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Wagner nega ter recebido propina e critica operação da PF

O ex-governador Jaques Wagner disse em coletiva, hoje à tarde, que não recebeu propina nem sabe como a Polícia Federal chegou ao valor de R$ 82 milhões. Alvo da Operação Cartão Vermelho nesta segunda (26), ele disse que não pede nem autoriza ninguém a solicitar reciprocidade em obras feitas.
– E assim foi na questão da Fonte Nova, que, infelizmente, a Polícia Federal está comprando uma versão de que houve superfaturamento – afirmou.
Hoje secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Wagner diz haver incompreensão sobre como funcionam as parcerias público-privadas (PPPs). “Há uma incompreensão da Polícia Federal como houve do TCE do que é uma PPP e o que é uma obra pública”. “Em PPP não existe a figura do superfaturamento como está se insistindo em falar”
Ao ser questionado se o caso não seria, além de desconhecimento do processo de PPP, depoimentos incorretos de delatores, Wagner disse que estes “estão falando o que querem” para se livrar da prisão. Ainda para o ex-governador, o que foi dito na coletiva da Polícia Federal, só servia para virar manchete de jornal. Com informações d´A Tarde.

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Aleluia cobra explicações de Rui Costa

Apoiador do democrata ACM Neto, o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) disse hoje que o governador Rui Costa “precisa explicar” o pagamento de R$ 450 milhões da Parceria Público-Privada da Arena Fonte Nova. O contrato é investigado pela Polícia Federal, que hoje deflagrou a Operação Cartão Vermelho.
Aleluia aponta que o pagamento continua, embora tenha sido alertado de irregularidade pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA). O contrato foi firmado na gestão do ex-governador Jaques Wagner, alvo de mandado de busca e apreensão nesta segunda (26). Wagner é secretário estadual de Desenvolvimento Econômico.
A PF aponta suposto desvio de R$ 450 milhões na obra. O ex-governador Jaques Wagner deverá conceder entrevista coletiva nesta tarde, na capital baiana. No final da manhã, o governador Rui Costa disse que “ninguém está acima da lei” e defendeu o ex-governador (veja abaixo).

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Rui aponta privilégio da PF à TV da família de ACM Neto || Foto Carol Garcia/GovBA

Afirmando que o custo da Arena Fonte Nova por metro quadrado e assento foi o mais barato do país dentre as arenas da Copa de 2014, o governador Rui Costa disse que a Operação Cartão Vermelho, da Polícia Federal, “foi casada com uma visão midiática da propaganda negativa em ano eleitoral”.
O governador apontou suposto vazamento proposital da operação ao afirmar que a TV Bahia, pertencente à família do prefeito ACM Neto (DEM), foi privilegiada pela PF ao chegar ao apartamento de Jaques Wagner uma hora antes dos agentes da operação. Também disse que a emissora teve a informação dias antes.
– Estranho uma das tevês ter tido acesso privilegiado a um dos locais que se chegou para executar a operação. Nitidamente, a TV tinha essa informação não sei quantos dias antes – afirmou em coletiva ao final da manhã desta segunda-feira, queixando-se de parcialidade da Polícia Federal.
CONFIANÇA EM WAGNER
Rui Costa afirmou ter “absoluta confiança na lisura de tudo o que foi feito [pelo governo na Arena Fonte Nova]. “Conheço [Jaques Wagner] há 35 anos, conheço a sua lisura”, reforçou.
O governador baiano disse que “ninguém está acima da lei e todos os brasileiros merecem ser tratados dentro da lei”. E tratou a operação de hoje como “medida de exceção, midiática”. “Precisam ter um limite [dado] pela própria Justiça. Se o material precisa ser colhido, não precisa ser feito de forma midiática. Por que a TV precisa chegar uma hora antes de quem vai fazer a execução? Que a gente corrija as ações policiais para que elas não sirvam a espetáculo midiático”, completou.
A coletiva de Rui foi concedida ao final da apresentação do plano estadual para a agricultura familiar. “O trabalho não para. Vamos continuar trabalhando com muita serenidade e convicção. Sendo um dos dois estados que mais investem, que mais trabalham. Sendo o que mais investe em agricultura familiar, em mobilidade urbana e em saúde”.
Em vídeo, Rui defende Wagner e fala de operação

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Rosemberg considera ação contra Wagner “missa encomendada”

Ex-líder do PT na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Rosemberg Pinto disse que “há algo estranho” na movimentação da Polícia Federal na Operação Cartão Vermelho, deflagrada nesta segunda e que tem como um dos alvos o ex-governador Jaques Wagner.
Por meio do Twitter, o deputado se pronunciou. “O inquérito da PF está paralisado desde 2013. Inclusive, nesse período, não foi solicitado nenhum tipo de documento a Jaques Wagner. Cinco anos depois, a PF resolve ir na casa dele buscar provas e leva a TV Bahia junto. Há algo estranho”.
A TV Bahia pertence à Rede Bahia, da família do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que é pré-candidato a governador. A operação contra Wagner ocorre depois que ele teve o nome cogitado como Plano B do PT, caso Lula não possa disputar a eleição à presidência da República, impedido pela Lei da Ficha Limpa.
MISSA ENCOMENDADA
O parlamentar ainda disse que, a ele, “pareceu missa encomendada” a ação do Judiciário e da PF contra Wagner. “No momento em que o nome de Wagner passa a ser debatido nacionalmente numa possível substituição a Lula, surge uma operação da PF, acompanhada pelas câmeras da TV Bahia”, afirmou, via Twitter.