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A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (30), o projeto de lei sobre o marco temporal da ocupação de terras por povos indígenas (PL 490/07). A proposta será enviada ao Senado. O texto é de interesse do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e da bancada ruralista.

O projeto restringe a demarcação de terras indígenas àquelas já tradicionalmente ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da nova Constituição federal. O relator do projeto foi deputado baiano Arthur Maia (União). Veja no final do texto os parlamentares baianos que votaram pela aprovação do projeto.

Segundo o texto, para serem consideradas terras ocupadas tradicionalmente, deverá ser comprovado objetivamente que elas, na data de promulgação da Constituição, eram ao mesmo tempo habitadas em caráter permanente, usadas para atividades produtivas e necessárias à preservação dos recursos ambientais e à reprodução física e cultural.

Dessa forma, se a comunidade indígena não ocupava determinado território antes desse marco temporal, independentemente da causa, a terra não poderá ser reconhecida como tradicionalmente ocupada.

A partir do projeto, fica permitido aos povos indígenas o exercício de atividades econômicas por eles próprios ou por terceiros não indígenas contratados.

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Ministro Fachin manda investigar mais de oitenta políticos.
Ministro Fachin manda investigar mais de oitenta políticos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Lava Jato, determinou a abertura de inquérito contra nove ministros do Governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, além de três governadores. Dentre os parlamentares, estão a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) e vários deputados baianos. A abertura de inquérito visa investigar casos de corrupção nos quais os parlamentares foram citados por 40 delatores da Lava Jato.

Além da senadora Lídice da Mata, integram a lista os deputados federais baianos Antônio Brito (PSD), Arthur Maia (PPS), Cacá Leão (PP), João Carlos Bacelar (PR), José Carlos Aleluia (DEM), Daniel Almeida (PCdoB), Lúcio Vieira Lima (PMDB), Mário Negromonte Jr. (PP), Nelson Pellegrino (PT) e Jutahy Júnior (PSDB).

Segundo o Estadão, que divulgou a Lista de Fachin, os governadores Tião Viana, do Acre, Renan Filho, de Alagoas, e Robinson Farias, do Rio Grande do Norte, também serão investigados.

A lista ainda tem nove ministros do Governo Temer e um ministro do TCU. Os ministros de Temer são Eliseu Padilha (Casa Civil-PMDB), Blairo Maggi (Agricultura-PP), Aloysio Nunes (Relações Exteriores-PSDB), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia-PSD), Helder Barbalho (Integração Nacional-PMDB), Roberto Freire (Cultura-PPS), Marcos Pereira (Indústria e Comércio-PRB), Bruno Araújo (Cidades-PSDB) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência-PMDB).

TEMER 

Citado por várias vezes em delações como a de executivos da Odebrecht, o presidente da República, Michel Temer, não será investigado por causa da sua imunidade temporária. A investigação contra um presidente somente pode ocorrer por fatos que tenham relação com o período em que estiver à frente do comando da Nação.