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Reunião do conselho que sugeriu tarifa a R$ 2,50 (Foto Pedro Augusto).
Reunião do conselho que sugeriu tarifa a R$ 2,50 (Foto Pedro Augusto).

Vane diz que passagem vai a R$ 2,40.
Vane diz que passagem vai a R$ 2,40.

Em Itabuna, as empresas de ônibus pediram aumento de R$ 2,20 para R$ 2,70. O Conselho de Transporte Público fez estudos e votou pela tarifa a R$ 2,50, na segunda (3) (relembre aqui), o que representa reajuste de 13,63%. O percentual é mais que duas vezes superior ao concedido em São Paulo (6,7%), a cidade mais rica do país.
O Conselho de Transporte é dominado por representantes dos poderes Executivo e Legislativo, além de sindicatos. Na quarta (5), o prefeito Claudevane Leite anunciou que haverá aumento, mas não definiu o valor.
Vane antecipou que estuda a possibilidade de reajuste para R$ 2,40. Dirigentes do DCE da Uesc já se posicionaram publicamente contra o reajuste em Itabuna (confira artigo abaixo).
Itabuna possui uma das frotas mais antigas do transporte urbano do Estado. De acordo com levantamento feito pela Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, a média de idade da frota é superior a 11 anos (relembre aqui). O serviço é operado pelas empresas São Miguel e Expresso Rio Cachoeira.
MEIA-PASSAGEM AOS DOMINGOS
A qualidade do serviço é motivo de queixa dos usuários, que encontraram voz na Câmara de Vereadores. O vereador Nadson Monteiro (MD) usou a tribuna, em fevereiro, para resumir a situação do transporte coletivo. “São ônibus que não trazem conforto aos usuários, além da redução da frota em horários de pico, o que implica em uma demora maior nos pontos”.
Aldenes: meia-passagem.
Aldenes: meia-passagem.

Além das queixas na Câmara, há quem proponha que o Itabuna adote tarifa social aos domingos e feriados. A proposta é do presidente do legislativo municipal, Aldenes Meira (PCdoB).
A experiência da meia-passagem já foi utilizada em Itabuna no governo do ex-prefeito Geraldo Simões. Municípios como Salvador e Fortaleza (CE) praticam a meia aos domingos e feriados.
EMPRESAS ALEGAM “DEFASAGEM”
As empresas de ônibus, ao solicitarem aumento de de R$ 2,20 para R$ 2,70, apresentaram fatores como aumento de “insumos básicos” do transporte coletivo. E, também, reclamaram que a tarifa não é reajustada há dois anos.
As empresas são representadas por uma entidade, a Associação das Empresas de Transporte Urbano (Aetu). O último reajuste foi concedido na gestão de Capitão Azevedo, em 2011, quando a tarifa saiu de R$ 2,00 para R$ 2,20.
A associação apresenta outra queixa: o alto índice de gratuidade no serviço. Beira os 33% o percentual de usuários que não pagam passagem, segundo os dirigentes da associação. As empresas acenam com renovação da frota para obter aumento.