Hospital de Base muda atendimento a partir de sexta-feira (1º)
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O Serviço Social do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem), em Itabuna, procura pela família de um homem que deu entrada ontem (11), na emergência, em estado grave, com suspeita de traumatismo craniano. O homem, ainda não identificado, faleceu nesta manhã de terça-feira (12).

De acordo com o Hospital, o paciente foi encontrado às margens da BR-101, na região de Ibirapitanga. Sangrava bastante e estava quase inconsciente. Ainda segundo o hospital, o falecido aparenta ter 30 anos de idade, possui pele branca, cabelo preto, curto, e aproximadamente 1 metro e 70cm de altura. O corpo será removido para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), do Complexo Policial de Itabuna.

Quem possuir informações pode entrar em contato com o Hospital de Base, pelo telefones (73) 3214-1611 e 3214-1654 ou enviar mensagem pelo direct da conta da unidade de saúde no Instagram (@hblemitabuna).

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Mariana Ferreira
 

Quanto ao médico, fui informada pela ouvidoria do hospital, no período da tarde, de que foi afastado dos plantões e está sendo investigado. Aqui me posicionei e espero que minha voz convide outras mulheres a não se curvarem diante de um assédio, seja ele qual for.
 

 
“… Que eu não ando só”. A frase, entoada na poderosa voz de Maria Bethânia, serve bem como lema da luta feminina. São inúmeras as experiências ruins, deflagradas por invasões masculinas, na vida de qualquer mulher em qualquer etapa de sua existência. Basta nascer com esse sexo. Não é preciso ser representante de nenhum movimento para afirmar em alto e bom som que esse mau é real.
Relatar um assédio sexual ainda é um dilema na atualidade: para muitas mulheres, por medo da reação do agressor, e para outras muitas, pelo medo da exposição e do estigma de uma sociedade que tem a cultura de se voltar contra a vítima. Mas como diz Maria Bethânia, “não ando no breu, nem ando na treva”, e por isso não serei eu que me calarei.
Sempre fui bem tratada na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, local que sempre considerei um dos mais seguros da cidade para um cidadão buscar atenção à saúde. Não imaginava que seria lá que sofreria desrespeito e teria o meu pior Dia Internacional da Mulher. Justo numa instituição que tem 101 anos de fundação, mais de 70% do seu quadro funcional formado por mulheres e que presta relevantes serviços à sociedade, como o 1º Mutirão da Mulher no próximo dia 10. Em atendimento por causa de uma dificuldade respiratória pela manhã, o médico plantonista Luiz Duarte mostrou sua forma de agir num procedimento de ausculta respiratória, tocando de forma invasora uma paciente.
A primeira reação de uma mulher nessa circunstância infelizmente é tentar fazer a “ficha cair”, porque, apesar de todo o preparo que buscamos ao longo da vida – psicológico, emocional e físico, nunca imaginamos que isso vá acontecer conosco. A atitude foi flagrante, e era o meu dever reagir, pois algumas coisas que vêm à mente são: “eu pertenço a mim, ele não tem esse direito” e “não fui a primeira e não serei a última se eu permitir que continue às escuras”.
É preciso calar o medo da exposição para dar voz a um basta. Acredito que nada seja por acaso, e talvez por isso Deus tenha usado alguém com senso de cidadania e responsabilidade para não permitir que esses fatos se perpetuassem, para zelo das pacientes e da própria instituição.
É importante que prestem atenção que nós não queremos, nem precisamos, de piedade. Nós precisamos de apoio com atitude – de homens, mulheres e instituições competentes, e exigimos respeito de todo indivíduo e de sua representação máxima, a sociedade. O problema é que romantizar uma data como o Dia da Mulher só camufla uma realidade emergente.
Flores são bonitas e muitas mulheres, como eu, gostam, mas precisam ser símbolo de respeito praticado cotidianamente, e não banalizadas como têm sido. Assim como os discursos bonitos que são cheios de panos quentes para disfarçar a violência contra a mulher. Quantos assediadores notórios não vemos passarem mel em suas palavras no Dia da Mulher para se mostrarem de acordo com os bons costumes, mas que agem como predadores, não importando o dia, a hora, o local? É repulsivo, é vergonhoso!
Finalizo esse artigo fazendo alguns pleitos à Secretaria de Segurança Pública e à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia. Não se pode falar em respeitar as minas sem olhar para suas estruturas de apoio a elas. A Delegacia da Mulher em Itabuna reúne tudo o que não pode acontecer: endereço num local deserto, com várias ocorrências de assaltos no entorno, a necessidade de subir ladeira para chegar à unidade, um sistema de registro de queixas que demora mais de uma hora para concluir o processo (no meu caso foi 1h15min) e em um cômodo abafado e sem um ventilador sequer para esse momento penoso da denúncia, sem falar na falta de privacidade da denunciante. Passou da hora de melhorar!
Quanto ao médico, fui informada pela ouvidoria do hospital, no período da tarde, de que foi afastado dos plantões e está sendo investigado. Aqui me posicionei e espero que minha voz convide outras mulheres a não se curvarem diante de um assédio, seja ele qual for. Já disse Maria, a Bethânia: “O que é teu já tá guardado, não sou eu que vou lhe dar”. É a Justiça quem vai. O tempo é chegado.
Mariana Ferreira é jornalista.

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Ambulância esqueceu paciente em Itabuna e só retornou à noite.
Ambulância esqueceu paciente em Itabuna e só retornou à noite.

Um paciente internado no Hospital de Coaraci veio a Itabuna, acompanhado da esposa, para realizar um exame médico e foi esquecido pela unidade hospitalar nesta segunda (12). O casal chegou a Itabuna às 14h40min e após realizar um exame de meia hora, ligou para o hospital informando que já haviam sido liberados pela clínica.

A atendente do hospital de Coaraci, de prenome Luzia, pediu para que o casal aguardasse próximo a clínica, localizada na praça Olinto Leone. Outras ligações foram feitas para a unidade médica cobrando a ambulância até que a atendente tirou o telefone do gancho. O aparelho só voltou a funcionar depois da mudança de plantão,  às 19 horas.

Preocupadas com o paciente que não se sentia bem, algumas pessoas ligaram para o hospital de Coaraci e informaram que o casal esperava há 5 horas pela ambulância. De acordo com um mototáxi, essas situações são corriqueiras. ““Uma vez, eu e meus colegas juntamos um dinheiro e pagamos a passagem de uma mulher que a ambulância também trouxe para fazer o exame e não veio buscar”, afirmou.

A ambulância chegou por volta das 20h20min e ao ser indagado o motivo da demora, o motorista identificado apenas pelo prenome Salatiel, respondeu de maneira grosseira que o problema não era dele e sim da direção do hospital.