Projeto ConservAção Cacau + Floresta é lançado no sul da Bahia || Foto Sidney Oliveira/Ag. Pará
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O Projeto-Piloto CompensAção Cacau + Floresta vai assegurar R$ 4,9 milhões a produtores de cacau interessados em recuperar áreas de Mata Atlântica. A ideia é aprofundar a integração da lavoura com a floresta, aproveitando as características do sistema cabruca, e estabelecer condições propícias de governança que facilitem a transição agroflorestal, informa a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema), parceira da iniciativa.

De acordo com a Sema, o projeto resultará em Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) a 1.600 famílias de agricultores familiares, com a recuperação de ambientes naturais e produtivos de uma área de 10.700 hectares na Região Cacaueira da Bahia.

Os recursos irão custear o PSA por quatro anos, de 2024 a 2027, e o pagamento será vinculado à certificação da cadeia produtiva do cacau livre de desmatamento na Mata Atlântica da região. Mais detalhes serão divulgados no lançamento do projeto, na terça-feira da próxima semana (9), no município de Ibirapitanga.

Preço do fruto de ouro bate novo recorde histórico || Reprodução/TV Brasil
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No mercado futuro de Nova York, a tonelada da amêndoa de cacau fechou o dia a US$ 8,553, equivalente a R$ 42.559 na cotação desta quinta-feira (21). Novo recorde da série histórica de quase cinco décadas, o preço é 137% maior que os US$ 3.596 de 21 de setembro de 2023, há exatos seis meses. A matéria-prima do chocolate chegou a ser vendida a US$ 8.643 (confira no gráfico da investing.com, abaixo).

 

Gráfico mostra alta do cacau entre setembro de 2023 e março de 2024 || Fonte investing.com

OFERTA E DEMANDA

Parte da explicação da alta acelerada é o choque de oferta provocado pela queda brusca na produção de países africanos, a exemplo da Costa do Marfim, responsável por abastecer 60% do mercado mundial. Na safra 2022/2023, o país colheu 2,88 milhões de toneladas, um recuo de 36% em comparação com a anterior.

As ultimas três safras globais foram menores do que a demanda global. A última sequência de três anos com déficit da lavoura cacaueira em relação à demanda da indústria processadora de chocolate ocorreu em 1969, informa a AGFeed. A oferta em queda livre estimula uma verdadeira corrida pelo cacau mundo a fora, o que retroalimenta a pressão nos preços.

ELE AVISOU

Dos maiores especialistas do segmento e editor do site Mercado do Cacau, o analista Adilson Reis disse ao PIMENTA que a tendência de alta da commodity é duradoura. Falou isso em 5 de fevereiro passado, quando a tonelada do cacau chegava a US$ 5.121, quebrando recorde de 47 anos (relembre). Se o ritmo atual de valorização se mantiver, o céu é o limite.

Preço do cacau segue em disparada || Foto Agência Brasil
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A cotação do cacau segue em disparada. A tonelada chegou, nesta sexta-feira (10), a 3.529 libras no mercado de Londres. Ontem (9), fechou o dia a 3.484 libras, valor mais alto desde o início da negociação de futuros da commodity, em 1920.

A expectativa é de que novo recorde seja estabelecido no fechamento de hoje. As compras mantêm a trajetória de alta intensificada em julho de 2023, como é possível verificar na tabela do site Br.Investing.

Trajetória do preço do cacau em Londres || Fonte Br.investing.com

O mercado interno também está aquecido. Nas praças de Ilhéus e Itabuna, a arroba do cacau chegou a ser vendida a R$ 300,00 no final de outubro, maior preço do ano (relembre).

DEMANDA GLOBAL

O engenheiro agrônomo Thiago Guedes, diretor da Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), informa que o aumento do valor do cacau, em 2023, se deve ao crescente apetite da indústria de chocolate em escala global. Segundo ele, o setor prevê mercados aquecidos em busca dos derivados da amêndoa. Outro fator de pressão, explica, vem das safras menores na África Ocidental.

A cultura cacaueira ocupa mais de 430 mil hectares no sul da Bahia, sendo cerca de 60% cultivada no sistema Cabruca, que preserva as maiores árvores da Mata Atlântica. O segmento respondeu, em 2021, por 5% (R$ 1,8 bilhão) do Valor Bruto da Produção (VBP) das lavouras da Bahia. De acordo com a Seagri, o estado abriga cerca de 72.000 estabelecimentos produtores, com 70% de propriedades da agricultura familiar.

Cotação do cacau bate maior valor do ano nas praças de Ilhéus e Itabuna
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A cotação da arroba do cacau chegou a R$ 297,45 nas praças de Ilhéus e Itabuna, no sul da Bahia, nesta terça-feira (31). Foi o maior preço do produto em todo o ano de 2023. O levantamento do PIMENTA tem como base a série histórica disponibilizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri). Hoje (1º), a arroba oscilou para R$ 295,65. A arroba iniciou o ano cotada a R$ 209.

No balanço feito pelo site Mercado do Cacau, a arroba da comodity na Bahia chegou a R$ 300 ontem e se manteve nesse valor nesta quarta-feira (1º). Já no mercado futuro da Bolsa de Nova Iorque (EUA), a tonelada do cacau foi cotada em US$ 2.799.

O produto já havia registrado, em junho passado, o maior preço dos últimos 46 anos na ICE, bolsa de valores de Londres, onde bateu 2.594 libras, valor mais alto desde 1977. O aumento da demanda da indústria chocolateira em todo o mundo e a queda da produção das safras na África Ocidental ajudam a entender a expansão do valor do cacau em 2023, segundo especialistas do mercado.

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Inseto alado – e vivo – em cacau vindo da Costa do Marfim.

O Sindicato Rural de Itamari, a 322 km de Salvador, entrou com Ação Civil Pública contra a União para suspender os efeitos da Instrução Normativa 47/2011 e sua revogação pelo Ministério da Agricultura. A medida judicial foi protocolada nesta sexta-feira, 20, na Justiça Federal de Ilhéus.

A ação partiu do presidente do Sindicato Rural de Itamari, Henrique Araújo Neri, que credita a entrada de insetos vivos na carga de cacau da Nestlé, no Porto de Ilhéus, à supressão de exigências de procedimentos fitossanitários pela IN 47/2011. A mesma normatização suspende missões técnicas pré-embarques nas importações de amêndoas de cacau secas e fermentadas provenientes de países africanos, como Costa do Marfim e Gana.

NÃO HÁ RISCO ZERO

A ação judicial surgiu um dia após o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Cosam de Carvalho Coutinho, ter dito ao portal de agronegócios Mercado do Cacau não existir nenhuma normativa que dê 100% de garantia à não-entrada de qualquer praga em qualquer canto do mundo.

Cosam Coutinho diz que não existe “risco zero” (Foto Pimenta/Arquivo).

Para Cosam Coutinho, “todo sistema de quarentena vegetal mundial não trabalha com risco zero. Trabalhamos, sim, com manejo de risco e estamos seguros de que a Instrução Normativa 47/2011 nos dá a garantia da redução do risco associado a um nível aceitável”.

Quatro mil toneladas de cacau importadas pela Nestlé estão retidas no galpão da multinacional, desde 16 de junho, porque fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura encontraram insetos vivos nas sacas com amêndoas secas.

O fato causou apreensão na lavoura, apesar de a empresa ter divulgado nota dizendo que seus carregamentos de cacau passam por cuidados criteriosos de vigilância e que respeita os trâmites legais de importação.

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A polêmica criada pela dissidência na Associação dos Produtores de Cacau (APC) e um grupo de agricultores que fundaram o grupo Pensar Cacau despertou o interesse da mídia para a assembleia da APC, realizada no Centro de Convenções de Ilhéus. O evento está sendo transmitido ao vivo pela TV Mercado, do site Mercado do Cacau, especializado na cobertura do agronegócio.

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No domingo, noticiamos aqui a inovação dos produtores de cacau do Espírito Santo. Eles inauguraram, na sexta, 7, a primeira fábrica de processamento de cacau de origem do Brasil. Pois os capixabas pensam mais longe. A Floresta do Rico Doce Agroderivados planeja produzir liquor também no sul da Bahia. As cidades em estudo são Ilhéus e Gandu.

“Vamos começar a ver a situação da Bahia em relação à logística. Estamos estudando este projeto há dois anos e a probabilidade é que a fábrica seja instalada entre Ilhéus e Gandu”, disse o presidente da Rio Doce, Paulo Roberto Gonçalves.

Assista à reportagem completa no site de agronegócios Mercado do Cacau (clique aqui).