Entrevistadores do Ibope faziam pesquisa sobre covid-19 em Irecê
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Três profissionais do Ibope Inteligência que aplicavam pesquisa sobre o novo coronavírus (Covid-19), em Irecê, testaram positivo para a doença, segundo informou a prefeitura em nota pública. O município iniciou rastreamento de contatos feitos pelos entrevistadores no período em que estiveram em Irecê. Na semana passada, os profissionais contratados pelo Ibope para aplicar questionário de pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde acabaram numa delegacia, após reação dos moradores.

A equipe foi parar na polícia porque, segundo a prefeitura, deu informações desencontradas e não confirmadas por órgãos como a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) sobre terem sido informados da pesquisa de opinião e testagem feita pelo instituto. Os resultados positivos e suposta resistência do Ibope em fornecer nomes dos entrevistados  em Irecê teriam levado o município a impor o fim da pesquisa, com o retorno dos entrevistadores a São Paulo. Os entrevistadores confirmaram que os profissionais do Ibope usavam a proteção necessário para covid-19.

Contratado pelo Ministério da Saúde ao custo de R$ 12 milhões, o estudo do qual o Ibope participa é coordenado pela Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Além de colher dados, cada entrevistador também aplica teste rápido para covid-19. Abaixo, no Leia Mais, confira a íntegra da nota da Prefeitura de Irecê.Leia Mais

Pesquisa do IBGE mostra desigualdade salarial entre homens e mulheres
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Os homens tiveram rendimento médio mensal 28,7% maior do que das mulheres em 2019, considerando os ganhos de todos os trabalhos. Enquanto eles receberam R$ 2.555, acima da média nacional (R$ 2.308), elas ganharam R$ 1.985, segundo pesquisa divulgada na quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano passado, havia no mercado de trabalho brasileiro 92,5 milhões de pessoas ocupadas com 14 anos ou mais, uma alta de 2,6% em relação a 2018.  Mais da metade da população em idade de trabalhar era formada por mulheres (52,4%), no entanto, os homens representavam 56,8% da parcela da população que efetivamente trabalhava. Parte das mulheres não pode trabalhar porque não existe creche para deixar os filhos.

OCUPAÇÃO POR REGIÕES

Em todas as grandes regiões do país, a participação masculina na população ocupada foi superior à feminina, sendo que o Norte teve a menor estimativa de mulheres trabalhando (38,7%).

O Sudeste (44,5%), o Sul (43,8%) e o Centro-Oeste (43,3%) registraram as maiores participações femininas na ocupação em 2019. Já o Nordeste (41,8%) teve o maior avanço percentual desde 2012, início da série histórica.

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Cientistas encontram novo coronavírus em esgoto
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Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciaram um estudo para verificar a presença de material genético do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em amostras do sistema de esgotos em Niterói, no Rio de Janeiro. O objetivo é acompanhar o comportamento da disseminação do vírus ao longo da pandemia de Covid-19.

O projeto utiliza a análise de amostras de esgotos como um instrumento de vigilância, permitindo identificar regiões com presença de casos da doença, mesmo os ainda não notificados no sistema de saúde.

O monitoramento está alinhado com estudos científicos internacionais, que têm demonstrado a importância da vigilância baseada em esgotos para a detecção precoce de novos casos de Covid-19.

As primeiras coletas foram realizadas no dia 15 deste mês.  Estão sendo coletadas amostras de esgoto bruto em 12 pontos georreferenciados e estrategicamente distribuídos pela cidade de Niterói, incluindo estações de tratamento de esgotos (ETEs), pontos de descarte de efluente hospitalar e rede coletora de esgotos.

INVESTIGAÇÃO

Os resultados iniciais evidenciam a eficácia da metodologia na ampliação da vigilância de propagação do novo coronavírus. Na primeira semana, foi possível detectar material genético do novo coronavírus em amostras de esgotos em cinco dos 12 pontos de coleta. As amostras coletadas na segunda e terceira semanas estão em fase processamento.

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Itabuna e Ilhéus registram, juntos, quase 500 óbitos pela Covid-19
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Da Agência Brasil

Um grupo de cientistas chineses isolou vários anticorpos que considera “extremamente eficientes” para impedir a capacidade do novo coronavírus de entrar nas células, o que pode ser útil tanto para tratar quanto para prevenir a covid-19.

Atualmente, não existe tratamento comprovadamente eficaz para a doença, que surgiu na China e está se proliferando pelo mundo na forma de uma pandemia que já infectou mais de 850 mil pessoas e matou 42 mil.

Zhang Linqi, da Universidade Tsinghua, de Pequim, disse que um remédio feito com anticorpos como os que sua equipe descobriu poderia ser usado de forma mais eficaz do que as abordagens atuais, incluindo o que ele chamou de tratamentos “limítrofes”, como o plasma. O plasma contém anticorpos, mas é limitado pelo tipo de sangue.

No início de janeiro, a equipe de Zhang e um grupo do 3º Hospital Popular de Shenzhen começaram a analisar anticorpos do sangue colhido de pacientes recuperados da covid-19, isolando 206 anticorpos monoclonais que mostraram o que ele descreveu como uma capacidade “forte” de se ligar às proteínas do vírus.

Depois eles realizaram outro teste para ver se conseguiam de fato impedir que o vírus entrasse nas células, disse ele em entrevista à Reuters.

IMENSAMENTE BONS

Entre os cerca de 20 anticorpos testados, quatro conseguiram bloquear a entrada viral. Desses, dois foram “imensamente bons” para fazê-lo, disse Zhang.

Agora a equipe se dedica a identificar os anticorpos mais poderosos e possivelmente combiná-los para mitigar o risco de o novo coronavírus sofrer uma mutação.

Se tudo der certo, desenvolvedores interessados poderiam produzi-los em massa para testes, primeiro em animais e futuramente em humanos.

O grupo fez uma parceria com uma empresa de biotecnologia sino-norte-americana, a Brii Biosciences, na tentativa de “apresentar diversos candidatos para uma intervenção profilática e terapêutica”, de acordo com um comunicado da Brii.

“A importância dos anticorpos foi provada no mundo da medicina há décadas”, afirmou Zhang. “Eles podem ser usados para o tratamento de câncer, doenças autoimunes e doenças infecciosas”.

Os anticorpos não são uma vacina, mas existe a possibilidade de aplicá-los em pessoas do grupo de risco, com o objetivo de impedir que contraiam a covid-19.

Normalmente não transcorrem menos de dois anos para um remédio sequer obter aprovação para uso em pacientes, mas a pandemia de covid-19 acelera os processos, disse ele, e etapas que antes seriam realizadas sequencialmente agora estão sendo feitas em paralelo.

Pesquisadora baiana cria plástico biodegradável e antimicrobiano || Foto Divulgação
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A pesquisadora Luana Dias, mestranda na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), desenvolveu uma alternativa sustentável que pode substituir a composição padrão de embalagens e outros derivados plásticos. A novidade se trata de filmes polímeros biodegradáveis e antimicrobianos.

“Vários tipos de polímeros já são avaliados para o desenvolvimento das embalagens, entretanto, na maioria das vezes utilizam-se os polímeros derivados do petróleo, devido as características dos alimentos, que podem conter água, nutrientes (carboidratos, proteínas, lipídeos, etc), além do armazenamento ao longo da cadeia produtiva”, explicou a pesquisadora Luana.

Ela destaca que na tentativa de minimizar o descarte desordenado de plásticos no meio ambiente e ao mesmo tempo propor uma alternativa sustentável, foram utilizados polímeros biodegradáveis, cujas bases são capazes de estabelecer contato com alimentos sem oferecer riscos à saúde dos consumidores, pois boa parte desses polímeros são naturais e fazem parte da alimentação humana.

“Os materiais que eu utilizei para desenvolver este novo tipo de plástico, com orientação da professora Cristiane Patrícia, podem ser exemplificados com amido, quitosana, gelatina e álcool polivinílico. Além de não serem agressivos ao meio ambiente, os materiais são misturados para gerar embalagens resistentes”, destaca Luana. Estes compostos unidos promovem qualidades que são essenciais, tais como a permeabilidade ao vapor d’água, ao oxigênio e a baixa ou alta resistência mecânica, o que não acontece quando os materiais são utilizados individualmente.

Se for introduzido como matéria-prima para embalagens, o novo tipo de plástico busca também promover a segurança do alimento, visto que estabelece um controle microbiológico devido a incorporação de uma enzima que elimina micróbios causadores de doenças ao consumidor. “Com este estudo, aliamos a ideia de um polímero biodegradável com a tecnologia inovadora das embalagens ativas para que sejam aplicados em alimentos”, destacou a mestranda. O projeto ainda está em fase de testes em bancada de laboratório para avaliar sua efetividade, como o tempo de vida útil em prateleiras de mercado, toxicidade, etc.

14,1 milhões estão desempregados, segundo IBGE || José Cruz/Agência Brasil
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A taxa de desocupação no Brasil baixou para 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, uma redução de 0,4% em relação ao trimestre anterior (de agosto a outubro de 2019), quando ficou em 11,6%. Mesmo com a redução, ainda existem 11,9 milhões de pessoas desocupadas no País.

Em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2019, quando a taxa foi de 12,0%, houve queda de 0,8% ponto percentual. Os dados são da PNAD Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, manteve-se estável (54,8%) em relação ao trimestre antecedente, mas subiu em relação ao mesmo período do ano anterior, quando era estimado em 54,2%”, comenta a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy.

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Secretaria faz pesquisa sobre hábitos dos turistas
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A Secretaria de Turismo da Bahia está realizando uma pesquisa para conhecer o perfil dos visitantes durante o carnaval de Salvador. Até a próxima quinta-feira (27), 1.260 questionários devem ser aplicados junto a visitantes brasileiros e estrangeiros.

Com o estudo será possível obter informações sobre hábitos de consumo, tempo de permanência, origem dos turistas, gasto médio e meio de hospedagem utilizado e avaliações de equipamentos, serviços e atrativos turísticos, entre outras informações. O resultado do levantamento será publicado no Observatório do Turismo.

Os pesquisadores estão presentes nos portões de entrada e saída da capital baiana – aeroporto, rodoviária, porto e terminal de São Joaquim (ferry-boat) -, além dos três circuitos oficiais da festa: Dodô (Barra/Ondina), Osmar (Campo Grande) e Batatinha (Pelourinho).

O desempenho dos meios de hospedagem da capital e de municípios do entorno neste período também está sendo monitorado por parte da equipe, que trabalha na sede da Setur. “O objetivo é calcular a taxa média de ocupação do período e o valor da diária média, contribuindo ainda para o dimensionamento do fluxo turístico e receita turística do Carnaval de Salvador”, complementa Giulliana.

Ao menos 123 meios de hospedagem, sendo 80 em Salvador e 43 em Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, Candeias e Simões Filho serão consultados até o fim da pesquisa, considerando que as cidades vizinhas também hospedam visitantes que curtem a festa na capital baiana.

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Alessandro Fernandes assume a reitoria da Uesc || Foto Júlia Barreto

Novo reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), o professor Alessandro Fernandes Santana defendeu que a instituição, juntamente com institutos federais e a Ufsb, transforme o sul da Bahia numa região de pessoas que possam escolher o seu destino, tendo a educação como pilar básico. “Uma Universidade não deve fazer apenas ensino pesquisa e extensão. A universidade deve transformar a vida das pessoas”, disse Alessandro, que tomou posse na noite desta terça (4).

Falando para um auditório repleto de servidores, professores, estudantes, além de vereadores e prefeitos e de secretários estaduais, Fernandes enfatizou compromisso assumindo na fase de campanha.

– O meu compromisso e o de Mauricio para com esta instituição é buscarmos elevar para o nível de excelência os 33 cursos de graduação, buscar cada vez mais condições para que os nossos pesquisadores e pesquisadoras desenvolvam aqui suas pesquisas com qualidade.

A solenidade reuniu quatro secretários estaduais, dentre eles a titular da Pasta da Ciência, Tecnologia e Inovação, Adélia Pinheiro, reitora da universidade estadual sul-baiana no período de 2012 a 2019. “Entregamos a Uesc hoje mais madura, sólida e legitimada como instituição universitária profundamente entrelaçada com a sua região e o desenvolvimento dela”, disse, observando que a Uesc figura hoje entre as 60 melhores universidades do país.

O secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues, representou o governador Rui Costa na solenidade. “Tenho certeza que a gestão dos professores Alessandro e Mauricio será voltada para o desenvolvimento regional, inovação científica e tecnológica, além das atividades finalísticas da instituição e também para os projetos que dizem respeito ao desenvolvimento do Estado da Bahia”.

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Rui Costa, da Bahia, é o governador mais bem avaliado entre líderes do Congresso || Foto Divulgação

Rui Costa é o governador mais bem avaliado pelos líderes do Congresso Nacional, revela a pesquisa Painel no Poder, feita pelo site Congresso em Foco, em parceria com a Inn Press Oficina. O resultado do levantamento foi divulgado nesta terça (29).

Na segunda e na terceira colocação, aparecem, respectivamente, os chefes do executivo do Espírito Santo, Renato Casagrande; e do Maranhão, Flávio Dino. Rui alcançou nota 3,6, na média ponderada de 1 a 5. Depois dos três primeiros colocados, vêm os governadores do Ceará, Camilo Santana; do Piauí, Wellington Dias; e de Pernambuco, Paulo Câmara. A pesquisa foi feita no período de 16 a 27 setembro.

Realizada com metodologia científica, a Painel do Poder é uma ferramenta para estudos legislativos, que usa a técnica de pesquisa por painel, feita a cada três meses. Ela contempla investigações tanto quantitativas como qualitativas, tomando por base uma amostra de líderes de aproximadamente 100 parlamentares.

Desta vez, foram ouvidas 79 lideranças, mas oito entrevistas foram inteiramente descartadas para que a amostra considerada ficasse mais próximo da correlação real de forças do Congresso em termos de região, atitude em relação ao governo e expressão partidária.

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Anna Luisa Beserra espera expandir tecnologia para África e América Latina || Foto ONU

 

 

Ricardo Senra || BBC Brasil

A baiana Anna Luisa Beserra, de 21 anos, acaba se tornar a primeira brasileira a vencer o prêmio Jovens Campeões da Terra, principal premiação ambiental das Nações Unidas para jovens entre 18 e 30 anos.

A homenagem acontecerá em um baile de gala marcado para o dia 26, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Acostumada a laboratórios químicos e termos científicos desde a adolescência, Beserra explica com simplicidade a invenção para aqueles que nunca viram um tubo de ensaio na vida.

“A gente passa protetor quando vai à praia justamente para nos protegermos contra a radiação ultravioleta. Em humanos, ela causa câncer de pele. Mas, para vírus e bactérias, ela é letal. A gente aproveita a mesma radiação ultravioleta para fazer o tratamento na água, que passa a ser potável”, diz.

Nascida em Salvador, Beserra começou a desenvolver a tecnologia aos 15 anos, em 2013, depois de ganhar uma bolsa para jovens cientistas oferecida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), do governo federal.

De lá para cá, ela criou 10 versões distintas até chegar à tecnologia atual, que purifica água não-potável usando a luz solar, sem produtos químicos ou filtros descartáveis.

Segundo a ONU, 1,8 bilhão de pessoas bebem água imprópria ao consumo humano no mundo. No Brasil, segundo dados divulgados neste ano pelo Instituto Trata Brasil, cerca de 35 milhões de pessoas não têm acesso a redes de água potável.

Batizado de Aqualuz, o dispositivo foi acoplado em fase de testes a cisternas na região do semiárido do Nordeste brasileiro e já garante acesso a água limpa para 265 pessoas.

“Até o fim do ano chegaremos a mais 700”, afirma. “É uma metodologia muito fácil e viável para estas regiões. O dispositivo dura 20 anos, em média, e só precisa ser limpo com água e sabão”.

“DEMOCRATIZAR O ACESSO À ÁGUA POTÁVEL”

Vencedora da categoria América Latina e Caribe da premiação oferecida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Beserra quer agora expandir a tecnologia para fora do Brasil.

“A gente não esperava (o prêmio), foi uma grande surpresa. Agora, sabemos que não só vamos ter o retorno financeiro para investir no projeto, como também estamos abrindo portas para expandir a tecnologia para África, Ásia e outros países da América Latina”, diz.

“A meta é democratizar o acesso a água potável”, prossegue a criadora do Aqualuz, que é capaz de limpar até 10 litros de água em 4 horas.

Agora elevada a uma das “ideias mais inovadoras e arrojadas para solucionar os desafios ambientais mais urgentes do nosso tempo”, segundo a ONU, a solução criada pela jovem brasileira pode frear os impactos devastadores da nona principal causa de mortes em todo o mundo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, só em 2016, 1,4 milhão de pessoas morreram em decorrência de doenças diarreicas contraídas pelo consumo de água contaminada.

A ONU aponta que estas mortes estão “diretamente ligadas à falta de água potável e à falta de saneamento e de acesso à higiene” e que os problemas atingem principalmente “populações jovens, vulneráveis ou que vivem em zonas rurais remotas”.

JOVEM PEDE A BOLSONARO QUE
“NÃO DESESTIMULE A CIÊNCIA”

Sobre a repercussão negativa da politica ambiental brasileira no exterior, criticada por especialistas e líderes mundiais em meio ao avanço do desmatamento e das queimadas, a jovem diz ver oportunidades.

“É triste, mas ao mesmo tempo isso gera uma visibilidade para o Brasil e a gente pode aproveitá-la de forma positiva”, diz.

A reportagem pergunta o que Beserra diria ao presidente Jair Bolsonaro — que estará em Nova York quando a jovem for premiada, caso a viagem presidencial à Assembleia Geral da ONU se confirme.

“Eu diria ao presidente que, por favor, não desestimule a ciência e o empreendedorismo local. Se não houver estímulo, as pessoas vão se desmotivar.”

No início do mês, o CNPq anunciou que não pode garantir verbas para o pagamento de quase 80 mil bolsistas brasileiros a partir de setembro. Clique e confira a íntegra na BBC Brasil.

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Ilheense reprova governos Bolsonaro e Marão e aprova o de Rui, aponta Sócio-Estatística

Pesquisa Sócio-Estatística feita no período de 13 a 17 de agosto mostra que o ilheense aprova a gestão do governador Rui Costa e reprova os governos do prefeito Mário Alexandre e do presidente da República, Jair Bolsonaro. O instituto ouviu 1.004 eleitores e o levantamento ao qual o PIMENTA teve acesso apresenta margem de erro de 3 pontos percentuais.

GOVERNO MARÃO COM LEVE MELHORA

A gestão do prefeito Marão obteve 2,49% de ótimo e 10,56% de bom no levantamento feito pela Sócio-Estatística, o mais respeitado instituto de pesquisa do interior baiano. Já 28,69% consideram o governo regular, enquanto 18,33%% avaliam como ruim e 34,86% como péssimo.

De janeiro para agosto, ele obteve leve melhora. No levantamento feito de 24 a 30 de janeiro, o governo Marão era avaliado como ótimo por 2,26% dos ilheenses, 5,89% consideravam boa a gestão e 17,39% como regular. O percentual que avaliava o governo como ruim era 14,86%. Como péssimo, atingia 58,42%. E 5,08% não responderam ou não souberam responder.

GOVERNO RUI

Para 17,03% dos ilheenses consultados, a gestão de Rui é ótima, enquanto 29,88% dizem que é boa e outros 24,9% a consideram regular. Na outra ponta, 9,46% a consideram ruim e 13,15% avaliam como péssima. O percentual de eleitores que não souberam avaliar atingiu 5,58%.

Na pesquisa feita em janeiro, 14,31% disseram que o governo era bom e 29,88% consideravam regular. Para 7,25%, era ruim e 23,46% avaliaram como ruim. O percentual dos que não souberam responder ou não sabiam atingiu 4,08%.

BOLSONARO REJEITADO

Os oito primeiros meses do Governo Bolsonaro também foram objeto de avaliação dos ilheenses. Para 6,37% dos ilheenses, a gestão do presidente da República é ótima. Outros 11,65 a avaliam como boa e 27,89% a consideram regular. Para 13,15% dos ilheenses, o governo de Bolsonaro é ruim e 35,36% o consideram péssimo. 5,58% dos pesquisados não souberam ou não responderam.

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Segundo pesquisa, 70% dos brasileiros acessam internet || Foto Marcello Casal Jr/AB
  • – 90% DISSERAM QUE SE CONECTAM TODOS OS DIAS

  • – PESQUISA DETALHA COMPORTAMENTO BRASILEIRO NA INTERNET

  • – SÓ 48% DAS CLASSES D e E TÊM ACESSO À REDE NO BRASIL

Sete em cada dez brasileiros acessam a internet, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2018, divulgada nesta quinta (28). O levantamento mostra a evolução da conectividade no Brasil, registra o papel persistente das desigualdades de renda e regionais e aponta o crescimento de aplicações diversas, como as de mobilidade e de consumo de vídeo e música.

O estudo foi elaborado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, órgão ligado ao Comitê Gestor da Internet. A cada ano, uma nova edição é lançada avaliando os números da conectividade da população brasileira e hábitos de uso das tecnologias digitais online. A amostra desta edição considerou 23,5 mil domicílios em 350 municípios.

Entre 2008 e 2019, o índice de brasileiros na Rede Mundial de Computadores saiu de 34% para 70%. O percentual é mais alto do que a média mundial (48,5%), conforme o Banco Mundial. Tomando como base os dados mais atualizados da instituição sobre a penetração dos países em todo o planeta, o Brasil ficaria na 83ª posição em uma lista com mais de 200 países .

DESIGUALDADE

Apesar do crescimento, a desigualdade na presença dos brasileiros no mundo online continua em diversos aspectos. No tocante à renda, enquanto o percentual nas classes A e B é de cerca de 92%, nas classes D e E ficou em 48%. A penetração da Rede Mundial de Computadores atinge 74% nos centros urbanos, mas não alcança metade (49%) nas áreas rurais.

“Quando a gente pergunta aos domicílios que não têm internet, o motivo mais mencionado ainda é preço. Para uma parcela da população internet ainda é serviço caro”, disse Winston Oyadomari, coordenador do estudo. Em razão desta barreira econômica, a grande maioria das pessoas nas camadas mais pobres têm que recorrer a internet móvel para utilizar a web.Leia Mais

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Cerca de 20% dos brasileiros usa celular ao volante || Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

Dados do Ministério da Saúde revelaram que 19,3% da população das capitais brasileiras usam o celular enquanto dirigem. Isso significa que de cada cinco pessoas, uma afirmou que comete esse ato. A informação é do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018, divulgada hoje (24). O ministério alertou ainda que os acidentes de trânsito são a segunda maior causa de mortes externas no país.

A pesquisa também mostrou que as pessoas com idades entre 25 e 34 anos (25%) e com maior escolaridade (26,1%), com 12 anos de estudo ou mais, são as que mais assumem esse comportamento de risco. Os motoristas com nível superior também são os que mais recebem multas por excesso de velocidade e que associam o consumo de bebida alcoólica e direção.

O Vigitel é uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde que, desde 2006, monitora diversos fatores de risco e proteção relacionados à saúde, incluindo a temática de trânsito nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal. Nesta edição foram entrevistadas por telefone 52.395 pessoas, maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro de 2018.

As capitais que apresentaram maior percentual de uso de celular por condutores foram Belém (24%), Rio Branco (23,8%) e Cuiabá (23,7%), seguido por Vitória (23,3%), Fortaleza (23,2%), Palmas (22,4%), Macapá e São Luís (22,3%). Por outro lado, as capitais com menor uso de celular durante a condução de veículo foram Salvador (14,1%), Rio de Janeiro (17,1%), São Paulo (17,2%) e Manaus (17,7%).

Além do uso do celular associado à direção, a pesquisa abordou também outros três importantes indicadores para a ocorrência de acidentes de trânsito: consumo abusivo de álcool abusivo, consumo de álcool em qualquer dose e multa por excesso de velocidade.

VELOCIDADE

O Vigitel 2018 mostra que 11,4% da população entrevistada afirmou já ter recebido multas de trânsito por excesso de velocidade. O comportamento de risco foi identificado mais em homens (14%) do que em mulheres (7%), na população de 25 a 34 anos (13,4%), e de maior escolaridade (13%).

O Distrito Federal é a capital com a maior proporção de casos (15,6%), seguida de Fortaleza (14,5%); Porto Alegre (14,1%); Belo Horizonte (13,7%); e Goiânia (13,6%). Já as capitais com menores índices são Manaus (0,9%); Macapá (2,7%); Belém (5,9%); Campo Grande (6,9%) e Porto Velho (7,1%). Clique no Leia Mais e confira mais dados da pesquisa.Leia Mais

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O ano de 1991 foi um marco para o perfil da mulher no mercado de trabalho porque, pela primeira vez, o nível de escolaridade feminina superou o dos homens. Segundo a professora Hildete Pereira de Melo, uma das coordenadoras do Núcleo de Pesquisa em Gênero e Economia (NPGE) da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), nesse período o tempo de estudo das mulheres passou a ser maior.

Conforme a pesquisadora, as mulheres aumentaram em um ano a escolaridade média em relação aos homens. “É a maior conquista das mulheres brasileiras terem conseguido se educar no século 20. Embora, a gente não tenha construído a igualdade, a gente conseguiu realmente uma vitória. Não houve política pública que facilitasse isso. Foram decisões pessoais das mulheres”, afirmou, acrescentando que no Censo 1900 as mulheres eram analfabetas e terminaram o século 20 mais escolarizadas do que os homens.

A evolução da escolaridade é um dos dados abordados pela pesquisa, que comprova a desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres no Brasil. O trabalho foi desenvolvido por Hildete e pela professora Lucilene Morandi, também coordenadora do NPGE. “A ideia dessa pesquisa era ter uma noção do impacto da diferença de participação no mercado de trabalho e na renda de homens e mulheres”, disse Lucilene.

ESCOLARIDADE X SALÁRIO

O aumento da escolaridade, no entanto, não representou o fim do desequilíbrio salarial entre homens e mulheres. As pessoas com mais escolaridade no Brasil ganham mais, mas Hildete citou o próprio exemplo para comentar a diferença de gênero na questão salarial. “A distância entre o que eu ganho como doutora em economia e o meu colega que é doutor em economia é muito grande. É muito maior do que quando pega uma escolaridade mais baixa, então, educação é um prêmio para todos, mas o prêmio para os homens é bem superior ao que ela permite às mulheres”.

TRABALHO DOMÉSTICO

Outra avaliação da pesquisa, ao analisar o Produto Interno Bruto (PIB) feminino e masculino, é a falta de captação do resultado do serviço doméstico feito pelas mulheres, inclusive com extensão de jornada. “O problema do trabalho não pago, o trabalho gratuito, que as mulheres realizam, é que se somasse os dois tempos, o do que a gente chama pago ou produtivo com o não pago nos cuidados com as crianças, com a casa, com os doentes, com os idosos, vê-se que a jornada das mulheres é cinco horas maior”, observou.Leia Mais

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Durante reunião na Fieb, Adélia expôs planos e metas da Secti para a indústria

Com o objetivo de identificar oportunidades e propor ações que possam beneficiar as indústrias locais, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) esteve presente na reunião do Conselho de Inovação e Desenvolvimento Industrial (CIDIN), no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), na última quinta-feira (6). A secretária Adélia Pinheiro expôs metas e compromissos com o cenário de desenvolvimento local.

A revisão do Marco Legal da Ciência e Tecnologia, que busca, dentre outras coisas, adaptar a legislação para que possa melhor atender as demandas atuais dos setores de Ciências,Tecnologia e Inovação, também foi pauta do encontro. Outro tema tratado se refere à necessidade de estreitar laços entre indústrias e os atores da área de inovação, por meio de uma plataforma que identifique as necessidades das empresas baianas.

A titular da Secti, Adélia Pinheiro, destacou questões que envolvem a infraestrutura nas unidades de tecnologia que servem ao ecossistema de ciência no estado. “É necessário fortalecer a rede de laboratórios, melhorar o acesso à banda larga e buscar financiamento público direcionado para a produção de conhecimento em ciência e tecnologia”.

A união entre Fieb e Secti busca cenários estimuladores para dar o devido destaque à produção científica estadual, transformando os serviços para potencializar desde os microempreendedores até as grandes empresas. Segundo Adélia, a Secti propõe uma realidade em que o empresário baiano não tenha que buscar recursos tecnológicos fora da Bahia e possa encontrar meios de se desenvolver por meio de uma produção completa dentro do próprio estado.