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Será enterrado às 16h30min desta sexta-feira, 27, no Cemitério Campo Santo, em Salvador, o corpo do cacauicultor Onaldo Xavier de Oliveira. Conhecedor dos problemas da lavoura cacaueira, Onaldo atuou como um dos representantes dos produtores de cacau nas assembleias da Organização Internacional do Cacau (OICC), em Londres, nas décadas de 60 a 80. Ele foi também um dos incentivadores da diversificação no Sul do Estado, com a criação de camarões em cativeiro.

A partir do “Diagnóstico Socioeconômico da Região Cacaueira”, feito pela Ceplac, no final da década de 70, a instituição chegou a instalar estação de carcinocultura na baía de Camamu. A unidade contava com área de 38 hectares, tanques, instalações, laboratórios, viveiros e berçários. A meta final foi estimada no aproveitamento de 30 mil hectares em viveiros, produzindo 30 mil toneladas/ano de camarões e oferecendo sete mil empregos diretos.

A Estação de Carcinicultura Onaldo Xavier de Oliveira acabou desativada devido ao sucateamento da Ceplac, em 1990, com o desmonte no governo Collor. Os milhões em recursos públicos investidos no projeto foram perdidos. Há informações de que as instalações serão repassadas pela Ceplac ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano), antiga Emarc, para um programa de piscicultura.