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O Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos de Ilhéus (Sinsepi) encaminhou ofício ao auditor da Controladoria Geral da União, André Dantas, pedindo que a ex-secretária Municipal de Saúde, Marleide Figueiredo, preste esclarecimentos sobre as declarações que foram feitas, na terça-feira, em sessão na Câmara de Vereadores.
Para o Sinsepi, a ex-secretária tem muito a falar sobre a crise que há  meses se abateu na saúde, com salários atrasando até 20 dias e funcionários em estado de greve.
O sindicalista Luiz Cláudio Machado, o Lu, afirma, em ofício à CGU, que Marleide Figueiredo admitiu que em dezembro do ano passado antecipou, com autorização do prefeito Newton Lima, verbas federais para pagamento de 13º, mas desde aquela época há problemas graves na pasta. Para ele, a ex-secretária tem muito a contar para os auditores.

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-Dívida com fornecedores era de R$ 4,8 milhões

– Ex-secretária pode substituir Vieira em Itabuna

Rabat rompeu silêncio na Câmara.

Três meses depois de assumir o cargo e ter radiografia completa do caos encontrado, o secretário de Saúde de Ilhéus, Antônio Carlos Rabat, abriu o verbo em sessão na Câmara de Vereadores, hoje, ao atender a um convite do legislativo.

Rabat classificou de “temerária” a gestão da sua antecesssora Marleide Figueiredo. O secretário evitou falar a palavra “rombo”, mas disse que assumiu a secretário com uma dívida de R$ 4,8 milhões com fornecedores de suprimentos, que, devido ao calote, pediram cancelamento de contrato.

De acordo com o titular da Pasta da Saúde, “caiu significativamente a quantidade de empresas que entram nos pregões para atender a demanda da secretaria”.

O médico disse não se sentir responsável pelo fato da saúde de Ilhéus ter sido a campeão de insatisfações em pesquisa encomendada pela prefeitura. “Estou muito à vontade [em relação à pesquisa], porque foi o que encontrei lá”.

PEPINOS DA MARLEIDE

E enumerou os pepinos deixados pela secretária Marleide Figueiredo: “frota destruída, com 17 carros em estado irrecuperável, postos de saúde em péssimas condições de funcionamento e estrutura do PSF comprometida e quadro de carência de profissionais”. Da dívida encontrada, o secretário disse já ter pago R$ 2,5 milhões.

Num tom mais emocional, o “Descascador de Pepinos” afirmou que bem poderia ter ficado no seu consultório, mas preferiu outro caminho: tentar melhorar os índices que encontrou. “Não tenho medo de trabalho. O que preciso é de tempo e confiança da população”, disse, sendo aplaudido por médicos e demais servidores da Saúde.

O discurso de Rabat foi considerado chave para trabalhar com tranquilidade a partir de agora. E deixou isso claro na sabatina no legislativo ilheense. “Não posso ser atingido por uma gestão que está há apenas três meses. Em dezembro, se [a saúde] continuar no mesmo, quem pede pra sair sou eu”.

A estratégia adotada por Rabat “encheu os olhos” do governo e causou incômodo no presidente da Câmara de Vereadores, Jailson Nascimento (PMN), dono da indicação de Marleide Figueiredo para o cargo de secretária de Saúde e, também, da nomeação de vários dos cargos na Pasta. Com a reforma administrativa no início do ano, Jailson perdeu praticamente todas as suas indicações.