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violencia mulherA ONU Mulheres Brasil divulgou, ontem (26), nota em que se solidariza com as jovens do Rio de Janeiro e do Piauí que foram vítimas de estupros coletivos e pede ao poder público dos dois estados que seja incorporada a perspectiva de gênero na investigação, processo e julgamento dos casos. A organização também pede à sociedade brasileira “tolerância zero” a todas as formas de violência contra as mulheres e a sua banalização.

Ontem (26), a Polícia Civil do Rio de Janeiro tomou depoimento de uma jovem de 16 anos que informou ter sido drogada e estuprada por diversos homens. O crime foi denunciado após um vídeo com imagens da jovem desacordada e com órgãos genitais expostos ter sido postado na internet. No vídeo, um homem diz que “uns 30 caras passaram por ela”.

Em Bom Jesus, sul do Piauí, uma jovem de 17 anos afirmou ter sido violentada por quatro adolescentes e um rapaz de 18 anos, na madrugada do dia 20. Após uma briga com o namorado, a jovem teria ingerido bebida alcoólica e os suspeitos se aproveitaram da embriaguez para cometer o crime. A jovem foi encontrada amarrada dentro de uma obra abandonada.

A nota, assinada pela representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, observa que os dois casos “bárbaros” se assemelham pelo fato de que as duas adolescentes teriam sido atraídas pelos algozes em tramas premeditadas e por terem sido violentamente atacadas num contexto de uso de substâncias com álcool e drogas.

“Como crime hediondo, o estupro e suas consequências não podem ser tolerados nem justificados sob pena do comprometimento da saúde física e emocional das mulheres, as quais devem dispor de todas as condições para evitar a extensão do sofrimento das violências perpetradas”, registra o texto. Da Agência Brasil

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 (Foto Pedro Augusto).

A Câmara de Vereadores de Itabuna realiza hoje (dia 11), às 19 horas, no salão social da AABB, a entrega da Comenda Otaciana Pinto, honraria concedida a mulheres selecionadas pelos membros do legislativo municipal pela relevância dos serviços prestados à comunidade local. A homenagem será prestada a 21 mulheres de diversos perfis e com atuação em vários setores da sociedade.

O nome da comenda faz referência à professora, parteira e vereadora Otaciana Pinto, nascida na cidade de Valença em julho de 1883 e que se radicou em Itabuna em 1925. Estima-se que ela tenha auxiliado em mais de mil partos, trabalho que só deixou de realizar quando chegou aos 74 anos de idade.

Otaciana Pinto morreu em maio de 1987, pouco antes de completar um século de vida.

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Jaciara Santos PrimoreJaciara Santos | jaciarasantos@primoreconsultoria.com.br

 

Imediatamente as lágrimas vieram aos meus olhos e fiquei ali observando uma amiga dar força à outra e, instantaneamente, aquelas duas amigas se abraçaram e compartilharam tamanha cumplicidade que me fez indagar uma vez mais: “De onde vem tanta força?”.

 

Ao longo dos anos, a mulher conseguiu novos direitos. Refiro-me mais especificamente às conquistas pelos direitos trabalhistas e pelas leis de proteção à mulher, que ganha notoriedade a cada dia.

Porém, falo hoje do espaço que nós mulheres estamos ganhando no mercado de trabalho, nas faculdades, no caminho em busca de maior aprendizado para evoluirmos em nossas carreiras e vidas. A mulher busca qualificar-se melhor e aprender mais, mesmo com todos os desafios e dificuldades.

Enfrentamos a vida com muito amor e bom humor. Ao mesmo tempo em que lidamos com uma jornada de trabalho às vezes fatigante e desafiadora, chegamos a casa para cuidar de nossa família.

Muitas vezes observo o exemplo de algumas mulheres e penso… “De onde vem tanta força”?

Em uma de minhas caminhadas pela cidade, encontrei duas senhoras conversando e compartilhando suas experiências… Reparei quando uma disse a outra: “Não desista, se a vida te enche de desafios é porque, com certeza, com a força que você tem irá superá-los. O que é um câncer para te derrubar?”

Imediatamente as lágrimas vieram aos meus olhos e fiquei ali observando uma amiga dar força à outra e, instantaneamente, aquelas duas amigas se abraçaram e compartilharam tamanha cumplicidade que me fez indagar uma vez mais: “De onde vem tanta força?”.

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violenciaA violência doméstica é responsável pela morte de cinco mulheres por hora no mundo, mostra a organização não governamental (ONG) Action Aid. A informação é resultado de análise do estudo global de crimes das Nações Unidas e indica um número estimado de 119 mulheres assassinadas diariamente por um parceiro ou parente.

A ActionAid prevê que mais de 500 mil mulheres serão mortas por seus parceiros ou familiares até 2030. O documento faz um apelo a governos, doadores e à comunidade internacional para que se unam a fim de dar prioridade a ações que preservem os diretos das mulheres. O estudo considera dados levantados em 70 países e revela que, apesar de diversas campanhas pelo mundo, a violência ou a ameaça dela ainda é uma realidade diária para milhões de mulheres.

“A intenção do relatório é fazer um levantamento sobre as diversas formas de violência que a mulher sofre no mundo. Na África, por exemplo, temos países que até hoje têm práticas de mutilação genital. Aqui, na América Latina, o Brasil é o quinto país em violência contra as mulheres. Segundo dados do Instituto Avon, três em cada cinco mulheres já sofreram violência nos relacionamentos em nosso país”, informa a assistente do programa de direitos das mulheres da Action Aid Brasil, Jéssica Barbosa.

O relatório considera as diferenças regionais entre os países e, além disso, observa o universo de denúncias subnotificadas, de mulheres que sofrem assédio, estupro ou outros tipos de violência e têm vergonha de denunciar. Da Agência Brasil

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Manu diz que o PMB incomoda porque é novo
Manu diz que o PMB incomoda porque é novo

Publicitária, escritora, colunista e agora dirigente partidária. Eis que, após muita paquera, a política entrou na vida de Manu Berbert. Ela, que há anos flerta com esse universo, decidiu entrar de cabeça.

Manu acaba de assumir a presidência da comissão provisória do recém-criado Partido da Mulher Brasileira (PMB), uma sigla que nacionalmente tem recebido críticas e alimentado desconfianças. Acusam o partido de não ter ideologia definida e de ser antifeminista (confira).

Segundo a pré-candidata do PMB à Prefeitura de São Paulo, Denise Abreu, o partido “é a resposta necessária para reposicionar a mulher em seu devido lugar, um lugar especial como centro aglutinador da família”.

Para Manu, entretanto, o PMB incomoda porque é novo. “Assim como em Itabuna, o partido começou a ser organizado em diversas cidades com mulheres de verdade”, afirma. Ela anuncia que fará reuniões para convidar mulheres atuantes de toda a cidade e adianta que não tem interesse em ser candidata a vereadora este ano.

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machismoCarta Capital

Ao anunciar sua filiação ao Partido da Mulher Brasileira (PMB), em dezembro de 2015, o senador Hélio José, do Distrito Federal, fez questão de exaltar as qualidades do sexo feminino, segundo a sua interpretação. “O que seria de nós, homens, se não fosse uma mulher para estar do lado, para nos trazer alegria e prazer?”, discursou no plenário.

Conhecido em Brasília como “Hélio Gambiarra”, o senador era suplente de Rodrigo Rollemberg (PSB) e assumiu a cadeira pelo PSD após a eleição do titular ao governo do DF. Em 2010, quando era filiado ao PT, José foi acusado de abusar sexualmente da própria sobrinha, uma menor de idade. Ele nega a acusação e diz ter sido alvo de perseguição política. A denúncia foi rejeitada pela Justiça, mas o Ministério Público ainda recorre.

Recém-criada, a 35ª legenda do País é o exemplo mais recente da crise de ideologia que atinge os partidos. Apesar de defender o aumento da participação da mulher na política, apenas duas mulheres compõem o quadro de 20 deputados federais do PMB, que tem ainda um senador.

Não bastasse, o PMB rejeita as bandeiras do feminismo. “O partido da mulher é antifeminista. É a resposta necessária para reposicionar a mulher em seu devido lugar, um lugar especial como centro aglutinador da família”, escreveu no Twitter a advogada e ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil Denise Abreu, pré-candidata do PMB à prefeitura de São Paulo.

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Manu BerbertManuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

 

Colocar a violência contra a mulher em discussão não é punir o homem em si. Muito pelo contrário. É orientá-lo sobre sentimentos como o respeito, a compaixão, o amor e a amizade para com elas.

 

 

No domingo, quando o Enem divulgou o tema da redação após o fechamento dos portões, confesso que fiquei em êxtase. Tornar necessário que sete milhões de estudantes reflitam sobre “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” é um marco e deve ser comemorado por todos. As relações interpessoais estão em colapso, e o Ministério da Educação entendeu, enfim, que não basta decorar os assuntos do ensino médio para se tornar alguém apto a se relacionar com outrem e suas futuras profissões.

Li que especialistas confirmaram a pertinência do tema, e que neste ano só há um tipo de posicionamento: contrário à violência. Embora a liberdade de expressão seja o direito de qualquer indivíduo em manifestar suas opiniões e pensamentos, defender qualquer ato violento, seja ele qual for, é se colocar na contramão dos direitos humanos e, assim, ir de encontro às normas que regem o nosso país. Em resumo, só irá atingir uma pontuação significante na prova quem escreveu abominando a violência física, verbal ou psicológica à mulher. “Bingo”, pensei!

Os índices de violência doméstica crescem assustadoramente no Brasil. E não é necessário que se tenha acesso a ambientes judiciais para ter essa noção. Todos os dias, assistimos nos noticiários casos de atos grotescos praticados no âmbito familiar, e isso inclui abuso sexual contra as crianças, maus tratos contra idosos, e principalmente a violência contra a mulher. Ou a escola debate normas comportamentais atuais que orientem as interações entre os indivíduos, ou estaremos predestinados a um “apocalipse” social.

Colocar a violência contra a mulher em discussão não é punir o homem em si. Muito pelo contrário. É orientá-lo sobre sentimentos como o respeito, a compaixão, o amor e a amizade para com elas. Da mesma forma, a Lei Maria da Penha não tem como finalidade punir o homem, e sim punir o homem agressor. E antes que alguém pense “mais um texto de uma feminista do século XXI”, permitam-se um pouquinho mais de clareza: Mulher gosta de carinho, seja ela feminista ou apenas FEMININA, como eu!

Manuela Berbert é publicitária e colunista do Diário Bahia.

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sakamotoLeonardo Sakamoto | Blog do Sakamoto

Ouvi a história e achei interessante contar. Porque a reação é sempre que a mulher se destemperou e não de que o maluco em questão havia extrapolado os limites da convivência.

 
– Tá tão bom esse jantar que você já pode casar!
A frase pousou na mesa de jantar tão leve quanto é possível para um golden retriever sujo e molhado, que sai correndo do jardim e, sem muita noção do próprio tamanho, lambuza todos à sua volta.
A bem da verdade, ela recebera a contragosto aqueles convidados. Pedido do chefe, que queria usar a sua melhor repórter para aumentar o interesse do pessoal da área comercial e de agências de publicidade com o jornalismo online que produziam. Então, reuniu velhos amigos para uma conversa sobre perspectivas do mercado digital – ou alguma abobrinha semelhante – e pediu o favor.
O problema é que ela não era a sua melhor repórter à toa.
– Oi, como disse?
– Que tá tão bom esse jantar que você já pode até casar.
– Desculpe, não entendi.
– Ah, é uma expressão antiga. Você já tem tudo que se espera…
– … de uma mulher?
– Não de uma boa…
– …dona de casa?
– Não, de alguém que…
– … que existe para servi-lo?
Percebendo aonde isso ia dar, o chefe tentou jogar panos quentes.
– Quando se cansar do jornalismo, a Clarice* pode abrir um restaurante!
Mas aí já era tarde demais.
Dado os comentários que o incômodo convidado fez, mangando da reação da anfitriã, os papeis já haviam sido identificados. E se ele fosse desempenhar o do “porco”, ela não ficaria na plateia batendo palmas como a “submissa”.
Após o jantar e a sobremesa, todos foram para a sala de estar a fim de beber e jogar conversa fora. Lá, o convidado, para provocar ainda mais, começou a cometer impropérios sobre o lugar do homem e da mulher, piadinhas a respeito do gênero de produtos de limpeza e reflexões sobre o que é ser um “homem de verdade” nesse mundo confuso.
O único momento em que se dirigiu a Clarice foi para perguntar:
– Poxa, mas meu cálice está seco há um século.
– Desculpe! Mas como você está falando besteira há tanto tempo, achei que já havia bebido demais.
– Isso é comentário de mulher mal-comi…
Antes que pudesse terminar a frase, um cálice de tinto chileno – de boa safra, diga-se de passagem – voou em sua camisa branca. E algumas pessoas que estavam no jantar, mesmo com a memória afetada pelo álcool, juram que tudo teria terminado em furdúncio se o sujeito não tivesse sido controlado pelos demais.
– Vagabunda! Mulher não me trata assim – resmungou, antes de sair porta afora e noite adentro.
– Acostume-se, o mundo mudou! – ainda disse ela.
O chefe ponderou que, apesar do cara ser um idiota, ela deveria se controlar mais:
– Por sorte, ele não era de uma agência grande…
– Não, você não está entendendo. Por sorte, o que eu tinha na mão era uma taça de vinho, não alguma coisa pesada ou cortante.
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Valéria Ettinger1Valéria Ettinger | valeria@emancipe-se.org

O meu aplauso porque a luta dessas mulheres não se resume em um único dia, em um momento, no qual a celebração ressoa como um presente de consolação pela condição de ser mulher.

Depois da enxurrada de comemorações para as mulheres de Atenas, as Amélias, as mulheres centopeias, as mulheres caranguejos, as mulheres por serem, simplesmente, seres do sexo feminino. Aplaudo de pé as mulheres invisíveis.
Aquelas mulheres que morreram queimadas por melhores condições de trabalho;
As mulheres que foram espancadas, abortadas, execradas e mortas nas lutas pela democracia;
As mulheres que são levadas de suas famílias, desde cedo, para serem escravas ou serem abusadas sexualmente;
As mulheres que tem seu clitóris retirado porque não foi dado as mulheres o direito de sentir prazer;
As mulheres que são vendidas como se fossem objeto comercial;
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manuela berbert3Manuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

Não aquela mulher submissa, mas aquela que adora escutar a sua opinião também. Aquela que pondera em voz baixa, mas gargalha quando contam a sua piada favorita.

Permita-me ser mulher. Não uma mulher qualquer, permita-me ser única. Permita-me ser independente e carente ao mesmo tempo. Permita-me querer o mundo num dia e ousar trocá-lo por um abraço apertado no outro. Permita-me ser tímida e voraz ao mesmo tempo, numa única frase. Permita-me.
Permita-me ser mulher. Não aquela mulher submissa, mas aquela que adora escutar a sua opinião também. Aquela que pondera em voz baixa, mas gargalha quando contam a sua piada favorita.
Permita-me ser mulher e menina numa mesma roupa, numa mesma mesa de bar, num mesmo dia. Uma inconsequente nas nossas aventuras na praia, e a mais sensata de todas as mulheres quando sentada numa mesa de reuniões. Permita-me.
Permita-me ser mulher. Permita-me escrever o que sinto e depois apagar, falar bobagens para depois me arrepender, cantarolar Maria Bethânia até chover, dançar loucamente numa pista de dança com você. Permita-me ser eu todos os dias e prometa gostar da mulher que habita em mim. Permita-me ser mulher e entenda o que nem eu mesma consigo entender. Ordeno e suplico, apenas permita-me.
A todas as mulheres do mundo, permitam-se!
Manuela Berbert é publicitária e colunista do Diário Bahia.

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ricardo artigosRicardo Ribeiro | ricardorib.adv@gmail.com
 

Na Bahia, a população feminina é maioria e elas representam 52% do total de eleitores. No último pleito municipal, em 2012, o número de mulheres escolhidas para governar municípios baianos cresceu 36% em comparação com as eleições de 2008.

 
Não é tão pequena a possibilidade de que o segundo posto na chapa a ser encabeçada pelo petista Rui Costa para o Governo da Bahia seja destinado a uma mulher. Há diversos motivos para que se faça tal opção, a começar pelo reconhecimento do notável papel feminino em postos de destaque na sociedade nos dias atuais. A reboque dessa constatação, vem uma série de outras razões que dizem respeito especificamente ao pleito que se anuncia.
Primeiramente, há que se considerar a existência de uma chapa de relevância considerável, liderada pela senadora Lídice da Mata (PSB) como pré-candidata ao governo, tendo ainda a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça e ex-corregedora nacional de justiça, Eliana Calmon, como postulante ao Senado. Chapa eminentemente feminina, e não são quaisquer as fêmeas que a integram.
Outro ponto a ser considerado é que a utilização do critério de gênero tira de foco o fatiamento meramente partidário da chapa majoritária. Não seria uma saída pela tangente, mas um bom argumento para esgrimir com os caciques pedetistas e pepistas, ávidos pela vice. Que tal serem bons cavalheiros e darem preferência a uma dama?
Se alguns já imaginam Marcelo Nilo (PDT) ou Mário Negromonte (PDT) ao lado de Rui Costa nas fotos de campanha, a quebra de expectativa com o “fator novo” pode gerar um bom efeito para o grupo. A sintonia com o protagonismo feminino, que tem a presidente – ou presidenta – Dilma Rousseff como paradigma nacional, certamente faria bem a Rui.
Talvez valha a pena para o grupo enfrentar os obstáculos que se colocam diante dessa opção, principalmente porque a resistência está firmada em projetos pessoais. Por outro lado, a conjuntura política e o desenho da disputa indicam que uma mulher na vice é uma boa pedida.
Na Bahia, a população feminina é maioria e elas representam 52% do total de eleitores. No último pleito municipal, em 2012, o número de mulheres escolhidas para governar municípios baianos cresceu 36% em comparação com as eleições de 2008.
Ou seja, elas vêm com tudo. E diante desse cenário uma chapa 100% masculina já nasce em desvantagem.
Ricardo Ribeiro é advogado.
 

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Vladimir Platonow | Agência Brasil

O protesto marcado pelo Facebook tinha mais de 8 mil pessoas confirmadas, mas só seis mulheres tiveram coragem de exibir os seios na manhã deste sábado (21), na Praia de Ipanema, na altura do Posto 9. O evento batizado de toplessaço foi organizado contra a repressão a uma atriz, no dia 14 de novembro, que posava para fotos de divulgação de uma peça, no Arpoador, quando foi abordada por policiais militares e obrigada a se cobrir.

Apesar do pouco número de participantes, o toplessaço atraiu um grande número de curiosos e de profissionais de imprensa e serviu para despertar a discussão sobre o tema. A argentina Natália Lorenzo, que mora no Brasil há dez anos, se surpreendeu com a curiosidade das pessoas.

“Acho que a repressão ainda é grande, por isso nós mulheres temos que vir fazer estas coisas. Na Argentina também é proibido, o que é ridículo. Isto aqui é uma manifestação, não é uma promoção, não estou aqui para me mostrar”, disse Natália, que pintou nas costas a frase “Este corpo é meu”.

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pocarrontas

O energético Bivolt promove mais uma edição do concurso “Garota Bivolt”. É um festival de beldades para marmanjo nenhum botar defeito.

Entre as candidatas, está essa morenaça que assina com o misterioso Veurycat Pocarrontas Silva. Um tanto estranho, mas será que algum sujeito vai se preocupar com o nome depois de ver as curvas dessa gata?

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UM AMOR COM CHORO, GRITOS E CLAMORES

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

1Ilhéus

De ótimo texto sobre Ilhéus, assinado por Gerson Marques (“Oração para a bela e triste senhora do atlântico”, aqui no Pimenta na Muqueca), esta coluna reproduz um trecho: “Não existe uma só Ilhéus, existe uma Ilhéus dentro de cada um que a ama, que a conhece, que em suas fontes bebe, que em suas curvas se perde. Assim sendo, não se ama essa terra de uma única forma, ama-se por vezes chorando, clamando e gritando, ama-se na contradição, na expressão do verbo, no suor do trabalho, na tristeza do filho perdido, na dor dos sonhos fruídos, na ausência de carinho, mas também na paixão infinita”. Tem mais, a seguir.

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Restam as ruínas do passado glorioso

“Aqui, parece se odiar para amar, vê-se em seus filhos eleitos a ausência completa de amor por ti, vê-se no lixo jogado à rua, na insanidade dos mangues invadidos, nas obras tortas de mau gosto que triunfam sobre suas ruínas de passado glorioso, no desprezo das autoridades à decência de seu povo, na usura pútrida de quem imagina enganar as massas com sorrisos vazios e promessas furtivas, vê-se em verdade uma completa falta de respeito por sua feminilidade atlântica, sua essência de deusa, seu esplendor de musa, suas curvas de rainha.” Um momento feliz, uma saudação merecida a esta terra-mãe da região cacaueira, um grito contra filhos que a desmerecem.

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DE CHEIROS, SABORES E MEMÓRIAS ANTIGAS

3CheiroÀ sombra dos laranjais, último romance de Marcos Santarrita (1941-2011), ainda inédito, teve como título provisório Cheiro bom de mulher, o que me remeteu, já não digo a uma pesquisa, mas a rápida reflexão sobre o tema. Se existe um cheiro típico de mulher, e que importância tem esse cheiro foram as motivações deste “pesquisador”. Não, não saí por aí a farejar louras, morenas, negras e ruivas (quem me dera!), mas me vali de observações de terceiros e da minha própria memória olfativa (ai, meu Deus!), que está mais viva do que imaginava minha vã e pessimista filosofia.
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Mulher possui cheiro “indescritível”
Concluí que mulher possui cheiro exclusivo, capaz de ser percebido mesmo que estejamos de olhos fechados. E é tão único quanto uma impressão digital: Ana cheira diferente de Maria, que não exala o mesmo perfume de Francisca, enquanto esta tem pouco a ver com Madalena… mas todas cheiram tão bem, graças a Deus! Cheiro de mulher não se descreve. Talvez seja uma mistura de perfume propriamente dito com sabonete, creme para a pele, xampu, esmalte de unha, batom e demais ingredientes que vocês imaginem. Digo que a parte feminina mais cheirosa é o pescoço, e provo lembrando quanto pescoço vejo cheirado em público.
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5Salto altoCheiro bom montado em sapato Luiz XV

Alguém um pouquinho mais desocupado do que eu procurou saber o que nas mulheres mais atrai os homens (a pesquisa não permitia palavrões) e encontrou o cheiro na ponta da tabela. Houve respostas que tangenciaram a tara e adentraram o fetiche: existe nego vidrado em biquíni, uns se sentem atraídos por mulher burrinha, outros preferem o tipo “cabeça”, houve um cara que destacou “a capacidade de chorar”, outro se disse “fissurado em mulher que sabe… ouvir!” e por aí vai. Transportando-me para a pesquisa (nunca me ouvem nessas entrevistas!) eu apontaria nas mulheres não um atrativo, mas dois: cheiro bom e sapato alto.

 

ENTRE PARÊNTESES, OU…

Entre a moralidade e a esperteza
Aviões da FAB cruzam os céus, no afã de transportar autoridades em dolce far niente. E o presidente do STF, Joaquim Barbosa, equipara-se a Renan Calheiros e outros useiros e vezeiros em espertezas: viajou ao Rio, com dinheiro do Tribunal, para assistir ao jogo Brasil x Inglaterra. “Joaquim Barbosa?” – perguntaria a gentil e desinformada leitora. Ele mesmo, aquele que analistas apressados elevaram ao panteão dos heróis nacionais. À mente me vem uma reflexão do humorista Stanislaw Ponte Preta, cinquentenária, mas atual como se fosse nascida ontem: “Ou restaure-se a moralidade ou nos locupletemos todos.” Até tu, Quincas?

SOM DE IPANEMA QUE CONQUISTOU O MUNDO

7Tom Getz Gilberto
Garota de Ipanema é canção clássica da MPB, eternizada no disco fundamental, já comentado aqui, Getz/Gilberto, fruto da implicância de João Gilberto (na foto, com Tom Jobim e Stan Getz), em 1964. É um dos temas mais gravados do mundo, tendo registros de Pery Ribeiro (o primeiro, em 1962), Astrud Gilberto (no LP referido), Frank Sinatra, Cher, João Gilberto, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Amy Winehouse, Roberto Carlos, Gal Costa, Madonna, Toquinho e outros. Até uma certa Xuxa se permitiu um atentado contra esse texto sagrado – numa novela (da Globo, é óbvio). Dizem ser a segunda gravação mais tocada do mundo, vencida somente por Yesterday, dos Beatles.
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Tom Jobim, no auge da fama, em 1967
É pouco divulgado que Vinícius titulou a canção como Menina que passa, cuja letra pouco inspirada falava de um sujeito que “vinha cansado de tudo/ de tantos caminhos/ tão sem poesia/ tão sem passarinhos…” , para descambar nesta quadra: “Eu vi a menina/ que vinha num passo/ cheio de balanço/ caminho do mar”. Tom e Vinícius não gostaram desse resultado e, mais tarde, ao ver passar o balanço de Helô Pinheiro, o poetinha fez a letra definitiva. O vídeo mostra Tom no auge da fama, ao gravar o disco Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim, em 1967. Uma curiosidade é Tom ao violão, quando o público se habituou a vê-lo ao piano ou à flauta transversal.

(O.C.)