do tucanato, ainda indecisa sobre o lançamento de candidatura própria na disputa pelo cobiçado Centro Administrativo Firmino Alves.
O caminho para a formação de uma boa coligação é complicado. As legendas da base aliada do governo Wagner estão descartadas. As que fazem posição – DEM, PPS, PR e o PMDB – não vão se juntar ao PSDB.
O DEM de Maria Alice, se não houver nenhuma surpresa, deve apoiar a reeleição do prefeito Azevedo. O PPS é uma gigantesca interrogação. O PR do vereador Roberto de Souza quer distância do PSDB de Adervan. O PMDB de Renato Costa quer Ubaldo Dantas como candidato.
É evidente que os diretórios municipais não têm autonomia para uma decisão definitiva. Os partidos vivem sob a batuta autoritária do comando estadual. É o manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Para complicar, ainda tem o deputado tucano Augusto Castro contrário a qualquer iniciativa de candidatura própria pelo PSDB, já que é aliado do prefeito Azevedo.
Como não bastassem todas essas dificuldades, o prefeiturável Ronald Kalik tem pela frente a opinião dos amigos que acham sua candidatura uma loucura de Adervan.
PS – A “loucura” de Adervan lembra a dos ceplaqueanos quando lançaram Geraldo Simões na disputa pela prefeitura de Itabuna. Deu no que deu: o petista virou chefe do Executivo por dois mandatos.
UBALDO DANTAS
O comando estadual do PMDB, tendo a frente o deputado Lúcio Vieira Lima, presidente estadual da legenda, vai conversar com o ex-prefeito Ubaldo Dantas sobre a sucessão municipal.
Lúcio, irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, gostou da lembrança do nome de Ubaldo para a disputa da prefeitura de Itabuna na eleição de 2012.
O nome de Ubaldo causou um rebuliço no processo sucessório. Para muitos, a candidatura de Ubaldo elimina qualquer chance de vitória do PT, seja com Juçara Feitosa ou Geraldo Simões.
Marco Wense é articulista da Contudo.

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Marco Wense
O governador Jaques Wagner não vai deixar o processo sucessório correr de acordo com a vontade e o interesse das lideranças políticas locais.
Em Itabuna, por exemplo, o mandatário-mor da Bahia pretende ter uma conversa definitiva com o deputado Geraldo Simões, que insiste na candidatura de Juçara Feitosa.

Wagner quer Geraldo Simões como o candidato do PT na sucessão do prefeito Azevedo. O otimismo de Geraldo com o nome da ex-primeira dama é impressionante.

Geraldo é um dos poucos petistas que acreditam na vitória de Juçara Feitosa.
PDT
O Partido Democrático Trabalhista, do inesquecível Leonel de Moura Brizola, continua na mesma: sem sede, sem telefone, sem reunião, sem comando, sem nada.
O deputado federal Félix Mendonça Júnior, eleito pela legenda com uma razoável votação em Itabuna, precisa tomar alguma atitude, sob pena do PDT virar um partidozinho sem nenhuma importância na sucessão municipal.
E por falar no PDT, vou colocar o meu nome como mais uma opção do partido para a disputa do Centro Administrativo Firmino Alves.
Marco Wense é articulista da Contudo.

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Marco Wense

ACM Neto, que é forte pré-candidato ao Palácio Thomé de Souza na sucessão do prefeito João Henrique (PP), diz que não é mais candidato a deputado federal.

O deputado federal ACM Neto, sem dúvida um bom parlamentar, estava tramando sua saída do DEM para o PSDB. O avalista seria o ex-governador de Minas, o tucano Aécio Neves.

A cúpula do DEM, sabendo que a perda de ACM Neto seria um desastre para a legenda, tratou logo de prestigiar o baiano e indicá-lo para a liderança do partido na Câmara dos Deputados.

Agora, ACM Neto, que é forte pré-candidato ao Palácio Thomé de Souza na sucessão do prefeito João Henrique (PP), diz que não é mais candidato a deputado federal.

ACM Neto, dizendo que não quer mais disputar uma re-re-releição para o parlamento, procura evitar uma revoada de democratas para o Partido Social Democrático, o PSD.

Os democratas, principalmente os deputados federais, de olho no espólio carlista, nos eleitores de ACM Neto, permaneceriam no DEM.

PSB E CONSISTÊNCIA

O Partido Socialista Brasileiro, do saudoso Miguel Arraes, nordestino retado de bom, corre o risco de virar uma agremiação partidária totalmente desfigurada.

O PSB, hoje sob o comando nacional de Eduardo Campos, governador de Pernambuco, se não abrir os olhos, vai perder toda consistência programática e ideológica.

Com a criação do Partido Democrático Brasileiro (PDB), tendo à frente o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), muitos políticos vão se filiar ao novo lero-lero do prostituído sistema eleitoral.

Não existe nenhuma restrição para se filiar ao PDB. Todo tipo de político é bem vindo. Não interessa se é ficha suja ou não, se for bom de voto é político bom.

Depois de formalmente criado, o PDB vai se fundir ao PSB. O PSB vai ser a nova casa de todos os ex-filiados do PDB. A pombinha, símbolo do socialismo, vai se transformar em um “pombão”.

O PSB não pode perder sua identidade, sob pena de virar um simulacro de socialismo.

COLIGAÇÕES

Se tudo caminhasse na direção do entendimento, com uma disputa entre a petista Juçara Feitosa e o demista Azevedo, duas coligações seriam formadas.

Ou seja, PT/PCdoB/PSB/PDT/PP versus DEM/PSDB/PPS/PMDB/PR. Com óculos ou sem óculos, como diria o jornalista Eduardo Anunciação, o sonho de todos os dias do deputado Geraldo Simões.

Marco Wense é articulista da Contudo.

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Marco Wense

Não lançando candidato próprio, o PMDB não se coliga com o PT de Geraldo. Renato Costa não cansa de dizer que o petista é um “inadimplente da palavra”.

O médico Renato Borges da Costa, presidente do PMDB de Itabuna, já defende o lançamento de candidatura própria na sucessão do prefeito Azevedo (DEM).

Renato Costa, ex-deputado estadual, eleito o melhor parlamentar da Casa Legislativa, não tinha feito nenhuma referência a uma candidatura do PMDB.

Renato Costa, que já foi adversário político e crítico feroz do ex-ministro Geddel Vieira, parecia conformado com a coadjuvante posição do PMDB na sucessão de 2012.

O PMDB estava mais do que satisfeito com a indicação do candidato a vice-prefeito, principalmente em uma chapa encabeçada por Davidson Magalhães (PCdoB).

Renato Costa, em tempo hábil, mudou de comportamento, segue outro caminho. Não sei se por ato próprio ou sob pressão do comando estadual da legenda.

E quem seria o candidato do PMDB para disputar o cobiçado Centro Administrativo Firmino Alves? O nome mais forte é o do ex-prefeito Fernando Gomes.

Será que o PMDB tem alguma surpresa para o traiçoeiro e movediço jogo sucessório? O partido teria filiado alguém com viabilidade eleitoral para enfrentar a petista Juçara Feitosa e o demista Azevedo?

Uma coisa é certa: não lançando candidato próprio, o PMDB não se coliga com o PT de Geraldo Simões. Renato Costa não cansa de dizer que o petista é um “inadimplente da palavra”.

GERALDO E OS “ALIADOS”

O mínimo que se pode dizer de Geraldo Simões, na entrevista que concedeu ao conceituado blog Pimenta na Muqueca (reveja aqui), é que o deputado foi infeliz.

Membros do diretório do PT de Itabuna não gostaram do desdém e do deboche do ex-prefeito com o PCdoB. Acharam que Geraldo foi além da conta, dificultando mais ainda uma possível aliança com os comunistas na sucessão de 2012.

O que “minha pedinha” diria da candidatura de Marco Wense pelo PDT? Daria uma sonora risada. Igual a que muitos deram quando o então sindicalista saiu candidato pela primeira vez.

Enquanto o governador Jaques Wagner se esforça para unir os partidos aliados, Geraldo Simões faz o caminho inverso.

Marco Wense é articulista da Contudo.

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Marco Wense

O PMDB leva sozinho a fama de “danadinho”, como se fosse o único partido fisiológico e abarrotado de corruptos.

O PMDB, depois de mostrar que é fiel nas votações de interesse do governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional, vai cobrar a fatura.

Para não cometer uma injustiça com a legenda do saudoso Ulysses Guimarães, é bom dizer que todos os partidos são pragmáticos e adeptos do toma-lá-dá-cá.

O rompimento político por discordância ideológica (ou programática) é coisa do passado. É caretice. Coisa de babaca e Zé Mané. De político de um só mandato.

O PMDB leva sozinho a fama de “danadinho”, como se fosse o único partido fisiológico e abarrotado de corruptos. O patinho feio do sistema eleitoral.

O grande teste do toma-lá-dá-cá, quando o peemedebismo espera a contrapartida do Palácio do Planalto, é a votação da PEC do Vice no Senado e na Câmara dos Deputados.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a Proposta de Emenda Constitucional que impede o vice-presidente de suceder o presidente da República em caso de vacância do cargo.

A PEC enfraquece a figura do vice. E o vice de Dilma é Michel Temer, presidente nacional do PMDB. Pela proposta, o vice seria apenas o substituto temporário do titular.

Com a impossibilidade do presidente da República – por morte, doença gravíssima ou impeachment – novas eleições seriam convocadas em 90 dias.

O próprio relator da PEC, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), admite a perda de prestígio do vice-presidente: “A intenção é essa mesma, é para enfraquecer mesmo o vice e para ter sempre um presidente eleito”.

A PEC, que ainda precisa ser votada no plenário do Senado antes de ir para a Câmara, pode causar o mais grave confronto entre petistas e peemedebistas.

O PMDB não vai permitir que Michel Temer seja um vice-presidente da República sem nenhuma chance de suceder Dilma Rousseff.

UBALDO DANTAS

O ex-prefeito de Itabuna, Ubaldo Dantas, até hoje considerado como o melhor gestor que já passou pelo Centro Administrativo, vem sendo sondado para disputar a sucessão do Capitão Azevedo (DEM).

Ubaldo, que é filiado ao PMDB do médico Renato Costa, não quer nem ouvir falar na palavra prefeiturável. Descarta, veementemente, qualquer possibilidade de retornar ao cenário político.

PDT

O bom gaúcho Alexandre Brust, presidente estadual do PDT, precisa tomar algumas providências em relação ao partido em Itabuna.

A ala histórica da legenda brizolista, que votou em Dilma Rousseff e na reeleição do governador Jaques Wagner, está a ver navios. O outro PDT ficou com o tucano José Serra e o demista Paulo Souto.

O PDT não faz reunião e, o que é o pior, ninguém sabe quem é quem na legenda. O partido se encontra acéfalo, totalmente perdido e sem nenhum projeto para a sucessão municipal de 2012.

O PDT carlista e atucanado, que continua no governo do prefeito José Nilton Azevedo (DEM), é chamado de “PDT do Paraguai”.

Marco Wense é articulista da revista Contudo.