Embaixador Paulo Pacheco (ao centro) recebe comitiva baiana no Chile
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Começa a ganhar forma o projeto piloto do Consórcio Cabruca, resultado de parceria do Centro Público de Economia Solidária do Litoral Sul (Cesol-LS) com a Agência de Internacionalização e Exportação (Aiex). O objetivo da iniciativa é abrir mercados internacionais para os chocolates finos produzidos no sul da Bahia.

“A gente criou o Consórcio, inicialmente, com quatro marcas: Modaka, Natucôa, Benevides Chocolates Finos e Chocolates da Ju”, explica ao PIMENTA o professor Henrique Campos Oliveira, coordenador da Agência, projeto de extensão da Unifacs. O grupo fez sua primeira missão internacional em Santiago, no Chile, onde participou do Espacio Food & Service, no final de setembro. “É uma feira muito grande da área de alimentos, principalmente, restaurantes e franquias”, acrescenta Henrique.

Para o coordenador do Cesol-LS, Thiago Fernandes, a viagem internacional foi um momento importante de visibilidade para as marcas do sul da Bahia acompanhadas pelo Centro Público, que é ligado à Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado (Setre). “Isso mostra a força e a pujança da economia solidária de nossa região, ganhando o mundo e mostrando, no exterior, o quão importante é esse trabalho de produção coletiva”, disse.

RODADAS DE NEGÓCIO

Viagem teve rodadas de negócio, exposição em feira e visita a centro de distribuição

O Brasil foi o país homenageado no evento. Para garantir presença, o Consórcio Cabruca teve o apoio da gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), a ilheense Patrícia Orrico, que liderou o estande baiano na Feira.

Para Henrique, o Consórcio Cabruca já deu provas de que será capaz de impulsionar a exportação dos chocolates finos do sul da Bahia. “Tivemos excelentes rodadas de negócio no Chile. Iniciamos as tratativas com três distribuidoras; uma maior, de uma rede de supermercados; e duas específicas da área de produtos orgânicos”. Segundo ele, consorciados, os produtores diluem custos de promoção e de operação, além de coordenar melhor suas relações com órgãos governamentais.

A comitiva brasileira também contou com a presença da empresária Marcela Tavares, da marca de chocolates finos Cacau do Céu, uma das precursoras desse mercado no sul da Bahia.

LITERATURA E CHOCOLATE

Paloma Amado, Vinícius de Moraes, Neruda e Jorge Amado, em 1956 || Foto Arquivo Nacional

A comitiva baiana apresentou o Consórcio Cabruca ao embaixador brasileiro no Chile, Paulo Soares Pacheco. “Ele gostou muito, elogiou o projeto e se mostrou disponível, com a possibilidade da Bahia e o chocolate da região serem homenageados no 7 de setembro de 2024”, relata Henrique ao PIMENTA.

No Chile, um dos motes que o Consórcio pretende aproveitar é a amizade do poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973) com o escritor grapiúna Jorge Amado (1912-2001). A ideia é criar uma linha de produtos relacionando literatura e chocolate. Ao grupo, a Embaixada brasileira assegurou apoio no diálogo institucional com a Casa Neruda.

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Hans criou o Chocolate Caseiro de Ilhéus. Caseiro, pero no mucho, porque foi questão de tempo para que seu chocolate (aí incluídas as impagáveis versões Nacib e da Gabriela)  conquistasse o Brasil, vendido em aeroportos e lojas de grife.

Daniel Thame

Prestes a completar 500  anos (487 neste 28 de junho), Ilhéus ficou conhecida mundialmente como a Terra do Cacau por meio das obras de Jorge Amado. Com seus coronéis, jagunços, trabalhadores explorados,  aventureiros de todos os matizes, moçoilas dadivosas, gabrielas e nacibs, Jorge criou um universo mítico, em obras traduzidas para dezenas de idiomas e adaptadas para incontáveis versões na televisão.

No  último quarto de século, quando o cacau atravessou uma de suas piores crises e Jorge partiu para ser amadamente eterno, três personagens que poderiam ter saído de seus livros decidiram subverter a (des)ordem natural das coisas. Como é que uma região que produzia as melhores amêndoas do mundo não produzia nem o mais miserável dos chocolates?

Aí veio Hans Schaeppi, hoteleiro, produtor de cacau, mas principalmente visionário. Hans criou o Chocolate Caseiro de Ilhéus. Caseiro, pero no mucho, porque foi questão de tempo para que seu chocolate (aí incluídas as impagáveis versões Nacib e da Gabriela)  conquistasse o Brasil, vendido em aeroportos e lojas de grife.

Hans Schaeppi viu a uva – perdão, o chocolate -, mas ninguém se atreveu a seguir o caminho. Freud, perdão de novo, Jorge explica.

Até que entrou em cena outro visionário (meio gênio, meio louco, naquele momento mais louco do que gênio. Seu nome: Marco Lessa.

Pois não é que o empresário e produtor de eventos decidiu criar em Ilhéus o Festival Internacional do Cacau e Chocolate. O nome pomposo (pretencioso?), escondia uma realidade bem menos glamourosa:  de chocolate sulbaiano mesmo só havia o de Hans.

Mas Marco Lessa já nem via a uva: via chocolate mesmo. E chocolate de origem, feito com cacau fino, para disputar mercado com os melhores chocolates do mundo, que eram  feitos com as nossas amêndoas do sul da Bahia. Precisa desenhar?

Uma década depois, já são cerca de  70 marcas regionais, Chor (eleito recentemente um dos três melhores chocolates do mundo), Sagarana, Yrerê, Maltez, Modaka, Mendá, Benevides, Seno, Cacau do Céu, Natucoa, Sul da Bahia, Terravista  e  companha limitada. Todos nascidos na esteira do festival, que, sim, hoje  faz mais do que jus ao nome, maior do gênero na América Latina.

Chocolates para se degustar de joelhos!

Junto com o chocolate de origem, veio  a produção de amêndoas de altíssima qualidade. E aí entra o personagem com dotes de alquimista  na sua fazenda/santuário Leolinda. Jeitão  simples de monge franciscano, talento de Papa na excelência do seu (Santo) Ofício. O que ele fez com o cacau, antes destinado apenas às moageiros e plantados aos Deus dará (às vezes vinha uma praga e Deus não dava), ao elevar os padrões de seleção, cultivo e, consequentemente de qualidade, só tem uma definição: revolução.

João Tavares, Hans Schaeppi, Marco Lessa. Cacau e agora também chocolate.

Embalados e inspirados nas histórias de Jorge que amou o cacau e certamente amaria os chocolates hoje mundialmente amados.

Histórias que dariam um livro, mas que nos satisfazem o corpo e a alma quando nos dão um divina barra de cada chocolate que brota dessa sagrada terra grapiuna, onde também brotam pioneiros/visionários sempre dispostos a reescrever essa história de quase  meio milênio, onde ainda há muito o que reescrever  e escrever.

Bem vindos às terras do cacau e do chocolate!

E Salve Jorge. Sempre.

Daniel Thame é jornalista, blogueiro, escritor e editor do site Cacau&Chocolate.

Produtos sul-baianos de origem à venda pela internet
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Sem sair de casa, pela internet, agora o consumidor terá acesso a um mix de mais de 100 produtos de 10 marcas de chocolate de origem do sul da Bahia. A Choc.Store possibilita compra de produtos de qualquer lugar do Brasil, com a chancela do maior evento do segmento de cacau e chocolate da América Latina, o Chocolat Festival.

As vendas online são a aposta do Festival para impulsionar os chocolates de pequenos produtores de todo o país, segundo Marco Lessa, publicitário e idealizador do Festival e da webstore.

– Por uma questão de logística, que tem sido afetada pela pandemia, iniciaremos as operações apenas com marcas da Bahia. Mas o objetivo é agregar todos os nossos parceiros, expositores de todas as edições do Chocolat Festival – Bahia, São Paulo e Pará – em um grande marketplace – afirma

Na semana de lançamento, a Choc.Store irá presentear os 100 primeiros clientes com 20% de desconto e um tablete surpresa de 20g. Nessa primeira fase, estarão à venda barras e outros derivados do cacau das marcas ChOr, Gabriela, Sagarana, Senô, Yrerê, Modaka, Cacau do Céu, Natucoa, Benevides e Kaê.

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Festival do Chocolate movimenta mais de R$ 15 milhões e atrai 60 mil pessoas

A 11ª edição do Chocolat Bahia – Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia chegou ao fim na noite deste domingo (21) com números ainda mais robustos que os da edição de 2018. De acordo com a MVU, empresa detentora da marca Chocolat Bahia e organizadora do evento, o festival atraiu mais de 60 mil pessoas nos quatro dias e movimentou R$ 15 milhões em negócios, com 170 expositores e 70 marcas de chocolate.

Segundo o coordenador do Festival, Marco Lessa, os resultados superaram todas as expectativas, numa demonstração de que os consumidores passam a valorizar o chocolate de origem. “Tivemos muitos lançamentos de produtos, com diversidade e inovação, que atraíram pessoas da região e de outros estados”.

Para ele, é importante conscientizar os 30 mil produtores de cacau, que sustentaram a economia sul-baiana por décadas, de que eles podem se restabelecer dentro de um novo conceito, o do chocolate de origem. “Dessa maneira, iremos retomar, em bases sólidas e sustentáveis, o caminho do desenvolvimento”.

NOVOS NEGÓCIOS

Gerson Marques, da Fazenda Yrerê, produz chocolates e atua no turismo rural. A Fazenda Yrerê é referência no sul da Bahia com a produção de chocolates de origem e na atração de turistas de várias partes do país e do mundo. Ele participou do festival, assim como nas edições anteriores.

– As vendas diretas aumentaram e também os acordos comerciais com parceiros da Bahia e de outros estados, consolidando a qualidade e o potencial do chocolate, além de criar um novo atrativo para o setor turístico – disse ele, que também participou de festivais de promoção da marca do chocolate sul-baiano em outras praças, como São Paulo.

Para Leo Maia, que aproveitou o evento para lançar o chocolate branco com nibs de cacau, esse é um mercado que exige sempre inovações capazes de cativar e atrair novos consumidores. “As vendas foram ótimas”.

Fernando Botelho, da Modaka, é um dos pioneiros na produção de chocolate de origem. Para ele, o momento é de colheita. “Esse movimento que estamos vivendo no Sul da Bahia é fantástico. Agrega valor ao nosso principal produto, o cacau, tornando a região conhecida pelo chocolate de qualidade”.

A difusão de novas tecnologias também tem sido uma das tônicas do festival. O diretor executivo do Centro de Inovação do Cacau, da Universidade Estadual de Santa Cruz, Cristiano Vilela, vê um processo de modernização e valorização do cacau e na qualidade do chocolate da região.Leia Mais

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Sul da Bahia se reinventa produzindo cacau selecionado e chocolate de origem || Foto Ana Lee

O cacauicultor Fernando Botelho, 77 anos, lembra bem o cenário do final da década de 80. “Tivemos de demitir todos os 120 funcionários e fazer financiamentos na tentativa frustrada de recuperar totalmente a lavoura. Perdi alguns imóveis e uma fazenda. Jamais vivemos algo como a vassoura-de-bruxa, foi uma coisa altamente desastrosa”.

Exatos 30 anos depois do surgimento da praga que dizimou as plantações de cacau no Sul da Bahia, Botelho celebra o crescimento da sua marca de chocolate e outros derivados do cacau orgânico, a Modaka, e se prepara para participar da 11ª edição do Chocolat Bahia Festival, de 18 a 21 de julho, em Ilhéus.

O evento, hoje considerado o maior do setor no Brasil, teve um início modesto, com apenas quatro marcas nacionais. Este ano, 70 produtores de chocolate de origem, de um total de 170 expositores, ocuparão o pavilhão de feiras do Centro de Convenções da cidade.

Patrícia e o pai, Fernando Botelho, da Modaka: da crise à reinvenção || Foto Caixa Colonial

A crise que abateu a cacauicultura na região em 1989 levou os produtores a buscar alternativas. “Começamos a fazer polpa e geleia de cacau na cozinha da minha mãe”, conta a engenheira Patrícia Viana Lima, 50 anos, filha de Botelho e chocolate maker da Modaka.

O nome Modaka faz referência ao doce do deus hindu Ganesha, símbolo de prosperidade e força no rompimento de obstáculos. Desde 2012, é na única fazenda que restou à família Viana Lima, no município de Barro Preto, sul da Bahia, onde se produz o cacau 100% orgânico que dá origem aos nibs, amêndoas crocantes e chocolates certificados nacional e internacionalmente.

O beneficiamento da amêndoa foi a saída encontrada para a derrocada da produtividade. “O Chocolat Festival surgiu justamente para fomentar a profissionalização desse novo mercado que, em 2008, surgia ainda timidamente na região e hoje está em plena expansão”, afirma o empresário e publicitário Marco Lessa, idealizador do festival e uma das 100 personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro em 2016 e em 2018.

– Há 11 anos reunimos consumidores, especialistas e produtores nesse evento, uma grande oportunidade para discutir a industrialização, a verticalização da produção e, consequentemente, a melhoria da qualidade das amêndoas de cacau selecionado e produto final elaborado – pontua Lessa.

Lessa idealizou o Chocolat Bahia e produz chocolate || Foto Valter Pontes/Coperphoto-Fieb

O evento contribuiu diretamente para o crescimento vertiginoso desse mercado na região, tornando-se um marco na história recente do sul da Bahia. “Além de cumprir sua função de promover a cadeia do cacau e chocolate, o Festival serve como divisor de águas para a nossa história, mudando a forma de se pensar a economia, dando visibilidade e criando um espaço para a promoção e negócios de novas marcas de chocolates finos, fabricantes de equipamentos, produtores de cacau e derivados, inovação”, aponta Cristiano Santana.

Presidente da Associação Cacau Sul Bahia, Cristiano aponta que o evento atrai turistas e consumidores em geral. Segundo ele, o Festival cumpre “o papel educativo de levar ao público a oportunidade de degustar produtos singulares de alto nível gastronômico, a ter contato com o mundo do chocolate através de palestras, cursos, e elevar o nome da Bahia a padrões internacionais como referência em chocolates de alta qualidade”. A Associação representa cerca de 2,3 mil produtores da região.

Chocolat Bahia atrai mais de 30 mil visitantes a cada edição, em Ilhéus || Foto Divulgação

Com teor mínimo de 40% de cacau (contra os 25% das marcas de grandes indústrias no Brasil), o chocolate produzido a partir de amêndoas selecionadas – em um processo intitulado Bean to Bar (da amêndoa à barra) ou de Origem – tem conquistado consumidores mundo afora. “Em 2015 começamos a exportar nossos chocolates para a França. A receptividade é excelente e pretendemos avançar pela Europa”, revela Alexandre Soeiro, gerente da Mendoá Chocolates, uma das marcas em exposição no Chocolat Festival.

INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

Cacau com selo de Indicação Geográfica || Foto Maurício Maron

Conquistado no ano passado, o registro de Indicação Geográfica (IG) garante aos produtores de cacau do sul da Bahia o Selo de Origem. Ele é concedido a lugares que são conhecidos como tradicionais produtores de um determinado produto ou serviço ou cujas características do produto, quando originário do local, são únicas.

No caso do sul da Bahia, conta toda a tradição e história em torno da produção de cacau, como, por exemplo, o modo de produção cabruca, que minimiza o impacto no meio ambiente, ajudando a manter parte da flora e sem eliminar a fauna local. “Sem dúvida, o Selo de Origem chega no momento certo para valorizar ainda mais o trabalho que vem sendo desenvolvido, elevando o patamar tanto da matéria-prima quanto do nosso chocolate no mercado”, comenta Lessa. Atualmente, a Bahia lidera o ranking de produção de cacau no País, com mais de 200 mil toneladas produzidas entre 2017 e 2018.

PROGRAMAÇÃO

Voltado para consumidores e profissionais da área, o Chocolat Bahia Festival atrai anualmente milhares de visitantes, marcando o calendário turístico do estado e firmando o Sul da Bahia como principal região produtora de chocolate de origem do Brasil. Durante quatro dias, além da venda de chocolates e outros derivados do cacau selecionado, o 11º Chocolat Bahia promove experiências sensoriais, exposições históricas e artísticas, cursos de capacitação, workshops, debates sobre temas do setor e palestras ministradas por especialistas internacionais. Clique em Leia Mais e confira toda a programação do evento, com workshops, palestras etc.Leia Mais

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Aberto ontem à noite, Festival do Chocolate e Cacau vai até domingo (Foto Pimenta).
Aberto ontem à noite, Festival do Chocolate e Cacau vai até domingo (Foto Pimenta).
Wagner e Marco Lessa na abertura do festival (Foto Pimenta).
Wagner e Lessa na abertura do festival (Foto Pimenta).

A verticalização da cadeia produtiva do cacau é um dos desafios do Sul da Bahia e foi a mensagem presente na abertura da quinta edição do Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia, em Ilhéus, ontem. “Mais importante do que onde estamos é onde podemos chegar”, afirma o diretor da MVU Eventos e idealizar do evento, o publicitário Marco Lessa.

O governador Jaques Wagner foi na mesma linha e ressaltou a evolução do festival em cinco anos, quando saiu de três para 14 o número de produtores de chocolate no sul da Bahia em exposição no Centro de Convenções de Ilhéus. “Temos o cacau e não podemos abrir mão de transformá-lo em chocolate para agregar valor. Por isso temos lutado pelo bom preço do cacau e realizado uma série de ações para apoiar os produtores baianos”, disse Wagner.

As condições para fabricar chocolate com alto teor de cacau são ressaltadas por Lessa como fatores que podem qualificar ainda mais o destino turístico Costa do Cacau. “Temos condições de ser o mais qualificado destino de chocolate do mundo”, disse. Num discurso pontuado pelo combate à ideia de “esperar por milagres”, o publicitário e idealizador do festival apresenta outro desafio. “Vamos cobrir essa região de mais esperança”.

Wagner degusta chocolate com 70% de cacau fabricado em Ibicaraí (Foto Pimenta).
Wagner degusta chocolate com 70% de cacau (Foto Pimenta).

Nessa linha, o publicitário aponta avanços também na intenção de transformar esse apelo em produto turístico, a exemplo da da Rota do Cacau, Rodovia Ilhéus-Uruçuca (BA-262), que tem no seu trajeto belas e conservadas fazendas de cacau e áreas de produção de chocolate. “Não se deve esperar por milagres, mas fazer [acontecer”. A Rota do Cacau é roteiro que está sendo formatado pela Associação de Turismo de Ilhéus (Atil) com a Secretaria Estadual de Turismo.

O FESTIVAL

O Festival do Chocolate e Cacau da Bahia foi aberto ontem (3) e será encerrado no próximo domingo (7). No Centro de Convenções de Ilhéus, haverá palestras com nomes renomados da cadeia do cacau – dentre eles, chocolatiers, oficinas, Feira do Cacau, ChocoCine e espaço para o público infantil (Fábrica de Chocolate), além de concurso de amêndoas.  A entrada é gratuita.

A área de exposição reúne estandes de produtores de chocolates finos com concentração de cacau que chega a 70%, a exemplo da Cacau Bahia, de Ibicaraí, e a Modaka Cacau Gourmet, de Barro Preto. O evento reúne 50 expositores e espera atrair cerca de 30 mil pessoas nos cinco dias.

 

Saulo Fernandes é uma das atrações do festival deste ano.
Saulo Fernandes é uma das atrações do festival deste ano.

SAMBÔ E SAULO FERNANDES

O evento também reúne expressões da música nacional com shows pagos. Neste ano, as atrações confirmadas são o conjunto Sambô e Saulo, ex-Banda Eva, na Arena Chocolate (Concha Acústica). Sambô se apresenta nesta quinta, às 22h, e o show de Saulo será no sábado (6). Ingressos podem ser adquiridos no Stand do Carioca e Encantur (Ilhéus) ou no Shopping Jequitibá (Itabuna). Na área livre, no Centro de Convenções, todas as noites haverá shows gratuitos de artistas regionais.

SERVIÇO

Festival do Chocolate e Cacau
Quando: 3 a 7 de Julho
Onde: Centro de Convenções de Ilhéus
Entrada franca (exceto shows de Sambô e Saulo, na Concha).

Confira programação completa no site www.festivaldochocolate.com/2013/