Carlos Henrique dos Santos caiu do 11º andar de prédio no Castália
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O Ministério Público do Trabalho na Bahia abriu, nesta segunda-feira (31), procedimento para investigar o acidente de trabalho que causou a morte do técnico em refrigeração Carlos Henrique dos Santos, de 48 anos. O fato ocorreu no bairro Castália, em Itabuna, na tarde de sábado (29).

Carlos Henrique caiu do 11º andar de um edifício na Rua Major Dórea, no Castália. A vítima estava fazendo a manutenção em um aparelho de ar-condicionado, desequilibrou-se e caiu, morrendo na hora. As primeiras informações é que o profissional teria se negado a utilizar equipamentos de uso obrigatório de segurança, o que será investigado.

O MPT informou que a investigação vai reunir informações sobre as relações de trabalho da vítima. Se o técnico trabalhava para alguma empresa ou se prestava serviços de forma autônoma. Também deverão ser investigadas as razões para o acidente, se havia equipamentos de proteção individual e coletiva e se o trabalhador teria treinamento adequado para a atividade.

Justiça do Rio Grande do Sul bloqueia dinheiro para pagar resgatados de vinícolas
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A 2ª Vara do Trabalho de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, determinou o bloqueio de R$ 3 milhões do empresário Pedro Augusto Oliveira de Santana, proprietário da empresa acusada de manter trabalhadores em condições  análogas à escravidão. O dinheiro será usado para pagamento de danos morais os operários resgatados pelo Ministério Público do Trabalho, no final do mês passado.

A empresa Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde Ltda pagou R$1,1 milhão de verbas rescisórias. além disso, três vinícolas que mantinha contrato com a Fênix assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta para pagar R$ 2 milhões. O montante será distribuído igualmente entre aos 207 trabalhadores.

De acordo com o MPT, no total, o valor repassado chega, em média, a R$ 29,5 mil por trabalhador, o que não impede o ajuizamento de ações trabalhistas individuais pelos próprios resgatados contra as vinícolas e a empresa Fênix.

Também podem constituir advogado e pedir na Justiça o pagamento de indenização os trabalhadores que deixaram os alojamentos antes da operação de 22 de fevereiro e que, portanto, não foram formalmente resgatados. Esse é caso de 18 pessoas que apresentaram denúncia ao MPT na Bahia alegando terem sofrido maus-tratos e que fugiram antes do resgate.

TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA

As vinícolas Salton, Aurora e Garibaldi assumiram obrigações que devem se estender de imediato à fiscalização e ao disciplinamento de toda a cadeia produtiva. “Uma solução extrajudicial como essa tem a força legal de uma sentença, mas atingida em um tempo mais curto e garantindo pagamento imediato aos trabalhadores, evitando anos de uma ação e de recursos protelatórios. Além de servir como um compromisso inédito de todo um setor produtivo com o ajuste e a correção de suas práticas”, diz o procurador-geral do trabalho José de Lima Ramos.

O acordo garante ainda o pagamento de R$ 5 milhões a título de indenização de danos morais coletivos. Esses recursos não serão destinados pelo MPT a projetos sociais inscritos em editais abertos para receber destinações. A preferência será dada a ações contra o trabalho escravo em regiões da Serra, onde o ilícito foi praticado, e do interior da Bahia, de onde vieram os trabalhadores.

O MPT possui um cadastro público de entidades aptas a receber destinações, permanentemente aberto a novas inscrições, e realiza constantemente destinações para entidades públicas e organizações não governamentais poderem realizar melhorias de infraestrutura, aquisição de equipamentos e execução de projetos específicos de impacto social, seja educacional, assistencial ou de fiscalização, entre outros.

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Uma operação em conjunto do Ministério Público do Trabalho (MPT) com a Polícia Rodoviária Federal, Ministério do Trabalho e Previdência resultou na prisão de um fazendeiro por tráfico de pessoas, no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Além disso, foram resgatados quatro trabalhadores em condição análoga à escravidão. O homem detido é acusado pelo aliciamento.

A equipe de fiscalização constatou não apenas o crime de redução de trabalhadores a condições análogas à de escravo, mas também o de tráfico de pessoas. Parte dos trabalhadores foi aliciada em outra cidade a partir de anúncio de trabalho enganoso no site OLX.

Os quatro resgatados já estão sendo acolhidos pelas equipes de assistência social da Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae-BA). Os auditores-fiscais do trabalho irão liberar três parcelas de seguro-desemprego especial para vítimas de trabalho escravo.

Os trabalhadores viviam em situação degradante|| Fotos Divulgação

O fazendeiro terá que pagar multas administrativas e poderá ser responsabilizado, por meio de termo de ajuste de conduta ou ação civil pública do MPT, pela regularização do ambiente de trabalho e pagamentos das verbas trabalhistas, além de indenizações por danos morais individuais e coletivos.

ALOJAMENTO DESTINADO A CRIAÇÃO DE GADO

O alojamento oferecido para quem estava trabalhando na fazenda, destinada a criação de gado bovino, caprino e suíno, era uma casa sem as mínimas condições de higiene e segurança. Não havia móveis, camas, armários, eletrodomésticos, nem instalações sanitárias adequadas.

Os trabalhadores dormiam em redes ou em colchonetes finos sobre pallets de madeira. Os alimentos eram armazenados em sacos e baldes no chão, sem qualquer refrigeração, infestados de moscas. Os alimentos eram preparados em um fogareiro improvisado com lenha e blocos no chão da casa.

Não havia água nos vasos sanitários, e a água disponibilizada para consumo vinha de uma pequena lagoa e não era tratada. Não havia chuveiro. As instalações elétricas da casa eram feitas por meio de gambiarras, com riscos de incêndio e choques. Nenhum dos trabalhadores tinha carteira assinada e alguns recebiam remuneração inferior ao salário mínimo.

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A Justiça do Trabalho bloqueou os bens do proprietário de uma escola de Salvador a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT). O réu é acusado de explorar o trabalho de outro homem de forma análoga à escravidão. Segundo o MPT, a identidade dele não foi divulgada para evitar a exposição da vítima, que trabalhou por anos, sem remuneração, no colégio infantil. A soma dos bens arrestados também não foi divulgada.

A vítima ainda vive num barraco em péssimas condições nos fundos do imóvel onde a escola funcionou até 2020. Desde o fechamento da unidade, devido à pandemia, o trabalhador permanece no local como caseiro. No mês passado, auditores-fiscais do trabalho tentaram resgatá-lo, mas ele se recusou a deixar o barraco e abandonar seus cães. Desde então, recebe apoio da Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS).

“Este é mais um caso em que um trabalhador doméstico é encontrado vivendo em condições degradantes e tendo passado anos sem receber qualquer tipo de remuneração por seus serviços. E isso estava acontecendo na cidade de Salvador e em um bairro central, o que mostra que é preciso debater com a sociedade essa questão para desnaturalizar a prática de submeter pessoas à condição de escravo”, afirmou o procurador do MPT Ilan Fonseca, que acompanha o caso.

RECOMEÇO

A equipe de assistência social que acompanha o homem de 51 anos acredita que o deferimento do pedido do MPT à Justiça do Trabalho vai permitir que ele reúna condições para deixar o imóvel e se instalar em uma casa digna. Além do bloqueio dos bens, a Justiça determinou que réu pague mensalmente R$540,00, valor calculado sobre a renda formal do empregador.

A vítima também conseguiu o seguro-desemprego pago a pessoas resgatadas em condições análogas à de escravo por um período de três meses. Além disso, receberá cestas básicas da SJDHDS.

Neste primeiro momento, a ação do MPT é apenas voltada a garantir o bloqueio dos bens e o pagamento de um valor mensal para a vítima se manter enquanto durar o processo principal.

Além disso, o MPT pediu e a Justiça determinou que o empregador providencie imediatamente a religação do fornecimento de energia e água para o imóvel. Até então, o homem estava vivendo com uma ligação clandestina de luz e usando água de um vizinho.

O autor da ação cautelar é o procurador Italvar Medina, que esteve na operação de resgate. O caso segue sob os cuidados de outros procuradores, que devem ingressar com uma ação civil pública para requerer verbas rescisórias e indenização por danos morais.

CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO ESCRAVO

O trabalho escravo doméstico foi configurado nessa situação, segundo o MPT, por um conjunto de elementos, como ausência de remuneração, instalações de moradia precárias, além de maus-tratos e discriminação de ordem étnica, sexual e religiosa, visto que a vítima sofria humilhações por ser negro, homossexual e adepto do candomblé.

“Eu nunca tinha sido ouvido por ninguém em toda a minha vida. Agora me sinto feliz por estar recebendo todo este apoio e atenção”, comentou o homem após saber da decisão da juíza titular da 36ª Vara do Trabalho de Salvador, Lucyenne Amelia de Quadros Veiga.

Trabalhadores resgatados do trabalho escravo
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No ano passado, 188 pessoas foram retiradas de situações de serviço que configuram o trabalho análogo ao de escravo. As vítimas foram encontradas em situação degradante, sem remuneração, com carga horária excedente, sem carteira assinada e sem seus diretos de trabalho assegurados, condições que configuram a prática ilegal, conforme Ministério Público do Trabalho (MPT).

O balanço da situação do trabalho escravo na Bahia foi apresentado pela procuradora do MPT Manuella Gedeon, que coordena as ações de combate ao trabalho escravo na Bahia. Ela chama a atenção para o fato de que as mulheres passaram a aparecer nas estatísticas em razão da atuação da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae-BA), voltada a casos de trabalho escravo doméstico.

A procuradora Manuela Gedeon explicou que 90% dos resgatados são homens, negros e muitos deles em áreas rurais, como fazendas. Também, bastante comum, são trabalhadores domésticos expostos a este tipo situação, só que neste caso a maioria das vítimas é do sexo feminino.

PIOR PARA OS TRABALHADORES RURAIS

“A maioria dos nossos casos de resgate é de trabalhadores rurais, mas existe condições degradantes de trabalho e trabalho escravo em zona urbana, na construção civil, na indústria têxtil, no trabalho doméstico, que é um foco e que na pandemia a gente prestou bastante atenção devido a muitos casos de trabalhadoras que estavam impedidas de sair da residência. Então, existe essa degradância e ela não é uma exclusividade do trabalho no campo, ela acontece também na cidade”, explica Manuella Gedeon.

Para Admar Fontes, coordenador da Coetrae-BA, e assessor da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), “o número de baianos que está migrando para São Paulo, para Minas Gerais ou para a colheita da cebola na região Sul do país tem aumentado e, consequentemente, o número de resgatados tem aumentado. Devido à crise econômica que o país e que o mundo vêm passando, a tendência é que pessoas, infelizmente, se submetam a jornadas exaustivas para poder pôr o que comer em sua casa”.

O Trabalho escravo contemporâneo, ou trabalho análogo ao de escravo, pode ser definido como o cerceamento de liberdade do trabalhador, ou quando o trabalhador sofre com condições degradantes de trabalho, ou quando está em jornada exaustiva, ou está em situação de servidão por dívida. Pode, também, ser a soma disso tudo.

Na Bahia, o combate a essa prática é realizado sempre em rede, por meio da Coetrae-BA com participação efetiva do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho do Governo Federal, Secretaria de Justiça Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Governo do Estado, Polícia Rodoviária Federal, dentre outras instituições.

O MPT reforça que a denúncia sobre trabalho escravo pode ser feita de forma anônima e entre os canais de atendimento está o telefone (71) 3266-0131 e o Disque 100. Além dos telefones, qualquer denúncia de irregularidades trabalhistas também pode ser encaminhada pelo portal do MPT prt5.mpt.mp.br.

Há vagas para Itabuna e outras sete cidades|| Foto Roberto Santos
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O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia está com inscrições abertas para seleção de estagiários de nível superior que estejam cursando graduação nas instituições de ensino conveniadas. A inscrição pode ser feita até o dia 28 deste mês.

O processo prevê o preenchimento imediato de vagas e a formação de cadastro de reserva para preenchimento dos postos que forem sendo abertos no período de até dois anos. O estagiário do MPT terá direito a bolsa no valor de R$ 850, além de auxílio transporte de R$ 7 por dia de atividade.

O processo seletivo prevê o preenchimento de vagas para estudantes dos cursos de arquivologia, de comunicação social, direito e de engenharia civil e de segurança do trabalho. Existem vagas em Salvador para todos esses cursos.

As vagas para o curso de direito são para as unidades nos municípios de Barreiras, Eunápolis, Itabuna, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista e Feira de Santana. Para os estudantes de engenharia civil ou de segurança do trabalho, haverá concurso para formação de cadastro de reserva também em Feira de Santana.

A prova está prevista para o dia 5 de dezembro em horário e locais a serem posteriormente divulgados. A seleção dos estagiários é feita por processo seletivo de provas, que terão caráter eliminatório e classificatório. Outras informações podem ser obtidas no Edital Estágio.

MPT orienta exigência de vacina de trabalhadores
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O Ministério Público do Trabalho (MPT) está orientando empregadores a exigir comprovante de vacinação dos funcionários como condição de ingresso no ambiente de trabalho. A exceção é para os casos em que a recusa de imunização seja justificada por documentação.

A recomendação está expressa na Nota Técnica 05/2021, publicada pelo órgão na última sexta-feira (5). Segundo a nota, a exigência deve ser feita por programas de gestão de saúde e segurança do trabalho, regulamento ou ordem de serviço que trate desse assunto.

O documento tem como objetivo complementar as medidas presentes nas demais notas técnicas emitidas pelo MPT e no Guia Técnico de Vacinação, divulgado em fevereiro deste ano. O MPT também estimula empresas a fiscalizarem e exigirem de empresas contratadas a comprovação de esquema vacinal completo de trabalhadores terceirizados conforme o cronograma do município ou do estado onde ocorre a prestação de serviços.

O documento estabelece que sejam mantidas todas as medidas coletivas e individuais de saúde e segurança do trabalho e realizadas campanhas internas de incentivo à vacinação. O MPT recomenda ainda que os empregadores antecipem exames médicos para esclarecimento de dúvidas de trabalhadores sobre as implicações e a sua condição de saúde para receber o imunizante.

Adolescentes dormiam neste local e não recebiam salário
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O Ministério Público do Trabalho (MPT) fechou acordo judicial com o dono da Fazenda Tucum Henrique Rubim que garantirá o pagamento de indenização de R$ 350 mil após flagrante de trabalho escravo na propriedade, localizada na zona rural de Santa Cruz Cabrália, no extremo-sul da Bahia.

Dois adolescentes foram encontrados na propriedade rural trabalhando em condições análogas à de escravidão em 2018 e o MPT precisou ingressar na Justiça do Trabalho com uma ação civil pública. O acordo foi fechado pelas procuradoras do MPT Lys Sobral, Tatiana Sento-Sé e Manuella Gedeon e homologado pelo juiz Ivo Daniel Povoas de Souza, titular da Vara do Trabalho de Porto Seguro.

Adolescentes cozinhavam neste fogão à lenha

De acordo com MPT, Henrique Rubim manteve dois adolescentes em situação degradante, com condições precárias de alojamento e sem pagamento de salários. Os adolescentes tinham 16 e 17 anos na época em que o inquérito civil que investigava a fazenda foi instaurado pela unidade do MPT no município de Eunápolis.

VERBAS RESCISÓRIAS

Os jovens foram mantidos em condições caracterizadoras do trabalho análogo ao de escravo e foram submetidos a uma das piores formas de trabalho infantil, com prejuízo à formação escolar. Rubim se comprometeu a pagar R$260 mil de verbas rescisórias e R$ 40 mil de indenização por danos morais individuais sofridos, na proporção de 50% para cada trabalhador.

Além desse valor, o proprietário da fazenda deverá pagar ainda R$ 50 mil de indenização por danos morais coletivos. O MPT ainda indicará o órgão/entidade destinatária desse valor, que deve ser pago em 10 parcelas de R$ 35 mil até julho de 2022. Caso seja verificado o não pagamento dentro do prazo estabelecido na audiência que formalizou o acordo, o empregador deverá pagar multa 70% sobre o valor da parcela atrasada.

No acordo, o dono da fazenda, Henrique Rubim, também se comprometeu sob pena de multa em caso de descumprimento, a não manter trabalhador com idade inferior a 18 anos nos locais de serviços insalubres ou perigosos, disponibilizar água potável e fresca nos locais de trabalho.

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MPT em Itabuna retoma atividades presenciais em agosto
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O Ministério Público do Trabalho (MPT) retoma parcialmente as atividades presenciais em todas as unidades na Bahia no próximo dia 2 de agosto. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (16) pelo procurador-chefe, Luís Carneiro.

De acordo com o MPT, mesmo com a reabertura das unidades, a prioridade continua sendo o atendimento remoto. A orientação é de que sejam evitadas audiências, coleta de denúncias e recepção de documentos de forma presencial, visto que os meios virtuais adotados desde março de 2020 têm se mostrado eficientes.

A recepção de denúncias e de documentos e a realização de audiências, que estiveram em boa parte da pandemia restritas aos sistemas virtuais, disponíveis no portal do MPT na Bahia, a partir de agosto já poderá ser feita também de forma presencial. “No entanto nossa recomendação para cidadãos e servidores envolvidos com esses serviços é a de que seja feita uma orientação para que sejam utilizados preferencialmente os meios virtuais, o que reduz riscos para todos”, complementa Luís Carneiro.

Uma reunião interna com todos os colaboradores do órgão no estado será realizada na próxima segunda-feira, por meio virtual, para que sejam avaliadas situações específicas e ajustadas as rotinas para que tanto a sede do MPT em Salvador quanto as sete unidades do órgão no interior baiano – Feira de Santana, Eunápolis, Itabuna, Vitória da Conquista, Santo Antônio de Jesus, Barreiras e Juazeiro – estejam prontas a iniciar a retomada das atividades presenciais com segurança no dia 2 de agosto.

Alberto Balazeiro é o novo ministro do TST
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O procurador-geral do Trabalho, Alberto Bastos Balazeiro, baiano de Salvador, foi indicado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para ocupar o lugar do ministro do Tribunal Superior do Trabalho aberta em decorrência da aposentadoria do ministro Brito Pereira, em vaga destinada ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

A indicação de Balazeiro foi publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira (24). O indicado será sabatinado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, e, posteriormente, sua indicação será submetida ao Plenário do Senado.

Alberto Bastos Balazeiro é o atual procurador-geral do Trabalho. Graduou-se em Direito pela Universidade Católica de Salvador e ingressou no Ministério Público do Trabalho em 2008.  Em 2017, concluiu mestrado em Direito pela Universidade Católica de Brasília, apresentando a dissertação “Atuação do Ministério Público do Trabalho no Combate à Corrupção”. De 2013 a 2017, foi procurador-chefe do MPT na Bahia

Justiça determina fechamento de filial de empresa de transporte de valores
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A justiça determinou, por meio de liminar, o fechamento da filial da empresa de transporte de valores Prosegur em Eunápolis, no extremo-sul da Bahia. A decisão foi proferida pelo juiz Jeferson de Castro Almeida, da Vara do Trabalho do município após o ajuizamento de ação civil pública, na quinta-feira (23), pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Segundo a procuradora Tatiana Sento-Sé, autora da ação, o pedido de fechamento foi necessário porque a empresa “não cuidou de adotar condutas mínimas de saúde pública, expondo os seus trabalhadores e as suas famílias a transmissão do coronavírus, e muito mais do que isso, expôs toda a sociedade eunapolitana e de demais cidades da região do extremo-sul da Bahia à contaminação”.

Na ação, o MPT pede que a Prosegur seja condenada a pagar indenização por danos morais coletivos de R$ 10 milhões. Além disso, o órgão quer que os gestores da transportadora de valores se comprometam a adotar medidas de saúde e segurança do trabalho que protejam seus empregados e a sociedade como um todo de adoecimento e acidentes.

MULTA DIÁRIA

O pedido de liminar acatado pelo judiciário trabalhista impõe à empresa multa diária de R$1 milhão caso ela não cumpra a determinação de fechar suas portas imediatamente, valor que seria revertido à Secretaria de Saúde do município.

Outras obrigações solicitadas pelo MPT na ação também foram acatadas pelo juiz substituto da Vara de Eunápolis. Eles determinam a adoção de uma série de providências de proteção aos trabalhadores, suas famílias e a sociedade como um todo.

Dentre as providencias estão a testagem de todos os colaboradores que permaneceram em atividade mesmo após terem sido comprovados casos de contaminação na empresa, além de emitir a comunicação de acidente de trabalho (CAT) de todos os infectados. Em caso de descumprimento dessas duas obrigações, a empresa poderá ter de pagar R$ 50 mil por dia de descumprimento de cada um dos itens.

A decisão garante o afastamento dos empregados mediante a autodeclaração de que apresenta sintomas, o que significa que não é necessário aguardar o resultado das testagens nem apresentar atestado médico. Uma série de outras obrigações foram impostas à empresa como um todo, garantindo que em outras unidades da Prosegur sejam adotadas medidas de isolamento, oferta de álcool gel, máscaras, pias, além da adoção de rotinas que minimizem o risco de contágio entre os trabalhadores.

INFECTADOS PELO NOVO CORONAVÍRUS

A Prosegur tem cerca de 100 empregados em sua unidade de Eunápolis, dos quais nove já tiveram confirmada a contaminação pelo coronavírus, além de cinco familiares desses trabalhadores. O MPT já havia emitido recomendação à empresa determinando o seu fechamento e a adoção de medidas para a contenção do contágio em massa.

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Eunápolis também atuou no caso, realizando inspeção no local e promovendo a interdição parcial da unidade da empresa no município. Ainda assim, a Prosegur descumpriu as determinações dos órgãos oficiais e manteve as atividades, voltando a ser interditada esta semana.

“Não restou alternativa ao MPT a não ser buscar a Justiça para que fosse determinado o fechamento da unidade e a adoção de medidas para proteger os demais empregados tanto dessa unidade quanto das outras 117 existentes em todo o país.

A alegação feita pela empresa para não suspender o funcionamento de que se trata de uma atividade essencial não é suficiente para que ela mantivesse a conduta, além de que existem outras unidades, como a de Itabuna, que podem garantir o transporte de valores no extremo sul do estado”, afirmou a procuradora Tatiana Sento-Sé.

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Filial da Tel Telemática em Itabuna, no sul da Bahia || Imagem Google

Apontando o risco de agravamento do quadro de saúde ocupacional de centenas de trabalhadores, o Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com com ação na Justiça para que a unidade da empresa de call center Tel Telemática no município de Itabuna seja interditada. A ação cautelar aguarda decisão da Justiça do Trabalho. Do início do mês, quando a ação foi apresentada, até hoje os empregados continuam expostos a riscos ocupacionais graves enquanto a empresa desconsidera a necessidade de se adequar a legislação trabalhista brasileira.

O pedido foi feito no dia 1º de abril pelo procurador do Trabalho Ilan Fonseca, que está à frente do caso desde que foi movida uma ação civil pública contra a empresa em 2015. Nessa outra ação, o MPT pede que a empresa seja condenada pelas constantes violações às normas de saúde e segurança do trabalho e seja ainda obrigada a cumprir o que determina a legislação brasileira sobre o tema.

Além de pedir a correção imediata das práticas ilegais listadas, o MPT pede que a empresa Tel Telemática e Oi sejam condenadas a pagar indenização de R$ 20 milhões à sociedade pelos danos morais coletivos.Leia Mais

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Ilan Fonseca diz que processo de inclusão de nomes está mais ágil

Cinco empregadores da Bahia entraram na mais recente versão da Lista Suja do Trabalho Escravo, que reúne empresas e pessoas físicas flagradas submetendo trabalhadores a condições análogas às de escravo. O estado foi o que teve o maior volume de inclusões em todo o país. A lista, divulgada na semana passada, tem atualmente 166 nomes, que, ao todo, colocaram 269 pessoas em condições degradantes de trabalho. Os integrantes da lista ficam proibidos de contratar com o governo federal e de receber empréstimos de bancos públicos.
O avanço nas ações de combate a essa prática ilegal é fruto da articulação entre diversos órgãos e foi avaliado como positivo pelo coordenador regional de combate ao trabalho escravo do Ministério Público do Trabalho, o procurador Ilan Fonseca.
“Desde que foi retomada a Coetrae, em 2015, as operações na Bahia têm tido regularidade. A inclusão de cinco nomes de empregadores da Bahia é um reflexo importante dessa articulação”, afirmou, referindo-se à Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae), que reúne, além do MPT, órgãos como Ministério Público do Estado, Superintendência Regional do Trabalho, Polícia Rodoviária Federal e Governo do Estado, entre outros.
Dos novos nomes baianos na lista, apenas um representa uma empresa, a CSO Engenharia Ltda, autuada em Feira de Santana, com 24 trabalhadores. As outras quatro são pessoas físicas e proprietários de fazenda. Haroldo Gusmão Cunha, flagrado com cinco funcionários, e Maria Elena Martins, flagrada com um, foram autuados em Vitória da Conquista, enquanto João das Graças Dias, autuado com um trabalhador, e Sandiney Ferreira de Souza, flagrado com seis, foram autuados em Presidente Jânio Quadros e Riachão das Neves, respectivamente.Leia Mais

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Hospitais lideram acidentes de trabalho na Bahia

O setor hospitalar foi o maior causador de acidentes na Bahia, nos últimos cinco anos, com mais de 8 mil ocorrências. Em seguida, ficaram os setores de construção de edifícios e transporte rodoviário de carga. Esses e outros dados são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho.
De acordo com a coordenadora regional de defesa do meio ambiente de trabalho, a procuradora Silvia Valença, “com relação às comunicações de acidentes de trabalho (CATs) emitidas na Bahia nos últimos cinco anos, chama atenção a informação de que o setor hospitalar emitiu quase quatro vezes mais CATs do que o setor da construção civil”.
Ela destaca que funcionários da área de saúde estão constantemente expostos a riscos biológicos e a resíduos contaminados, além de exposição à radiação e jornadas de trabalho longas, cansativas e estressantes. Por isso, o MPT tem atuado fortemente em inquéritos sobre o trabalho neste ramo.
O Observatório Digital tem como objetivo a promoção do trabalho decente no Brasil, e serve ainda para basear pesquisas científicas por meio de dados transparentes e de fácil mensuração. Ele foi criado a partir da cooperação técnica internacional entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
74 MIL SOFRERAM ACIDENTES DE TRABALHO
Casos como o do funcionário morto ao cair de um andaime no centro Industrial do Subaé em Feira de Santana, dia 28 de fevereiro, e dos dois trabalhadores acidentados durante uma obra na Rua Carlos Gomes, em Salvador, no começo do mês de março, mostram que o meio ambiente de trabalho ainda precisa de atenção e busca por soluções.
Segundo o Observatório, entre 2012 e 2017, 74 mil pessoas sofreram acidentes no ambiente de trabalho na Bahia. A plataforma mostra ainda que, nesse período, a Previdência Social gastou mais de R$ 27 milhões com benefícios acidentários.
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Lojas Americanas fecha acordo após condenação na Justiça do Trabalho.
Lojas Americanas fecha acordo após condenação na Justiça do Trabalho.
Acordo Eloína Machado.
Eloína Machado homologou acordo.

O montante de R$ 3,3 milhões, que será pago pelas Lojas Americanas em face de um acordo num processo trabalhista, será destinado para a área de saúde pública de Itabuna. O valor será aplicado na ampliação do Centro de Radioterapia do Hospital Manoel Novaes, além da aquisição de equipamentos e a reforma de três enfermarias do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães.

O acordo foi homologado pela juíza Eloína Maria Barbosa Machado, da 2ª Vara do Trabalho de Itabuna,  nesta quinta-feira (18), numa ação movida pelo Ministério Público do Trabalho, relativa a danos morais coletivos.

A juíza havia condenado a rede de Lojas Americanas a pagar os R$ 3 milhões há três anos (relembre aqui).

O pagamento será dividido em 10 parcelas iguais, a vencer a cada dia 12. Ainda segundo os termos do acordo, a realização das obras na área da saúde fica sujeita à fiscalização, a qualquer tempo, pela Justiça do Trabalho. Atualizado às 22h29min.