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Cauby Peixoto era considerado uma das maiores vozes da música brasileira (Arquivo Agência Brasil)
Cauby Peixoto era considerado uma das maiores vozes da música brasileira (Arquivo Agência Brasil)

Um dos maiores cantores da música brasileira, Cauby Peixoto morreu na noite desse domingo (15), aos 85 anos, em São Paulo. Ele estava internado desde o dia 9 de maio no Hospital Sancta Maggiore, no Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo. Segundo o fã clube do artista, ele morreu por volta da meia-noite de ontem. O hospital informou que o cantor teve um quadro de pneumonia.

Cauby Peixoto Barros nasceu em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, em 10 fevereiro de 1931. Cresceu em uma família de artistas. Trabalhou no comércio até começar a participar de programas de calouros no fim da década de 40, como a Hora dos Comerciários, na Rádio Tupi. Gravou o primeiro disco pelo selo Carnaval, em 1951, com o samba Saia branca, de Geraldo Medeiros, e a marcha Ai, que carestia!, de Victor Simon e Liz Monteiro. Foi um dos grandes nomes da chamada “era de ouro do rádio”.

Em 65 anos de carreira, teve grande sucesso com músicas como Blue Gardenia, Conceição, Mil Mulheres, Bastidores, New York, New York e Nada Além.

Cauby Peixoto  estava em turnê pelo Brasil com a cantora Angela Maria. Da Agência Brasil

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Brown foi uma das atrações musicais do Eu sou a Concha (Foto Mateus Pereira/GovBA).
Brown foi uma das atrações musicais do Eu sou a Concha (Foto Mateus Pereira/GovBA).

Neste domingo (15), último dia do Festival Eu Sou a Concha, a nova Esplanada do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, recebe, das 11h às 17h, um grande evento gastronômico. Haverá food trucks, uma unidade do projeto Biblioteca Móvel, da Fundação Pedro Calmon (FPC), e ainda uma apresentação da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba).

A atividade, aberta ao público, marca a estreia desse novo espaço como mais uma área para a realização de eventos no TCA e acolhe parte do público que não conseguiu comprar ingressos para os shows de reabertura da nova Concha Acústica, além dos que garantiram suas entradas, mas planejam chegar ao local mais cedo.

A grande atração serão os food trucks. O público poderá escolher entre o Guerrilha Food Truck, com seus hambúrgueres especiais; o Family Food Truck, com suas tapiocas e crepes doces e salgados; o Garage Food Truck, com seu hambúrguer gourmet, e ainda o Coronado, com seus sorvetes artesanais. Os preços dos produtos comercializados variam entre R$ 5 e R$ 25.

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Circula nas redes sociais uma paródia da música “Tarde em Itapuã”, de Vinícius de Moraes, que se transformou em uma insólita “Tarde em Itabuna”. Os versos evocam uma cidade onde o sol arde e é possível “sentir o mar”, porém de uma forma que ninguém gostaria.

Ao final, o cantor afirma:

“Esta música é para agradecer aos governantes, que, nos últimos 20 anos, vêm matando nossa cidade e nosso povo. Obrigado, pelas brigas políticas de vocês! Muito obrigado!”.

A autoria da pérola é desconhecida. O PIMENTA faz questão de saber quem compôs para dar os devidos créditos.

Atualização às 12h34min – A paródia foi composta por Cida Lisboa.

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Herbert Viana e Paralamas farão show público em Ilhéus (Foto Eduardo Valente/Frame).
Herbert Viana e Paralamas farão show público em Ilhéus (Foto Eduardo Valente/Frame).

A grade de shows do Festival Aleluia Ilhéus foi fechada com as contratações de Jorge Vercillo e Os Paralamas do Sucesso. O evento gratuito será aberto com show gospel de Régis Danese, no dia 23, na Avenida Soares Lopes. Danese gravará DVD de 10 anos de ministério.

Adriana Arydes, um dos principais nomes da música católica, também foi confirmada e se apresenta no palco do festival na noite de quinta (24). A Sexta-Feira da Paixão terá Jorge Vercillo no palco do Aleluia Ilhéus. Também no dia 25, haverá a encenação da Paixão de Cristo.

O sábado (26) será a vez de Herbert Viana e Os Paralamas do Sucesso, que retornam a Ilhéus pouco mais de três anos, após showzaço em outubro de 2012, no Boca du Mar. O show marca o último dia do evento.

O evento começa no próximo dia 23, na Soares Lopes, reunindo exposição literária com autores regionais, manifestações da cultura regional, feira de economia criativa com artesanato local e pavilhão de exposição de marcas de chocolate de origem do sul da Bahia. O Festival Aleluia Ilhéus é anual, promovido pela Associação de Turismo de Ilhéus (Atil) e patrocinado pela Prefeitura de Ilhéus e Governo da Bahia, via Secretaria Estadual de Turismo.

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Gilberto Gil recebe alta após 13 dias internado (Foto Fernando Frazão/Agência Brasil).
Gilberto Gil recebe alta após 13 dias internado (Foto Fernando Frazão/Agência Brasil).

O cantor, compositor, músico e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil recebeu alta hoje (9), após permanecer internado desde o dia 25 de fevereiro no Hospital Sírio-Libanês, na região central da cidade de São Paulo. Ele estava em tratamento clínico para controle de um quadro de hipertensão arterial.

O hospital não divulgou boletim médico. Por meio de uma rede de relacionamento social, Gilberto Gil agradeceu as manifestações de carinho do público durante o período em que ficou hospitalizado.

“Obrigado a todos pelo carinho demonstrado aqui nas redes. Já estamos a caminho de casa. Aquele abraço!”. Na mesma página, ele postou uma foto ao lado de um dos médicos que o acompanhou, o cardiologista Roberto Kalil Filho. Informações da Agência Brasil.

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Monstro da percussão mundial, Naná Vasconcelos lutava contra câncer (Foto JC Imagem).
Monstro da percussão mundial, Naná Vasconcelos lutava contra câncer (Foto JC Imagem).

Do NE 10

O coração do grande percussionista Naná Vasconcelos, de 71 anos, bateu pela última vez nesta quarta-feira, dia 9 de março. Filho de um violonista do Recife, Naná teve na infância influências musicais que iam de Villa-Lobos a Jimi Hendrix. Especializou-se em instrumentos de percussão brasileiros, particularmente o berimbau.

A primeira universidade a que teve acesso foi a Universidade do Samba de Sítio Novo, imaginária entidade nascida das lucubrações do professor Jomard Muniz de Britto nos idos de 1966, onde Naná se graduou no instrumento que o fez ganhar o mundo. Juvenal de Holanda Vasconcelos (nome de batismo) nasceu no Recife mas ficou conhecido em outros países – morou 27 anos nos Estados Unidos e outros cinco em Paris, onde trabalhou e gravou discos.

Depois de tocar por algum tempo em cabarés e bandas da capital pernambucana, ainda jovem mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu Luiz Eça, Wilson das Neves, Gilberto Gil, e passou a acompanhar Milton Nascimento e o Som Imaginário. Em 1970 foi convidado para integrar a turnê do saxofonista argentino Gato Barbieri pelos Estados Unidos e Europa.

Na década de 70, o pernambucano tocou com grandes nomes da música internacional como Pat Metheny, B.B. King e Paul Simon. Foi E eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat e ganhador de oito prêmios Grammy. Leia reportagem na íntegra.

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Aleluia Ilhéus atrai grande pública para espaço de shows (Foto Gidelzo Silva).
Aleluia Ilhéus atrai grande pública para espaço de shows (Foto Gidelzo Silva).

Após uma parada ano passado, o Festival Aleluia Ilhéus está confirmado em 2016, no período de 23 a 26 de março, na Avenida Soares Lopes. A edição deste ano reunirá exposição literária com autores da terra de Jorge Amado, instalações artísticas e vernissages de grandes artistas plásticos baianos, manifestações da cultura regional e muita música com nomes de peso no cenário nacional. Até aqui, a atração confirmada é o cantor gospel Régis Danese, que abre o festival, no dia 23.

– Tínhamos uma lacuna no turismo da Bahia nesse período de feriado cristão e queremos que seja preenchida pelo Aleluia Ilhéus Festival. A ideia é que o Governo do Estado volte a apoiar para que possamos fazer o Aleluia este ano novamente, já que a situação orçamentária impediu a realização em 2015. Essa terceira edição consolida o festival para entrar no calendário de eventos turísticos do estado e até buscar captação de recursos no âmbito Federal”, assegurou Nelson Pelegrino, secretário estadual do Turismo.

Em 2014, a edição mais recente do Aleluia Ilhéus Festival reuniu 120 mil pessoas e proporcionou uma taxa de 100% da ocupação hoteleira da região. “Por ter um bom aeroporto e estar posicionada, assim como a cidade de Porto Seguro, na região Sul do estado, Ilhéus atrai turistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, de todo o Nordeste e da própria Bahia. Queremos muito estimular o turismo interno. Com a alta do dólar, estamos no momento certo para isso”, complementa Pelegrino.

MÚSICA E ENCENAÇÃO DA PAIXÃO DE CRISTO

As atrações musicais vão se apresentar em dois palcos instalados próximos à Catedral de São Sebastião, centro da cidade. Por lá passarão, desde a quarta-feira (23) até o sábado (26) bandas e artistas nacionais. Já na Sexta-feira da Paixão (25), o público irá se emocionar com a encenação da Paixão de Cristo.

Às 18h, um grupo sairá da catedral e percorrerá as ruas do centro em procissão, culminando no espetáculo apresentado, às 20h, em um belo cenário montado no parque da Avenida Soares Lopes. A performance envolverá aproximadamente 100 pessoas, entre atores e figurantes.

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Memé apresenta seu repertório variado na AABB (foto Divulgação)
Memé apresenta seu repertório variado na AABB (foto Divulgação)

A noite grapiúna tem hoje boas opções para quem gosta de teatro e de boa música. No Centro de Cultura Adonias Filho, às 20 horas, acontece a primeira apresentação da peça Confissões de Mulheres de 30, que traz no elenco as atrizes Nanda Lisboa, Mariana Moreno e Mariana Borges. O espetáculo faz uma abordagem bem-humorada das preocupações, amores e temores das chamadas balzaquianas.

Além da noite de hoje, as meninas voltam ao palco do CCAF neste sábado (27), às 20 horas, e no domingo, às 19h. Ingressos à venda na bilheteria do Centro de Cultura.

VOZ E VIOLÃO – Outro excelente programa é a “Sexta Super Musical da AABB”, que esta noite traz o som de Memé, a partir das 20 horas, na Cabana do Tempo. No repertório, MPB, axé e música internacional.

O evento tem entrada franca para sócios e não-sócios do clube, além de não ser cobrado couvert artístico.

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Tays Reis, da Vingadora, metralha sucesso - também de gosto duvidoso - de Bell Marques.
Tays Reis, da Vingadora, metralha sucesso – também de gosto duvidoso – de Bell Marques.

O jornalista baiano João Pedro Pitombo é dos bons nomes da nova geração. Da redação d´A Tarde, migrou para a Folha, sendo repórter da sucursal do diário dos Frias. Neste carnaval, entre uma matéria e outra, escreveu o texto abaixo, falando da dor de cotovelo de Bell Marques ao sentir que sua chapinha estava sendo metralhada pela Vingadora. Confira o texto abaixo.

João Pedro Pitombo | Blog Alalaô Folha

Um vácuo se abriu com a crise dos blocos e do axé, mas o espaço foi ocupado por novas atitudes e discursos que criaram um contraponto ao velho esquema do Carnaval de Salvador.

Foram várias lutas em diferentes ringues. Num deles, a demanda venceu a oferta, e os onipresentes blocos perderam espaço para os trios sem cordas e sem segregação.

Noutros ringues, as manifestações populares ganharam mais espaço, e o axé se oxigenou com novas influências. Um marco: Saulo Fernandes, no Campo Grande, cantando o dub “Playsom”, da Baiana System.

Mas a principal das lutas acabou por nocaute, ungida pelos foliões. De um lado, a música “Paredão Metralhadora”, da banda Vingadora, pela primeira vez na folia. Do outro, Bell Marques, com mais de 30 carnavais, e seu “cabelo de chapinha”.

A “arrochadeira” da Vingadora fala de embates entre “paredões de caixa de som”, mas prega o empoderamento das mulheres. Logo, foi adotada por outras cantoras, como Ivete Sangalo.

Não é um discurso político, vá lá. Mas cantar que “as que comandam vão no trá” está a anos-luz da música oponente de Bell, cuja letra original dizia para a mulher ir ao salão de beleza ficar “do jeito que seu nego gosta”.

A polêmica foi enorme, e a música teve a letra alterada depois de acusações de racismo, com intervenção do Ministério Público. Mesmo assim, não perdeu a essência.

Em desfile na Barra, Bell chegou a dizer que “se não ganhar [o prêmio de melhor música], tem alguma coisa errada”. Isso num Carnaval em que foram registrados mais de 500 casos de violência contra a mulher e mais de cem de racismo.

De fato, tem alguma coisa errada, Bell. Mas que, de forma lúdica, começa a ser metralhada. Trá-trá-trá!

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Ídolos da música brasileira, como Bethânia, foram homenageados (Foto Agência Brasil).
Ídolos da música brasileira, como Bethânia, foram homenageados (Foto Agência Brasil).
As duas últimas escolas de samba do Rio de Janeiro que passaram no Sambódramo da Marquês de Sapucaí, na madrugada desta terça-feira, 9, apresentaram enredos em homenagem a ídolos da música brasileira.

A Imperatriz Leopoldinense levou para a avenida a dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano. Os dois estavam no último carro, que fazia referência à música “É o Amor”, sucesso que marcou a trajetória dos irmãos.

Na frente da alegoria estava seu Francisco, pai da dupla, que incentivou a carreira deles. Os filhos vieram na parte mais alta do carro. Zezé, de verde, e Luciano, de branco, as cores da escola da zona norte do Rio.

Eles não foram os únicos artistas no desfile. A cantora e compositora Paula Fernandes se apresentou no tripé Abelha-Rainha, simbolizando a polinização das abelhas entre girassóis de campos goianos. O ator Ângelo Antônio e a atriz Dira Paes, que representaram o seu Francisco e dona Helena, mãe da dupla, no filme “Os Dois Filhos de Francisco”, vieram fazendo encenações de um casal em uma casa simples do interior.

O encerramento da noite ficou por conta da Mangueira, em um desfile que emocionou o público. A homenageada foi a cantora Maria Bethânia, pelos 50 anos de carreira. O enredo “Maria Bethânia – a menina dos olhos de Oyá” exibiu uma Mangueira diferente dos últimos anos.

“Tinha pouco ferro, não tinha muito esplendor. Acho que foi um desfile com visual moderno. Tem um visual diferente, mais leve. Para a Mangueira foi diferente e fico feliz deles terem gostado para caramba”, disse o carnavalesco Leandro Vieira, na dispersão da Marquês de Sapucaí, que durante o desfile comentou que o dengo da baiana estava “dando certíssimo”. O dengo da baiana é uma parte da letra do samba-enredo.

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, que é mangueirense, entrou na avenida à frente da escola. Ele disse que o enredo da Mangueira permitiu ainda um apoio à negação à intolerância religiosa. Juca Ferreira destacou também que a carreira de Bethânia é marcada pela valorização da música brasileira e resgate da cultura popular. “Bethânia é uma das grandes artistas do Brasil e seu canto está muito vinculado à cultura popular brasileira. O resgate, a defesa e o canto. Ela expressa o que de há de melhor no Brasil em termos culturais”, disse. (Da Agência Brasil)

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Contos&Cantigas abre programação do TPI deste ano (Foto TPI).
Contos&Cantigas abre programação do TPI deste ano (Foto TPI).

A programação da Tenda Teatro Popular de Ilhéus em janeiro começa nesta sábado (9), às 17h, com o Conto&Cantigas, com atores e músico contando histórias de forma dramatizada. A apresentação, com classificação indicativa livre, será na área verde da tenda, na Avenida Soares Lopes.

A programação da Tenda ainda segue com apresentação da Companhia Circo da Lua (dia 16); 9º Encontro Grapiúna de Compositores e Compositoras (dia 15); e Tributo Grapiúna: Eles e Elas Cantam (dia 22). No dia 23, haverá lançamento do disco IsmeraRock & O Calibre Dobrado. A apresentação de Medida Por Medida, peça do grupo do Teatro Popular de Ilhéus inspirada na obra homônima de William Shakespeare, encerra a programação de janeiro. Serão três dias – 28, 29 e 30.

A programação completa está disponível na internet, por meio do link http://goo.gl/pzFt58, no aplicativo Tenda Teatro Popular de Ilhéus (download na Google Play Store) e nos folhetos informativos distribuídos no próprio espaço cultural.

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Elton OliveiraElton Oliveira | srelton@hotmail.com

 

Um bom exemplo de quebra de paradigma é a eleição de Barak Obama à presidência dos Estados Unidos da América (EUA). Quando ele anunciou sua pretensão de se tornar candidato, a maioria das pessoas não o levou a sério.

 

A mais célebre representante da Geração “Y” é a mais jovem ganhadora da história do Prêmio Nobel da Paz, a paquistanesa Malala Yousafzai, que ganhou em 2014 o prêmio ao lado do indiano Kailash Satyarthi, de 60 anos. A paquistanesa de 18 anos é ativista dos direitos das mulheres e meninas para terem amplo acesso à educação.

Malala ficou mundialmente conhecida após ter sobrevivido a uma tentativa de homicídio empreendida pelo grupo radical talebã, porque queria frequentar normalmente aulas em uma escola. A palavra de ordem da Geração “Y” é o “Ativismo”. Neste presente artigo, trataremos de como os pertencentes à tribo “Y” compreendem Liderança.

Assim definimos a Geração “Y”: como sendo os nascidos após o ano de 1978, conhecidos como a geração da Internet. Imediatistas, buscam significados para a vida, são focados em valores éticos, valorizam o aprendizado e as relações sociais. Conferem relevância insubstituível à velocidade e agilidade. São “multitarefas” e conseguem ouvir música, assistir à TV digital, ler notícias na internet, responder às redes sociais e ainda são capazes de captar uma conversa ao redor.

Também, a Geração “Y” inovou a maneira de se fazer marketing. Não são fiéis a marcas, convivem em tempo integral com instrumentos virtuais e consideram a novidade muito mais importante do que a necessidade. Substituem os livros pelos computadores, preferencialmente móveis. A internet é tão comum para a Geração “Y” quanto as bancas de jornais, bibliotecas e sebos eram para as gerações que a precederam.

Pensando um pouco nas eleições de 2016 e no primeiro voto de muitos integrantes da Geração “Y”, além da utilização do aplicativo de celular Whatsapp que caiu nas graças desse nicho de eleitores. A pergunta que não quer calar é como a Geração “Y” pensa liderança. Num passado recente, ser um líder era algo tão simples quanto a definição do Dicionário Aurélio para a palavra: “chefe e/ou guia”. Ou ainda, do Dicionário Houaiss: “indivíduo que tem autoridade para comandar ou coordenar outros”.

As definições de liderança citadas acima se referem ao modelo aprendido por aqueles de nós que têm mais de quarenta anos. Um modelo que nos foi apresentado na infância pelos nossos pais, a quem chamávamos de senhor e senhora os quais temíamos desobedecê-los e não nos atrevíamos a questionar.

O mesmo modelo pode ser encontrado, também, no relacionamento com os professores e, mais tarde, com os gestores que tivemos no começo da trajetória acadêmica e profissional. Por tudo isso, para nós, liderança tornou-se algo que poderia ser traduzido como “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.

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Festival de Lençóis espera reunir cerca de 30 mil pessoas (Foto Divulgação).
Festival de Lençóis espera reunir cerca de 30 mil pessoas (Foto Divulgação).

Começa nesta sexta-feira (9), na Chapada Diamantina, a 17ª edição do Festival de Lençóis. A organização da festa tem a expectativa de levar aproximadamente 30 mil pessoas para a região, até o show da Baiana System, última banda a subir ao palco, no domingo (11). O festival tem patrocínio do Governo Baiano, por meio do FazCultura.

Mais uma vez, o evento apresenta na Praça Horácio de Mattos uma grade musical que deve agradar diferentes gostos. Entre as atrações nacionais, estão Pedro Mariano, Leo Jaime e Diogo Nogueira. Entre as bandas que embarcam de Salvador, a Baiana System e Scambo.

A cantora Márcia Castro é outra baiana que deve fazer balançar a praça com seu show bom de assistir e dançar. As atrações locais também estão na mira do público, que sempre se surpreende com o belo trabalho que levam para o festival. Este ano, a cidade anfitriã está representada musicalmente pelos grupos Choro Labuta, Helio Bahia e banda, Griô e Raiz do Vento.

Nesta edição, o Festival de Lençóis apresenta uma mensagem pelo meio ambiente, diante das queimadas que estão acontecendo em algumas regiões da Chapada Diamantina. Os artistas se engajarão na causa e convocarão o público a abraçar a bandeira contra os incêndios, tendo cuidado com pontas de cigarro, uso de velas e outros materiais inflamáveis perto das matas. O evento apoia a campanha Bahia contra o Fogo.

Programação (palco principal)
A partir das 19h30min

Sexta-feira (9)
Choro Labuta
Márcia Castro
Leo Jaime
Hélio Bahia e banda

Sábado (10)
Griô
Pedro Mariano
Scambo
Banda Zion

Domingo (11)
Raiz do Vento
Diogo Nogueira
Baiana System

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

 

Mas a história não teve final feliz para Chico. Tal qual a lua fez com Joelma, a filha fez com o pai: Silvia Buarque é flamenguista.

 

 

O maior duelo na música brasileira, pelo que já li e assisti, foi entre Noel Rosa e Wilson Batista. Este último fez um samba enaltecendo a malandragem e Noel fez outro se contrapondo.

A disputa continuou e Wilson Batista baixou o nível do debate compondo Frankstein da Vila. Uma alusão ao queixo de Noel que era pra dentro, resultado de problemas durante parto.

Ao ouvir num rádio Noel brincou imitando um monstro. É o que mostra cena do filme O Poeta da Vila.

No total foram quatro composições de cada um. Se destacaram duas, ambas de Noel, Palpite infeliz e Feitiço da Vila. A segunda até hoje é cantada em shows e boas rodas de samba:Quem nasce lá na Vila/Nem sequer vacila/Em abraçar o samba/Que faz dançar os galhos/Do arvoredo e faz a lua/Nascer mais cedo.”

Já Paulinho da Viola foi vítima da irritação de Benito Di Paula quando compôs Argumento:

“Tá legal eu aceito o argumento/Mas não me altere o samba tanto assim/Olha que a rapaziada tá sentindo a falta/De um cavaco, um pandeiro ou de um tamborim.”

Benito, que cantava samba tocando piano, respondeu com deselegância ao gentil intelectual com a composição Não me importa nada.

“(…) Você está perdido, se perdeu no tempo
Da cabeça aos pés, tá cheio de vento
Faça alguma coisa, deixa a gente em paz
Olha o campo verde, é todo seu, rapaz! (…)”

Depois de algum tempo, Paulinho da Viola surpreendeu ao afirmar que Argumento não foi feita pra Benito e sequer sabia desta história. Em entrevista ao jornal O Samba, ele conta:

“Essa história estava rolando, mas eu não sabia. Até que um dia fui a um programa de televisão, ao vivo, na Bahia, e o apresentador me fez esta pergunta. Eu fiquei assustado. Ele até me mostrou a letra da música que o Benito fez em resposta. Eu disse que não existia essa história, que era mentira”.

Misturando música e futebol, Ciro Monteiro (o sambista da caixa de fósforos) e Chico Buarque protagonizaram boas histórias. O primeiro, flamenguista roxo; e o segundo, apaixonado pelo Fluminense.

Chico havia prometido uma composição para o sambista. Quando nasceu Silvia Buarque, filha dele e Marieta Severo, Ciro mandou uma camisa do Flamengo para a bebê.

Chico aproveitou e pagou o débito compondo Ilmo Sr. Ciro Monteiro ou Receita Para Virar Casaca De Neném. Com criatividade e bom humor, agradece o “presente de grego” e utilizando duplo sentido, diz que pintou a camisa e “nasceu desse jeito uma outra tricolor”.

Amigo Ciro
Muito te admiro
O meu chapéu te tiro
Muito humildemente
Minha petiz
Agradece a camisa
Que lhe deste à guisa
De gentil presente
Mas caro nego
Um pano rubro-negro
É presente de grego
Não de um bom irmão
Nós separados
Nas arquibancadas
Temos sido tão chegados
Na desolação

Amigo velho
Amei o teu conselho
Amei o teu vermelho
Que é de tanto ardor
Mas quis o verde
Que te quero verde
É bom pra quem vai ter
De ser bom sofredor
Pintei de branco o teu preto
Ficando completo
O jogo da cor
Virei-lhe o listrado do peito
E nasceu desse jeito
Uma outra tricolor

Mas a história não teve final feliz para Chico. Tal qual a lua fez com Joelma, a filha fez com o pai: Silvia Buarque é flamenguista.

Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas aos domingos no Pimenta.

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Dona ZaíraForró temperado com tudo, do rock ao jazz, mas sem perder a pisada genuína do ritmo. Esse é o som da Banda Dona Zaíra, destaque da última edição do programa Super Star, da Rede Globo, que se apresenta no dia 2 de novembro, no Espaço de Lazer O Bosque, em Itabuna.

Formada por Rafael Beibi (zabumba e vocal), André (sanfona), Diego (triângulo), Rafinha (cavaco), Matheus (contrabaixo) e Maicon (percussão e viola), a banda de Piracicaba, interior de São Paulo, completa 10 anos de estrada em 2015.

Seguindo a turnê do disco Antenas e raízes, a apresentação em Itabuna será inédita no interior da Bahia. Antes, o grupo se apresenta somente em Salvador, no mesmo final de semana.

A turnê Antenas e Raízes simboliza a mistura da raiz com a modernidade. Em seu repertório, a banda faz uma releitura de clássicos da música brasileira, com influências de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Adoniran Barbosa, Chico Science.

O repertório também sofre influência de ritmos que vão além do forró, como música eletrônica, iê-iê-iê, carimbó, cúmbia, rock´n´roll, jazz, MPB, tropicalismo, hip hop, catira, maracatu, coco-de-roda. “A sonoridade de Antenas e Raízes é um convite a vivenciar o forró fora dos salões de dança, com uma perspectiva diferente e livre de preconceitos”.

Falando um pouco sobre o CD, o triangulista Diego expressa de forma objetiva a proposta da banda. “Queremos mostrar que o forró é para todos. Você não precisa saber dançar para curtir o nosso som. A nossa proposta é provocar as pessoas para que elas dancem de acordo com a reação do corpo, independentemente de ser com outra pessoa ou sozinho”, explica.

Modernidade sem perder a raiz, alegria e juventude. A banda Dona Zaíra convida todos a viajarem juntos pelo som. Texto de Diego Melo.