Fieb critica proposta de inclusão de contribuições do Sistema S no Orçamento da União
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A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e outras entidades ligadas ao segmento se manifestaram contra a inclusão dos recursos do Sistema S no Orçamento da União, como proposto pelo deputado federal Danilo Forte (UB-CE), relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias da União de 2024. Se a mudança for aprovada, as contribuições ao Sistema S passariam a ser arrecadadas, fiscalizadas e cobradas pela Receita Federal.

De acordo com a Fieb, as instituições do Sistema S não fazem parte da administração pública e, portanto, não podem ser submetidas ao Orçamento da União. “A Constituição Federal deixa clara a natureza privada de tais entidades, posto que o Sistema S é vinculado à estrutura sindical patronal, com autonomia em relação ao poder público. Tem-se, portanto, uma notória inconstitucionalidade da proposta”, diz trecho da nota divulgada hoje (11) pela Federação. Fecomércio, Feab, e Sebrae também endossam o texto.

“PREJUDICIAL”

De acordo com a nota, a medida em questão é prejudicial em seu mérito. “O Sistema S tem reconhecidos serviços prestados ao setor produtivo e à sociedade, tanto na formação básica, profissional e superior quanto na saúde e segurança do trabalhador. Esses resultados estão diretamente vinculados à sua autonomia operacional. O engessamento de sua atuação, vez que estarão submetidas aos meandros da máquina administrativa, afetará significativamente a qualidade de suas atividades”, conclui o texto.

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As denúncias sobre irregularidades na aplicação de recursos proporcionados por emendas apresentadas pelo senador Gim Argello (PTB-DF) aos Orçamentos da União de 2010 e 2011 podem ser a “ponta de um iceberg”, avaliam parlamentares da Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Só para promover a divulgação do turismo, as emendas dos parlamentares transferiram dos cofres públicos para entidades privadas e prefeituras R$ 948,1 milhões de 2004 até outubro de 2010. Nessa rubrica estaria a origem dos desvios de dinheiro público.
Com esses recursos, as entidades favorecidas, geralmente institutos criados para essa finalidade, promovem shows, festivais, rodeios e outras festas. Os técnicos da Comissão desconfiam que, como ocorreu com algumas emendas do senador Argelo, muitas dessas empresas podem ser de fachada ou beneficiar pessoas ligadas a parlamentares.
O uso do dinheiro público para promover “eventos” teve crescimento vertiginoso. Em 2004, o Tesouro transferiu R$ 15,01 milhões para entidades privadas e prefeituras promoverem “eventos”, a preços de outubro. Em 2009, esse valor pulou para R$ 337,8 milhões. Neste ano, até outubro, já está em R$ 167,8 milhões. Leia mais no Valor Econômico.