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Rodrigo Maia admite candidatura ao Planalto|| Foto Divulgação
Rodrigo Maia admite candidatura ao Planalto|| Foto Divulgação

Do Poder360

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que se enxerga como uma alternativa para a Presidência da República. Mas só daqui a alguns anos. O deputado reafirmou ser leal a Michel Temer.

“É óbvio que chegar onde cheguei já me coloca, daqui duas, 3 eleições, como uma alternativa [ao Planalto], mas, no curto prazo, acho que a Presidência da Câmara já me dá a possibilidade de realizações que nunca imaginei que pudesse realizar”.

As afirmações de Maia foram em entrevista à GloboNews, veiculada na noite desta 2ª feira (17.jul.2017). Atualmente, o presidente da República está em posição frágil devido às acusações de corrupção contra seu governo, à crise econômica e, principalmente, à denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria Geral da República).

A Procuradoria acusa Temer de corrupção passiva. O STF (Supremo Tribunal Federal) só pode julgar o presidente da República se houver aval da Câmara –Casa comandada por Maia. Uma condenação pelo Supremo cassaria o mandato do governante. Maia assumiria o Planalto.

A posição do político do Rio de Janeiro está sob os holofotes de Brasília nos últimos tempos. Ele fala cautelosamente. Questionado pelo entrevistador se faria agora a mesma coisa que Michel Temer fez com Dilma, respondeu ter certeza que “o presidente não fez isso”. Ainda disse ser cobrado pela mãe para que não conspire contra o mandatário.

Ele fez, porém uma diferenciação. Disse que, como deputado, “será leal sempre”. Mas afirmou ter função de “árbitro do jogo” como presidente da Câmara. “Então, minha distância do governo nesse momento. A Constituição e o Regimento da Casa são aqueles escritos que vou respeitar nesse processo”. Confira a íntegra

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Cairo: leva de "demissões" com reforma.
Cairo: leva de “demissões” com reforma.

Juiz titular da 3ª Vara do Trabalho em Ilhéus, José Cairo Júnior prevê uma leva de demissões após a reforma trabalhista aprovada na Câmara e no Senado e sancionada ontem à tarde pelo presidente Michel Temer. E aponta o motivo: “As novas regras relativas ao contrato individual de trabalho só se aplicarão aos novos contratos de trabalho”.

Como as novas regras não podem ser aplicadas aos contratos em vigor, as “demissões” ocorreriam, conforme ele, para que as empresas adequassem as relações de trabalho às mudanças. As cerca de 100 mudanças impostas pela Reforma Trabalhista entrarão em vigor em novembro deste ano.

O texto aprovado na Câmara e no Senado tem várias brechas e o governo fala em modificar o texto por meio de Medida Provisória, mas a mesma tem prazo de validade. Assim, as mudanças via Medida Provisória precisariam ser votadas no legislativo para ter sua aplicação garantida. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já se opõe a mudanças por meio de MP.
reforma trabalhistas demissões

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PF cumpre mandados da Operação Panatenaico (Foto AB/Arquivo).
PF cumpre mandados da Operação Panatenaico (Foto AB/Arquivo).
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (23) a Operação Panatenaico para investigar organização que fraudou e desviou recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014. De acordo com a PF, a obra, orçada em cerca de R$ 600 milhões, custou mais de R$ 1,5 bilhão. “O superfaturamento, portanto, pode ter chegado a quase R$ 900 milhões”.

Os principais alvos da operação, de acordo com a PF, são os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR), e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), hoje assessor do presidente Michel Temer.

Cerca de 80 policias federais cumprem 15 mandados de busca de apreensão, dez de prisão temporária, além de três conduções coercitivas, quando a pessoa é levada para depor e depois liberada. As medidas judiciais foram determinadas pela 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal (DF). Todas as ações ocorrem em Brasília e em outras cidades do DF.

“Entre os alvos das ações de hoje estão agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do governo do DF.  A hipótese investigada pela Polícia Federal é de que agentes públicos, com a intermediação de operadores de propinas, tenham realizado conluios e assim simulado procedimentos previstos em edital de licitação”, diz nota da PF.

O nome da operação é uma referência ao Stadium Panatenaico, sede dos Jogos Panatenaicos, competições realizadas na Grécia antiga, anteriores aos Jogos olímpicos. A arena, utilizada para a prática de esportes pelos helênicos, é considerada uma das mais antigas do mundo. Redação com Agência Brasil.

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Pleno da OAB aprova pedido de impeachment de Temer (Foto OAB Brasil)
Pleno da OAB aprova pedido de impeachment de Temer (Foto OAB Brasil)

Por 25 votos a 1, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou relatório que recomenda à entidade ingressar com pedido de impeachment do presidente da República, Michel Temer (PMDB). A decisão foi tomada durante reunião do Conselho Pleno e anunciada ao final da noite deste sábado (20). Apenas a OAB do Acre não participou.

De acordo com a entidade, o pedido contra o presidente da República deverá ser protocolado nos próximos dias na Câmara dos Deputados. “Estamos a pedir o impeachment de mais um presidente da República, o segundo em uma gestão de 1 ano e 4 meses. Tenho honra e orgulho de estar nessa entidade e ver a OAB cumprindo seu papel, mesmo que com tristeza, porque atuamos em defesa do cidadão, pelo cidadão e em respeito ao cidadão. Esta é a OAB que tem sua história confundida com a democracia brasileira e mais uma vez cumprimos nosso papel”, disse o presidente da Ordem, Cláudio Lamachia.

Os conselheiros votaram relatório de comissão especial da OAB. O relatório aponta várias falhas cometidas por Temer no encontro com um dos donos da JBS, Joesley Batista, dentre elas “não informar às autoridades competentes a admissão de crime” por parte do empresário. Também, aponta a OAB, o presidente da República faltou com o decoro exigido do cargo ao se encontrar com o empresário sem registro da agenda e prometido agir em favor de interesses particulares.

O parecer da comissão foi lido pelo relator da comissão, Flávio Pansieri, que teve como colegas de colegiado Ary Raghiant Neto, Delosmar Domingos de Mendonça Júnior, Márcia Melaré e Daniel Jacob. O presidente da OAB explicou ainda que somente convocou a reunião extraordinária após ter acesso aos autos do processo que investiga o presidente da República, Michel Temer, no Supremo Tribunal Federal.

– Assim como fizemos ao analisar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, afirmei que não convocaria sessão baseado apenas em notícias de jornais e fiz o mesmo desta vez: só o faria com dados formais e oficiais do processo”, afirmou, lembrando que, como da outra vez, o presidente da República pôde se defender no Plenário. “Uma demonstração de que priorizamos a democracia e a independência, não criando situações díspares – afirmou Lamachia.

Os conselheiros federais se revezaram ao microfone para denunciar a atitude do presidente da República, Michel Temer. Foi execrado o encontro do mandatário da República com um empresário investigado em mais de 5 operações da Polícia Federal e o conteúdo dos diálogos travados.

Os advogados concluíram que, ao não denunciar Joesley após ele admitir ter corrompido dois juízes e um procurador, Temer faltou com o decoro e feriu a Lei do Servidor Público. Também teria agido em favor dos interesses pessoais de Joesley em detrimento do interesse público.

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Globo ordena saída de Temer.
Globo ordena saída de Temer.

Depois do strike político da última quarta-feira (17), o presidente Michel Temer perdeu apoio de boa parte da sua base e as condições para tocar as reformas trabalhista e previdenciária. Essa é a conclusão a que chega o conglomerado de comunicação dos Marinho.

Na tarde de hoje, O Globo publicou editorial defendendo a renúncia do peemedebista, apanhado em diálogo indecente com o megaempresário Joesley Batista. Foi a publicação quem detonou a bomba que estraçalhou o presidente politicamente. Eis, abaixo, parte do editorial:

A renúncia é uma decisão unilateral do presidente. Se desejar, não o que é melhor para si, mas para o país, esta acabará sendo a decisão que Michel Temer tomará. É o que os cidadãos de bem esperam dele. Se não o fizer, arrastará o Brasil a uma crise política ainda mais profunda que, ninguém se engane, chegará, contudo, ao mesmo resultado, seja pelo impeachment, seja por denúncia acolhida pelo Supremo Tribunal Federal. O caminho pela frente não será fácil. Mas, se há um consolo, é que a Constituição cidadã de 1988 tem o roteiro para percorrê-lo. O Brasil deve se manter integralmente fiel a ela, sem inovações ou atalhos, e enfrentar a realidade sem ilusões vãs. E, passo a passo, chegar ao futuro de bem-estar que toda a nação deseja.

Ou seja, a Globo não aconselhou. Ordenou. Para conferir a íntegra do editorial, clique aqui.

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Herzem avalia cena política após delações dos donos da JBS (Foto Divulgação).
Herzem avalia cena política após delações dos donos da JBS (Foto Divulgação).

Os conteúdos das delações e gravações feitas pelos irmãos e donos da JBS provocaram um estrago político sem proporções na política brasileira. É séria ameaça à continuidade do governo de Michel Temer.

Peemedebista como o presidente da República, Herzem Gusmão, prefeito de Vitória da Conquista, concedeu entrevista ao repórter Maciel Júnior. O conteúdo foi publicado no Blog do Rodrigo Ferraz.

O prefeito da terceira mais populosa cidade baiana disse que aguardaria, com grande expectativa, o desenrolar dos fatos na capital brasileira.

– [Essa crise] tumultua e coloca em pânico a nação brasileira – emendou.

O prefeito de Conquista, no sudoeste baiano, também falou do governo dele e fez críticas à profusão de sindicatos ao defender a reforma trabalhista proposta por Temer.

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Teori Zavascki morreu numa queda de avião em 19 de janeiro (Foto Divulgação).
Zavascki morreu numa queda de avião em 19 de janeiro (Foto Divulgação).

Filho do ministro Teori Zavascki, Francisco publicou desabafo em sua conta no Facebook. Para ele, a queda do avião em que estava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no litoral do Rio de Janeiro, não foi acidental, mas criminosa. “Não tenho como não pensar que não mandaram matar meu pai”, escreveu. A queda da aeronave ocorreu em 19 de janeiro deste ano (relembre aqui).

O desabafo de Francisco foi feito com as revelações de que Michel Temer e Aécio Neves foram flagrados em investigações da Polícia Federal ou em gravações feitas por um dos donos da JBS, Joesley Batista, a exemplo do presidente da República. O post na rede social foi apagado logo depois de sua publicação, porém foi “printado”.

Abaixo, a íntegra do que escreveu o filho do ministro falecido.

O PMDB está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar… até que veio a Lava jato.

A ordem sempre foi a de parar a Operação (isto está gravado nas palavras dos seus líderes). Todavia, ao que parece, até para isso o PT era incompetente e, ao que tenho notícia, de fato, o PT nunca tentou nada para barrar a Lava Jato (ao menos o pai sempre me disse que nunca tinham tentando nada), o que sempre gerou fortes críticas de membros do PMDB.

O problema é que as investigações começaram a ficar mais e mais perto e os líderes do PMDB viram como única saída, realmente, brecar a Operação a qualquer custo. Para isso, precisava do poder. Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer.

Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?

O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundando nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão afilho [sic] com o ano de 2017.

Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!

Que gente sínica [sic]. Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o “cortejo dos delatados”.

Impeachment já!

Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!

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Bebeto defende renúncia de Temer como medido menos traumática.
Bebeto defende renúncia de Temer como medido menos traumática.

Do Blog do Gusmão

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer (PMDB). A decisão se baseia em imagens e áudios colhidos com a ajuda de Joesley Batista, um dos proprietários da JBS. O peemedebista teria estimulado o pagamento de propina em troca do silêncio ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), que está preso.

Diante da crise política instaurada ontem pelas informações do jornalista Lauro Jardim (O Globo), o deputado federal Bebeto Galvão (PSB-BA) acredita que a renúncia de Temer seria o caminho menos traumático para o Brasil. “A renúncia causará menos trauma à economia e ao país. Seria um procedimento político célere”, disse o parlamentar, na tarde desta quinta-feira (18), em conversa por telefone com o Blog do Gusmão.

O deputado está em Brasília. Viu a notícia das gravações provocar uma “hecatombe política” na capital do país. Não tem dúvidas de que os pagamentos aconteceram com a “aquiescência direta do presidente da República”. Segundo Bebeto, o “medo” de eventual delação de Cunha levou o núcleo do Planalto a estimular a “operação abafa”.

Caso Temer insista em permanecer no cargo, poderá responder a pedidos de impeachment. Pelo menos três já foram apresentados ao Congresso Nacional. Outro caminho para o afastamento do presidente, aponta Bebeto, leva o caso ao Supremo Tribunal Federal. Nessa hipótese, a corte decidiria se Michel Temer cometeu “crime de responsabilidade de obstrução à Justiça”, explica.

Ainda segundo o deputado do PSB, a permanência de Michel Temer no cargo ameaçaria as investigações em curso. Por outro lado, na sua opinião, uma escolha indireta do novo presidente “aprofundaria a crise” e “aumentaria a força corporativa do Congresso”.

Ele é a favor da proposta de emenda constitucional que pode antecipar a eleição do próximo presidente. Defende essa posição dentro do PSB. Só “uma eleição direta poderia pacificar o país”, pois é necessário devolver o poder ao povo, “o senhor das decisões”, argumenta.

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Durante pronunciamento feito nesta tarde, o presidente Michel Temer negou suposta renúncia ao cargo. O peemedebista foi flagrado em gravações de um dos donos da JBS.

– Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro – disse ele.

Antes do pronunciamento, a renúncia era cogitada nos meios políticos e jornalísticos. Sobre a suposta decisão, teria conversado com ministros e acompanharia a redação da saída, segundo o jornalista e blogueiro Ricardo Noblat, d´O Globo. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, teria sido avisado, conforme o blogueiro.

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Geraldo: eleição indireta não pacifica.
Geraldo: eleição indireta não pacifica o país.

Ex-prefeito de Itabuna e deputado federal por três mandatos, Geraldo Simões engrossa o coro por novas eleições no país, após as revelações de ontem (17). O presidente da República, Michel Temer, de acordo com O Globo, foi pego negociando o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, também do PMDB.

Diz Geraldo:

– A situação é muito grave. A saída é a renúncia [de Temer]. Eleição indireta não pacifica o país”, diz o petista.

Geraldo, porém enxerga dificuldades em realização de novas eleições, uma de ordem constitucional e outra por causa de jogador no time adversário ao do campo político dele. “É muito difícil. Eles [do campo conservador] estão sem candidato”.

Questionado se João Dória, tucano e prefeito de São Paulo, não seria esse nome, o petista completou: “acho que não”.

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TEMER É FLAGRADO DANDO AVAL PARA
COMPRAR SILÊNCIO DE EDUARDO CUNHA

“TEM QUE MANTER ISSO, VIU?”, ORDENOU

Temer é flagrado ordenado compra de silêncio de Cunha (Foto Antonio Cruz/Agência Brasil).
Temer é flagrado ordenado compra de silêncio de Cunha (Foto Antonio Cruz/Agência Brasil).

O conteúdo bombástico de uma gravação pode resultar no impeachment do presidente da República, o peemedebista Michel Temer. De acordo com revelação d´O Globo, Temer deu aval para que o Grupo JBS mantivesse pagamento de propina para compra de silêncio do ex-deputado e presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Lúcio Funaro. A Polícia Federal filmou pelo menos uma das entregas, no valor de R$ 400 mil, a uma irmã de Funaro, de prenome Roberta.

O diálogo em que Temer diz que a JBS tem que irrigar os bolsos de Cunha e Funaro para que estes se mantivessem em silêncio foi gravado por Joesley Batista. O diálogo foi gravado no final da noite do dia 7 de março, no Palácio do Jaburu, residência oficial dos vices-presidentes da República. Temer era vice, quando ascendeu ao poder após a queda de Dilma. Saiu do Jaburu, mas para lá voltou.

O conteúdo das gravações reveladas pelo jornal carioca foi confirmado à imprensa por investigadores envolvidos nestas “ações controladas”. Confira o furo clicando aqui.

AÉCIO FLAGRADO

A operação também resultou em gravações nas quais o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é flagrado pedindo R$ 2 milhões à JBS. Segundo ele, era dinheiro para pagar a sua defesa na Operação Lava Jato. O dinheiro, marcado, foi entregue a ele em mochilas com chips e dinheiro ‘marcado’. Descobriu-se que a grana não pagaria advogados, mas era para um antigo amigo de Aécio, o polêmico Zezé Perrela, também senador mineiro, e do PMDB.

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marcowenseMarco Wense, d´O Busílis

 

Pobre país que tem um presidente da República sendo encurralado por um Eduardo Cunha da vida.

Já disse aqui que Eduardo Cunha não pretende ser um José Dirceu e se transformar em “herói” do PMDB como o petista é para o PT.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, um dos protagonistas do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, já mandou vários recados ameaçando uma delação premiada.

A última advertência foi em forma de anedota contada aos agentes penitenciários do Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

“Era uma vez cinco irmãos. Um virou presidente, três viraram ministros e um foi preso”, disse Cunha.

O que virou presidente é Michel Temer, o preso é o próprio Eduardo Cunha e os ministros são Eliseu Padilha, Moreira Franco e Romero Jucá.

Pois é. A próxima bravata, na iminência de acontecer, pode ser através de uma musiquinha, quem sabe até em ritmo de São João.

Pobre país que tem um presidente da República sendo encurralado por um Eduardo Cunha da vida.

Marco Wense é editor do site O Busílis.

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Junior
Junior perdeu comando do Ibama na Bahia por votar contra reforma trabalhista.
Portaria com a exoneração do superintendente do Ibama na Bahia.
Portaria com a exoneração do superintendente..

O presidente Michel Temer começou a punir os deputados federais da base aliada que votaram contra a Reforma Trabalhista, na última quarta (26).

Um dos atingidos pela decisão foi o deputado Uldurico Junior (PV), que tem base eleitoral no extremo-sul da Bahia. Temer havia antecipado que iria jogar duro contra deputados da base que votassem contra as reformas.

Nesta sexta (28), o Diário Oficial da União publicou a exoneração do superintendente do Ibama na Bahia, Ruben Zaldivar Armua. O ato foi assinado pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.

Segundo Junior, a exoneração foi em represália ao seu comportamento durante a votação da Reforma Trabalhista. “Perco [a indicação ao] cargo, mas não a vergonha”, disse.

A Reforma Trabalhista altera cerca de 100 pontos da CLT e, na opinião de especialista, dá maior poder aos empregadores. O parlamentar ainda ressaltou que Ruben vinha atuando de forma “íntegra e totalmente satisfatória”.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O deputado antecipou ao PIMENTA que também votará contra a Reforma da Previdência. O parlamentar reforça que maioria dos seus eleitores é formada por trabalhadores, operários, o que justifica a decisão tanto na votação da Reforma Trabalhista como o comportamento nas mudanças na Previdência.

A votação desta outra reforma está prevista para maio, mas pode ser adiada, porque o governo sofre grandes resistências na sua base, por se tratar de reforma dura e antipopular, vista como prejudicial ao trabalhador, sendo feita a pouco mais de um ano das eleições.

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wenceslau pré-candidaturaWenceslau Júnior | wenceslau.uesc@gmail.com

 

Para aposentar-se integralmente, caso seja aprovada a proposta de contribuição efetiva de 49 anos, o trabalhador teria que iniciar sua atividade laboral aos 16 anos e trabalhar durante 49 anos, de forma ininterrupta, contribuindo, efetivamente, durante esse período para adquirir o direito à aposentadoria integral.

 

O acúmulo histórico de direitos e garantias individuais, coletivas e sociais remonta para um processo de luta contra os poderes ilimitados e opressores do poderoso leviatã. Inegavelmente o maior precursor dos direitos humanos foi a Revolução Francesa.

Déclaration des droits de l’homme et du citoyen, votada pela Assembléia Nacional francesa em 1789, na qual se proclamava a liberdade e a igualdade nos direitos de todos os homens, reivindicavam-se os seus direitos naturais e imprescritíveis (a liberdade, a propriedade, a segurança, a resistência à opressão).”

Além da Carta Constitucional de 1789, outras duas declarações foram proclamadas. Uma em 1793 e outra em 1795. A primeira, voltada para os direitos sociais e a fraternidade. A segunda, buscando estabelecer também os deveres de cidadania.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos aponta, entre outros direitos, a segurança social, a dignidade da pessoa humana e o amparo social aos vulneráveis.

“Artigo 22. Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.”

A Constituição Brasileira de 1988 acolheu tais princípios estabelecendo regime geral, caráter contributivo e filiação obrigatória. Buscando o equilíbrio financeiro e atuarial. O Constituinte foi mais adiante elencando os eventos protegidos pela previdência, a exemplo do acidente, da maternidade, do desemprego involuntário, da invalidez, da morte e da velhice.

O estado brasileiro vive uma crise sem precedentes: um presidente ilegítimo implementando um programa de governo que foi derrotado nas urnas. Michel Temer foi eleito vice-presidente da chapa de Dilma. Portanto, está vinculado ao conteúdo programático apresentado pela chapa e não à receita neoliberal que implementa com tanta ferocidade, como se tivesse sido legitimado pelas urnas para fazê-lo.

A PEC que congelou os investimentos públicos nas áreas sociais por 20 anos, limitando-SE à reposição da inflação do ano anterior, atende ao esforço de assegurar a todo custo o superávit primário para pagar juros de uma das dívidas públicas mais caras do mundo.

A aprovação da terceirização generalizada, sem critérios e limites, na prática acaba com os direitos trabalhistas (férias e décimo terceiro, entre outros) ferindo de morte a razão de ser da legislação trabalhista, que é assegurar o mínimo de proteção ao trabalhador contra a exploração capitalista.

Para completar o pacote de maldades, Temer quer inviabilizar a seguridade social, criando critérios que, na prática, impedem os trabalhadores de se aposentar, pois exigir 49 anos de contribuição efetiva, com idade mínima de 65 anos, independente do sexo ou da condição de trabalho a que estão expostos os trabalhadores, é de uma crueldade sem limites.

A reforma proposta é, acima de tudo, machista, pois não reconhece as diferenças de gênero, a dupla jornada de trabalho feminino. A mulher, diga-se de passagem, recebe salário menor desempenhando função similar à do homem.

Tratar os trabalhadores urbanos e rurais de forma igual, sem reconhecer que o homem do campo trabalha duro, sob chuva e sol, geralmente pegando pesado, o que provoca um desgaste físico maior para os trabalhadores e trabalhadoras rurais, que põem o alimento do brasileiro na mesa e geralmente recebem um salário mínimo quando assalariados, é algo absurdo.Leia Mais

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rosivaldo-pinheiroRosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

 

A melhor saída para estabelecermos um novo momento para o Brasil seria uma nova eleição, mas essa saída não permitiria sobrevida para a maioria das atuais lideranças nacionais, que constroem na calada dos bastidores uma eleição em lista, caminho protetivo para escaparem do julgamento sumário dos eleitores.

A mais recente delação de Marcelo Odebrecht colocou mais lenha na fogueira em que hoje está a política brasileira. Vivemos um momento de muita agitação, instabilidade institucional e uma crise econômica de grande repercussão na vida das famílias. Saímos divididos das urnas da última eleição presidencial e as forças opositoras decidiram que aquele era o melhor momento para criar resistência à governabilidade da presidente reeleita.

Com a agenda de obstáculos então imposta nas Casas Legislativas, no mercado financeiro e em outros setores, como parte da mídia, houve a tomada do controle político do país por essa coalizão, a união Cunha, Aécio e Temer construiu as pautas bombas, até chegarem à tese das pedaladas fiscais, que dias depois do impeachment foi “regularizada” num circo nacional. Deram o golpe de mestre.

O desejo de extirpar a corrupção acabou sendo o pano de fundo para levar parcela significativa da população às ruas. Uma ofensiva política e midiática construiu o senso comum de que a causa e o efeito de todos os males nacionais era o PT, partido hegemônico, que liderava as forças que comandavam o governo central há 12 anos e que tem alguns nomes inseridos na corrupção. O resultado desse processo, todos sabemos, além da queda da presidente, foi termos nossas maiores empresas atingidas, produzindo uma massa de desempregados que, segundo o Dieese, passam de 13,5 milhões de pessoas.

Os autores da tese para chegarem ao poder se deleitam no governo central sem apresentar uma saída para a crise. Ao contrário, diante da crise política que virou crise econômica, eles tentam modificar a estrutura de Estado, construída a partir da Constituição de 1988 e ampliada pelas políticas públicas de inserção socioeconômica implantadas no ciclo do PT.

Esse esforço trouxe de volta as políticas neoliberais e a tese do estado mínimo, programa diferente à escolha que o povo fez nas urnas. Por outro lado, a Operação Lava Jato, por mais que sofra críticas de ser seletiva, não pode ser paralisada, e os que antes atacavam o governo, usando a bandeira de combate à corrupção, se vêm agora expostos e citados nas delações. A extensão da crise política não fora dimensionada pelos idealizadores do impeachment.

Na saga pelo poder, pensaram que uma vez tomando posse do Planalto conseguiriam afogar a Lava Jato. Erram duplamente: esqueceram-se de mensurar as novas ferramentas (redes sociais) que retroalimentam e pressionam as instituições a seguirem em frente no cumprimento dos seus papéis, e a perda de apoio popular em função das medidas de retiradas de direitos.

A melhor saída para estabelecermos um novo momento para o Brasil seria uma nova eleição, mas essa saída não permitiria sobrevida para a maioria das atuais lideranças nacionais, que constroem na calada dos bastidores uma eleição em lista, caminho protetivo para escaparem do julgamento sumário dos eleitores.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades pela Uesc.