Tempo de leitura: 2 minutos

Argôlo é investigado por sua relação com doleiro.
Argôlo é investigado por sua relação com doleiro.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados abriu nesta manhã processo por quebra de decoro contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA) por seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato, da Polícia Federal.
O Conselho sorteou três deputados que poderão ser convidados para relatar o processo: Cesar Colnago (PSDB-ES), Izalci (PSDB-DF) e Marcos Rogério (PDT-RO). Os parlamentares ainda serão consultados e a decisão deve ser tomada até amanhã.
Não participaram do sorteio para a relatoria os deputados do Solidariedade e da Bahia – partido e estado de Argôlo. Os deputados do PP se abstiveram do sorteio porque Argôlo, hoje do Solidariedade, era do PP quando foi eleito.
O pedido de investigação contra Argôlo foi apresentado pelo Psol e pela Mesa Diretora com base em reportagens da revista Veja e do jornal Folha de S.Paulo que citam mensagens trocadas entre o doleiro e deputado sobre a transferência de R$ 120 mil para a conta do chefe de gabinete do parlamentar, Vanilton Bezerra. De acordo com a Folha, Argôlo também teria recebido do doleiro dois caminhões de gado.
O pedido da Mesa Diretora foi aprovado pela Corregedoria Parlamentar e recomenda a perda de mandato de Argôlo.
A representação analisada pela Corregedoria foi proposta pelo líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), em razão de fatos relatados em reportagem da revista Veja (edição de 23 de abril de 2014) sobre a possível entrega de dinheiro intermediada pelo doleiro no apartamento funcional ocupado pelo deputado. Os dois processos devem ser apensados. Informações da Agência Câmara.