Curso gratuito para crianças e adolescentes será ministrado na Base do Monte Cristo
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A Base Comunitária de Segurança (BCS) de Monte Cristo, em Itabuna, abriu, nesta sexta-feira (4), inscrições para o curso gratuito de instrumentos musicais com cordas para quem tem de 8 a 18 anos. Há 20 vagas. O prazo encerra-se no dia 14.

A vaga no curso pode ser garantida com inscrição na própria Base Comunitária, na Rua O, número 551, no bairro de Monte Cristo, ao lado da UPA 24h. A inscrição também pode ser feita no 15º Batalhão da Polícia Militar, na Avenida Manoel Chaves (Kennedy), no Jaçanã.

Os candidatos menores de 18 anos deverão estar acompanhados dos pais ou responsáveis no momento da inscrição. Além disso, para realizar a matrícula será preciso apresentar documentação original com foto, comprovantes de residência e de vacinação contra a covid-19, cartão do SUS e um telefone para contato.

As aulas serão ministradas pelo maestro Antônio Bispo a partir da segunda-feira (21), nas segundas e quartas-feiras, das 17h30min às 19h, na Base Comunitária do Monte Cristo.

“Buscamos uma forma para que as crianças assistidas pela unidade retornassem de forma segura. Conseguimos os instrumentos através de doações e estamos na fase inicial desse projeto, que tem como objetivo formar uma orquestra”, informou o responsável pela unidade, Capitão Edizio Peixoto.

Grande de shows do Cola na Manu traz Harmonia, Filhos de Jorge, Via de Acesso e Book Azul
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O finalzinho da tarde deste sábado (18) em Itabuna será diferente, e de muito som, com a primeira grande festa do Cola na Manu. No palco, atrações como Harmonia, Filhos de Jorge e Via de Acesso. É o Cola na Manu no Comando, na arena montada na Rua Itália, no bairro São Judas, em Itabuna.

Os portões serão abertos às 17h e a primeira atração, Book Azul, sobe ao palco quando o sol já estiver se pondo, às 18h, e trazendo as melhores energias para encerrar o ano e chegar 2022 renovado. Não à toa, o pedido é para que o público vista branco.

Filhos de Jorge, o som que conquistou a Bahia e o Brasil, sobe ao palco às 20h30min.

Depois de filhos de Jorge, quem é que assume o comando da festa? Harmonia do Samba, com Xandy. Com uma super grade, o Cola na Manu no Comando terá mais. Para fechar a super noite, nada menos que Via de Acesso.

Manu, ao lado de Eddy, da Via de Acesso, uma das atrações do Cola na Manu no Comando hoje

Fala, Manu: “A gente está pedindo para as pessoas virem com roupa clara, pode ser uma peça branca, mas roupa clara, para comemorarmos na primeira grande festa do Cola na Manu, o Cola na Manu no Comando, fechando o ano de 2021”, afirma a mulher que dá nome à festa, a produtora Manu Berbert. “Vamos chegar em 2022 com as energias renovadas”.

PARCERIA E NOVIDADES PARA 2022

O Cola na Manu no Comando é organizado pela Manuela Berbert Produções em parceria com Tiago Kalid, da produtora Pequena Notável, empresa de eventos que assina Babado Novo e já assinou Cláudia Leite. Ao PIMENTA, Manu diz que a parceria vai render. “Teremos grandes novidades na área de eventos em 2022”.

SERVIÇO
Cola na Manu no Comando
Quando: 18 de dezembro, a partir das 17h
Atrações: Harmonia com Xandy, Filhos de Jorge, Via de Acesso e Book Azul.
Onde: Rua Itália, São Judas, Itabuna
Ingressos: Bigodon (Avenida Beira-Rio) e portaria do show.

Ney Matogrosso é das personalidades mais marcantes da Música Popular Brasileira || Foto Ari Brandi/Divulgação
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Uma das características de Ney Matogrosso é a generosidade. Quando foi ao banco depositar dinheiro acumulado e não conseguiu, retornou e disse aos amigos: “ali tem um saco de dinheiro, quem precisar é só pegar. ”

 

Marival Guedes

Caetano Veloso escreveu na orelha do livro sobre Ney, que a obra é “leitura emocionante. ”  Não encontrei termo mais apropriado. São 512 páginas resultado de quase 200 entrevistas feitas em cinco anos pelo escritor e jornalista Julio Maria.

Conta a expulsão de casa pelo pai, um militar, quando Ney aos 17 anos se defendeu de uma agressão física; o ingresso na aeronáutica; o trabalho num hospital em Brasília; a vida hippie vendendo artesanato e dormindo em casas de amigas (os); seus amores; o sucesso no Secos & Molhados; a carreira solo etc.

No período em que confeccionava e vendia artesanato, também atuava no teatro. A grana era curta e ele passava fome. Um dia desmaiou no palco. Fome.

O teatro era a sua paixão. Certa vez, confessou ao ator Leonardo Villar (25/07/23-03/07/20):  “Eu não quero ser cantor, quero ser ator”. Villar respondeu: “ Não lute contra isso, Ney. Você é cantor”. Nesta mesma linha a amiga carioca Luli (19-06-45-26/09/18) cantora, compositora e multi-instrumentista, o aconselhou de uma forma que soou meio mística: “Não negue o chamamento, Ney”.

E foi Luli quem o apresentou ao Secos & Molhados, período em que o grupo chegou a vender mais discos que Roberto Carlos. Ney rompeu, segundo o biógrafo Julio Maria, porque o líder João Ricardo tentou lhe aplicar um golpe.

Escrevo este texto com a cautela de quem quer evitar o comentado spoiler. Mas contarei resumidamente duas historinhas: A primeira sobre o fato de Ney fazer muito sucesso e sair anonimamente. Um dia ele e um amigo foram a uma loja de discos e perguntaram às vendedoras como estava a vendagem dos Secos.” Vendendo bastante”, respondeu uma moça.

– O que acha do cantor? – perguntou o amigo.

-Eu adoro o que rebola na frente. Será que ele é veado?

Os dois saíram sorrindo.

Uma das características de Ney Matogrosso é a generosidade. Quando foi ao banco depositar dinheiro acumulado e não conseguiu, retornou e disse aos amigos: “ali tem um saco de dinheiro, quem precisar é só pegar. ”

Noutro caso, quando um ex-namorado foi contaminado pela Aids, Ney foi buscá-lo, montou um quarto especial e bancou o caríssimo tratamento. Familiares da vítima choram quando relatam este episódio.

Ele viu vários amigos e ex-amores serem levados pela Aids. Quando fez o teste e deu negativo, não comemorou em respeito à estas pessoas. Mas foi vítima da maldade da Revista Amiga, que colocou em manchete: “A Aids de Ney Matogrosso, Milton e Caetano”. No texto não havia confirmação. Entretanto, o estrago estava feito. Acionou a justiça e ganhou 350 mil dólares.

Ney, multiartista, completou 80 anos no dia primeiro de agosto. Escapou da Aids, da covid e continua cantando e dançando. Magistralmente.

Marival Guedes é jornalista.

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E lembrei que em 2019, quando Dorgival Dantas subiu no palco do sexto Arraiá e eu visualizei a multidão que cantarolava junto com ele, só consegui colocar a mão no coração e pedir a Deus, o tempo todo, que não permitisse que nada fugisse do controle da paz e do amor que eu tanto prezava nos meus eventos!

 

Manu Berbert

Eu nem sabia o significado da palavra empreender até passar a estudá-la e entender que é o que faço desde sempre. Inclusive lembrei das primeiras empreitadas, quando montei uma locadora de gibis com a minha própria coleção, e alugava o acervo para os amigos e vizinhos, e de quando cobrava uma taxa para apresentar “O Verdadeiro Bairro Castália” aos mesmos, numa espécie de roteiro turístico criativo. Isso quando tinha 9 ou 10 anos, e hoje digo que o meu maior medo nesta vida é ter uma filha igual a mim! E é mesmo!

Tive a ideia de escrever este Diário de Uma Empreendedora Baiana no último sábado, quando me reuni com amigos de uma vida quase toda, e lembramos do comecinho do Cola Na Manu, que surgiu lá em 2014, com o primeiro Arraiá. Na época, achei que estava criando uma marca de comunicação, afinal tinha um blog com o mesmo nome, e não imaginei, ali, que estava traçando rumos completamente diferentes para tudo. Naquele tempo, assinava a Coordenação de Marketing da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna e da Fundação Hospitalar de Camacan, além de algumas assessorias de imprensa para políticos e profissionais liberais. (Migrar realmente de área me custou muita terapia, mas essa pauta merece um texto próprio, que com certeza farei em breve!)

Sábado lembrei que o primeiro Arraiá Cola Na Manu, com bandas locais, foi pensado para 50 pessoas, mas com o rumo da produção e divulgação (minha e dos meus amigos mais próximos), acabou virando uma festa para um público de 500 apaixonados por forró, com direito a traje típico e quadrilha no centro do espaço. E lembrei que em 2019, quando Dorgival Dantas subiu no palco do sexto Arraiá e eu visualizei a multidão que cantarolava junto com ele, só consegui colocar a mão no coração e pedir a Deus, o tempo todo, que não permitisse que nada fugisse do controle da paz e do amor que eu tanto prezava nos meus eventos!

Nesta semana, véspera do Cola Na Manu No Comando, quando teremos Harmonia do Samba e Filhos de Jorge no palco, e após essa fase delicada com a pandemia, confesso que não estou sabendo descrever o que estou sentindo, mas sei quais são os valores que caminham comigo: o desejo de uma entrega extraordinária para o nosso público. O segredo do Cola Na Manu, que hoje tem na bagagem 6 Arraiás, 2 Feijão e 1 Cola Na Manu Show Square é, sem dúvidas, a paixão das pessoas por nossa história e construção da marca. E isso tem valor, jamais preço!

Manu Berbert é publicitária e empreendedora!

DJ vai agitar a pista no piso superior do Jequitibá nesta sexta
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Sexta-feira (3) é dia de música no Shopping Jequitibá, em Itabuna, com a apresentação do DJ Rafa Gouveia, um dos principais nomes da cena eletrônica na Bahia. Rafa se apresenta a partir das 20h, no piso superior do Shopping.

Rafa Gouveia alcançou, em 2020, a marca de 1,5 milhão de views e 35,7 mil ouvintes mensais na plataforma de música Spotify, o serviço de streaming mais popular e usado do mundo. A performance se repete em 2021.

As músicas do DJ baiano já são ouvidas em cerca de 40 países. Rafa Gouveia conquistou o público com um estilo que passeia pelas vertentes da House music como o Future House, Tech House e Progressive.

PROTOCOLOS

O Shopping Jequitibá segue todos os protocolos de segurança determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prevenção da Covid 19, visando garantir a segurança de lojistas, colaboradores e clientes.

Nêgamanda avança em mais uma fase do "The Voice Brasil", da Rede Globo || Reprodução
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A itabunense Nêgamanda superou o nervosismo inicial na noite de batalhas no The Voice Brasil desta terça-feira (23), para encantar os técnicos e avançar à próxima fase do reality da Rede Globo.

A cantora itabunense interpretou Mas que nada, de Jorge Ben Jor, em batalha com Milla Paz, que também avançou com o “peguei” do técnico Michel Teló.

Na apresentação, a cantora Iza rasgou elogios a Nêgamanda. “Você é um acontecimento. Eu te acho incrível. Sua voz é forte e suave na medida certa. Você é muito inteligente e elegante interpretando”, disse Iza, que observou o nervosismo inicial da candidata, vencido quando “foi soltando seu corpo”.

VOZES GIGANTES

Carlinhos Brown deveria decidir a vencedora da batalha. “Milla Paz e Nêgamanda têm por tradição a elegância vocal”, observou o técnico. A dupla compunha o time de Brown. Na hora de decidir… “Estou diante de pessoas gigantes”, reforçou. “Essa [escolha] foi difícil. “Esse é um programa onde as vozes são apresentadas ao público. Minha escolha, hoje, é Nêgamanda”.

Após o show da noite, Nêgamanda, a vencedora da batalha, fez os agradecimentos. “Muito emocionante estar aqui. Eu só quero agradecer a oportunidade mais uma vez. Vou me dedicar a ser um instrumento da música”, disse a itabunense. Confira um pouco mais da apresentação.

Targino Gondim é principal atração de esquenta para festival de forró em Itacaré
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O forró ditará o ritmo do Feriadão da Proclamação da República em Itacaré, no sul da Bahia, com atrações como Targino Gondim, Flor Serena e Trio Marinês, pelas ruas da Pituba. O Esquenta Festival de Forró leva o arrastão da Rural Elétrica para a rua sempre a partir das 20h no sábado e no domingo (13 e 14). O esquenta do festival é promovido pela Prefeitura de Itacaré.

Além de Targino Gondim, nome garantido em todas as edições do Festival, o Esquenta reunirá Flor Serena, Trio Marinês, Rafael Zalela e Os Três da Bahia, Marlon Moreira e Trio Baianado, Marcos Abaga, Natureza e o Forró da Bahia e Aram e Os Bahiunos.

O prefeito Antônio de Anízio diz que o evento, além de promover o lazer e o entretenimento, atrai turistas para a cidade e resgata o melhor do forró nordestino. Durante a festa, também rola campanha de prevenção contra a Covid-19, orientando os participantes para a necessidade de usar máscaras e álcool em gel 70%.

PROGRAMAÇÃO

De acordo com a programação, no sábado (13) se apresentam Targino Gondim, Flor Serena, Trio Marinês, Marlon Moreira e Trio Baianado e Aram e Os Bahiunos. Já no domingo (14), apresentam-se na Rural Elétrica Targino Gondim, Flor Serena, Marcos Abaga – Meu Nobre, Rafael Zalela e Os Três da Bahia e Natureza e Forró da Bahia.

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Essa menina que tá chegando foi uma das Mulheres mais importantes que o país já teve o privilégio de conhecer! Que falta que ela vai fazer…

 

Manu Berbert

Completamente diferente do que diz uma das músicas, a gente não se apaixonou pelo que inventamos da Marília. Transgressora nata, ela surgiu, coincidentemente, em um momento em que o mundo passou a usar as redes sociais como uma espécie de diário. E a música, que sempre alcançou o que nada mais alcançou, com a soma e voz das redes, ultrapassou todas as barreiras possíveis. Nessas, a jovem tornou-se um fenômeno brasileiro, comprovado pelos números astronômicos, mas principalmente como representante de comportamento moderno.

É nítido que Marília foi liderança de movimento feminino sem precisar gritar. Aumentava o tom de voz apenas nos palcos, na medida exata que alcançasse os corações, mas, em algumas entrevistas, chegou a confessar a espécie de manipulação das suas composições. “Ahhh, eu escrevo para os caras, mas levanto as mulheres”, se referindo a canções como Cuida bem dela, cantada pela dupla de amigos da mesma, Henrique e Juliano.

Bingo!

Era disso que a gente precisava!

Há menos de um mês, por exemplo, em uma reunião profissional, escutei a seguinte frase: “os caras não te enxergam como produtora de eventos não, Manu!” Não respondi e passei o dia remoendo essa frase, como boa escorpiana que dificilmente leva desaforos para casa, mas que neste dia levou. Por coincidência, horas depois vi Junior Pepato, um dos maiores compositores do país (do qual sou fã, e o texto não é sobre o seu trabalho), postar uma foto com mais de vinte homens, dentre eles cantores famosos, passando o final de semana criando e compondo. Lembro que vi, brinquei na foto, mandei uma mensagem particular para ele, mas sorri sozinha pensando “junta tudo aí e não dá na Mendonça”. Esse dia me marcou porque encerrei o mesmo deitada e refletindo o cenário do Show Business como um todo!

Sábado, quando a minha ficha realmente caiu sobre a sua morte, pensei na obra gigante que ela deixa, mas principalmente na lacuna que fica com a sua ausência. Alô, porteiro, abra as portas para a Marília aí! Essa menina que tá chegando foi uma das Mulheres mais importantes que o país já teve o privilégio de conhecer! Que falta que ela vai fazer…

Manu Berbert é publicitária e empresária!

Aeronave com a cantora caiu em Piedade de Caratinga, Minas Gerais || Fotomontagem
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– Pelo menos 2 pessoas morreram no acidente (Atualização)

A cantora Marília Mendonça, de 26 anos, não resistiu à queda da aeronave em que estava em viagem a Piedade de Caratinga (MG), hoje (5). A informação da queda foi confirmada pela assessoria da cantora e pelo Corpo de Bombeiros, que recebeu pedido de socorro por volta das 15h30min desta tarde de sexta-feira.

A cantora saiu de Goiânia (GO) para fazer show na noite de hoje em Caratinga. Marília Mendonça é um dos maiores sucessos da música brasileira dos últimos tempos e considerada a Rainha da Sofrência. A informação é de que, pelo menos, cinco pessoas estavam na aeronave. Mais informações em instantes.

Atualização às 17h40min – Segundo equipe de reportagem da Rede Globo, duas pessoas morreram no acidente. A remoção está sendo feita por equipes do Corpo de Bombeiros.

Atualização às 17h50min – NINGUÉM SOBREVIVEU – Ao contrário do informado pela assessoria da cantora, não houve sobreviventes na queda do avião (confira mais aqui).

Nêgamanda arrebata técnicos em audição às cegas do The Voice Brasil 21 || Reprodução
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A cantora itabunense Nêgamanda arrebatou os técnicos do The Voice Brasil (Rede Globo) na penúltima noite de Audições às Cegas, nesta terça-feira (2) em seu retorno ao reality musical.

Ao entoar Killing me softly with his song, Amanda conseguiu, nos primeiros segundos, que todos os técnicos virassem. Carlinhos Brown, Cláudia Leitte, Iza e Lulu Santos.

Foi a redenção de quem persistiu.

Há exatos oito anos, no programa que foi ao ar em 31 de outubro de 2013, Nêgamanda, que ainda assinava artisticamente como Amanda Chaves, não conseguiu avançar no programa nem obteve a aprovação dos técnicos, dentre eles Cláudia Leitte, ainda hoje no reality.

Confira um pouco da participação de Amada na noite de ontem e a reação imediata dos técnicos

“Esse 13 com 31 significa um amalgama de sorte. Você se preparou para este momento”, destacou Brown para Nêgamanda quando ela disse que esteve lá em 2013 e hoje tem 31 anos.

“Você tomou a melodia para você. E, com autoridade e instinto musical, tudo que você fez deu certo”, afirmou Lulu Santos.

Na hora de escolher o técnico, Nêgamanda fez referência as suas origens e ficou com Carlinhos Brown. Há pouco mais de três, outro músico itabunense fazia história no The Voice Brasil, o instrumentista David Nascimento (relembre aqui).

Durval Caldas, crooner da banda, teve a ideia de reunir os músicos nos 50 anos da Mach Five || Foto Tetê Marques
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Uma das bandas de baile de maior sucesso da Bahia nos anos 1980 e 1990, a Mach Five estará de volta. Músicos vão se reunir para o show Vivo no Coração, uma homenagem póstuma ao empresário da banda, Italmar Meireles, e celebração dos 50 anos do conjunto. Será no dia 6 de novembro, na AABB de Valença. O ingresso custará R$ 50,00.

A Mach Five foi uma das bandas de baile mais bem-sucedidas de todos os tempos na Bahia, com repertório romântico e dançante, formado por sucessos de Stevie Wonder, Paul McCartney, Phill Collins, Djavan, Jovem Guarda e sambas, entre outros.

As apresentações do conjunto pelo interior da Bahia, nas décadas de 1970 a meados de 1990, marcaram muitos fãs, que seguiam a caravana de shows pelas cidades, onde conheciam novas pessoa, namoraram e se casaram. Essa interação entre os músicos e fãs criou laços de amizade e afeto que perduram até os dias de hoje.

A Banda Mach Five arrastava multidões em carnavais e micaretas || Foto Arquivo/Micareta de Valença

O SHOW

Em 2021, o diretor musical e tecladista da Mach Five, Estevam, junto com o crooner e contrabaixista da banda, Durval Caldas, movidos pelo desejo do reencontro e atender amigos e fãs do conjunto, tiveram a ideia de promover show na cidade onde tudo começou.

“Por WhatsApp tivemos a brilhante ideia de reunir a coroada para fazer um encontro, com um emocionante baile na cidade de Valença, terra natal do conjunto musical”, conta Durval Caldas. “É a realização de um desejo antigo de nos reencontrarmos e também a oportunidade de colocar em cima do palco uma banda de peso, com músicos que têm uma bagagem profissional incrível”, completa.

Todos os integrantes da Mach Five em foto que será atualizada em novembro

O show Vivo no Coração reunirá integrantes da formação original do conjunto, composto por Estevam Souza (teclados), Durval Caldas (crooner), Jorge Time (crooner), Zé Tenaz (Bateria), Gilmar Santos e Railton Aquino (baixistas), Otacílio Lima (guitarrista), Clóvis Reis (trompete), Nonoge (trompete) e Escopeta (crooner e trombone).

A apresentação também contará com a participação dos músicos Estevinho Souza e Julio Caldas, que são filhos de alguns integrantes da banda e de outros componentes do passado e fundadores da banda de baile, como Valdei (guitarrista) e Ivan (trompetista).

SERVIÇO
Vivo no Coração, show de baile da Banda Mach Five
Quando: 6 de novembro (sábado)
Onde: Clube AABB de Valença
Ingressos: R$ 50 (com direito a camisa)
Mais informações: 75 99966-7618 (Nonoge)/ 75 98879-3090 (Topo Gigio)/ 75 99930-8035 (Otávio Mota)

MC Jef Rodriguez comenta músicas de Spiritual, seu 1º disco solo || Foto Alice Magalhães
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O MC Jef Rodriguez, da banda OQuadro, lançou Spiritual, seu primeiro disco solo, que está disponível em todas as plataformas da internet. Nesta entrevista ao PIMENTA, o músico nascido em Banco Central, distrito de Ilhéus, no sul da Bahia, fala sobre processo criativo, infância na zona rural, origem familiar, racismo, política e parcerias na produção do álbum. Leia.

PIMENTAComo surgiu a ideia de fazer o trabalho solo?

JEF RODRIGUEZ – As pessoas já me falavam há um tempo: “Quando é que você vai lançar uma parada sua?”; “Fico curioso de ver”; “Gosto das coisas que você escreve”; “Você escreve de uma maneira diferente”. Não me via nesse lugar. Não escrevia em quantidade. Sempre escrevia com OQuadro, chamando um parceiro pra fazer a parte dele e vice e versa. Meus parceiros Rans, Freeza e Rico me traziam coisas nesse jogo de construção coletiva. Pintou essa oportunidade com a Lei Aldir Blanc na Bahia.  Minha amiga Márcia falou: “A hora de gravar e produzir uma coisa é agora!”. Marcia Espíndola, da Mochi Filmes, que é uma amiga há muito tempo. Eu falei: “Como assim, Marcia?”; e ela disse: “Rapaz, me dê só seus documentos e eu vou achar alguém para escrever [o projeto] pra você, não quero que você perca essa oportunidade, sei que você já tem um monte de coisa aí sobrando. Inscreve na categoria EP. Você tem que ter um produto seu. Eu falei: “Então tá bom!” Mandei os documentos, e ela articulou pra alguém escrever e fluiu. Eu me vi maluquíssimo, porque eu fui pro estúdio com OQuadro pra escrever e saía para produzir o meu. Foi assim num intervalo de dias. Não foi uma coisa que eu planejei a minha vida inteira. As pessoas chegaram até mim e construíram essa ideia na minha cabeça. São sinais da caminhada.

Você falou ao PIMENTA de como o cuidado com a escrita é uma característica d’OQuadro que, inevitavelmente, influenciou o disco solo – e isso é algo que podemos atestar. Como percebe a evolução do seu processo criativo ao longo desses 20 anos?

Tenho praticado cada vez mais e estou me permitindo escrever de outras formas. De repente, chegar com papel e caneta aqui e deixar fluir o que a própria caneta e o papel querem dizer, como um processo terapêutico, um exercício, até para perder o controle e vê o resultado. Depois, naturalmente, você olha, faz um processo seletivo e organiza de outra forma no papel. Mas, veja, eu tenho uma oficina de escrita toda quarta-feira à tarde. Tem um grupo de WhatsApp, organizado por mim e por um amigo, Telto. A gente tem uma oficina de rima e poesia. É uma oficina de escrita livre, com intenção poética, mas a própria concepção de poesia é tão aberta que não pode ser engessada num lugar. Toda prática vai te levar a aprimorar um pouco mais. O que eu mais quero é ter grande quantidade de coisas escritas. Essa é uma busca, porque é uma coisa que eu não tinha muito. Eu sempre demorei muito pra escrever, no primeiro e no segundo discos d’Oquadro.  Sobre a qualidade, eu prefiro que a avaliação seja das pessoas. Não sei o quanto é bom, o quanto não é. Eu sei o que fala comigo, o quanto é honesto na entrega. De repente, se você mostrar isso para Kendrick Lamar, ele vai dizer assim: “Ah, mais ou menos”. É sobre isso. Quero fazer cada vez melhor e poder explorar novas estéticas. A palavra, o som e o posicionamento político não divergem tanto. A estética e a política não são coisas tão separadas. Essa é uma perspectiva muito aristotélica, de colocar as coisas em gavetas, mas as coisas estão conectadas. Quando você escolhe as cores para um bloco-afro, por exemplo, isso já um posicionamento político. Se eu não percebo o significado daquela marca na minha roupa, isso mostra o quanto estou alheio ao processo, enfim, é complexo.

Aproveitando que você entrou na discussão política, vamos falar de Aboio. Quem fez a música com você e quais foram os dados da realidade atual que inspiraram o tema?

O Brasil funciona a partir da perspectiva de uma elite que quer se manter no poder olhando para o país como o seu quintal

Todos os dados do momento. Quem participa primeiro é CT. Ele é MC e faz parte de um grupo chamado Caixa Baixa, de Niterói, e do 1kilo, que é um grupo muito famoso. Estourou no Brasil inteiro com a música “Deixe-me ir”, milhões e milhões de visualizações. Ele é um dos compositores dessa faixa – deve viver de royalty até hoje, é meu amigo, hein. Também participou Rone DumDum Afolabi, que é membro do Opanijé, um dos grupos mais importantes da história do rap nacional. Opanijé não é o grupo mais conhecido, mas é um dos mais importantes, estética e politicamente. Eles são Os Tincoãs do rap brasileiro.

Essa música [Aboio] nasce assim: CT tinha uma letra e sempre frequentou minha casa, sabe como eu escrevo. Ele queria uma participação minha no Caixa Baixa. A gente chegou a escrever pro Caixa Baixa, mas não deu muito certo. O grupo estava indo em outra direção. A gente acabou fazendo outras músicas. Essa aí ficou meio paradona, sobrando e eu falei: “Quero pra mim”. A gente ouviu uns beats de Bidu, um amigo de Niterói, que é um beatmaker muito talentoso. Eu trouxe o beat pra Rafa [Dias]. Ele reorganizou da maneira dele. A gente deu umas ideias, inclusive a de colocar o sample de aboio.

Esse pensamento colonial persiste no Brasil. Bolsonaro é só a cereja no bolo desse processo inteiro. A gente está vivendo o ápice e a faceta mais descarada desse processo.

“Aboio” fala de um processo alienante do Brasil, que não é de agora, é histórico. O Brasil funciona a partir da perspectiva de uma elite que quer se manter no poder olhando para o país como o seu quintal. E todas as pessoas que estão ali têm que ser servis a esse modelo. Tudo tem que caminhar na direção dessas pessoas, que são herdeiras dos colonizadores. Esse pensamento colonial persiste no Brasil. Bolsonaro é só a cereja no bolo desse processo inteiro. A gente está vivendo o ápice e a faceta mais descarada desse processo. Quando você diminui o poder do Estado para fortalecer a iniciativa privada, uma parte importante do controle social fica na mão dessas pessoas. Ainda tem a militarização e o papel das religiões nisso. É um processo alienante em dimensões que a gente não consegue nem contar. São camadas e camadas históricas que a gente não consegue desconstruir. A própria escola contribui para que isso aconteça, por mais que os professores tentem fazer alguma coisa. A estrutura escolar pública não é nada diante das questões sociais brasileiras e de uma questão racial que não se resolve nunca – e não há a intenção de resolver isso. Inclusive, teve uma fala de Lula na última entrevista dele. Por mais que exista boa intenção por parte de algumas camadas da esquerda, a própria esquerda não sabe lidar com isso. Então, a gente é meio gado mesmo.

Você fala da entrevista com Mano Brown?

Leia Mais

Pierre Onassis é uma das atrações da abertura do Casarão da Manu nesta sexta
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Após mais de um ano de expectativas, Manu celebra abertura do Casarão

O Casarão Cola na Manu, em Itabuna, abre as portas pela primeira vez, nesta sexta-feira, a partir das 21h, em formato boteco e tendo como atrações a Banda SoulSamba, de Ilhéus, e o cantor Pierre Onassis, ex-Oludum e hoje vocalista da Afrodisíaco.

“Estamos muito felizes em abrir e apresentar a casa pela primeira vez. Dentro dela, hoje, o público ficará sabendo de muitas novidades da nossa empresa”, disse Manu por meio de suas redes sociais atiçando a curiosidade de todos.

O Casarão Cola Na Manu fica localizado na Avenida J.S. Pinheiro, 2120, ao lado do Sest-Senat, no Lomanto.

O espaço abre as portas hoje (1º) após mais de um ano de obras, expectativas e momento para celebração.

Rita Lee em lançamento de sua autobiografia || Foto Manuela Scarpa
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O livro foi lançado em 2016 quando estava com 69 anos de idade. Num trecho ela aborda uma questão que muita gente se recusa, a morte. A própria morte. Irônica, escreve: “quando eu morrer imagino as palavras de carinho de quem me detesta”. E alfineta emissoras: “rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá”.

 

Marival Guedes | marivalguedes@yahoo.com.br

Não costumo ler autobiografia. Prefiro as biografias – de preferência, não autorizadas. Entendo que é difícil a pessoa expor fatos constrangedores ou, no mínimo, condenáveis sobre si mesma. É do humano.

Decidi ler Rita Lee e me surpreendi com a honestidade, a coragem da artista. Além disso, o texto é bom e bem-humorado. Ela se desnuda, faz autocríticas das composições, fala sobre relações familiares, amorosas, shows e os caminhos tortuosos: drogas, internações etc.

Conta a história da prisão quando policiais civis invadiram a casa dela. Afirma que não havia drogas, pois estava grávida. Mas a droga “apareceu” e ela foi levada. Vingança da corporação por causa de uma atitude da cantora.

Sobre a coragem de se expor, Rita escreve que “numa auto que se preze, contar o côté podrêra de próprio punho é coisa de quem, como eu, não se importa de perder o que resta de sua pouca reputação. E acrescenta que “se quisesse babação de ovo, bastava contratar um ghost-writer para escrever uma autorizada”.

Quanto à relação arte e drogas, avalia que suas “melhores obras foram compostas em estado alterado. As piores também”.

O livro foi lançado em 2016 quando estava com 69 anos de idade. Num trecho ela aborda uma questão que muita gente se recusa, a morte. A própria morte. Irônica, escreve que “quando eu morrer imagino as palavras de carinho de quem me detesta” e alfineta emissoras dizendo que “rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá”.

Sobre fãs, “esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão Ovelha Negra. As tevês já devem ter na manga um resumo da minha trajetória”. Volta a ironizar afirmando que nas redes sociais dirão: “Ué, pensei que a véia já tivesse morrido.”

Rita Lee é uma das principais artistas do cenário musical. Em 2008 a revista Rolling Stone promoveu a lista de cem maiores artistas da MPB, ela ficou em 15º lugar.

Também se destacou na vendagem de discos. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Discos, Rita Lee vendeu durante sua trajetória 55 milhões de cópias, ocupando um honroso terceiro lugar nacionalmente.

Marival Guedes é jornalista.

Rilson Dantas na capa de "Incansável correnteza de ilusões" || Arte de Arlécio Araújo
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O músico itabunense Rilson Dantas, 34 anos, vai lançar seu primeiro EP, Incansável Correnteza de Ilusões, na noite desta sexta-feira (3), em live no Instagram (@rilson_dantas), a partir das 20h.

Na entrevista abaixo, concedida hoje (2) ao PIMENTA, o filósofo, professor de Inglês e cartomante faz uma retrospectiva da sua persona musical, gestada num ambiente familiar que tinha a música como protagonista.

Também fala da produção do EP e reflete sobre o significado da sua relação com a música. No fim da conversa, Rilson Dantas diz o que sente em meio à expectativa para a retomada dos shows presenciais, após o avanço da vacinação contra a Covid-19. Confira.

PIMENTAComo foi o começo da sua relação com a música?

RILSON DANTAS – Eu cresci num ambiente musical. Meu pai toca. Som Bossa é o nome artístico dele. Ele trabalhava como servidor público, agora está aposentado, e também tocava à noite. Tocava bossa nova, samba. Eu cresci nesse ambiente musical. Minha mãe não tocava, mas ela ouvia muito. Meu irmão é guitarrista. Aí a gente vai sendo meio condicionado por aquele contato. Eu já ouvia música desde criança. Aquela velha história: eu cantava ali, fazia uma apresentação ou outra. Era “coagido” a fazer parte. Minha relação com a música se deu nesse lugar.

Seu pai toca no disco?

Não, ele não participou. A gente fica amarrando pra começar alguma coisa junto, sabe? O perfeccionismo não deixa, fica aquela coisa toda, ele não participa. O disco tem dois músicos, um cara que toca bateria, e o outro que faz todos os arranjos. Eu ia solfejando, cantando pra ele e dizendo: “Ah, quero que seja assim”.

Quais são os nomes deles?

Gabriel e Adilson Vieira. Eu faço uma ressalva: a música Invisível foi produzida pelo [estúdio] Canoa Sonora, do meu querido Ismera, que toca guitarra e também mixou.

Você consegue definir os gêneros pelos quais o EP transita?

Ele passa ali no grunge, pop, pop rock. Quando fico na dúvida sobre qual é o estilo, chamo de música alternativa. Mas, eu diria que grunge e pop são os lugares que ele passa, pela questão estética mesmo. Tem umas guitarras mais roncadas. A voz tem um pouquinho de drive, tem uns berros. E também pela parte melódica, estrutural mesmo.

Você falou que o EP é a primeira oportunidade de contar uma história, no sentido de que as músicas têm uma sequência. Antes, você gravou quantos singles?

Gravei quatro músicas, todas autorais. Lancei também uma parceria com um cantor chamado André Azevedo e gravei uma música dele também. Até então, foram quatro singles, sendo um deles em inglês.

O EP tem música em inglês?

Vai entrar essa música que já lancei, chamada Disrespect. A galera gostou muito, se identificou bastante. Eu achei interessante [a recepção do público], porque quando lancei, eu disse: “Vou lançar essa música só pra mim mesmo, porque eu gosto e ela tem um significado pra mim”. E a galera se amarrou. Eu também pensei: “Gravando em inglês aqui no Brasil…”. Tem sempre essa questão, por mais que eu goste de várias bandas que gravam em inglês, tinha essa questão da distância da linguagem. Enfim, vai entrar no EP numa versão acústica, só com violão e piano.

Você pode falar do significado especial que essa música tem para você?

Eu a escrevi em 2008, por aí. Foi a primeira música em inglês que escrevi. Eu ainda tava caminhando – eu estou caminhando ainda -, mas já estava começando a pensar em algo maior: “Quero trabalhar com música, de repente, um dia”. Eu senti uma satisfação muito grande por ter escrito em outra língua e porque eu considerava a relação que me inspirou essa música uma amizade tóxica, que acabou. Então eu senti dando um passo. É estranho falar sobre, mas é esse o significado que ela tem.

Um psicanalista poderia dizer que foi uma forma de elaboração.

Ave Maria! E pior que foi isso mesmo. É engraçado, porque as minhas músicas – isso acontece comigo – elas têm esse significado. Não só as músicas, as outras coisas que escrevo, aleatório (meus alunos que gostam dessa palavra: aleatório; já peguei com eles), eu consigo elaborar. Tem música que gravei para esse EP e falei: “Putz! Eu tô me repetindo, velho, já passei por isso. Eu acho que consigo me livrar dessa situação. Acho que agora já consigo entender melhor. Tem uma elaboração aí. Tem uma questão psicológica envolvida. E autossatisfação também, né?!

Como está a retomada dos shows? Os bares e o mercado, de uma forma geral, já estão solicitando?

Estão. É engraçado, porque estou apreensivo. Não pela questão da pausa, porque mesmo com a pausa, já me apresentei. É pela situação. As pessoas estão convidando há um bom tempo. Estou sempre falando da vacina, da pandemia. Estou mais apreensivo por conta da situação. A minha mente ansiosa é complicada. Às vezes, fico pensando que a gente está procurando ganhar dinheiro e divertimento no meio do Apocalipse. A ansiedade talvez seja por conta da situação, não pelo mercado. Eu penso que barzinho é para ganhar dinheiro. Eu me sinto um produto, um disco, alguém ali tocando, mas raramente eu sou a atração daquele lugar, exceto quando o bar é musical mesmo, onde a música ganha relevância. No geral, a gente está só ali tocando, com um ou outra pessoa prestando atenção. Eu sinto saudade dos eventos que produzia antes, que eram tributos a artistas, um sarau, porque eu conseguia tocar minhas músicas autorais e me sentia escrevendo uma história. É diferente de estar ali no bar reproduzindo. São dois lugares bem diferentes.

Ouça a música “Me deixe aqui”, faixa de Incansável correnteza de ilusões.