Operação cumpre 4 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão na Bahia || Foto Rafael Rodrigues/SSP-BA
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A Força Tarefa de Combate a Extermínio e Extorsões da Secretaria da Segurança Pública (SSP) deflagrou, nas primeiras horas desta terça-feira (13), a Operação Navalha. A ação cumpre quatro mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra policiais militares investigados pelos crimes de extorsão, roubo, violação de domicílio, fraude processual, entre outros.

Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Fiscal da Polícia Militar da Bahia e são cumpridos em municípios do estado e em Sergipe.

Mais de 100 policiais das Corregedorias Geral e da PM, do Comando de Operações Policiais Militares ( CPE), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque participam da Operação Navalha.

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Patury: absolvição por falta de provas.

A Justiça Federal em Sergipe rejeitou ação de improbidade administrativa (0003355-04.2010.4.05.8500) movida pelo Ministério Público Federal contra Rubem Patury Filho, delegado aposentado da Polícia Federal. O delegado era acusado de receber R$ 7 mil  da Construtora Gautama, do empresário Zuleido Veras, para bancar sua festa de posse na superintendência da PF em Sergipe, em 2005, sendo um dos envolvidos na Operação Navalha.
Ainda de acordo com a acusação do MPF, Rubem Patury teria recebido dinheiro da Gautama para bancar a própria campanha a deputado estadual em Tocantins. O juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara da Justiça Federal em Sergipe, rejeitou a ação civil por falta de provas envolvendo Rubem Patury e a esposa dele, Magna Soraya da Silva Patury, além do empresário Zuleiro Veras e os lobistas Francisco de Assis Borges Catelino, Joel Almeida de Lima e Florêncio Brito Vieira, funcionários da Gautama.
Os procuradores federais trataram a relação do delegado federal com a Gautama como “escusa’, mas o magistrado afirmou que se tratava de ilações, suposições. “O que se vê nesta demanda (ação civil) são apenas suposições desprovidas de elementos probatórios mínimos aptos a demonstrarem a prática de improbidade administrativa por parte dos réus”.
Com base em depoimentos, o juiz federal diz que as investigações não apontavam para ato delituoso de Patury. Um dos denunciados pelo MPF, Francisco Catelino, fez o depósito de R$ 7.000,00 na conta da esposa de Patury e afirmou que o dinheiro teria sido um empréstimo ao delegado federal, com quem disse ter “uma sólida amizade”, conforme consta na ação. O empréstimo, segundo Catelino, foi pago em duas parcelas, “pouco tempo depois”.
Livre da acusação de improbidade, o delegado disse ao PIMENTA que a sentença proferida pelo juiz Edmilson da Silva Pimenta foi “digna e louvável”. À época que estourou o caso Gautama, o delegado aposentado trabalhava como procurador-geral do município de Ilhéus e hoje comanda escritório de advocacia em Itabuna.
Um dos fatos que colaboraram para que a justiça rejeitasse a ação do MPF foram os depoimentos de dois delegados federais que investigaram os esquemas da Gautama e também o delegado Patury. Andrea Tsuruta e Antônio de Pádua Vieira Cavalcanti afirmaram à Justiça nada terem encontrado além de “suposições” ou “indícios” de corrupção.