Cacau ainda é a principal divisa econômica da agropecuária do sul da Bahia
Tempo de leitura: 2 minutos

O Brasil situava-se entre os líderes do ranking mundial de produtores de amêndoas de cacau, uma das principais matérias-primas para a fabricação do chocolate, nos anos 1980. Atualmente, o país ocupa a sétima posição e a pesquisadora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Natasha Lopes, acredita que um dos motivos para esta queda esteja entre as pragas enfrentadas pelas plantações cacaueiras, entre elas a vassoura-de-bruxa.

Causada por um fungo, a doença, que é responsável por diversos impactos socioeconômicos, preocupa a população do sul da Bahia até hoje, mas o problema pode ter encontrado uma solução. Ou, ao menos, uma medida de contenção mais eficaz. Natasha fez estudo para investigar o potencial biotecnológico de uma proteína modificada do próprio cacau para combater esta doença. A boa notícia para produtores é que testes em laboratório já indicaram a possibilidade de inibir o fungo.

Natasha ressalta que desde a chegada da vassoura-de-bruxa no sul da Bahia os cacauicultores têm sofrido grandes perdas. “Embora existam alguns métodos de controle, a doença ainda causa perdas anuais na produção das amêndoas de cacau, o que prejudica a produção do chocolate. O nosso produto irá beneficiar os pequenos produtores da Bahia que ainda são responsáveis pela maior parte da produção nacional”, disse a pesquisadora.

REDUÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Segundo a pesquisadora, atualmente existe um produto para controlar a doença, desenvolvido a partir do extrato de outro fungo, o Trichoderma, mas que o principal diferencial do trabalho desenvolvido por ela está em utilizar uma única molécula própria do cacau para proteger a plantação. “Este diferencial é de grande importância, pois limita os impactos ao meio ambiente e reduz a probabilidade do nosso produto interferir em outras características das amêndoas de cacau”, completou.

A cientista explica como funciona a ação do biofungicida. “A proteína modificada do cacau tem atividade antifúngica contra M. perniciosa, via internalização da proteína pelo fungo, gerando estresse oxidativo nas suas hifas e, consequentemente, queda em sua viabilidade. Assim, propomos a produção de um fungicida à base dessa proteína, que irá atuar de forma precisa em dois estágios cruciais do desenvolvimento do fungo, na fase de infecção e na fase anterior à formação dos basidiósporos, a única forma de disseminação do fungo, diminuindo sua incidência nas plantações de cacau, sem causar impactos ao meio ambiente”, declarou.

CONTROLE DO FUNGO

De acordo com Natasha, sua equipe sempre teve um incômodo a respeito de como o conhecimento desenvolvido na pesquisa, dentro das universidades no Brasil, e o investimento público nesse setor, retornam à sociedade. “A nossa inspiração partiu da ideia de aplicar o conhecimento que produzimos no laboratório de forma prática. Como consequência, daríamos um retorno àqueles que muitas vezes desconhecem a relevância do nosso papel social como cientistas. Além disso, a molécula escolhida para compor o biofungicida é o meu objeto de estudo e, ao observar seu potencial, percebemos que poderíamos explorá-la para outras modalidades de controle da doença em prazos mais curtos”, finalizou.

Tempo de leitura: 3 minutos

Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisaram para 3,7% a alta da inflação brasileira em 2021. Em dezembro do ano passado, a inflação para este ano tinha sido projetada pelo Ipea em 3,5%.

A pesquisadora do Grupo de Conjuntura do Ipea Maria Andréia Lameiras disse que dois fatores influenciaram na revisão: a alta das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional) e a depreciação cambial do real frente ao dólar.

Ela explicou que, nos dois primeiros meses de 2021, algumas commodities, principalmente as energéticas, petróleo e alguns grãos, elevaram os preços no mercado exterior, contrariando a expectativa de estabilidade prevista para o período.

“A gente já sabia que aquela desaceleração que estava esperando para os alimentos, já agora em janeiro e fevereiro, só ia acontecer um pouco depois. Tanto que, em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alimentos, que desacelera em relação a dezembro, ainda foi alto para o mês de janeiro.”

Maria Andréia acrescentou que, em janeiro de 2021, ocorreu uma desvalorização cambial maior que em dezembro, o que gerou uma pressão do câmbio com impacto nos alimentos e nos demais bens. “Basicamente foi isso: a gente mudou a nossa previsão de alimentos e de outros bens, por conta desse câmbio e da elevação das commodities”, afirmou.

Esses dois fatores fizeram subir a inflação dos alimentos e dos demais bens livres de 3% para 4,4% e de 2,7% para 3%, respectivamente.

Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto

Já viram geladeira, televisão ou teclados jogados em terrenos baldios? Pois é. Nem todo mundo sabe, mas esses eletroeletrônicos têm, em sua composição, materiais que poluem o meio ambiente e podem fazer mal à saúde das pessoas. Ainda, esses resíduos, chamados de lixo eletrônico (e-lixo), também possuem interesse econômico, podendo ser reciclados.

Para trazer soluções a este problema da destinação incorreta, as pesquisadoras e alunos das universidades Federal do Sul da Bahia (UFSB) e Estadual de Santa Cruz (Uesc) desenvolveram um questionário para a população responder.

Eles também estão entrando em contato com os principais agentes desta cadeia produtiva na região: cooperativas de reciclagem, sucateiros, lojas que recebem eletrônicos, lojas de consertos e indústrias. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da Universidade Estadual de Santa Cruz.

Para colaborar com a pesquisa, basta responder ao questionário disponível no link https://forms.gle/xobbQGKBXUrTpsVs6

Para respondê-lo, o participante gasta menos de 10 minutos e, ao final, quem responde ganha o acesso a uma cartilha com informações e mapas de como e onde fazer a destinação correta de vários produtos no sul da Bahia. As pesquisadoras convidam todos a conhecer mais sobre o projeto por meio do perfil no Instagram (instagram.com/mineracaourbana)

Tempo de leitura: 3 minutos

A fragmentação do eleitorado em várias candidaturas bastante competitivas e a menor restrição ao nome de Augusto Castro facilitaram a sua vitória.

Agenor Gasparetto

Como é praxe desde a criação do instituto, em 1990, após cada eleição, no formato jornal impresso e, atualmente, por mídias eletrônicas, realizamos uma balanço, comparando resultados das urnas em relação à pesquisa registrada ou à última pesquisa realizada nos municípios. Neste texto apresentamos os dados de Itabuna e Ilhéus.

(*) Prefeito, candidato à reeleição, candidatura sub judice / (**) Ex-prefeito de Itabuna, candidatura sub judice                                                                                                                                Fonte: Pesquisa registrada no TSE sob o Nº BA-05162/2020. Amostra 1.100 eleitores, com um erro amostral de 3%; no período de 3 a 6 de novembro.

Em Itabuna, no período anterior à pandemia, lideravam as pesquisas pela ordem Dr. Mangabeira, Capitão Azevedo e Augusto Castro, os dois primeiros próximos aos 20% de intenções de voto e Augusto Castro, em terceiro, entre 12 e 15%. A partir da retomada das pesquisas em agosto, o quadro começou a se alterar. Augusto Castro, recuperado após longo período de internação pela Covid-19, começou a melhorar seu desempenho. A partir de meados de outubro, já se desenhava um cenário como provável vitorioso. Em fins de outubro alcançou patamar pouco superior a 30 pontos e se manteve com pequenas taxas de crescimento ao longo das semanas seguintes. Paralelamente, Dr. Mangabeira passou a perder aderência, estabilizando-se próximo a pouco mais de 10%. Capitão Azevedo também perdeu aderência, ficando num patamar próximo aos 15%. O prefeito Fernando Gomes entrou tardiamente na campanha, e ocupou um patamar próximo aos 15 pontos percentuais, alternado segunda posição com Azevedo. Geraldo Simões, Charliane Sousa e Dr. Isaac Nery, se situavam num patamar pouco inferior a 5 pontos. A fragmentação do eleitorado em várias candidaturas bastante competitivas e a menor restrição ao nome de Augusto Castro facilitaram a sua vitória.

Acompanhando as eleições em Itabuna desde 1992, esta eleição fugiu ao padrão itabunense de disputa eleitoral, caracterizado por disputas muito acirradas em que no domingo anterior à eleição, havia situações de empate técnico, diferenças apertadas e uma expectativa de virada de última hora. Nesta eleição, isto não se repetiu. Nas últimas quatro pesquisas realizadas por nosso instituto, ao longo dos últimos dois meses, em todas elas o cenário se manteve e a urna confirmou. Nesse sentido, de todas as eleições acompanhadas até hoje pelo instituto, esta foi a mais fácil, a mais previsível. Seu padrão se aproximou ao da vizinha Ilhéus, caracterizado pela previsibilidade, pela grande antecedência.

Amostra: 1.027 eleitores, com um erro amostral de 3%; no período de 5 a 7 de novembro. Essa pesquisa não foi registrada.

Ilhéus, mais uma vez, como sempre aconteceu desde que nosso instituto passou a acompanhar eleições, 1992, com meses de antecedência já era possível antever o vencedor. Desta vez, ainda que um pouco mais tardiamente, também se observou esse padrão. Todavia, antes da pandemia, se alguém me perguntasse se o prefeito poderia se reeleger, da perspectiva da pesquisa, seria categórico: improvável. Provavelmente, não! No entanto, a pandemia criou um clima em que os prefeitos dos municípios, como regra, melhoram sua imagem, e estudos poderão comprovar que a maior parte fez sucessor ou se reelegeu. Ilhéus foi um dos casos em que isto aconteceu. Entender como se deu esse processo e suas nuanças merece ser objeto de estudo aprofundado.

Obviamente, no caso de Ilhéus, há ainda dois componentes relevantes e que merecem destaque: o primeiro, a ação do Governo do Estado, destacando-se a inauguração da nova ponte, um novo cartão postal de Ilhéus, e o prolongamento da via que dá para as praias do sul. E o segundo fator, que poderia ter resultado em desfecho diferente, a fragmentação da oposição, destacando-se Valderico Jr. e Cacá, mas também Professor Reinaldo, Cosme Araújo e Bernardete. Caso houvesse uma polarização, uma eleição plebiscitária, o atual prefeito correria sérios riscos de não se reeleger. Mas se elegeu com relativa facilidade por esse conjunto de circunstâncias. O quadro captado pela urna e pelas pesquisas se manteve estabilizado com semanas de antecedência.

Agenor Gasparetto é sóciólogo e diretor da GPE-Sócio Estatística.

Uso de bicicleta aumentou durante a pandemia || Foto Marcello Casal Jr./ABr
Tempo de leitura: 2 minutos

Pesquisa do Datafolha revelou que 38% dos brasileiros que não têm veículo próprio acreditam que a bicicleta é o meio mais seguro para se locomover durante a pandemia de covid-19, seguida por aplicativos de viagem (35%) e táxi (9%). Já o transporte público coletivo atingiu apenas 4% de preferência na opinião dos entrevistados.

Para os brasileiros, os critérios mais importantes para escolher o meio de transporte durante a pandemia são grau de aglomeração (29%), a segurança que o transporte oferece (20%) e, empatados com 14%, a facilidade de acesso ao meio e o risco de contaminação.

Em relação à preferência pelos aplicativos de mobilidade, o levantamento mostra que 61% dos brasileiros acreditam que esse hábito vai aumentar, enquanto 10% acreditam que deve ficar igual e 29% acreditam que o serviço deve diminuir. Na região metropolitana, os números revelam uma tendência ainda maior para o aumento do hábito, com 66%.

Quando perguntado qual o grau de importância de ações para prevenir o contágio da covid-19 no uso dos aplicativos, o uso de máscaras pelo motorista e usuário ficou em primeiro lugar, sendo citada por 79% dos entrevistados. O fato do carro ter sido higienizado por uma empresa especializada ficou em segundo (74%) e a disponibilidade de álcool em gel para motoristas e usuários em terceiro (71%).

ENTREGAS

A pesquisa, encomendada pela Uber, revelou ainda aumento no uso de aplicativos de entrega. De acordo com o levantamento, somente 47% da população havia utilizado um aplicativo de entrega antes da pandemia, enquanto o número de pessoas que fez um pedido durante a pandemia foi 72%. Na Região Metropolitana de São Paulo, o número de pessoas que já havia utilizado algum tipo de aplicativo de entrega foi maior que a média nacional, com 59%, e o número de pessoas que fez algum tipo de pedido na pandemia foi de 76%.

Entre os brasileiros que usaram o aplicativo de entrega na pandemia, 76% revelaram ter aumentado a frequência no uso desses aplicativos. Na região, o índice de pessoas que aumentou o uso chegou a 73%.

Os motivos que levaram a essa mudança foram detalhados pela pesquisa: risco de contaminação, apontado por 59% dos entrevistados, e praticidade do serviço, com 43%, foram os fatores mais importantes para os usuários considerarem o uso desse tipo de aplicativo durante a pandemia.

A pesquisa ouviu 3.271 pessoas acima de 16 anos entre 16 de setembro e 7 de outubro de 2020 em todas as regiões do país.

Procura de empresas por crédito registra queda em setembro || Foto Miguel Angelo
Tempo de leitura: < 1 minuto

A procura das empresas por crédito registrou queda de 3,3% em setembro, em comparação com o mesmo mês de 2019. É o terceiro mês consecutivo de queda no Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian, divulgado hoje (27).

A procura das micro e pequenas empresas por crédito foi a que mais caiu, com declínio 3,4%. Em seguida aparecem as médias (3,3%) e grandes (1,2%).

As empresas da Região Sudeste lideraram a retração, com queda de 7,3%, seguidas pelas do Sul, que apresentou declínio de 1,2%. Já o Centro-Oeste (1%), Norte (5,2%) e Nordeste (1,4%) apresentaram números positivos na demanda por crédito.

O setor da indústria foi o que teve maior queda no interesse por crédito em setembro, de 5,6%, seguido por serviços, de 3,8%, e comércio, 2,6%.

“A sensação de incerteza sobre as reformas administrativas e tributárias costuma deixar os donos de negócios mais cautelosos. O que muitas das vezes pode levar ao adiamento da busca por crédito”, disse o economista da Serasa Experian Luiz Rabi.

Já na comparação mensal, de setembro ante agosto houve variação positiva na busca por crédito, com crescimento de 2,5%. Os segmentos do comércio e serviços registraram alta de 2,5% cada, enquanto a indústria teve aumento de 1,6%.

Tempo de leitura: 2 minutos

Os empresários do setor da moda estão cautelosos com o movimento de retomada da economia. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, a grande maioria reduziu o volume de compras ou desistiu de adquirir novas coleções para a próxima temporada, em comparação com 2019 (20% não compraram e 39% reduziram o volume de compras acima de 30%).

Para esses empreendedores, os maiores desafios para a retomada e sobrevivência do negócio são capital de giro (50%), planejamento de compras e giro de estoques (27%), o fato dos produtos e serviços de moda não serem vistos como essenciais (25%) e os controles financeiros pós-pandemia (23%).

O levantamento, finalizado em 9 de setembro, mostrou que 84% das empresas da moda já retomaram as atividades (resultado pouco acima da média do conjunto da economia – 81%). Apesar disso, essas empresas (em sua maioria, pequenos negócios), ainda sofrem uma perda ligeiramente maior de faturamento (-42%), quando comparado ao período antes da crise. Na média de todos os setores, a perda de faturamento é de 40%.

As reduções de faturamento mais expressivas estão nos segmentos de moda praia (-76%), moda sustentável ou agênero (-48%) e moda infantil e uniformes/fardamento (-46%). Na situação oposta, os segmentos de moda lar (-23%) e moda íntima (-25%) foram os que registraram o menor nível de perdas, em comparação com o período pré-crise.

ESTRATÉGIAS

De acordo com a pesquisa, o investimento nas plataformas digitais (50%) e no delivery (20%) foram as principais estratégias adotadas pelas empresas da moda para reduzir as perdas de faturamento.

Os empresários entrevistados informaram que, nos próximos seis meses, as principais estratégias que eles pretendem implementar são: ampliar as ações de vendas digitais (44%), rever a gestão dos estoques (21%), adequar a empresa aos protocolos (20%), investir em mudar o visual da loja (16%) e mudar a gestão do negócios (12%).

CRÉDITO

Ainda segundo o levantamento, 50% dos empresários da cadeia produtiva da moda buscaram empréstimos desde o início da pandemia. A exemplo do que ocorreu em outros segmentos da economia, a minoria deles (24%) tiveram o pedido de crédito aprovado pelas instituições financeiras. De acordo com os empresários, o CPF negativado (12%) e o registro negativo no Cadin/Serasa (5%), foram as principais alegações apresentadas pelas instituições financeiras para a rejeição dos empréstimos.

NÚMEROS DA PESQUISA

(Confira números da pesquisa clicando em “leia mais”, abaixo)

Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto

A candidata a vice-prefeita de Ilhéus pelo PSOL, Jack Meira, foi vacinada na quinta-feira (22) no Hospital São Rafael, através do instituto IDor e a Universidade de Oxford para o teste da vacina da Covid-19. A inscrição ocorreu em julho e os testes estão na terceira fase, com o retorno em 30 dias para a segunda dose.

Pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e CNPq, Jack Meira decidiu ser voluntária, pois, afirma ela, acredita na seriedade dessa e das outras pesquisas. “Temos que dar a nossa contribuição para ajudar a população brasileira nesse momento difícil”, afirma Jack.

Tempo de leitura: 2 minutos

Nome de Almir Melo Jr. foi alterado em pesquisa eleitoral

O juiz da 116ª Zona Eleitoral de Canavieiras, Eduardo Gil Guerreiro, deferiu pedido de liminar para determinar a imediata suspensão da divulgação dos resultados da pesquisa feita pela Seculus Consultoria e Assessoria, sob pena de multa diária arbitrada em R$ 10 mil. Na decisão, o juiz afirma que a ilegalidade da pesquisa salta aos olhos no que se refere ao uso do nome do candidato do representante de forma diversa como ele estará escrito nas urnas.

A decisão do juiz eleitoral atendeu a representação de Impugnação de Pesquisa, contra a Seculus Consultoria e Assessoria Ltda ME, com pedido tutela provisória incidente satisfativa de urgência e inibitória inaudita altera pars. De acordo com o advogado da Coligação Um Novo Elo, Manoel Guimarães Nunes, “a pesquisa é ilegal, tendenciosa e abusiva, por violar princípios básicos, com intenção de levar o eleitorado a erro”.

Na pesquisa, o nome do candidato da Coligação Um Novo Elo, Almir Melo Jr, aparece diferente do que ele é conhecido e inscrito nas urnas, como sendo Almir Júnior. Na decisão, o juiz concluiu. “Por certo que tal artimanha invalida o resultado da pesquisa, evidente o potencial de confundir o pesquisado que tal modificação no nome pode causar. A intenção era apenas a de confundir o eleitorado pesquisado, o que enseja grave e injustificável violação da legislação”, afirma.

Segundo o advogado Manoel Guimarães, o artigo 3º, da Resolução (TSE) nº 26.600/2019, determina que a empresa de pesquisa constem os nomes de todos os candidatos que solicitaram registro de candidatura para o pleito. “A partir das publicações dos editais de registro de candidatos, os nomes de todos os candidatos cujo registro tenha sido requerido deverão constar da lista apresentada aos entrevistados durante a realização das pesquisas”.

Tempo de leitura: 2 minutos

Os terremotos que aconteceram no final de agosto deste ano, na Bahia, trouxeram à tona a contestação da famosa frase “no Brasil não tem terremoto”, falada e cantada pelos quatro cantos do país. De acordo com a professora Simone Cruz da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e presidenta da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG), não só há terremoto no território nacional, como também costuma ocorrer com frequência. Foi pensando em estudar esses fenômenos e gerar informações para a sociedade, que Simone e outros colegas acadêmicos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), da SBG e do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) se juntaram para criar um grupo de trabalho com foco em minimizar os impactos de possíveis acidentes naturais.

Simone afirma que além do diagnóstico das áreas afetadas e a verificação das causas dos terremotos, o projeto visa estabelecer um diálogo com a sociedade, com o objetivo de muni-la de informações científicas, em linguagem acessível, que permitam uma melhor compreensão do ambiente geológico em que vivem e suas características sismológicas.

“A ideia surgiu através do reconhecimento da importância social que as geociências possuem, especialmente com relação à identificação e prevenção de riscos geológicos. Logo após os sucessivos terremotos que ocorreram na região de Amargosa e em diversas outras cidades do Recôncavo Baiano, houve uma rápida mobilização da equipe de pesquisa, bem como o estabelecimento das parcerias”, disse a professora ao ressaltar que a população bem informada pode reagir de maneira mais segura durante os tremores e estar mais preparada para a situação.

Cada membro do time possui experiência acumulada no que diz respeito às características geológicas da região afetada pelos terremotos e os movimentos que ocorreram na crosta terrestre nos últimos 150 anos. “Além disso, os integrantes do grupo se dispuseram a esclarecer para a sociedade, através da mídia, as causas do fenômeno, as possíveis consequências e, levando em consideração o histórico na Bahia, tranquilizar a todos, já que os terremotos que provocam grandes catástrofes, não condizem com o nosso histórico no Estado, nem com a dinâmica da geologia do território brasileiro”, disse Carlos Uchoa, professor da Uefs.

Segundo ele, o grupo está finalizando a fase de diagnóstico dos dados geológicos e geofísicos da região e pretende elaborar um projeto de pesquisa multidisciplinar para avançar nos estudos. “Além disso, a Ufba está pleiteando a sua inserção na Rede Sismográfica Brasileira, o que seria um avanço de grande importância para o trabalho e para o avanço no processo de pesquisa na Bahia”.

O anseio do grupo é que com o avanço dos estudos científicos, torne-se mais fácil identificar os processos responsáveis pelos terremotos, permitindo uma melhor previsão de áreas com riscos geológicos e colaborando com a prevenção dos acidentes que causam danos materiais e humanos. “Estaremos também acompanhando os trabalhos da Rede Sismográfica Brasileira e, em parceria com a Defesa Civil, auxiliando à população no esclarecimento sobre as eventuais ocorrências, prestando todo apoio necessário quanto às informações técnicas e os procedimentos cabíveis em caso de novos tremores”, completou Joelson Batista, professor da Ufba e que também integra o grupo junto aos outros pesquisadores Carlson Leite, César Gomes, Jailma Oliveira, Michelangelo Silva e o estudante Gabriel Costa, todos da Ufba, além do geólogo Valter Sobrinho do SGB/CPRM.

Jé Assunção, do PP, lidera corrida sucessória em Ibirapitanga
Tempo de leitura: < 1 minuto

O pré-candidato Jé Assunção (PP) lidera a disputa à prefeitura de Ibirapitanga, no sul da Bahia, aponta levantamento Séculos/Bahia Notícias. Jé aparece com 42,82% das intenções de voto na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos pré-candidatos. Na segunda posição, aparece Paulinho de Ravan (PSD), com 28,17. Civanilton (PDT), com 6,76%.

Na espontânea, 8,17% não escolheram candidato, 7,32% não opinaram, 6,48% não souberam responder e 0,28% responderam que escolheriam o candidato pela foto (estimulada).

Na estimulada, quando a cartela com os nomes dos pré-candidatos é apresentada, Jé Assunção também lidera com vantagem na casa dos 14 pontos percentuais sobre o segundo colocado.

No cenário estimulado com os três nomes postos, Jé tem 43,94% e Paulinho de Ravan atinge 29,01%, enquanto Civanilton oscila para 7,04%, conforme a pesquisa. Outros 9,01% eleitores consultados não escolheram candidato, 6,48% não souberam responder e 4,51% não opinaram.

A pesquisa também aferiu a rejeição de cada um dos nomes. Paulinho de Ravan lidera no quesito rejeição: 31,55% dos eleitos dizem que não votariam no pré-candidato. Civanilton tem 20% de rejeição. Jé Assunção é rejeitado por 18,31% dos eleitores. Neste quesito, conforme a pesquisa, 10,14% não rejeitam os candidatos, 10,14% não souberam responder e 9,86% não opinaram.

O instituto informa ter ouvido 758 eleitores em Ibirapitanga, nos dias 21 e 22 de agosto. A pesquisa tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais e está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo BA-06517/2020.

“SURPREENDENTE”

Por meio de sua assessoria, o pré-candidato a prefeito de Ibirapitanga pelo PP se disse surpreso com os resultados na estimulada e espontânea. “Estou muito feliz com os números apresentados na pesquisa. Este sem dúvida é o resultado de um trabalho sério, que o nosso grupo vem realizando.

Médico e pesquisador, Elsimar faleceu nesta segunda-feira || Foto Divulgação
Tempo de leitura: < 1 minuto

O governador da Bahia, Rui Costa, decreta luto oficial nesta terça-feira (18), pelo falecimento do médico e cientista Elsimar Coutinho, ocorrido nesta segunda (17). O governador lamentou a morte e destacou o trabalho de Elsimar, que se destacou nacional e internacionalmente na pesquisa da área de reprodução humana.

“O Brasil perdeu hoje um dos seus grandes cientistas. Uma das principais referências em reprodução humana do país, Elsimar Coutinho foi antes de tudo um homem inquieto, dedicado ao seu trabalho como médico e pesquisador, levando o nome da Bahia para todo o mundo. Para os pacientes, é a perda de um profissional brilhante e, para família e amigos, a dor da partida de um de um ente querido. Que Deus os conforte nesse momento tão triste para todos nós. Siga em paz, dr. Elsimar!”.

Pesquisadores da Unicamp participam de estudo sobre a Covid-19
Tempo de leitura: 2 minutos

O maior estudo de vigilância genômica da Covid-19 na América Latina foi publicado na quinta-feira (23) na Science, uma das revistas acadêmicas mais prestigiadas do mundo. A pesquisa, focada na dispersão do vírus no Brasil, sequenciou 427 genomas do novo coronavírus de 21 estados brasileiros.

A pesquisa foi realizada em conjunto por 15 instituições brasileiras, entre elas a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de instituições britânicas. Entre os resultados, os pesquisadores detectaram mais de 100 introduções distintas do vírus no Brasil.

O professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, José Luiz Proença Módena, explica que os dados mostram que houve vários eventos de introdução do vírus no Brasil, mais de 100, principalmente de pessoas que estavam voltando da Europa e dos Estados Unidos.

“A partir dessa introdução maciça, antes dos eventos de contenção e de isolamento social, o vírus se disseminou principalmente em três grandes grupos, que tiveram maior sucesso e que se espalharam no Brasil”, afirma o professor que coordena o Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (LEVE) do IB, cuja equipe participou da pesquisa.

Nos três grandes grupos de vírus preponderantes, que englobaram 76% dos vírus detectados até abril, José Luiz observa que foram identificadas mutações associadas a formas graves da Covid-19. “Todos eles têm uma mutação pontual na proteína spike, que é uma proteína do vírus associada à patogenicidade, com a doença mais grave e com aumento da carga viral”, diz.

Leia Mais

Comércio de Itabuna poderá abrir neste sábado
Tempo de leitura: 2 minutos

Após ter alcançado o menor patamar da série histórica no mês passado, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou crescimento de 6,6% em julho, passando de 66,7 pontos para 69,3 pontos.

Foi o primeiro avanço mensal do indicador em quatro meses, desde o início da pandemia do novo coronavírus. Por outro lado, no comparativo anual, houve queda de 39,5%, segundo a CNC.

Mesmo com o resultado positivo em julho, o índice continua abaixo dos 100 pontos, na zona de avaliação pessimista, e 59 pontos abaixo do nível pré-crise.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os comerciantes ainda sentem os efeitos do surto de covid-19. Segundo ele, de março até o fim de junho, os prejuízos do setor alcançaram R$ 240,8 bilhões.

“Apesar da reabertura gradual do comércio em algumas cidades, a paralisação da maioria das empresas durante a pandemia continua impondo reduções à atividade dos diferentes setores da economia, em especial ao comércio e aos serviços”, afirmou Tadros, em nota.

REVERSÃO DAS EXPECTATIVAS

O principal responsável pela alta do Icec em julho foi o indicador relativo às expectativas. Com crescimento mensal recorde de 21,1%, o subíndice chegou a 106,4 pontos, retornando para a zona positiva. “A alta ocorreu tanto em relação à economia (+25,1%) quanto em relação ao setor do comércio (+19,8%) e à própria empresa (+19,1%), refletindo o otimismo dos comerciantes para os próximos meses”, informou a CNC.

Já o item que mede a satisfação dos empresários com as condições atuais, seja da economia (-8,1%), do comércio (-6,5%), seja também da própria empresa (-7,6%), foi novamente o que mais se destacou de maneira negativa, caindo a 34,2 pontos, com retração mensal de 7,1%. A queda foi menos intensa do que as observadas nos últimos dois meses (-46,6% em junho e -26,5% em maio).

A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, destacou a dificuldade dos varejistas de menor porte no acesso ao crédito como um dos fatores para o resultado negativo, em relação ao desempenho da empresa.

“Garantias exigidas pelas instituições financeiras chegam a superar os valores das operações de crédito, o que tem dificultado o acesso aos recursos pelas empresas menores, prejudicando ainda mais o giro financeiro e comprometendo a capacidade de pagamento de despesas e de realizar investimentos”, afirmou.

O destaque positivo ficou por conta do aumento das intenções de contratar funcionários, após quatro meses de reduções intensas (+2,4%, atingindo 68 pontos). O índice, entretanto, está 56 pontos abaixo do nível pré-pandemia.

Cresce o número de famílias que cuidam dos idosos
Tempo de leitura: 4 minutos

Mais brasileiros tiveram que cuidar de seus parentes idosos, em 2019, grupo considerado atualmente o mais vulnerável à Covid-19. O número de familiares que se dedicavam a cuidados de indivíduos de 60 anos ou mais saltou de 3,7 milhões em 2016 para 5,1 milhões em 2019, contingente que representa 10,5%(1,5% a mais que 2016) dos 49,1 milhões de pessoas que realizavam cuidados de moradores no ano passado.

Ao mesmo tempo, diminuiu a quantidade de pessoas cuidando de crianças até 5 anos. Entre 2018 e 2019, o percentual de pessoas que cuidam de crianças teve queda de 1,5% na faixa de 0 a 5 anos.

“Esses dados podem significar que menos pessoas estão tendo filhos, estão tendo filhos mais tarde ou têm maior acesso a creches. Também pode sinalizar o envelhecimento da população”, explica Alessandra Scalioni Brito, analista do IBGE.

As informações são do suplemento Outras Formas de Trabalho, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD-C 2019), que levantou dados sobre cuidados de pessoas (crianças, idosos, enfermos ou pessoas com necessidades especiais), afazeres domésticos, produção para o próprio consumo e trabalho voluntário.

NORTE E NORDESTE

A pesquisa aponta que o percentual de pessoas que cuidam de idosos no total de pessoas que exercem cuidados é maior em estados do Nordeste, como Rio Grande do Norte (15,2%), primeiro no ranking nacional, Maranhão (12,3%), Ceará (11,9), Paraíba (11,7%), Piauí (11,3%), Bahia (11,3%) e da região Norte, como Tocantins (11,5%) e Amazonas (11,4%). Outros destaques no Sudeste e Sul são o Rio de Janeiro (12,3%) e o Rio Grande do Sul (10,7%), que concentram as maiores proporções de idosos na população.

Leia Mais