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O ex-governador e ex-ministro Waldir Pires faleceu na manhã da última sexta-feira (22), enquanto o Brasil sofria para, ao final, vencer a Costa Rica por 2 a 0. Abaixo, republicamos, pela sua importância histórica, um artigo do jornalista Marival Guedes relatando um dos momentos da vida de Waldir Pires. Era o primeiro ano do mandato de vereador de Salvador. 2013.
Marival, numa das crônicas semanais ao PIMENTA, relatava diálogo que teve com o ex-governador e um dos momentos daquele fervilhante 2013, já na Câmara de Salvador e numa audiência em que o Movimento Passe Livre puxava as discussões na capital baiana.  O corpo de Waldir Pires foi cremado ao final da manhã deste domingo.


DE DISCURSOS E DE RENÚNCIAS

marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@yahoo.com.br

O ex-governador falou mais alguns minutos e encerrou com palavras de estímulo: “Continuem esta luta por uma sociedade livre e justa”. Novamente aplaudido de pé.

Na audiência pública realizada pela Câmara, atendendo solicitação do Movimento Passe Livre (MPL) Salvador, mais de 300 entusiasmados jovens lotavam o Centro de Cultura. Foram 50 oradores, cada um com direito a três minutos, tempo controlado rigidamente pelo presidente do legislativo, Paulo Câmara.
Havia integrantes de vários partidos, outros que se autodenominam independentes e os antipartidários. Vários deste último grupo, bastante raivosos, os mais barulhentos. Muitas vezes as vaias impediam o pronunciamento, sendo necessária a intervenção do coordenador.
Mas quando um orador iniciou seu discurso, o silêncio foi total. Lembrando o que escreveu o compositor maior, naquele momento ouviríamos o barulho de “uma lágrima a cair no chão”. O vereador Waldir Pires (PT) começou elogiando os jovens e lembrou que começou aos 16 anos na luta contra o nazismo, de posição racista.

Waldir Pires hoje é vereador na capital baiana (Foto Paulo Macedo/BocãoN).
Waldir Pires hoje é vereador na capital baiana || Foto Paulo Macedo/BNews).

Falou da interrupção da democracia, com o golpe militar, quando muitos foram vítimas do exílio, torturas e assassinatos. Disse que continua na política (ele está com 86 anos), porque é a única forma de civilização humana de se transformar toda a sociedade.
Comemorando este novo momento, disse: “De repente vocês explodem e me deixam muito feliz”. Quando o coordenador da mesa avisou que o tempo estava se esgotando, a plateia de jovens do MPL se levantou e pediu para deixá-lo continuar. O ex-governador falou mais alguns minutos e encerrou com palavras de estímulo: “Continuem esta luta por uma sociedade livre e justa”. Novamente aplaudido de pé.
A RENÚNCIA
Conheço pessoas que não perdoam Waldir Pires por ter renunciado ao governo do estado em 1989, dois anos após a posse, para ser candidato a vice-presidente da República na chapa de Ulisses Guimarães, passando o cargo para o vice, Nilo Coelho. Certa vez, numa visita que ele fez à TV Cabrália perguntei, ao lado do então superintendente Ramiro Aquino, sobre a renúncia e expus os comentários dos bastidores.
“Professor são três as hipóteses que circulam sobre a renúncia: 1º) Que já havia este acordo com Nilo Coelho. 2º) que o senhor recebeu dinheiro. 3º) Que teve medo de morrer”.
(À época circulou uma informação sobre um atentado à vida dele. Foi encontrado um mapa geográfico no tanque de combustível do avião do estado, momentos antes do seu embarque.)
Waldir respondeu com a serenidade que o caracteriza: “Meu filho, não havia acordo, quem quer dinheiro fica no poder e quem tem medo não enfrenta uma ditadura. Renunciei por que acreditava que o doutor Ulisses ganharia a eleição, pois tínhamos 22 governadores do PMDB.”
CIRCUNSTÂNCIAS
Waldir não tomou decisão de última hora. A escolha para ser o candidato do partido era através do voto em dois turnos. Na convenção nacional do PMDB, além do então governador da Bahia, havia na disputa Ulysses Guimarães Iris Resende e Álvaro Dias. Ulysses e Waldir foram os dois mais votados, com Ulisses na frente. Para evitar o segundo turno, que poderia gerar uma divisão, o partido entrou em consenso e Waldir Pires ficou na vice, prevalecendo a lógica do mais votado. Talvez hoje Waldir argumente, “ eu sou eu e minhas circunstâncias”.
Marival Guedes é jornalista.
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De arma em punho, soldado tenta evitar novas agressões (foto Lacio Teixeira - Coperphoto/Estadão Conteúdo)
De arma em punho, soldado tenta evitar novas agressões (foto Lacio Teixeira – Coperphoto/Estadão Conteúdo)

Do G1

A Polícia Militar (PM) afirma que o coronel Reynaldo Simões Rossi, comandante do policiamento da área Centro, teve a clavícula quebrada em agressão cometida por um grupo de black blocs na noite de sexta-feira (25). Além disso, o oficial teve a sua pistola .40 e um rádio comunicador roubados, segundo nota da PM (veja íntegra abaixo).

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Maurício Souza Blazeck, disse ao G1 que aos menos duas pessoas foram presas suspeitas da agresão ao oficial. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o homem de arma em punho e sem máscara que aparece em fotografias do tumulto (como a publicada acima) é um soldado que o auxiliava e dirigia o carro do coronel no momento da confusão.

A agressão ocorreu durante protesto organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) que terminou com invasão do Terminal Parque Dom Pedro II e vandalismo contra ônibus. Agências bancárias de ruas do Centro também foram depredadas.

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O Movimento Passe Livre Salvador caminha, neste momento, do Campo Grande até a Câmara de Vereadores, ocupada por alguns integrantes do grupo. Não haverá, segundo a coordenação do movimento, ampliação do número de ocupantes. Os que lá estão participarão da sacada do prédio e os participantes da passeata ficarão na porta.

André Saback, um dos ocupantes, afirma que a saída deles depende unicamente do prefeito ACM Neto. “Assim que ele atender as reivindicações, uma pauta com sete itens voltados exclusivamente ao poder executivo municipal, nós deixaremos o local”, garante.

André destaca que está havendo má vontade do prefeito, já que o governo federal desonerou PIS/Cofins em 7,85%  para que os empresários reduzam a tarifa. Amanhã, o MPL realiza reunião às 15h15min, na porta da Câmara, para informar e avaliar as ações do movimento.

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A Assembleia Legislativa da Bahia realiza dia 8 de agosto, às 14h, sessão especial para discutir a pauta de reivindicações do Movimento Passe Livre Salvador (MPL).

Integrantes do movimento realizaram nova manifestação hoje (23), concentrando-se na área do monumento em homenagem ao deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, e se dirigiram à governadoria.

O chefe do executivo, Jaques Wagner, estava em outro compromisso e foi representado pelo secretário de Comunicação, Robinson Almeida, mas os manifestantes não entregaram a pauta.

Antes de seguirem para a Câmara de Vereadores, ocupada por alguns manifestantes, o MPL cobriu o monumento Luís Eduardo Magalhães com um adesivo com foto e a inscrição “ monumento Carlos Marighela”. Eles afirmam que o monumento nesta data foi rebatizado com o nome do ex-guerrilheiro, morto durante a ditadura militar.

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Os integrantes do Movimento Passe Livre definiram hoje (14) um calendário de mobilizações e atos em Salvador para os próximos 30 dias. A reunião deste domingo ocorreu no Passeio Público.

Ainda sem definição de data, o MPL fará ocupação da Governadoria, Câmara de Vereadores e Prefeitura nos próximos dias.

Outra decisão tomada hoje foi a abertura de diálogo com estudantes das escolas do Ensino Médio na capital e buscar o apoio da população com a realização de atos nos bairros.

Já no dia 13 de agosto, para comemorar os 10 anos do Movimento do Buzu, haverá exibição de filme sobre o movimento.

O MPL cobra a redução de tarifa de ônibus, passe livre para estudantes, extinção de taxa para renovar o SalvadorCard, ônibus circulando 24h e ampliação para 217 quilômetros de ciclovias na cidade, além da criação do bilhete único que permita 4 viagens no prazo de até 3 horas. A pauta é extensa (relembre aqui). Marival Guedes, de Salvador.

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Integrantes do MPL exibem críticas à Globo e caminham para prefeitura (Foto Marival Guedes/Pimenta).
Manifestantes criticam a Globo em passeata à prefeitura (Foto Marival Guedes/Pimenta).

O Movimento Passe Livre Salvador realizou novo ato público hoje à tarde, saindo do Campo Grande até a Praça Tomé de Souza onde fica a prefeitura. No trajeto, na Praça Castro Alves os manifestantes foram bloqueados pela PM. Mas o comandante Nivaldo Nascimento negociou com um grupo e a passagem foi liberada.
O comandante solicitou que, caso surgisse algum manifestante exaltado, o próprio MPL tentasse controlá-lo por meio do diálogo. A manifestação foi pacífica.
Antes, pela manhã, foi entregue na prefeitura a Carta divulgada ontem com as reivindicações aprovadas em assembleia. O documento e uma solicitação de audiência pública foram protocolados.
ACM NETO “EMPAREDADO”
À tarde na prefeitura o secretário José Carlos Aleluia e o vereador Léo Prates desceram para intermediar uma reunião entre líderes do movimento e o prefeito ACM Neto. Mas o MPL recusou a formação de uma comissão, reforçando a solicitação da audiência. O prefeito iria descer para falar com os manifestantes mas desistiu e ficou de definir uma data para a Audiência Pública.
No trajeto os militantes repetiam palavras de ordem pela redução da tarifa da passagem e contra a Rede Globo. “ Em São Paulo já caiu, no Rio já caiu. Salvador vai se unir e a tarifa vai cair”. “O povo não é bobo, abaixo a rede Globo”, gritavam exibindo faixas e cartazes. Depois, um grupo se dirigiu até a Estação da Lapa.
A próxima assembleia será no sábado (29), 14h no Passeio Público. Nesta reunião será discutido quando será o próximo ato. Já existe uma proposta para que seja no Dois de Julho. Marival Guedes, de Salvador.

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Na carta aberta divulgada hoje (26), o Movimento Passe Livre  “repudia a violência promovida pela Polícia Militar às manifestações pacificas em Salvador e todo o Brasil” .
O MPL repudia, também, a violência, hostilidade e intolerância a militantes de partidos políticos tal qual aconteceu em São Paulo. A representante da UNE, Hortência Pinheiro, fala que isto “é fascismo e esclarece que o movimento é  apartidário, mas não antipartidário”.
O MPL critica ainda os gastos com a Copa do Mundo, o projeto conhecido como “Cura Gay”, a presença do pastor Marcos Feliciano na Comissão de Direitos Humanos, além do projeto que cria o Estatuto do Nascituro e a internação forçada para dependentes químicos.
No documento o movimento defende os dez por cento do PIB para a educação, 100% dos recursos do petróleo para as áreas sociais, reforma política e desmilitarização das polícias no Brasil.
O grupo diz esperar ter deixado claras suas reivindicações e posicionamentos “com o intuito de não dá margem a equívocos e invasão do movimento por grupos oportunistas com pautas conservadoras”.  Eles finalizam o documento dizendo esperar agora uma resposta da prefeitura e governos federal e da Bahia. Marival Guedes, de Salvador.

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O Movimento Passe Livre (Salvador) concede entrevista coletiva nesta quarta-feira (26), às 14h, no Passeio Público, para divulgar um documento com as reivindicações do grupo.
A Carta será entregue no dia seguinte ao Poder Executivo Municipal. Os manifestantes vão se concentrar na quinta-feira ao meio-dia, no Campo Grande, e às 14h seguem em passeata até a prefeitura.

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PASSE LIVRE E A CONTRADIÇÃO ABERTA

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br
1SimancaOs tipos mais conservadores, que querem tratar os movimentos sociais na pancada, uniram-se aos progressistas, em apoio ao Movimento Passe Livre (MPL), escancarando uma contradição. Coerente mesmo foram as PMs da Bahia e de São Paulo, fazendo o que é da sua tradição fazer: baixar o pau (v. charge de Simanca). Cientistas sociais e palpiteiros em geral estão incertos quanto ao que pretende a massa: vagamente, menos corrupção, mais educação (quase criei uma “palavra de ordem”), mais saúde pública, menos futebol, mais seriedade com o dinheiro público, menos safadeza…  No atacado, todos aprovamos esta pauta, mas falta a ela o varejo, o foco concreto e claro.

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Movimento (ainda) simpático à direita
Tem sido uma festa protestar contra tais coisas (e ainda a sogra chata, o vizinho ranzinza e o preço do tomate), mas não me divirto tanto. Entendo ser este um movimento de esquerda (se me permitem usar a velha classificação francesa, para mim ainda válida). E a direita não tarda a tratar essa turma como trata índios, sem-terra e semelhantes, todos incluídos na vasta lista de “baderneiros”. Por menos disso ela já derrubou um presidente e pôs o Brasil em “ordem unida” durante 21 anos, enquanto arrancava as unhas dos descontentes. Freado o aumento das tarifas, o MPL, ao voltar às ruas (espero que volte), deverá focar-se em um dos muitos problemas nacionais.
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“DOR DE AMOR DÓI MAIS DO QUE BURSITE”

3Dor de amorO verbo amar transitivo indireto (com a preposição “a”) foi, em tempo que longe vai, exclusivo jargão religioso. “Amar a Deus sobre todas as coisas”, está grafado na tábua. A gramática quer, em relação a coisas e pessoas, o verbo não preposicionado. Amar era também de uso menos extenso: homens amavam mulheres, mulheres amavam homens, homens e mulheres amavam suas mães, estas os amavam sem medidas… Os para-choques repetiam uma frase produzida por alguém de coração dilacerado (ou vítima de crônica subliteratura): “Amor só de mãe!” – ai que me embriago de tanta poesia! Compreende-se. Quem leu Rubem Braga sabe que “dor de amor dói mais do que bursite”.
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Velha calça desbotada ou coisa assim
Voltando ao amar transitivo direto, diga-se que ele foi “democratizado”. Amavam-se pessoas, hoje se ama praia, macarrão com queijo, sorvete de coco, carro novo, a velha calça desbotada e, de moto, ama-se o vento na cara. São modismos que o tempo nos traz: conheço uma jovem senhora que ama seu iPhone de recentíssima geração (será isto o chamado sexo virtual que nunca entendi?). A boa linguagem, pela qual poucos na mídia ainda se interessam, recomenda que se goste das coisas citadas acima, sendo vedado amá-las. Se, por acaso, alguém não sabe a diferença entre gostar e amar, que tente beijar uma máquina. Adianto-lhes que não funciona, a não ser que seja uma… “máquina”.
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5Batata fritaAdoração ao arroxa e à batata frita
Cartola, em licença poética escreveu: “Não quero mais amar a ninguém…”, e caiu em “erro”, por usar a forma “religiosa” (“Não quero mais amar ninguém”, diz a norma). E quase tudo que foi dito vale para o verbo adorar, que igualmente nos remete à igreja. Adorar só a Deus e signos sagrados, era assim que era. Depois, o povo, que não está nem aí para gramáticas e gramáticos, mudou a regra. Hoje, com todo respeito, adora-se batata frita, novela de tevê, show de arrocha e de dupla “caipira”. Pelo sentido “clássico” do termo, tem-se a ideia de que o maluco se ajoelha diante do pacote de fritas e também genuflectido assiste à novela das nove. Medonhos tempos, estes.

QUEM DERA QUE ESSA RUA FOSSE MINHA!…

As ruas nos falam de dados momentos, lembranças que ficaram. “Se essa rua fosse minha/ eu mandava ladrilhar/ com pedrinhas de brilhante/ só pra ver meu bem passar”, diz o antigo frevo Vassourinhas. Antônio Maria (“o bom Maria”, como o chamava Vinícius, seu colega de quarto), morando no Rio e, ferido de saudades da terrinha, abre seu Frevo nº 3 dizendo: “Sou do Recife, com orgulho e com saudade”, para depois introduzir “Rua antiga da Harmonia,/ da Saudade, da Amizade e da União…/ São lembranças noite e dia”. Em poucos versos, quatro ruas de nomes sonoros, que mexem com os sentimentos da gente: harmonia, saudade, amizade, união.
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7AlceuMachado de Assis fala das ruas do Rio

Meu endereço em Buerarema era Manuel Vitorino, 6 (esquina com Siqueira Campos) – mania que as pessoas têm por vultos estranhos à cidade. Isso mudou um pouco. Já temos na antiga Macuco as ruas Paulo Portela, Manuel Lins, Pastor Freitas – personagens locais e já mortos, comme il faut. Mas eu queria falar era do fascínio que os nomes de ruas exercem sobre mim e, pelo que vejo, em vários autores. Lembro aqui de três deles, tocando o tema: Machado de Assis, Antônio Maria e Alceu Valença. Nos contos de Machado é possível saber muito do velho Rio, pelas ruas que o mestre cita: Larga de S. Joaquim, da Alfândega, do Lavradio, da Quitanda e, naturalmente, do Ouvidor.

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Um amor que sumiu nas ruas do Recife

“Sob uma chuvinha miúda, triste e cortante, como no enterro de Brás Cubas, o menino passeia sua melancolia por estas ruas que, transeuntes apressados sequer suspeitam, lhe pertenceram um dia. E chora as mudanças: mudou a cidade, mudaram os tempos, mudou ele, que ficou depressivo e meio adulto, morreu de velha a caramboleira, silenciaram os sabiás e bem-te-vis da infância que se foi” (Antônio Lopes: Luz sobre a memória – Agora Editoria Gráfica/1999). Perdidão da Silva, Alceu Valença parece procurar seu amor sumido nas ruas do Sol, da Aurora, da Matriz, das Ninfas, da Boa Viagem, da Soledade – mas como sempre acontece em casos semelhantes, o esforço é vão.

(O.C.)

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Movimento em reunião no último sábado, na capital baiana.
Movimento em reunião no último sábado, na capital baiana.

Marival Guedes, de Salvador
O Movimento Passe Livre promove manifestação em Salvador,nesta segunda-feira (17). A concentração será às 16 horas no Iguatemi. Outro ato está marcado para o dia 20, quinta-feira, às 14:00 horas no Campo Grande de onde partirão para a Fonte Nova. Nesta data jogam Uruguai X Nigéria.
As decisões foram tomadas no último sábado durante encontro na Arena do Passeio Público (Praça do Teatro Vila Velha) quando, segundo os organizadores, participaram 1.200 pessoas, convocadas através do Facebook.
Eles reivindicam Passe Livre para os estudantes, ônibus circulando 24 horas, ciclovias e acessibilidade. Uma das organizadoras, sem querer se identificar, disse ao PIMENTA que os empresários definem tudo sobre o transporte. “Mas quem deveria definir é o poder público. Se o empresário não aceitar, desista e deixe outra empresa entrar em seu lugar. Mas, lamentavelmente, o poder público está totalmente dominado”.
No dia 20 o Movimento Passe Livre fará manifestações em várias capitais do país. Os organizadores garantem que o MPL em Salvador é “apartidário e pacífico”.