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Preço mínimo pode assegurar melhor cotação para cacau.

A baixa cotação do cacau no mercado interno levou Conab, Ceplac e produtores a discutir a garantia de um preço mínimo para o produto. A proposta ainda será formatada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, posteriormente, entregue aos ministérios da Agricultura e da Fazenda.

A intenção é evitar maiores perdas para os produtores que, hoje, pagam, na média, R$ 10,00 a mais a cada arroba comercializada. Ontem, 9, a arroba do cacau era cotada a R$ 65,00, mas o produtor paga até R$ 78,00 para colher, secar e pôr o produto à venda.

O economista Antônio Zugaib, da Ceplac, vai abordar os custos de produção no III Congresso Brasileiro de Cacau, evento que começa amanhã, 11, às 19h, em Ilhéus. Com o preço mínimo, a ideia é garantir ao produtor a remuneração da atividade. O desafio enfrentado é mostrar que a amêndoa de cacau é cotada em bolsa de valores, mas os produtores amargam prejuízos por anos seguidos.

Juvenal cita “retorno” do cacau à mídia.

Responsável pela commodity cacau na Conab, Mario Cézar Luz Ferreira acrescenta a concorrência externa. Nos países africanos, por exemplo, não há preocupação ambiental nem com a remuneração dos trabalhadores, o que torna a relação, no entendimento de Mario Cézar, injusta com os cacauicultores brasileiros.

Superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart vê essa discussão como parte “de um contexto maior” em que o cacau volta a ter importância na mídia e a produtividade chega até a superar o período anterior à vassoura-de-bruxa, que dizimou a lavoura sul-baiana. “É um processo positivo e isso, sem dúvida, é reflexo da atuação da Ceplac”, disse.