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O bombeiro André Azevedo e o bebê Pedro Henrique já protegido (Foto Osvaldo Viana).

Bombeiros estão entre as profissões mais respeitadas do mundo. E não é só por, como se diz, apagar fogo. Hoje, uma guarnição do Grupamento do Corpo de Bombeiros foi acionada para auxiliar o trabalho de parto na rua Geraldo Ribeiro, no Gogó da Ema, em Itabuna.
O relógio marcava 8h30min quando o telefone 193 tocou. Vizinhos de Adriana Oliveira Santos pediam auxílio ao Corpo de Bombeiros para conduzir a jovem à maternidade. O neném estava para nascer. “Foi uma situação inusitada. Chegamos para fazer a condução, mas o menino já havia sido expulso [nascido]”, conta o bombeiro André Azevedo.
Pedro Henrique acabou nascendo quando a mãe, sentindo dores, tentou levantar. Os bombeiros viram que tinham uma missão além do simples transportar para a maternidade.
O bebê estava ainda na posição em que veio ao mundo, de cabeça para baixo, amparado por uma vizinha. “Então, colocamos o bebê na linha da mãe, fizemos o corte do cordão umbilical e a limpeza e embalamos Pedro Henrique, para deixá-lo aquecido”, conta o bombeiro André Azevedo.
O profissional recorreu aos seus conhecimentos em saúde. Ele é educador físico e professor das disciplinas Habilidades em Saúde e Primeiros-Socorros nos cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Educação Física na Unime de Itabuna.
Ações como esta ocorrem com muito pouca frequência. Segundo André Azevedo, a última vez em que  o Corpo de Bombeiros local auxiliou em um parto de emergência tem mais de dois anos.
Pedro Henrique nasceu saudável, mas o risco naquele momento, conta o bombeiro, era de que pessoas sem orientação viessem a cortar o cordão umbilical. O risco aí, frisa, é de infecção por algum descuido de higiene ou também no transporte até uma maternidade. O bebê e a mãe estão internados na maternidade Ester Gomes. Os dois estão bem.