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Marco Wense

Pelo menos uma vez por semana, uma notinha sobre uma possível reaproximação entre o governador Jaques Wagner e o ministro Geddel aparece em algum jornal, blog ou outro meio de comunicação.

O dia escolhido é segunda feira. A intenção é insinuar que no fim de semana – sexta, sábado e domingo – ocorreu uma reunião, em Brasília, com as cúpulas do PT e do PMDB.

Como o presidente Lula ainda trabalha nos bastidores pela desistência de Geddel, a notícia de que o petista e o peemedebista podem voltar a fumar o cachimbo da paz não é encarada como uma absurda invencionice.

Nos bastidores, longe do povão de Deus e dos holofotes, o comentário é de que o deputado federal Michel Temer (SP), presidente nacional do PMDB, vai tentar convencer Geddel a não disputar o governo da Bahia.

É público e notório que Temer e o seu pragmático PMDB não abrem mão da indicação de um peemedebista como candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada pela petista Dilma Rousseff.

Temer, que é o principal pretendente do PMDB para vice de Dilma, sabe que a missão de dissuadir Geddel da pré-candidatura ao Palácio de Ondina não é fácil. Mas sabe também que seu esforço agrada o presidente Lula, que já deu demonstrações de que prefere um outro nome do peemedebismo.

É evidente que a pretensão de Michel Temer não vai desaparecer em decorrência de um fracasso na tentativa de tirar Geddel da sucessão do governador Jaques Wagner. Mas se o parlamentar conseguir tal proeza, seu nome como vice de Dilma fica consolidado.

O pano de fundo de toda essa articulação palaciana, com o aval do presidente Lula, é evitar dois palanques na Bahia, com Wagner e Geddel criando inevitáveis constrangimentos para a presidenciável Dilma Rousseff.

JUÇARA FEITOSA

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A expectativa do eleitor e a ansiedade de geraldistas aumentam em relação a ex-primeira dama Juçara Feitosa, esposa de Geraldo Simões, vice-líder do PT na Câmara dos Deputados.

Juçara Feitosa é ou não pré-candidata à Assembleia Legislativa do Estado? Jamais na história política de Itabuna uma pré-candidatura foi cercada por tanto mistério e suspense.

A oposição, tendo a frente democratas e tucanos, aproveita o dilema geraldiano para dizer que a petista não é mais candidata porque despencou nas pesquisas de intenção de voto.

Se as composições são complicadas para quem já se definiu como pré-candidato, imagine para os que chegam de última hora querendo fazer dobradinhas com fulano, cicrano e beltrano.

Essa ansiedade, no entanto, não é só dos geraldistas. Correligionários dos pré-candidatos Renato Costa (PMDB) e Wenceslau Júnior (PC do B) também estão ansiosos.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia