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A obesidade é uma doença que vem fazendo cada vez mais vitimas por todo o mundo. Atualmente, mais da metade da população mundial sofre com esse problema e a tendência é que ele aumente cada vez mais.

 

Carolina Loureiro

A cirurgia bariátrica não envolve apenas os cuidados com a parte física. Muito do sucesso do seu resultado depende de aspectos psicológicos, talvez a maior parte. Por isso, é tão importante que o paciente seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar, incluindo um psicólogo.

Neste artigo falaremos sobre os aspectos psicológicos da cirurgia bariátrica no pré e pós-operatório. O psicólogo tem um papel fundamental em todo o processo do tratamento, desde o pré-operatório, onde é preciso avaliar a condição emocional do paciente e o que ele sabe e espera sobre a cirurgia, até o final do tratamento, quando o paciente já eliminou muitos quilos e precisa entender que agora possui uma forma física nova.

Qual o papel do psicólogo no período pré-operatório?

Nessa fase, antes da cirurgia é preciso que o paciente seja avaliado cuidadosamente. Essa avaliação é capaz de diagnosticar transtornos comportamentais, como os alimentares, de compras, uso de substâncias e outros, em especial transtornos alcoólicos e sintomas de depressão ou ansiedade.

Se algum transtorno psicológico for diagnosticado, será preciso que esse paciente tenha um planejamento terapêutico mais preciso e mais focado em todo o processo. Mas, isso não chega a ser um impedimento. É comum que transtornos sejam identificados na avaliação pré-operatória.

O que não é comum são casos onde o paciente desenvolve uma patologia psicológica no período pós-operatório da cirurgia bariátrica. Quando isso acontece, geralmente, é porque o paciente deixou de comparecer às consultas, interrompendo o tratamento por conta própria.

É importante que o profissional avalie, nesse primeiro momento, se o paciente realmente entende todas as questões que envolvam o procedimento e o tratamento completo, como:

– As possíveis complicações e os riscos envolvidos no procedimento;

– Quais são os benefícios esperados;

– Como funcionam e para que servem todos os exames necessários;

– Quais serão os procedimentos realizados a longo prazo;

– Todas as consequências emocionais, sociais e físicas envolvidas;

– Quais serão as suas responsabilidades;

– Caso seja necessário, que ele precisará de um tratamento psicológico prévio; e

– Cuidados psicológicos no pós-operatório.

O período pós-operatório é o que demanda mais atenção, em todos os âmbitos. Esse é o momento em que o paciente está mais fragilizado, fisicamente e emocionalmente. É o começo de uma nova fase e, por um mês, ele deverá de alimentar apenas com uma dieta líquida.

Nesse período é comum surgirem desconfortos como insegurança, ansiedade e até mesmo problemas relacionados à adaptação da nova rotina alimentar do paciente. Por isso, é fundamental que haja um acompanhamento mais frequente nesse período.

Os aspectos psicológicos da cirurgia bariátrica.

A cirurgia bariátrica vai muito além de apenas um procedimento onde uma parte do estômago é alterada. Se trata de um tratamento completo, cheio de detalhes, realizado por uma equipe multidisciplinar.

A operação promove uma perda de peso muito grande e rápida, que em um primeiro momento pode elevar muito a autoestima do paciente, melhorando sua vida social e seus relacionamentos.

Porém, existe um pequeno risco de o paciente voltar a ganhar peso, depois de uma perda significativa. O que pode gerar graves problemas psicológicos. Como distúrbios de autoimagem, transtornos alimentares, depressão e outros, fora essa possibilidade de reganho de peso. Existe o fato de que o emagrecimento rápido acaba promovendo um excesso de pele que incomoda muito os pacientes.

A importância do psicólogo da cirurgia bariátrica. Todo o acompanhamento psicológico é fundamental no tratamento do paciente que se submeteu a cirurgia bariátrica. Esse apoio é o que garante o sustento emocional do paciente para que ele possa dar continuidade ao processo de mudança tão importante em sua nova vida.

Afinal, a cirurgia bariátrica não funciona sozinha. É preciso que o paciente tenha comprometimento com novas rotinas e se esforce para melhorar sua saúde e qualidade de vida. Entre os papéis principais desse acompanhamento médico estão:

Auxílio na compreensão do paciente em relação ao seu novo corpo (imagem), e na adaptação de novos e saudáveis hábitos alimentares e físicos.

Estímulo do amor-próprio e do cuidado autocuidado, incentivando o paciente a prosseguir com o tratamento multidisciplinar e seguir todas as orientações médicas.

Acompanhar a evolução do paciente e sua adaptação ao novo estilo de vida.

Ajudar o paciente na retomada de seus projetos de vida.

Auxiliar na administração do estresse diário e dos sintomas de ansiedade que ele pode promover.

Como já falamos aqui em nossos artigos, a obesidade é uma doença que vem fazendo cada vez mais vitimas por todo o mundo. Atualmente, mais da metade da população mundial sofre com esse problema e a tendência é que ele aumente cada vez mais.

É fundamental que o paciente conte com o suporte de uma equipe multidisciplinar que esteja atenta e comprometida com o sucesso do procedimento como um todo. Se você deseja conhecer um pouco mais e como é realizado o acompanhamento pré e pós-cirúrgico, venha nos fazer uma visita, será um prazer!

Carolina Loureiro é especialista em avaliação psicológica, neuro psicóloga e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

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A coordenadora do polo itabunense da Unigrad e coordenadora psicossocial da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), psicóloga Carolina Loureiro, recebeu o prêmio Mulher Empreendedora 2022, em Itabuna. A premiação ocorreu na última quinta-feira (26), em evento no Espaço Cultural Josué Brandão.

Criado pela Vitória, o prêmio foi entregue a Carol pelo seu trabalho como empreendedora e profissional que também participa de ações de amparo a cidadãos atendidos pela ONG do Obeso, de cirurgia bariátrica. “Faço parte da equipe de Fabrício Messias, de cirurgias bariátricas, como psicóloga com atendimento antes e durante o processo pós-operatório – ressalta Carol, como é chamada, sem esconder o orgulho pelo trabalho”.

Ela é vice-presidente da ONG do Obeso, que assiste a pessoas que não possuem recursos para tratar a comorbidade. “Obesidade é uma doença. Falo com propriedade, porque já fui obesa. Fiz a cirurgia há mais de 10 anos. Já senti na pele o que é ser excluído da sociedade e os olhares preconceituosos”.

PROVA VIVA

Psicóloga, Carol Loureiro é especialista em Neuropsicologia, Gestão de Pessoas e Psicologia Organizacional, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e mestranda em Saúde Pública. “Sou a prova viva, de que nunca devemos desistir dos nossos sonhos! porque o que um dia me fez chorar, hoje me fez ser profissional e encontrar o meu lugar no mundo. Me tornei uma mulher forte e sagaz para enfrentar qualquer desafio”.

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Por 10 votos a 2, o Conselho Municipal de Saúde decidiu que a Prefeitura de Itabuna terá que repassar à Santa Casa de Misericórdia os R$ 25,5 milhões que o Ministério da Saúde enviou para realização de 1.000 cirurgia bariátrica. O governo municipal reteve o dinheiro, prejudicando obesos e a Santa Casa. A manobra motivou denúncia do deputado federal Jorge Solla contra o prefeito Fernando Gomes.

Apesar da decisão do Conselho Municipal desta quinta-feira (30), há resistência do secretário de Saúde de Itabuna, Uildson Nascimento, em fazer o repasse integral à Santa Casa. Ele foi o autor de proposta de retear a “bolada”, com a Prefeitura ficando com R$ 17,5 milhões dos R$ 25,5 milhões, deixando apenas R$ 5 milhões para a Santa Casa e outros R$ 3 milhões para a Fundação Fernando Gomes, que mantém a Maternidade Ester Gomes (Maternidade da Mãe Pobre).

Cada cirurgia bariátrica custa, em média, R$ 25 mil. A verba foi obtida por um esforço da ONG do Obeso e do médico especialista Fabrício Messias em Brasília. Deputados também se mobilizaram para garantir os R$ 25,5 milhões, ainda no final de 2019. O dinheiro chegou em Itabuna e ficou retido.Leia Mais

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Bárbara Andrade | barbarpsi@gmail.com

Os transtornos alimentares não são meramente desvios de conduta alimentar. Eles mostram o quanto comer e ser são inseparáveis. A recusa da relação com o alimento e via de consequência com o vínculo afetivo com o outro (anorexia nervosa), a relação ambivalente com o alimento e com afeto (bulimia nervosa), são todas modalidades de existir.

Antes de iniciar meu texto, gostaria de pontuar que o conceito de corpo aqui explanado vai além do conceito de corpo físico. Ele se conjuntura no conceito dado pela psicanálise – como sendo corpo psíquico que faz linguagem, de identificação, identidade, comunica-se e estabelece enlace com o social. Na origem do psiquismo encontra-se o corpo, como afirmou Freud em 1923. Desse conceito, veio o meu título a que a pergunta não se faz ao corpo físico, mas ao corpo psíquico, esse corpo do inconsciente em que o sujeito transforma suas angústias sufocadas no corpo psíquico em ‘forma de falar’ para corpo físico.
O corpo carrega em sua apresentação a marca de uma época, de uma cultura, de um social. Nos dias atuais, o corpo reduz o valor do Eu à pura aparência, em que o “prazer” é instantâneo, descartável e efêmero. A mídia, por exemplo, exibe exaustivamente o padrão atual de beleza, de corpo perfeito. Esta busca seria um dos pontos que podem vir a gerar consequências sérias e contribuir para o desenvolvimento de transtornos alimentares.
Um dos pontos característicos dos processos de subjetivação atuais é a sua consequência em termos de corporificação do mal-estar psíquico. Esses ‘novos sintomas’ (aqui me deterei apenas em pacientes com transtornos alimentares), emergem como patologias do ato. Para estes pacientes, o corpo funciona como uma forma de simbolização, de poder falar de suas angústias.
Os sintomas corporais falam pelo sujeito, espelhando sua necessidade, por vezes, de se utilizar dos desconfortos corporais para se sentir vivo, seja por viés da fome (anoréxica) ou pela vontade de comer e logo vomitar (bulimia). As pessoas com estes transtornos só conseguem contar a própria história e atravessar os conflitos sob a forma de marcas no corpo.
A anorexia é caracterizada por uma perda intensa de peso decorrente de uma dieta alimentar rígida, proporcionando um corpo sempre extremamente magro. As pessoas que possuem esse transtorno chegam a ficar muito abaixo do peso. Porém, diante do espelho se veem de forma dismórfica. Ou seja, acima do peso. O corpo anoréxico é marcado por um emagrecimento infinito, sem limites. Essas pessoas se alternam entre jejuar e comer compulsivamente, provocando vômitos logo em seguida.
É interessante notar que as crises bulímicas ocorrem nas caladas da noite, quando ninguém as (os) olha. O controle da fome e da forma é o recurso encontrado na anorexia para fazer barreira a um excesso do outro. Estes pacientes se alienam de seu próprio corpo e o admira silenciando seus desejos – de sede, de fome, de cuidados, de sexo, de amor, além de não enxergar o transtorno como um problema e, sim, como uma solução, o que torna difícil a adesão dessas pessoas às terapias psicológicas e psiquiátricas.
Na bulimia, a pessoa transita no universo da vergonha, também recebe sua marca de excesso, uma vez que os métodos compensatórios são marcadores desse descontrole, de um corpo onde o sujeito não se sente com seu corpo. O excesso, marca da compulsão, é o retrato dos limites vacilantes do corpo na bulimia. O vai e vem do engorda e emagrece desse transtorno mostra o aprisionamento do corpo bulímico num ritmo de alternância que marca, por meio do corpo, o que o corpo psíquico não deu conta de inscrever, de elaborar. Assim, o corpo se enche tentando preencher uma falta e depois se esvazia numa mostra física da busca pelo limite corporal.
Cada um desses transtornos apresenta particularidades inerentes à maneira como esses indivíduos foram constituídos. Há que se olhar para a história de cada um – e para os respectivos processos de subjetivação. Em comum a todos, a compulsão, a dificuldade com os limites e a marca do excesso.
Os transtornos alimentares não são meramente desvios de conduta alimentar. Eles mostram o quanto comer e ser são inseparáveis. A recusa da relação com o alimento e via de consequência com o vínculo afetivo com o outro (anorexia nervosa), a relação ambivalente com o alimento e com afeto (bulimia nervosa), são todas modalidades de existir. O funcionamento imediatista de satisfação e de tamponamento de uma realidade que causa desconforto faz da comida, ou da falta dela, um alívio, de um prazer, de uma fuga.
No tratamento psicanalítico, a atualização dos processos primários exalta o lugar da oralidade alimentar e da imagem. É a constituição de um espaço interior que, finalmente, vem assegurar as condições de uma nova imagem narcísica. É pelo viés terapêutico psicológico que o sujeito com transtornos alimentares pode se deleitar em suas angústias e sofrimentos, assim os elaborando e ressignificando.
Bárbara Andrade é psicóloga e atua nas áreas social, clínica e de saúde, e edita o Descortine-se.

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dr gustavo2Gustavo Leal de Lucena Tavares

A maioria das pausas respiratórias não é passível de ser observada durante o sono sem o monitoramento adequado feito em um Instituto do Sono

A correria e do stress do dia a dia, associado à alimentação de má qualidade, levando ao sobrepeso e obesidade de grande parcela da população, acabamos desenvolvendo distúrbios que nos impedem de obter uma boa noite de sono.

Os distúrbios mais frequentes são o ronco e a apneia do sono (Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono – Sahos). A Apneia do sono é uma parada na respiração, durante o sono, maior ou igual a 10 segundos. Quanto maior o número de apneias, maior a gravidade do quadro clínico.

Os sintomas mais frequentes da Sahos são sonolência excessiva diurna, fadiga, sensação de sono não reparador, alterações do afeto, humor e comportamento em geral (depressão, ansiedade e irritabilidade) e alterações cognitivas (piora da concentração, atenção e memória).

Quando este quadro se apresenta e não é diagnosticado nem tratado com eficácia, pode resultar em alterações metabólicas no organismo e, consequentemente, em alterações hormonais, obesidade, aumento do colesterol e triglicérides, hipertensão arterial e arritmias cardíacas.

Há, ainda, risco de o paciente sofrer doenças cardiovasculares (infarto, angina) e cerebrovasculares, comparáveis ao risco oferecido pelo tabagismo e obesidade. Inclusive, está claro na medicina atual que o tripé apneia do sono-obesidade-hiperaldosteronismo (um hormônio) dificulta o controle da pressão arterial de muitos indivíduos, levando ao quadro de hipertensão refratária.

Na suspeita do distúrbio do sono, um otorrinolaringologista deve ser consultado, pois a maioria das pausas respiratórias não é passível de ser observada durante o sono sem o monitoramento adequado feito em um Instituto do Sono. Por isso, caso perceba um ou mais dos sintomas correlacionados abaixo, procure um médico especialista o mais breve possível.

1. Você ronca?
2. Engasga ou fica sem ar durante o sono?
3. Alguém lhe disse que você parou de respirar enquanto dormia?
4. O seu peso mudou nos últimos 5 anos?
5. Cochila com facilidade?
6. Sente dificuldade de concentração?
7. Tem tido dificuldade de memória?
8. Tem dores de cabeça pela manhã?
9. Tem se sentido depressivo?
10. Irrita-se com facilidade?
11. Tem tido insônia ultimamente?

Gustavo Leal de Lucena Tavares é medico otorrinolaringologista, cirurgião plástico facial e diretor do Otoclin (Centro Avançado de Otorrinolaringologia e Instituto do Sono).

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(Foto Philippe Huguen).
(Foto Philippe Huguen).

Além da ressaca e de outros problemas de saúde, quem costuma passar da conta na hora de consumir bebidas alcoólicas tem que se preocupar também com a balança e com a dieta. De acordo com um levantamento encomendado pela organização britânica para o emagrecimento Slimming World, é possível engordar quase um quilo, após exagerar uma única vez.
O estudo foi feito com 2.042 pessoas na Inglaterra e constatou que a ingestão de calorias (provenientes tanto das bebidas quanto da alimentação) aumenta consideravelmente, quando o indivíduo alcança o que se chama de “ponto de inflexão”. Neste momento, que varia de pessoa para pessoa, mas ocorre em média após beber 9,3 unidades alcoólicas (pouco mais de três taças de vinho ou menos de quatro canecas de cerveja), o juízo enfraquece e as escolhas pouco saudáveis passam a predominar.
As extravagâncias, em média, ocasionaram o consumo de 4.305 calorias no mesmo dia da bebedeira (mais de duas vezes o valor indicado a um adulto, que costuma ser de 2.000 kcal). No dia seguinte, o exagero continua, de acordo com a pesquisa. As refeições para recuperar-se da ressaca somam 2.051 calorias. Dessa maneira, a ingestão calórica total pode ultrapassar a casa de 6.300. Com informações do site da Exame.

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Yara Aquino e Mariana Tokarnia | Agência Brasil

Clique e conheça os dez passos da alimentação saudável (Arte EBC).
Clique para ampliar e conhecer os dez passos da alimentação saudável (Arte EBC).

Com 51% da população acima de 18 anos com excesso de peso, de acordo com a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, atividades simples como caminhar, dançar, andar de bicicleta e desempenhar atividades domésticas surgem como alternativas para os que querem recuperar ou manter a forma física e não podem gastar com academia. Essas atividades físicas estão entre as recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a quem tem mais de 18 anos.

No dia a dia, deixar o carro em casa e ir a pé à padaria, passear com o cachorro e trocar o elevador pelas escadas também são atitudes simples que podem contribuir para que as pessoas não deixem de se movimentar, como explica a presidenta do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal, Cristina Calegaro.

“Quanto mais a pessoa se movimenta, mais ela quer se movimentar. Em vez de pedir ao filho para pegar um copo de água, levante-se, sugere. “Antes, não tínhamos controle remoto na TV e era preciso levantar para mudar de canal. O avanço tecnológico também contribuiu para diminuir a necessidade de movimento. Com pequenas mudanças de rotina, as pessoas vão se movimentando e sentindo necessidade de mais movimento”, diz Cristina.

A OMS recomenda a prática de 30 minutos de atividade física em cinco ou mais dias por semana. Esse tempo pode ser contabilizado de forma separada nas atividades do dia a dia, explica a professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília Kênia Mara Baiocchi. “A atividade física é qualquer movimento que você faça. É a caminhada, a escada para não pegar elevador. E esses 30 minutos não precisam ser juntos. Passear com o cachorro está valendo, cuidar da casa, do jardim”, diz.

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rins coração matériaPaula Laboissière | Agência Brasil
Pessoas com pressão alta, diabetes e obesidade fazem parte dos chamados grupos de risco para problemas renais. Casos da doença na família, idade superior a 50 anos e uso de remédio sem orientação médica também ampliam as chances de o problema ser diagnosticado. O alerta foi feito pela Sociedade Brasileira de Nefrologia no Dia Mundial do Rim, lembrado hoje (14).
Dados do órgão indicam que cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de disfunção renal. A taxa de prevalência é 50 casos para cada 100 mil habitantes. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da sociedade, Daniel Rinaldi, destacou que sem um diagnóstico preciso, a maioria dos pacientes morre sem sequer ter acesso à diálise (principal tratamento para a doença em estágio avançado).
“Nossa intenção é alertar esses grupos de risco para que possam perguntar ao médico como está a função dos seus rins. Temos dois exames extremamente simples e baratos para diagnosticar precocemente a doença renal – a creatinina no sangue e o exame de urina para detectar perda de sangue e albumina [um tipo de proteína]”, explicou.
Rinaldi lembrou que o diagnóstico precoce pode conter o avanço da doença renal crônica. Dessa forma, pacientes que sofrem de diabetes, por exemplo, não precisam se submeter à diálise, mas controlar a alimentação, enquanto pessoas com pressão alta devem reduzir a ingestão de sal e ingerir bastante líquido.
“Esses exames têm que fazer parte do check up. Todo mundo conhece seu colesterol e sua glicemia, mas quase ninguém sabe como está a sua creatinina”, disse. A estimativa da sociedade é que mais de 35 milhões de brasileiros sejam hipertensos e que 8 milhões sejam diabéticos.
Os números mostram ainda que em torno de 100 mil brasileiros fazem diálise no país atualmente. A taxa de internação hospitalar para esse tipo de serviço é 4,6% ao mês. Mais de 70% dos pacientes que iniciam o tratamento descobrem a doença quando os rins já estão gravemente comprometidos. A taxa de mortalidade entre eles aumentou 38% na última década.